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1 1 BREVE ANÁLISE DO PANTANAL DO NEGRO José Vamberto Alves 1 INTRODUÇÃO O Pantanal é uma imensa planície aluvial, constituindo-se numa das maiores extensões úmidas contínuas de água doce do planeta e está localizado no centro da América do Sul, na bacia hidrográfica do Alto Paraguai. Abriga uma enorme variedade de vida selvagem. Na paisagem se inserem uma variedade de sub-regiões ecológicas, incluindo corredores de rios, matas ciliares, pântanos e lagos perenes, pastagens e florestas sazonalmente inundadas. Cercado por serras e planícies, a região apresenta uma paisagem plana, com uma pequena inclinação nos sentidos nortesul e leste-oeste. Figura 01 O pantanal Fonte: Acesso em 17mai2012. O rio Paraguai é o principal canal de escoamento do Pantanal e suas nascentes principais encontram-se nas bordas do Planalto dos Parecis, na cota altimétrica de 480m. A água se espalha e cobre vastas áreas, buscando uma saída natural, que só é encontrada centenas de quilômetros a jusante, para além do território brasileiro. Estudos hidrológicos indicam a presença de uma rede de correntes subterrâneas e um grau de movimento da água subterrânea. 1 O Autor é acadêmico do Curso de Bacharelado em Geografia.

2 2 Sua área é de km², com 65% de seu território no Estado de Mato Grosso do Sul e 35% no Mato Grosso. A região é uma planície pluvial influenciada por rios que drenam a bacia do Alto Paraguai (o Rio Paraguai é o principal deles), onde se desenvolve sua rica fauna e flora, sendo influenciada por quatro grandes biomas: Amazônia, Cerrado, Chaco e Mata Atlântica. 1. OS VÁRIOS PANTANAIS Segundo Cordeiro (2010), situado entre os paralelos 15º e 20º S e os meridianos 55º e 59º W, o Pantanal Mato-Grossense é uma das mais importantes planícies alagáveis do mundo. Coincide aproximadamente com a área de uma bacia sedimentar quaternária, que se encontra embutida da depressão da Bacia do Alto Paraguai (BAP). O trato deposicional é caracterizado por inúmeros leques aluviais, cujas águas são coletadas pela planície fluvial do rio Paraguai, que é o riotronco do sistema. O primeiro grande leque identificado dentro deste conjunto foi o do Taquari. Sua identificação só foi possível com o uso de imagens de satélite e de radar, pois o leque apresenta grandes dimensões geográficas, com área de cerca de km². Os leques aluviais constituem sistemas deposicionais de baixo gradiente hidráulico, com canais de padrão distributário orientados radialmente em relação ao ápice, resultando feições geomorfológicas em forma de leque ou semi-cone. Nas regiões intertropicais, como no caso da Bacia do Alto Paraguai (BAP), os rios desempenham papel essencial para o desenvolvimento de leques dominados por rios meandrantes e/ou de baixa sinuosidade. Para ocorrer sedimentação em forma de leque, deve haver mudança no gradiente topográfico do rio e alargamento de seu vale, o que geralmente ocorre quando um rio deixa uma área de planalto e passa a correr numa planície, onde há espaço de acomodação para que a sedimentação ocorra. A dinâmica sedimentar é controlada pela interação de fatores alogenéticos (movimentos tectônicos, clima e mudanças na condição hidráulica do sistema) e autogenéticos (construção de barras, rompimento de diques marginais, avulsão fluvial), dando origem a morfologias deposicionais com perfis longitudinais côncavos e transversais convexos. A literatura especializada divide o Pantanal Mato-Grossense em onze pantanais. Na divisão levam-se em consideração as diferenças em termos de material de origem, tipo de solo, drenagem, altimetria e vegetação associada às bacias hidrográficas, possibilitando diagnosticar onze sub-bacias hidrográficas ou sub-regiões, que são: - Corixo Grande-Jauru-Paragua - Pantanal de Cáceres; - Cuiabá Bento Gomes-Paraguaizinho - Pantanal de Poconé;

3 3 - Itiquira-São Lourenço-Cuiabá - Pantanal de Barão de Melgaço; - Taquari - Pantanal do Paiaguás e Pantanal de Nhecolândia; - Negro - Pantanal do Abobral; - Miranda-Aquidauana - Pantanal do Miranda e o de Aquidauana; - Nabileque - Pantanal do Nabileque; - Jacadigo e de Paiaguás - Pantanal do Paiaguás; - Rio Nabileque com o Paraguai - Pantanal de Porto Murtinho. Figura 02 Mapa temático dos pantanais mato-grossenses. Fonte: Arquivo PPT material de aula do Prof. Odair Sonegatti 2. DO LEQUE DO RIO NEGRO Prosseguindo e anotando este trabalho com os estudos já feitos por Cordeiro (2010), ressalte-se que o leque fluvial do rio Negro representa assim uma feição geomorfológica expressiva e importante na borda sudeste da bacia sedimentar do Pantanal.

4 4 Localizado no Estado de Mato Grosso do Sul, o leque aluvial do rio Negro está situado entre coordenadas S e de latitude S e W e de longitude W. O acesso é possível através da MS-419, conhecida localmente como Estrada do Taboco. Figura 03 Localização do leque do Rio Negro. Fonte: CORDEIRO (2010) in A bacia de drenagem do rio Negro está situada no planalto de Maracaju- Campo Grande e tem área de aproximadamente km². No planalto o rio Negro flui de leste para oeste, em sentido contrário ao do mergulho das camadas das unidades paleozóicas e mesozóicas da Bacia do Paraná, de forma que pode ser classificado como rio obsequente. O rio forma um grande anfiteatro de erosão, entalhado sobre rochas mesozóicas da Formação Botucatu, paleozóicas dos grupos Rio Ivaí (Formação Alto Garças), Paraná (formações Furnas e Ponta Grossa) e Itararé (Formação Aquidauana) e neoproterozóicas do Grupo Cuiabá e do Granito Rio Negro. Rio de leito rochoso, com vale encaixado e corredeiras, muda de característica para jusante e passa a correr numa planície de meandros antes de entrar no Pantanal.

5 5 O sistema de drenagem é tributário e o rio corta as escarpas do planalto em vale de direção WNW. Ao atingir a planície do Pantanal, o rio passa a ser um rio essencialmente aluvial, atuando como agente de deposição dos sedimentos erodidos na bacia de drenagem. Na saída do planalto o rio está construindo um leque fluvial, cujos compartimentos, descritos nos itens seguintes, permitem esboçar uma evolução geomorfológica, que apresenta semelhanças com a do megaleque do Taquari. O rio Negro flui de leste para oeste e integra a Bacia Hidrográfica do Alto Paraguai (BAP), sendo afluente da margem esquerda do rio Paraguai. A bacia de drenagem do rio Negro é um grande anfiteatro de erosão localizado no planalto de Maracaju-Campo Grande, esculpido em rochas paleozóicas e mesozóicas da Bacia do Paraná e em rochas neoproterozóicas do Grupo Cuiabá. Figura 04 Compartimentação geomorfológica do leque fluvial do Rio Negro Fonte: CORDEIRO (2010) O contato entre o planalto e a planície é marcado por escarpa retilínea de direção NNE. O rio Negro apresenta, no planalto, comportamento obsequente em relação ao mergulho das camadas da Bacia do Paraná. A evolução geomorfológica do leque do Negro teve início com a construção de um lobo antigo na saída do planalto, de provável idade pleistocênica, seguido de avulsão para SE e formação do lobo pré-atual, que termina na vazante Santa Clara.

6 6 O sítio deposicional holocênico é representado pelo lobo atual, formado sobre depósitos distais do megaleque do Taquari, e por uma planície de meandros embutida em vale inciso na porção superior do leque. Terrenos com inúmeras lagoas, semelhantes às da Nhecolândia, ocorrem entre os lobos, constituindo formas relictas preservadas dentro da área do leque do rio Negro. Vale ressaltar que, os Leques são caracterizados pela presença de um ou mais lobos deposicionais. Os lobos são feições morfológicas deposicionais, com ápice no ponto onde o rio alimentador começa a apresentar bifurcações e o sistema de drenagem torna-se distributário. Muitos dos canais distributários recebem, no Pantanal Mato-Grossense, as denominações de corixos e vazantes. A presença de canais distributários e a ocorrência de perda d água para a planície durante as inundações causam redução na capacidade de transporte e conseqüente deposição de sedimentos. Figura 05 Compartimentos geomorfológicos por lobos Fonte: CORDEIRO (2010) Lobos são feições morfológicas características de sistemas deposicionais distributário como os leques aluviais. No leque do rio Negro foram identificados dois lobos distais, um ativo (atual) e um abandonado (pré-atual), entre os quais estão preservadas geoformas de lagoas pertencentes à franja do leque do Taquari. Foi também reconhecido e delimitado um lobo mais antigo, situado na porção proximal do leque com ápice na saída do planalto. O lobo distributário atual (I) é alongado na direção NE-SW e se estende por área de aproximadamente 717 km². Seu ápice foi definido no ponto em que os diques marginais apresentam rompimentos (crevasses) e perdem expressão morfológica, com desconfinamento do fluxo e perda d água para a planície. Apresentando baixo gradiente topográfico, na superfície do lobo dominam processos de deposição por fluxos em lençol durante as enchentes.

7 7 Para jusante, o rio progressivamente se estreita e perde expressão, dando lugar a inúmeros pequenos e erráticos cursos d água (corixos), com canais meandrantes, muitas vezes anastomosados. O lobo pré-atual (II) está situado na parte distal do leque, separado do lobo atual pelo enclave de lagoas da Nhecolândia dentro do leque do rio Negro. É um lobo em fase de dissecação, nele predominando processos fluviais erosivos. Nele se destaca um canal erosivo tributário conectado à vazante Santa Clara, que define o limite sul do leque. Este canal, que coleta as águas dos leques coalescentes situados no sopé das escarpas do planalto, provavelmente é o antigo canal principal do rio Negro. O lobo mais antigo (III) apresenta morfológica típica de leque, com ápice na saída do planalto e paleocanais distributários radiais, visíveis em imagens de satélite e claramente delineados em modelo digital de elevação construído com dados SRTM. A superfície do lobo encontra-se em estado de degradação, o que é sobretudo evidenciado pela presença de um vale entrincheirado (inciso), que o corta longitudinalmente. 3. DA FLORA PANTANEIRA A vegetação está localizada em uma área de transição entre a savana seca (cerrado) do Brasil central e a floresta semi-decídua do sul e sudeste. A diversidade de tipos de habitat interagindo produz uma diversidade de plantas notáveis. Figura 06 O cerrado pantaneiro. Fonte:

8 8 A vegetação do Pantanal não é homogênea e há um padrão diferente de flora de acordo com o solo e a altitude. Nas partes mais baixas, predominam as gramíneas; as árvores de porte médio entremeadas de arbustos e plantas rasteiras aparecem nas alturas intermediárias. A poucos metros acima das áreas inundáveis, ficam os capões de mato, com árvores maiores como o angico, ipê e aroeira. Nas altitudes maiores, o clima árido e seco torna a paisagem parecida com a da caatinga, apresentando espécies típicas como o mandacaru, plantas aquáticas, piúvas, palmeiras, orquídeas, figueiras e aroeiras. 4. DA FAUNA PANTANEIRA A fauna do Pantanal é extremamente variada e inclui 80 espécies de mamíferos, 650 aves, 50 répteis e 400 de peixes. Densas populações de espécies de interesse de conservação vivem na região, entre as quais destacamos: 4.1. DOS MAMÍFEROS a) ANTA (tapirus terrestris) Maior mamífero terrestre brasileiro, bastante corpulento, chega a atingir 200 kg de peso. Tem pernas curtas e fortes, cauda grossa e curta. O focinho, característico desta espécie, termina numa tromba móvel e sensível. A pelagem do corpo é baixa e de cor pardo-escura. Tem visão fraca, mas audição e olfato muito desenvolvidos. É encontrada nos capões de mata. Figura 07 Anta (tapirus terrestris) Fonte: Acesso em 17mai2012.

9 9 b) ARIRANHA (pteronura brasiliensis) É da família das lontras, com hábitos diurnos, vivendo em bandos nos rios e lagoas. Vivem em várias tocas, alternadamente. São parecidas com as lontras comuns, porém maior e mais escuras. De orelhas pequenas e arredondadas, pelagem castanho-escuro parecendo preta quando molhada. Figura 08 Ariranha (pteronura brasiliensis) Fonte: Acesso em 17mai2012. c) CERVO DO PANTANAL (blastocerus dichotomus) Com mais de 1 metro de altura e quase 2 metros medindo do focinho ao rabo, os cervos do pantanal vivem em bandos. Tem pelagem uniforme, de coloração castanha clara, sendo branca ao redor dos olhos, da garganta ao ventre e porção inferior das orelhas. Figura 09 Cervo-do-pantanal (blastocerus dichotomus) Fonte: Acesso em 17mai2012.

10 10 d) QUATI (nasua nasua) Pode ser encontrado em cima das árvores, mas também andando pelos campos. Os filhotes de quati são escondidos nos troncos das árvores num trabalho feito por seus pais, que são muito ativos pela manhã, pois de tarde costumam sair eplos campos em bandos. Figura 10 Quati (nasua nasua) Fonte: Acesso em 17mai2012. e) QUEIXADA (tayassu pecari) Trata-se de um porco do mato, grande e de pelagem longa, espessa, de cor cinzenta escura, bem caracterizada por uma faixa de pelos ao longo dos dois lados do queixo. Na região do pantanal é encontrado dentro e ao redor dos capões de mato. Figura 11 Queixada (tayassu pecari) Fonte: Acesso em 17mai2012.

11 11 f) TATU (euphractus sexcintus) Carcaterizado pela presença de capapaças mais ou menos consistentes o dorso é coberto por um número variado de placas articuladas, formando cintas móveis. Figura 12 - Tatu (euphractus sexcintus) Fonte: Acesso em 22mai2012 g) VEADO CAMPEIRO (ozotocerus bezoarticus) É conhecido por suas duas manchas brancas que tem ao redor dos olhos. O adulto apresenta chifres delgados, com ramificações de três pontas. Tem pelagem curta e lisa, de coloração, variando de acinzentada a avermelhada. Encontrado no campso abertos de cerrado. Figura 13 Veado Campeiro (ozotocerus bezoarticus) Fonte: Acesso em 22 mai 2012

12 DOS RÉPTEIS a) JACARÉ-DO-PANTANAL (caiman crocodilus yacare) O Pantanal é o habitat natural dos jacarés. Caçados indiscriminadamente no passado recente, começaram a se multiplicar novamente após a criação de severas leis e a instalação de criatórios. O corpo é revestido por couro, com dorso escuro, laterais esverdeadas e ventre amarelado. Alimenta-se de peixes. Figura 14 Jacaré-do-pantanal (caiman crocodilus yacare) Fonte: Acesso em 21mai2012 Os jacarés são répteis bem adaptados ao meio ambiente e dominam ainda hoje muitos habitats. Ao contrário do que se pensa o jacaré não é lento. Se for melindrado ou estiver preste a dar o bote, adquire velocidade impressionante. Dentro da água, seu ataque é geralmente mortal, já que é um exímio nadador. O jacaré é carnívoro e aceita tudo, desde que a alimentação oferecida seja à base de proteína animal. A exigência alimentar é de 10 % do peso vivo ao dia, pois tem o metabolismo lento. O que mais assusta nesse animal é o tamanho de sua boca e a quantidade de dentes - entre 70 e 80. Quando a vítima é pequena, o jacaré simplesmente engole a presa inteira. Já quando a vítima é maior, o jacaré a segura pelas mandíbulas e a sacode bruscamente até que se despedace. Quando o ataque acontece dentro da água, uma espécie de válvula isola a traquéia evitando, assim, que a água invada o pulmão.

13 13 b) SUCURI (eunectes murinos) Uma das muitas cobras do Pantanal. Não morde, mas esmaga suas vítimas. Atinge até 12m. de comprimento, com coloração cinza esverdeada, com manchas arredondadas escuras dispostas aos pares. Possui o ventre amarela e cabeça com escamas. Figura 15 Sucuri (eunectes murinos) Fonte: Acesso em 21mai2012. c) TARTARUGA-DO-PANTANAL (acanthochelys macrocepjala) É uma espécie de cágado, que vive em pântanos, rios de fluxo mais lente ou na água doce mesmo. O comprimento de uma trataruga-do-pantanal quando adulta é de vinte e quatro centímetros aproximadamente, sua carapaça é ampla e oval, porém é alongada e moderadamente profunda. Figura 16 Tartaruga-do-pantanal (acanthochelys macrocepjala) Fonte: Acesso em 21mai2012.

14 DAS AVES O Pantanal é um santuário para as aves com muitas espécies que ocorrem em grande número. A destruição do habitat e captura para o comércio de animais são dois fatores que, combinados, levaram para o risco de extinção. É um dos locais de nidificação mais importantes para as aves de áreas úmidas típicas, entre elas, destacamos: a) ARARAS-AZUIS (anodorhynchus hyacinthinus) As araras azuis fazem seus ninhos aumentando os buracos já existentes nas árvores, alimentando-se de castanhas dos cocos da bocaiúva e do acuri. Diferentemente de outros animais pantaneiros são curiosas e costumam entrar em buracos menores que seu corpo. Figura 17 Arara-azul (anodorhynchus hyacinthinus) Fonte: Acesso em 21mai2012. A arara azul pertence à Ordem dos psittaciformes, sendo da Família Psittacidae. É a maior de todas as araras e pode chegar a medir 1 metro de comprimento. Seu peso é variável, podendo chegar a 2 Kg. Assim como os psitacídeos em geral, que possuem vida longa, esta arara pode chegar, em cativeiro, aos sessenta anos de idade ou mais. Habitam áreas alagadas, matas ciliares e buritizais. Áreas de mata fechada não fazem parte de seu habitat, o que não a faz concorrente de aves típicas deste nicho. O habitat mais povoado é o Bioma Pantanal e áreas de bosques espaçados e alagados.

15 15 b) TUIUIÚ (jabiru mycteria) Em maior abundância e de grande porte, pois são quase 3m. de uma ponta a outra da asa. O tuiuiú é a ave que representa os pássaros pantaneiros. Alimentam-se de peixes e moluscos, insetos, répteis e peqeunos mamíferos, vivos ou mortos, em qualquer estado de conservação. Figura 18 Tuiuiú (jabiru mycteria) Fonte: Acesso em 21mai2012. c) COLHEREIRO (ajaia ajaia) Com uma belíssima plumagem rosada, que é o resultado da queratina dos músculos com o que se alimenta, tem um bico achatado em forma de colher. É encontrado perto de corixos e alagados. Figura 19 Colhereiro (ajaia ajaia) Fonte: Acesso em 21mai2012.

16 16 5. DO CLIMA Este pantanal está sob influência do clima tropical, com características de clima úmido a sub-úmido. Apresenta índice efetivo de umidade com valores anuais variando de 20 a 40%. A precipitação pluviométrica anual varia entre a 1.750mm, excedente hídrico anual de 800 a 1.200mm durante um a seis meses e deficiência hídrica de 350mm durante quatro meses. 6. DO DESMATAMENTO DO PANTANAL Segundo PADOVANI (2004), As causas do desmatamento do Pantanal são diversas. No período entre 1962 até 1974, considerado um período atípico de anos secos, a pecuária alcançou níveis recordes de produção devido à maior disponibilidade de pastagens nativas. A partir de 1974, houve o retorno do período de cheias plurianuais, porém em proporções maiores que o período anterior a 1962, também considerado de cheias. A diminuição drástica no efetivo bovino entre 1970 e 1980, devido à redução na disponibilidade de pastagens nativas levou muitos pecuaristas a desmatar áreas de cordilheiras (áreas mais altas do terreno que não inundam) para implantação de pastagens exóticas, como a braquiária. Outra causa que explica o aumento do desmatamento no Pantanal para implantação de pastagens cultivadas se deve a disponibilidade marcadamente sazonal pastagens nativas, tanto em termos de quantidade quanto de qualidade. Nas outras regiões do planalto e do país, onde a pecuária é baseada em pastagens cultivadas, o gado passa por uma variação menor na disponibilidade de alimento ao longo do ano, levando a uma maior produção que a obtida nas áreas de pastagens nativas do Pantanal. Além das causas citadas acima, outro fato que tem contribuído para o aumento dos desmatamentos é a venda das fazendas do Pantanal para pessoas de outras regiões do país ou descendentes dos antigos pecuaristas. Nestas fazendas, era praticada empiricamente a pecuária tradicional, com o manejo do gado respeitando as características peculiares do Pantanal de pulsos de inundação, e variabilidade espacial e temporal das pastagens nativas. Os novos pecuaristas, ignorando o valor cultural e ambiental do Pantanal, impõem equivocadamente, estratégias de aumento da produção, como o desmatamento para a implantação de pastagens plantadas, que provocam alteração do meio, gerando impactos de consequências negativas. O desmatamento e a extração de madeira para diversos fins têm impactado negativamente as espécies madeireiras do Pantanal como angico, louro preto, carvão vermelho, ceracozida, aroeira, paratudo e piúva.

17 17 A perda de áreas naturais do Pantanal compromete a atividade turística e transforma a pecuária tradicional em uma tentativa de reproduzir equivocadamente o modelo de pecuária que se pratica no planalto e em outras regiões do país, onde as características ambientais são totalmente diferentes das existentes no Pantanal. 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS Como vimos no decorrer do presente trabalho, o Pantanal é um ecossistema com cerca de 230 mil km², situado no sul de Mato Grosso e no noroeste de Mato Grosso do Sul, ambos Estados do Brasil, além de também englobar o norte do Paraguai e leste da Bolívia (chamado de chaco boliviano), considerado pela UNESCO Patrimônio Natural Mundial e Reserva da Biosfera. Observou-se que o leque do Negro constitui feição geomorfológica ativa na Borda Sudeste da Bacia Sedimentar do Pantanal. Localizado no médio curso do rio Negro, este sistema deposicional foi compartimentado geomorfologicamente, tendo sido identificados um lobo atual e dois abandonados, um pré-atual e um mais antigo. Apesar de o Pantanal ser uma área com características únicas e ser considerado nacional e internacionalmente como uma região especial, onde deveria se priorizar a conservação ambiental, mantendo as atividades econômicas tradicionais, comprovadamente sustentáveis, o que se observa é a rápida transformação de seu espaço pelo desmatamento, alterando sua cobertura vegetal original (PADOVANI, 2004). Isso tem ocorrido com a implantação de modelos de desenvolvimento copiados de outras regiões com impactos negativos a biodiversidade e atividades econômicas tradicionais e alternativas, adaptadas às características do Pantanal. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CORDEIRO. Bruna Medeiros et al. Compartimentação Geomorfológica do Leque Fluvial do Rio Negro, Borda Sudeste da Bacia do Pantanal (MS). In Revista Brasileira de Geociências. n. 40. p Junho PADOVANI. Carlos Roberto et al. Desmatamento do Pantanal Brasileiro. In IV Simpósio sobre Recursos Naturais e Sócio-Econômicos do Pantanal. Corumbá. Disponível em /artigos/asperctos/pdf/bioticos/611rb_padovani_1_okvisto.pdf

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