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2 EDIÇÃO FCA Editora de Informática, Lda. Av. Praia da Vitória, 14 A Lisboa Tel: fca@fca.pt DISTRIBUIÇÃO Lidel Edições Técnicas, Lda. Rua D. Estefânia, 183, R/C Dto Lisboa Tel: lidel@lidel.pt LIVRARIA Av. Praia da Vitória, 14 A Lisboa Tel: * Fax: livraria@lidel.pt Copyright 2018, FCA Editora de Informática, Lda. ISBN edição impressa: ª edição impressa: junho 2018 Impressão e acabamento: Realbase Depósito Legal n.º /18 Capa: José M. Ferrão Look-Ahead Marcas Registadas de FCA Editora de Informática, Lda. Todos os nossos livros passam por um rigoroso controlo de qualidade, no entanto aconselhamos a consulta periódica do nosso site ( para fazer o download de eventuais correções. Não nos responsabilizamos por desatualizações das hiperligações presentes nesta obra, que foram verificadas à data de publicação da mesma. Os nomes comerciais referenciados neste livro têm patente registada. Reservados todos os direitos. Esta publicação não pode ser reproduzida, nem transmitida, no todo ou em parte, por qualquer processo eletrónico, mecânico, fotocópia, digitalização, gravação, sistema de armazenamento e disponibilização de informação, sítio Web, blogue ou outros, sem prévia autorização escrita da Editora, exceto o permitido pelo CDADC, em termos de cópia privada pela AGECOP Associação para a Gestão da Cópia Privada, através do pagamento das respetivas taxas.

3 ÍNDICE GERAL AGRADECIMENTOS... XV 1. INTRODUÇÃO Windows NT Windows 2000 e sucessores Windows Server Cloud computing Server roles Ferramentas administrativas Gestão centralizada PowerShell Aplicações web Server Core NANO Server Hyper-V Alterações de hardware ao vivo Implementação de clusters Network Load Balancing Self-healing New Technology File System (NTFS) Resilient File System (ReFS) Encriptação de discos BitLocker Isolamento do servidor e do domínio Read-Only Domain Controller (RODC) Firewall do Windows com segurança avançada Alta disponibilidade Backup do Windows Serviços de terminal Windows Server 2016 e Windows Edições do Windows Server Versão Portuguesa INSTALAÇÃO DE UM SERVIDOR Pré-requisitos de hardware Configurações de discos Fontes de problemas: espaço e segurança RAID RAID RAID Outros tipos de RAID Opções de instalação Nova instalação ou atualização? Instalação completa ou Server Core?... 21

4 VI WINDOWS SERVER 2016 CURSO COMPLETO 2.4. Instalação do Windows Server Conclusão da instalação Server Core: um novo conceito de Windows Objetivos e vantagens Instalação de um Server Core Ambiente de trabalho CONFIGURAÇÕES E AMBIENTES INICIAIS Configurações iniciais Nome e presença na rede Firewall do Windows Gestão remota Ambiente de trabalho remoto Network Interface Controller Teaming Configuração da rede Atualizações automáticas Instalação de atualizações automáticas Envio de relatórios Segurança avançada do Internet Explorer Definições horárias Ativação do Windows Server roles [funções de servidor] Features [Funcionalidades] Ferramentas administrativas: características Ferramentas administrativas de base Expansão das ferramentas administrativas Microsoft Management Console [Consola de Gestão da Microsoft] PowerShell Cmdlets Aliases PowerShell em funcionamento Trabalhando com comandos e aliases Execução de scripts Configuração de um Server Core Configurações iniciais Instalação de roles e features Administração remota ACTIVE DIRECTORY Introdução Definições Workgroup ou grupo de trabalho Domínio Domain Controller, Stand-alone Server e Member Server Organizational Units [Unidades Organizacionais] Site... 62

5 ÍNDICE GERAL VII 4.8. Trees [árvores] Forests [florestas] Benefícios do Active Directory Instalação do Active Directory Novas ferramentas administrativas Read-only Domain Controller [Controlador de Domínio Só de Leitura] Replicação unidirecional Separação das funções de administrador Read-only DNS Instalação GESTÃO DE UTILIZADORES Contas de utilizador Grupos de utilizadores Contas e grupos de utilizadores em Windows Server Tipos de grupos de utilizadores Criação de utilizadores e grupos locais Criação de utilizadores e grupos de domínio Organizational Units [Unidades Organizacionais] Criação de utilizadores e definição das respetivas propriedades Alteração das propriedades de uma conta Criação de grupos de utilizadores Alteração das propriedades de um grupo Adição, edição e eliminação de contas Sufixos alternativos do User Principal Name Active Directory e Azure Utilização de um domínio no Azure Sincronização com Active Directory local GESTÃO DE CLIENTES DA REDE Introdução Contas de computador no Active Directory Integração de máquinas Windows Utilitários de linha de comandos SERVIDOR DE FICHEIROS Partilha de recursos em Windows Server Instalação de novas roles Novas ferramentas administrativas Partilha de ficheiros em qualquer pasta Partilha avançada de ficheiros Partilha e segurança Gestão do servidor de ficheiros Gestão de quotas por diretório File Screening [Filtragem de Ficheiros] Elaboração de relatórios

6 VIII WINDOWS SERVER 2016 CURSO COMPLETO 7.7. Distributed File System [Sistema de Ficheiros Distribuídos] Implementação do DFS Replicação de dados Acesso ao DFS SERVIDOR DE IMPRESSÃO Partilha de impressoras Instalação de impressoras Configuração da partilha Exportação e importação de definições de impressoras Agrupamento de impressoras Gestão de prioridades GESTÃO DE DISCOS E VOLUMES Introdução Sistemas de ficheiros em Windows Server FAT ou FAT FAT NTFS ReFS Que sistema de ficheiros usar? Discos básicos e discos dinâmicos Gestão de discos Conversão em dynamic disk [disco dinâmico] Criação de volumes simples Criação de um mirrored volume [volume refletido] Disk Duplexing Remoção de um mirrored volume [volume refletido] Remoção de um volume Criação de um striped volume [volume repartido] Criação de um spanned volume [volume span] Criação de um RAID 5 volume [volume RAID 5] Recuperação do sistema ao falhar um disco com um RAID 5 volume [volume RAID 5] Recuperação do sistema ao falhar um disco em Mirroring Mounted volumes [volumes montados] Gestão de quotas de disco Discos rígidos virtuais BitLocker Drive Encryption [Encriptação de Unidades BitLocker] Instalação e configuração Regeneração de palavras-passe de recuperação e de chaves de arranque Desativação do BitLocker CÓPIAS DE SEGURANÇA Introdução Boas práticas em cópias de segurança Frequência das cópias

7 ÍNDICE GERAL IX Armazenamento das cópias de segurança Rotatividade de dispositivos Windows Server Backup Instalação Agendamento de um backup Cópia de segurança a pedido Segurança dos objetos do sistema Recuperação a partir de um backup Recuperação de aplicações Recuperação completa do sistema Recuperação de sistemas protegidos com BitLocker Gestão de backups pela linha de comandos INTRODUÇÃO AO TCP/IP O TCP/IP Endereços IPv Classes de endereços IPv Subnet Masks [Máscaras de Sub-rede] Endereços especiais e restrições TCP/IP versão Utilitários Configuração de endereços IPv Configuração de endereços IPv POLÍTICAS DE GRUPO Introdução Localização física das políticas de grupo Ordem de precedência das políticas de grupo Criação de políticas de grupo locais Criação de políticas de grupo Organização dos Group Policy Objects (GPO) Administrative Templates [Modelos Administrativos] Security Templates [Modelos de Segurança] User Rights [Direitos de Utilizador] Restricted Groups [Grupos Restritos] Starter GPO Impor e bloquear herança WMI Filter [Filtro WMI] Scope Filtering [Filtragem do Âmbito] Políticas de palavras-passe Política de bloqueio de contas Instalação de dispositivos Distribuição de software Remoção de software Cópias de segurança de GPO Utilitários de linha de comandos

8 X WINDOWS SERVER 2016 CURSO COMPLETO Resultant Set of Policy (RSoP) Conclusão FIREWALL DO WINDOWS Introdução Firewall do Windows com segurança avançada Regras de entrada e saída Políticas da firewall do Windows DNS Introdução Estrutura de um nome de domínio DNS em Windows Server Lançamento manual de registos Propagação do DNS Propriedades das zonas GlobalNames Zones Delegação de zonas Partições de diretório de aplicação nslookup Resolução de nomes em máquinas clientes Resolver cache DHCP Gestão de endereços IP Criação de um scope [âmbito] Reservas de endereços WSUS Introdução Características e nomenclatura Instalação Consola de configuração dos Update Services Lista de servidores Aprovação de atualizações Ramo Computers [Computadores] Outras listas Relatórios Opções Configuração dos clientes Teste da configuração CONFIGURAÇÃO DO IIS História: a Microsoft na Internet Internet Serviços Internet

9 ÍNDICE GERAL XI Internet ou World Wide Web? Intranet Internet ou Intranet? Conceitos básicos Endereços IP Host names e DNS URL Instalação do servidor web Teste da instalação do servidor web Criação de um website Configuração de limites Configuração de registo Aplicações web Criação de Application pools [Conjuntos aplicacionais] Configuração de diretórios virtuais Ficheiros de configuração Permissões e delegação de direitos administrativos Restrições de acesso Migração de sites e aplicações Configuração do serviço de FTP Sessões ativas Isolamento do utilizador Mensagens Teste ao site VISUALIZAÇÃO DE EVENTOS Razão de ser da auditoria do servidor e da rede Configuração dos eventos a monitorizar Event Viewer [Visualizador de Eventos] Application [Aplicação] Security [Segurança] Setup [Configuração] System [Sistema] Forwarded Events [Eventos Reencaminhados] Outras categorias Utilização do Event Viewer Gravidade dos acontecimentos Filtragem de acontecimentos Monitorização de computadores remotos Subscrições Linha de comandos DESEMPENHO E FIABILIDADE Introdução Alguns princípios gerais sobre otimização Otimização em Windows Server

10 XII WINDOWS SERVER 2016 CURSO COMPLETO Performance Monitor Contadores de performance Opções do gráfico Relatórios de atividade Deteção de estrangulamentos no servidor Task Manager [Gestor de Tarefas] GESTÃO DO SERVIDOR Gestão de computadores Gestão de dispositivos Serviços Conclusão ACESSO REMOTO E REDE Razão de ser do acesso remoto Acesso remoto em Windows Server Configuração do servidor de acesso remoto Acesso remoto por dial-up ou VPN Router de ligação à Internet Ligação de duas redes através de VPN Configuração da parte cliente Acesso a servidores ou a serviços não Internet Configuração de protocolos de rede para acesso remoto Protocolos de autenticação Protocolos VPN SERVIÇOS DE TERMINAL Introdução Administração remota ou servidor de aplicações Configuração dos serviços de terminal para administração remota Configuração dos serviços de terminal para servidor de aplicações Instalação na máquina cliente Teste da ligação Configuração dos serviços de terminal Configuração do servidor de licenciamento Gestão das ligações de utilizador Aplicações remotas Acesso web Políticas de grupo LIGAÇÃO COM LINUX Introdução Pré-requisitos Instalação do Samba Services for Network File System [Serviços para NFS] Configuração dos Services for Network File System [Serviços para NFS]

11 ÍNDICE GERAL XIII Criação de recursos NFS Servidor de Telnet VIRTUALIZAÇÃO Máquinas reais e máquinas virtuais Software de virtualização Benefícios da virtualização Instalação do Hyper-V Gestão do Hyper-V Criação de uma máquina virtual Propriedades da máquina virtual Redes virtuais Discos virtuais Integration Services [Serviços de Integração] GLOSSÁRIO DE TERMOS INGLÊS/PORTUGUÊS EUROPEU/PORTUGUÊS DO BRASIL ÍNDICE REMISSIVO

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13 1 1INTRODUÇÃO Em 1988, a Microsoft contratou uma equipa de programadores da Digital Equipment Corporation (DEC), liderada por David Cutler, com o objetivo de desenvolver de raiz um novo sistema operativo de elevado desempenho, capaz de competir com as funcionalidades mais avançadas dos sistemas UNIX. 1.1 WINDOWS NT Em 1988, a Microsoft encontrava-se envolvida em dois projetos na área dos sistemas operativos: o MS-DOS, destinado ao mercado de consumo, e o OS/2, um sistema de elevado desempenho e funcionalidades avançadas, desenvolvido em parceria com a International Business Machines (IBM). Inicialmente, a contratação de David Cutler e da sua equipa tinha como objetivo desenvolver a terceira versão do OS/2, tirando partido da experiência adquirida por aquela equipa na DEC com o sistema VMS. Entretanto, em 1990, a Microsoft lança a terceira versão do Windows, que, na realidade, não era mais do que uma interface gráfica executada em DOS e não um sistema operativo propriamente dito. Dado o sucesso obtido com este lançamento, a Microsoft abandonou a sua participação no projeto OS/2 e concentrou os seus recursos no desenvolvimento de um novo sistema operativo: o Windows NT (New Technologies). O Windows NT 3.1, o primeiro sistema da família NT, foi lançado em 1993, após inúmeros avanços e recuos, e sucessivos adiamentos. Foram disponibilizadas duas edições com alvos distintos: o Windows NT 3.1, destinado a estações de trabalho de alto desempenho, e o Windows NT Advanced Server, otimizado para correr em servidores de rede. Ambas as edições apresentavam uma interface gráfica herdada do Windows 3.1, a versão usada no mercado de consumo, como é visível na figura 1.1.

14 2 WINDOWS SERVER 2016 CURSO COMPLETO FIGURA 1.1 Windows NT 3.1 O segundo membro da família NT foi o Windows NT 3.5, lançado em As principais inovações desta versão deram-se ao nível do aumento do desempenho e de alguns melhoramentos na interface gráfica, a par do que havia sido implementado no Windows for Workgroups O Windows NT 3.51 foi lançado em 1995, como sucessor do NT 3.5. Em relação aos seus antecessores, introduziu o suporte para processadores PowerPC e para aplicações desenvolvidas para o recém-chegado Windows 95. O Windows NT 4 surgiu em meados de 1996 e marcou o maior salto no desenvolvimento da família NT desde o lançamento da primeira versão. O que se destacou imediatamente foi a nova elaborada interface gráfica, partilhada com o Windows 95, bem como algumas aplicações que o acompanhavam, nomeadamente o Windows Explorer e aplicações como a calculadora e o Wordpad. 1.2 WINDOWS 2000 E SUCESSORES Com o lançamento dos sistemas Windows 2000, a Microsoft abandonou a terminologia NT e introduziu uma série de novas funcionalidades na família Windows, a maioria delas ainda presente no Windows Server 2016, como o Active Directory, o Distributed File System ou a gestão de quotas de disco.

15 INTRODUÇÃO 3 Ao contrário dos seus antecessores, o Windows 2000 apenas corria em processadores Intel e compatíveis, abandonando o seu tradicional suporte a plataformas Alpha, da DEC, e Microprocessor without Interlocked Pipeline Stages (MIPS). Os sistemas Windows Server lançados em 2003 adotaram a nomenclatura Windows Server Contrariamente ao Windows 2000, que introduziu uma série de novas tecnologias e processos, o Windows Server 2003 poderá ser definido como um grande upgrade, consistindo primariamente em melhoramentos ao nível do desempenho, da segurança e da usabilidade. Dois anos após o lançamento do Windows Server 2003, a Microsoft lançou uma nova Release, chamada R2, que veio substituir as versões originais. Foi então comunicado que este procedimento seria seguido nos sistemas vindouros, ou seja, a meio do ciclo de vida de um sistema operativo seria lançado um produto distinto do original, atualizado, mas que não seria uma nova versão. A finalidade consiste em incorporar novas tecnologias e melhoramentos, mantendo as funcionalidades e compatibilidades do produto base. Estas Releases não devem ser confundidas com Service Packs, pois, ao contrário destes, são um produto distinto, que tem de ser licenciado, e não uma atualização que pode ser obtida através de um download e instalada gratuitamente. Lançado com pompa e circunstância em fevereiro de 2008, o Windows Server 2008 marca mais um passo na família de servidores da Microsoft, englobando as inovações introduzidas pelo Windows Vista, o seu cliente de eleição. Embora esta seja a face mais visível do sistema operativo pelo menos à primeira vista, esta nova versão, como é hábito, engloba uma panóplia de melhoramentos e novas funcionalidades. De entre essas novidades, foi dado grande ênfase por parte da Microsoft ao suporte nativo para virtualização e à instalação do Server Core. A primeira consiste em simular um computador inteiro por software e permitir que, nessas máquinas virtuais, sejam instalados sistemas operativos e outras aplicações. A segunda define-se pela capacidade de instalar uma versão base sem interface gráfica e apenas com o indispensável para executar algumas funções bem definidas. Marcado para ser o último sistema compatível com processadores de 32 bits, o Windows Server 2008 pode correr em sistemas Intel x86, x64 e Itanium compatíveis. Anunciado em 2009 como sendo a versão servidora do Windows 7, o Windows Server 2008 R2 expande algumas funcionalidades do seu antecessor e implementa novas tecnologias, um pouco à imagem do que tinha acontecido com o Windows Server Ao nível dos requisitos de hardware, a inovação mais notável consiste no abandono do suporte a processadores de 32 bits. Para correr a R2, precisa de um processador x64, AMD64 ou Itanium de 64 bits.

16 4 WINDOWS SERVER 2016 CURSO COMPLETO Quanto à introdução de novas funcionalidades, foram implementados melhoramentos diversos nas capacidades de virtualização do Windows Server, novas ferramentas de administração, novas funcionalidades do Active Directory, como a reciclagem de objetos eliminados, e a nova versão 7.5 dos Internet Information Services (IIS), no qual se destacam o novo servidor de File Transfer Protocol (FTP) e suporte para Domain Name Service (DNS) seguro. O sistema seguinte na família, o Windows Server 2012, foi desenvolvido com o intuito de suportar a tendência do momento: o cloud computing, ou computação na nuvem, e a convergência de equipamentos como computadores, tablets e smartphones. 1.3 WINDOWS SERVER 2016 Seguindo a tradição criada pelos seus antecessores, o Windows Server 2016 foi desenhado para garantir um servidor de rede caracterizado pelo seu desempenho, segurança, funcionalidades e facilidade de utilização e de manutenção. De seguida, fazemos uma apresentação sumária das suas características. Ao longo deste livro, os temas mencionados serão discutidos em detalhe e enquadrados em situações práticas, típicas do trabalho de gestão e de implementação de uma rede baseada em servidores Windows CLOUD COMPUTING O cloud computing, ou, na terminologia portuguesa, computação na nuvem, consiste na implementação de uma arquitetura que proporciona o acesso a sistemas de informação independentemente do local onde se encontram os utilizadores. A figura 1.2 exemplifica uma implementação deste tipo. Na imagem é possível identificar uma série de serviços, dentro da nuvem, e diversos tipos de dispositivos à sua volta, no exterior. Entre os serviços que podem ser disponibilizados encontram-se, por exemplo, aplicações de software, espaço para armazenamento de ficheiros ou bases de dados. Todos esses serviços podem ser disponibilizados, através da Internet, a clientes como computadores com arquiteturas e sistemas operativos distintos, smartphones ou tablets. Tudo isto independentemente do local onde se encontrem os clientes e mantendo uma experiência de utilização comum quando acedem de um dispositivo diferente.

17 INTRODUÇÃO 5 FIGURA 1.2 Configuração de uma cloud Tipicamente, esses serviços são fornecidos com elevados padrões de desempenho e disponibilidade, graças a configurações distribuídas. Outra característica interessante é que uma configuração deste tipo permite a redução de custos em relação a configurações convencionais, em que tudo era local. Hoje em dia, é muito provável que já faça uso desta tecnologia: serviços de correio eletrónico como o Gmail ou o Outlook.com, de armazenamento de ficheiros na cloud, como o OneDrive ou o Dropbox, ou de partilha de fotografias, como o Flickr ou o Picasa, ser-lhe-ão certamente familiares. Quanto à abrangência de uma cloud, esta pode ser pública, como nos exemplos atrás citados, privada, se apenas servir uma empresa, por exemplo, ou híbrida, no caso de uma solução mista. O Windows Server 2016 possui excelentes recursos para o auxiliar na construção de uma solução de cloud, sendo que a maioria das tecnologias que o suportam já existiam nas versões anteriores. No entanto, foram feitos grandes melhoramentos nessas mesmas tecnologias, principalmente ao nível da facilidade de implementação.

18 6 WINDOWS SERVER 2016 CURSO COMPLETO SERVER ROLES Tal como era habitual nos seus antecessores, o Windows Server 2016 é um sistema modular. Quer isto dizer que cada sistema pode ser configurado com os componentes de que vamos necessitar, conforme o servidor esteja destinado a validar contas de utilizadores, a partilhar ficheiros ou a desempenhar o papel de servidor de impressoras. De base, ou seja, após a instalação inicial, essas funções opcionais não são instaladas e devem ser adicionadas à configuração, à medida que vão sendo necessárias. Este esquema de funcionamento garante que a máquina não está a correr serviços que não são necessários, o que, logo à partida, traz poupança de recursos e aumento de segurança FERRAMENTAS ADMINISTRATIVAS As ferramentas administrativas, ou Administrative Tools, são o conjunto de aplicações que permitem configurar e gerir os vários componentes do servidor. À medida que for avançando na leitura deste livro, irá reparar que estas ferramentas possuem uma interface gráfica comum, visto que são baseadas na Microsoft Management Console (MMC). Estas ferramentas permitem, de forma bastante intuitiva, efetuar as diversas tarefas a que se propõem, facultando numerosos assistentes e tendo a ajuda sempre disponível GESTÃO CENTRALIZADA A administração de uma máquina a correr o Windows Server 2016 pode ser feita de forma centralizada a partir de uma ferramenta chamada Server Manager, ou gestor do servidor. Esta ferramenta engloba, na mesma consola, algumas ferramentas que se encontram disponíveis no menu de ferramentas administrativas, permitindo ainda adicionar e remover funcionalidades do Windows POWERSHELL A PowerShell é uma interface de linha de comando e uma linguagem de script, criada com o propósito de efetuar operações sem recurso à interface gráfica. Os comandos suportados podem ser usados em scripts para automatizar diversas tarefas administrativas de rotina. Embora este tipo de ferramentas em modo de texto exista desde os primórdios do Windows, esta nova versão está muito mais otimizada para a administração de sistemas e inclui inúmeros utilitários.

19 INTRODUÇÃO APLICAÇÕES WEB Outra das funcionalidades do Windows Server 2016 é a de servidor de aplicações Web, suportada pelos IIS Este componente opcional torna um servidor Windows numa plataforma segura, de fácil manutenção e de elevado desempenho para desenvolvimento e exploração de aplicações que correm num browser como o Internet Explorer. O IIS 10.0 é composto por vários componentes, que podem ser instalados de forma modular, ou seja, à medida das suas necessidades, e trabalha de forma integrada a plataforma.net. A nova ferramenta de administração do IIS Manager permite configurar de forma centralizada as definições do IIS, do ASP.NET e dos dados dos utilizadores SERVER CORE O Server Core foi uma das novas funcionalidades mais badaladas aquando do lançamento do Windows Server 2008 e consiste numa variante da instalação normal, na qual é instalado apenas o núcleo do sistema operativo. Não existe interface gráfica como a conhecemos e toda a gestão é feita a partir da linha de comandos ou mediante acesso remoto. Após a instalação, o sistema operativo pode ser configurado para desempenhar uma ou mais das seguintes funções: Servidor de virtualização; Servidor Dynamic Host Configuration Protocol (DHCP); Servidor DNS; Servidor de ficheiros; Servidor de Active Directory; Servidor de Active Directory Lightweight Directory Services; Servidor de Active Directory Certificate Services; Servidor de Active Directory Rights Management Services; Servidor de Windows Server Update Services; Servidor de Routing and Remote Access Services; Servidor de Media; Servidor de impressão; Servidor Web (IIS).

20 8 WINDOWS SERVER 2016 CURSO COMPLETO As grandes vantagens numa instalação deste tipo dizem respeito às áreas do desempenho, da segurança e da disponibilidade. Ao nível do desempenho, visto que os serviços instalados são mínimos e não existe interface gráfica, não ocorre grande carga, pelo menos inicial, sobre o servidor. Relativamente à segurança, a superfície de ataque para exploração de vulnerabilidades é também, obviamente, reduzida. Finalmente, visto que as necessidades de aplicação de atualizações são também menores, não são necessárias tantas reinicializações do sistema NANO SERVER O Windows Server 2016 introduz um novo modo de instalação que, tal como o Server Core, não está dotado de interface gráfica. Dá pelo nome de Nano Server e leva ao mínimo a utilização dos recursos do servidor, exigindo menos de 1 GB de espaço em disco para a sua instalação. Sendo bastante mais pequeno do que o Server Core, a utilidade do Nano é também mais limitada, estando restringido às seguintes funções: Servidor de virtualização; Storage host; Servidor DNS; Servidor Web (IIS); Servidor de containers; Servidor de aplicações específicas. A administração pode ser feita através das ferramentas gráficas das respetivas funções, executadas remotamente a partir de uma máquina dotada de interface gráfica ou através da PowerShell HYPER-V O Hyper-V é a tecnologia de virtualização da Microsoft incorporada no Windows Server Fazendo uso desta funcionalidade, é possível emular uma ou várias máquinas virtuais baseadas em software, nas quais é possível instalar sistemas operativos e outras aplicações como se estivéssemos a trabalhar com uma máquina real. Esta capacidade é bastante apreciada em ambientes de teste e de produção, pois permite correr mais do que um sistema operativo simultaneamente na mesma máquina

21 INTRODUÇÃO 9 física, maximizando, assim, o uso do equipamento. Neste caso, o Windows Server 2016 funciona como host, ou seja, hospeda as máquinas virtuais, que, na realidade, consistem principalmente num ficheiro de configuração e num ficheiro de disco virtual por cada disco rígido. Nos últimos tempos, tornou-se bastante popular a implementação de sistemas virtuais em ambientes de produção; às vantagens referidas, há a acrescentar a otimização do consumo energético. Este aumento da popularidade da virtualização fez com que a Microsoft investisse bastante no seu desenvolvimento, tornando-a numa das áreas em que houve maior progresso no Windows Server ALTERAÇÕES DE HARDWARE AO VIVO O Windows Server 2016, quando instalado em hardware que suporte esta tecnologia, pode permitir alterações de hardware sem que o servidor tenha de ser reinicializado, num processo chamado de hotswap (troca a quente). Assim, é possível substituir uma memória avariada, acrescentar uma placa de rede ou retirar um modem, só para dar alguns exemplos. Melhor é impossível! IMPLEMENTAÇÃO DE CLUSTERS Um cluster é uma implementação de redundância que consiste no agrupamento de um grupo de computadores ligados entre si, vistos na rede como um único. Cada um dos computadores que constituem o cluster é denominado nó; sempre que um destes nós tem uma falha, outro assume as suas funções, garantindo um nível mínimo de paragens. O Windows Server 2016 inclui ferramentas de implementação e gestão de clusters que os torna mais seguros e fiáveis, possuindo a capacidade de efetuar testes aos nós, à rede e ao sistema de armazenamento NETWORK LOAD BALANCING O Network Load Balancing (NLB) é uma funcionalidade que permite a distribuição da carga das aplicações de clientes por múltiplos servidores, garantido, assim, disponibilidade e desempenho elevados. Uma das utilizações típicas é em servidores Web de elevado tráfego, em que vários servidores garantem sempre tempos de resposta satisfatórios. Esta solução é escalável, ou seja, é possível acrescentar novos servidores à medida que as necessidades aumentam.

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