Governo do Estado do Rio Grande do Norte Gabinete Civil Coordenadoria de Controle dos Atos Governamentais PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR



Documentos relacionados
LEI COMPLEMENTAR N. 290, DE 28 DE JULHO DE 2014 O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE

RIO GRANDE DO NORTE LEI COMPLEMENTAR Nº 463, DE 03 DE JANEIRO DE 2012.

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DF LEI Nº , DE 6 DE NOVEMBRO DE 2009.

Tropa de Elite - Polícia Militar Legislação da Polícia Militar Parte 05 Wagner Gomes

SECRETARIA DE SEGURANÇA, DEFESA E CIDADANIA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE RONDÔNIA COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS

Faço saber que a Assembleia Legislativa decretou e eu sanciono a seguinte Lei.

PLANOS DE CARGOS E SALÁRIOS DOS SERVIDORES MUNICIPAIS

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE SERVIÇOS LEGISLATIVOS

O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE

O GOVERNADOR DO ESTADO DE ALAGOAS Faço saber que o Poder Legislativo Estadual decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista o que consta do Processo n E- 09/760l/601/8l,

O Governador do Estado do Tocantins Faço saber que a Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

GOVERNO DO ESTADO DE RONDÔNIA GOVERNADORIA LEI COMPLEMENTAR N DE 19 DE ABRIL DE 2014.

Art. 1º - Os Quadros de Organização da Brigada Militar e a carreira dos Militares Estaduais passam a observar os preceitos estatuídos na presente Lei.

DECRETO Nº /2013

NOTA Nº 004/A2.3.5-GAB CMT EX, DE 18 NOVEMBRO DE 2013.

Parágrafo único. Aplica-se aos titulares dos órgãos referidos no caput deste artigo o disposto no art. 2º, 2º, desta Lei Complementar.

GOVERNO DO ESTADO DO ACRE POLÍCIA MILITAR DIVISÃO DE ENSINO E INSTRUÇÃO

ESTADO DE SANTA CATARINA PREFEITURA MUNICIPAL DE APIÚNA CNPJ / SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA

ESTADO DO MARANHÃO PREFEITURA MUNICIPAL DE IMPERATRIZ SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

LEI COMPLEMENTAR Nº 467, de 04Dez08.

ESTADO DE SANTA CATARINA

EMENTA: Dispõe sobre a reestruturação do Grupo Ocupacional Fisco de que trata a Lei nº 3.981/91, de 07 de janeiro de 1991, e dá outras providências.

LEI Nº DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SECRETARIA DA JUSTIÇA E DA SEGURANÇA BRIGADA MILITAR ASSESSORIA JURÍDICA DO COMANDANTE-GERAL

MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL E REFORMA DO ESTADO SECRETARIA DE RECURSOS HUMANOS PORTARIA NORMATIVA SRH Nº 2, DE 14 DE OUTUBRO DE 1998

PORTARIA Nº 749, DE 17 DE SETEMBRO DE 2012.

MINISTÉRIO DA DEFESA GABINETE DO MINISTRO PORTARIA NORMATIVA Nº 1.247/MD, DE 2 DE SETEMBRO DE 2008

DISPÕE SOBRE A AVALIAÇÃO DE ESTÁGIO PROBATÓRIO, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

Vencimento Qualificação Exigida. - Formação Superior de Engenharia Civil. Engenheiro Civil

RIO GRANDE DO NORTE LEI COMPLEMENTAR Nº 526, DE 18 DE DEZEMBRO DE 2014.

Roteiro para Aplicação da Avaliação de Desempenho dos Servidores da Administração Direta da Prefeitura de Rio Claro/SP

FACULDADE ADVENTISTA DA BAHIA REGULAMENTO DE MONITORIA DO CURSO DE PEDAGOGIA

ATO NORMATIVO Nº 021/2014

PORTARIA NORMATIVA Nº 2, DE 26 DE JANEIRO DE 2010

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, no uso de atribuição que lhe confere o inciso VII do art. 90, da Constituição do Estado, DECRETA:

RESOLUÇÃO Nº 555, DE 19 DE JUNHO DE 2015

EMEMDA DE REDAÇÃO. Deputado OSMAR SERRAGLIO Relator JUSTIFICAÇÃO

ESTADO DA SEGURANÇA, DEFESA E CIDADANIA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE RONDÔNIA COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS DEPARTAMENTO DE ENSINO

Estado de Santa Catarina CÂMARA MUNICIPAL DE PALHOÇA Setor de Expediente

Ministério da Educação UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ Criada pela Lei No de 24 de abril de 2002 Pró-Reitoria de Administração

PM-1 RESOLUÇÃO Nº 013/PM-1/EMG-PMMT/94, DE 14/3/94 (Publicado no BCG n.º 059 DE 29/03/94).

AFASTAMENTO PARA ESTUDO OU MISSÃO NO EXTERIOR

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

AULA 02 ROTEIRO CONSTITUIÇÃO FEDERAL ART. 5º; 37-41; ; LEI DE 13/07/1990 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E C A PARTE 02

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 316/2015 Deputado(a) Enio Bacci CAPÍTULO I DOS OBJETIVOS E DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

LEI COMPLEMENTAR Nº 1390/2006

Faculdade Marista Regulamento de Monitoria

Ministério da Ciência e Tecnologia

ATO DO 1º SECRETÁRIO Nº 2, DE 2013.

DECRETO Nº 1.745, DE 12 DE AGOSTO DE 2009.

ORDEM DE SERVIÇO Nº 08/2014

ESTADO DE SANTA CATARINA PREFEITURA MUNICIPAL BOMBINHAS-SC

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Parágrafo único. O Grupo Ocupações de Fiscalização e Arrecadação OFA, criado pela Lei Complementar nº 81, de 10 de março de 1993, fica extinto.

LEI , DE 29 DE DEZEMBRO DE

RESOLUÇÃO 04/2001 CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES. Art. 1º - Fixar normas para o Funcionamento do Programa de Bolsas de Monitoria na UESB.

TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO PRESIDÊNCIA ATO Nº 590/DILEP.CIF.SEGPES.GDGSET.GP, DE 30 DE AGOSTO DE 2013

PREFEITURA MUNICIPAL DE VENTANIA Estado do Paraná

PREFEITURA MUNICIPAL DE MUNIZ FREIRE - ES

Boletim Interno. Edição Extraordinária nº 19

L E I LEI Nº. 691/2007 DE 27 DE JUNHO DE 2.007

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

CONSELHO SUPERIOR (CANCELADA)

PORTARIA TRT 18ª GP/DG/SGPe Nº 395/2012 O DESEMBARGADOR-PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 18ª REGIÃO, no uso de suas atribuições legais

EDITAL DE PROCESSO SELETIVO PARA PROFESSOR SUBSTITUTO UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROCESSO SELETIVO PARA PROFESSOR SUBSTITUTO

RESOLUÇÃO CONCEA NORMATIVA Nº 21, DE 20 DE MARÇO DE 2015

RESOLUÇÃO Nº 372, DE 31 DE JULHO DE 2008

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Gabinete de Consultoria Legislativa

PORTARIA PREVI-RIO Nº 904 DE 6 DE DEZEMBRO DE 2012

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Gabinete de Consultoria Legislativa

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE SECRETARIA GERAL DOS CONSELHOS SUPERIORES

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

EDITAL DE SELEÇÃO PARA CONTRATAÇÃO EM CARÁTER TEMPORÁRIO ACT Nº. 0001, DE 08 DE JANEIRO DE 2015.

PROCESSO SELETIVO Nº 001/2015-DP/4

REGULAMENTO PROGRAMA DE MONITORIA

LEI Nº , DE 12 DE MAIO DE (Projeto de Lei nº 611/02, da Vereadora Claudete Alves - PT)

LEI Nº 6.568, DE 6 DE JANEIRO DE 2005.

FACULDADE DE CAMPINA GRANDE DO SUL Credenciada pela Portaria MEC nº 381/2001, de 05/03/2001 D.O.U. 06/03/2001

INSTITUI O SISTEMA DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DOS SERVIDORES ESTATUTÁRIOS DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

REGULAMENTO DE FUNCIONAMENTO DOS CURSOS E PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

COMANDANTE DO EXÉRCITO PORTARIA Nº 134, DE 19 DE MARÇO DE 2007.

RESOLUÇÃO SMF Nº 2712 DE 13 DE MARÇO DE 2012.

LEI Nº DISPÕE SOBRE A LIMPEZA DE FAIXA DE DOMÍNIO E DE TERRENOS URBANOS BALDIOS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO Fundação Instituída nos termos da Lei de 21/10/1966 São Luís Maranhão

ÂMBITO E FINALIDADE SERVIÇO DE EMPRÉSTIMO DE VALORES MOBILIÁRIOS

PORTARIA NORMATIVA Nº 199 / 2011

EDITAL Nº 14/2014 PROCESSO SELETIVO PARA REMOÇÃO DE SERVIDORES TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS ENTRE OS CAMPI DA UFERSA

RESOLUÇÃO N o 09/96, DO CONSELHO UNIVERSITÁRIO

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS REGIONAL GOIÂNIA ESCOLA DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA

RIO GRANDE DO NORTE LEI COMPLEMENTAR Nº 411, DE 08 DE JANEIRO DE 2010.

Ao Colendo Plenário. A Mesa Diretora da Câmara Municipal de Canoas apresenta o seguinte projeto de resolução:

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE ARAPONGAS ESTADO DO PARANÁ

1.2 Duração e Períodos de Realização

APROVAR as normas para concessão de afastamento para pós-graduação aos servidores do IF-SC. CAPÍTULO I DOS TIPOS DE PÓS-GRADUAÇÃO

CAPÍTULO III DA REESTRUTURAÇÃO

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CONSELHO UNIVERSITÁRIO RESOLUÇÃO Nº 01/88

Transcrição:

Governo do Estado do Rio Grande do Norte Gabinete Civil Coordenadoria de Controle dos Atos Governamentais PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Dispõe sobre o Regime de Promoção das Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio Grande do Norte e dá outras providências. A GOVERNADORA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE: Faço saber que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1º - Esta Lei estabelece os critérios e as condições que asseguram às praças da Polícia Militar (PM-RN) e do Corpo de Bombeiros Militar (CBM-RN) do Estado do Rio Grande do Norte o acesso e evolução na hierarquia policial e bombeiro militar, mediante promoção de forma seletiva, gradual e sucessiva. Art. 2º - A promoção é um ato administrativo e tem como finalidade básica o preenchimento seletivo das vagas pertinentes ao grau imediatamente superior, com base nos efetivos fixados em Lei para os Quadros de Praças Policiais Militares e Bombeiros Militares. Art. 3º - A forma seletiva, gradual e sucessiva da promoção resultará de um planejamento para a carreira das praças, organizada na Polícia Militar e no

Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio Grande do Norte, de acordo com a sua peculiaridade. Parágrafo Único - O planejamento assim realizado deverá assegurar um fluxo de carreira regular e equilibrado. CAPÍTULO II DOS CRITÉRIOS DE PROMOÇÃO Art. 4º - As promoções são efetuadas pelos critérios de: I - Antiguidade; II Meritocracia; III - Post mortem; IV Por bravura; V Trintenária; VI - Em casos extraordinários, ressarcimento de preterição. Seção I Da promoção por antiguidade Art. 5º - Promoção por antiguidade é aquela que se baseia na precedência hierárquica de uma praça policial militar ou bombeiro militar sobre os demais de igual graduação, dentro do mesmo Quadro e será o critério exclusivo de ascensão funcional para as promoções até a graduação de segundo sargento PM ou BM. 1º - A precedência hierárquica é definida pelo tempo na graduação e, nos casos de promoção de mesma data, será definida pelo grau intelectual obtido no respectivo curso de formação. 2º - Persistindo a indefinição, se recorrerá à antiguidade na graduação anterior dos militares e, por último, terá precedência o candidato de maior idade. Seção II Da promoção por Meritocracia Art. 6º - A promoção por meritocracia é aquela que se baseia na contagem de pontos apurada através dos critérios objetivos contidos na ficha de

reconhecimento meritório dos sargentos a qual visa valorar a praça entre seus pares, e será o critério exclusivo de ascensão funcional para as promoções à graduação de primeiro sargento e subtenente PM ou BM. Parágrafo Único - A relação com a classificação meritória dos sargentos será tornada pública através do quadro de acesso publicado em boletim geral da respectiva Corporação até 30 (trinta) dias antes da data prevista para as promoções. Seção III Da promoção Post Mortem Art. 7º - A promoção post mortem independe da existência de vagas, é aquela que visa expressar o reconhecimento do Estado do Rio Grande do Norte à praça policial militar ou bombeiro militar falecida no cumprimento do dever ou em conseqüência disto. Seção IV Da promoção por Bravura Art. 8º - A bravura constitui motivo de promoção, independente de quaisquer outras condições previstas neste Regulamento, quando verificada através de ação de preservação da ordem pública ou exercício regular do poder de polícia, prevenção e combate a incêndio e defesa civil, estando ou não a praça de serviço. 1º - A ação motivadora da promoção prevista no caput deste artigo deverá se sobressair às ações habituais do militar estadual, sendo vista como ato diferenciado. 2º - A verificação do enquadramento será feita por comissão especialmente constituída para esse fim - composta por representantes dos ciclos de Oficias Superiores, Subtenentes e Sargentos, Cabos e Soldados da OM onde o militar for lotado - através de processo administrativo onde se levarão em conta todas as circunstâncias do acontecimento da ação. 3º - Após o acolhimento do parecer favorável para promoção, o Comandante Geral remeterá o processo para a Chefia do Executivo estadual que detém a competência para esse tipo de promoção. 4º - É garantido ao graduado promovido por bravura, mediante opção devidamente documentada, habilitar-se ao acesso às graduações subseqüentes

mediante a satisfação das respectivas condições normalmente exigidas, em especial a aprovação nos cursos de habilitação ou aperfeiçoamento exigidos para tal fim. Seção V Da promoção Trintenária Art. 9º - A promoção trintenária é aquela a qual assegura a praça da ativa, ao completar 30 (trinta) anos de efetivo serviço, ser promovida a graduação imediatamente superior ou, sendo subtenente, ao posto de segundo tenente, se tiver um ano de exercício na graduação atual e atender os demais requisitos legais, independente da existência de vaga, sendo obrigatoriamente agregado e encaminhado à reserva remunerada no prazo máximo de 90 (noventa) dias. 1º - Para o cálculo do tempo para a promoção trintenária considera-se efetivo serviço o período de serviços prestados, contados dia a dia, não se computando para esse efeito a averbação de tempo externo a respectiva Corporação, bem como, o tempo fictício de contagem em dobro de férias ou licença especial não gozadas. Seção VI Da promoção em ressarcimento de preterição Art. 10º - Promoção em ressarcimento de preterição é aquela feita após ser reconhecido à praça preterida, por decisão administrativa ou judicial, o direito à promoção que lhe caberia e que não foi efetivada em época oportuna por vício no processo de promoção. 1º - A promoção será efetuada segundo os critérios de antiguidade recebendo a praça o número que lhe competia na escala hierárquica como se houvesse sido promovido na época devida, bem como, fará jus a contagem do respectivo tempo para as promoções seguintes. 2º - A praça policial ou bombeiro militar promovida indevidamente retornará à graduação anterior e, salvo comprovada má-fé, não ficará obrigada a restituir o que houver recebido a mais. 3º - A praça policial ou bombeiro militar a ser promovida será indenizado pela diferença da remuneração à qual tiver direito.

CAPÍTULO III DAS CONDIÇÕES BÁSICAS Art. 11. - Para o ingresso na carreira de praça é feito na graduação inicial do Quadro de Praças Policiais Militares ou Bombeiros Militares, será exigido certificado de conclusão de curso de nível superior, devidamente reconhecido pelo MEC, após aprovação em concurso publico satisfeitas as exigências legais, acrescidas das previstas em edital próprio. Parágrafo Único: A ordem hierárquica de colocação das praças nas graduações iniciais resulta da ordem de classificação no curso correspondente. Art. 12. - Para ser promovido é imprescindível que a praça conclua com aproveitamento os cursos freqüentados e, nos casos dos graduados, esteja incluída no Quadro de Acesso correspondente. CAPÍTULO IV DO QUADRO DE ACESSO Seção I Generalidades Art. 13. - Quadro de Acesso (QA) é a relação dos militares que concorrerão às promoções previstas dentro de suas respectivas graduações e será confeccionado conforme o respectivo critério classificatório. 1º - Para as promoções dentro dos respectivos quadros até a graduação de segundo sargento PM ou BM, o quadro de acesso terá sua classificação aferida segundo o critério exclusivo de antiguidade. 2º - Para as promoções à graduação de primeiro sargento e subtenente PM ou BM dentro dos respectivos quadros, o quadro de acesso terá sua classificação aferida segundo o critério exclusivo de meritocracia. 3º - Não será incluída no quadro de acesso a praça que virá a atingir a idade limite de permanência na ativa antes da data prevista para as respectivas promoções.

Seção II Das condições de ingresso no Quadro de Acesso Art. 14. Constitui condição básica para ingresso nos Quadros de Acessos para concorrer às promoções dos Quadros de Praças Policiais Militares ou Bombeiros Militares, ter a praça completado até a data da promoção, em cada graduação, o interstício mínimo de: I - Cinco anos como Soldado, para a graduação de Cabo; II - Três anos como Cabo, para a graduação 3º Sargento; III - Dois anos como 3º Sargento, para a graduação de 2º Sargento; IV - Dois anos como 2º Sargento, para a graduação de 1º Sargento; V - Um ano como 1º Sargento, para a graduação de Subtenente. 1 o Diante da inexistência de vagas, a praça será promovida ex officio ficando na condição de excedente, quando cumprir o dobro do interstício mínimo exigido para a promoção. 2º - Excedente configura uma condição, não sendo considerado um quadro, de modo que o militar permanecerá nessa condição, sem que tenha qualquer prejuízo, até o surgimento de vagas conforme as hipóteses previstas nesta Lei. 3º - O interstício para promoção de graduados previsto nos incisos do Caput, deste artigo, pode ser reduzido à metade, por ato do Comandante-Geral da Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Norte ou do Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio Grande do Norte, motivado pela existência de vagas ou por necessidade imperiosa de renovação dos Quadros. Art. 15 - A praça não poderá constar no Quadro de Acesso quando: I - deixar de satisfazer as condições estabelecidas no Artigo 14º; II - for condenada, enquanto durar o cumprimento da pena, inclusive no caso de suspensão condicional da pena, não se computando o tempo acrescido à pena original para fins de sua suspensão condicional; III - for licenciada para tratar de interesse particular;

IV - for condenada à pena de suspensão do exercício do posto, cargo ou função prevista no Código Penal Militar, durante o prazo dessa suspensão; V - for considerada desaparecida ou extraviada. Parágrafo Único - Será excluída do Quadro de Acesso a praça policial ou bombeiro que incidir em uma das circunstâncias previstas neste artigo ou em uma das seguintes: I - for nele incluído indevidamente; II - for promovida; III - tiver falecido; IV - passar à inatividade. Art. 16 - Não é computado, para efeito de promoção, o tempo de: I - licença para tratar de interesse particular, sem vencimentos; II - ausência, extravio e deserção; III - privação ou suspensão de exercício de cargo ou função, nos casos previstos em lei; IV - cumprimento de sentença penal ou de prisão judicial; e V - interdição judicial. CAPÍTULO IV DO PROCESSAMENTO DAS PROMOÇÕES Seção I Das Vagas Art. 17 - Somente serão consideradas para as promoções as vagas provenientes de: I - promoção à graduação superior; II - passagem à situação de inatividade; III - demissão; IV agregação; V - falecimento; e VI - aumento de efetivo. Art. 18 - As vagas são consideradas abertas:

I - na data da assinatura do ato que promove, passa para a inatividade, demite ou agrega o militar, salvo se no próprio ato for estabelecida outra data; II - na data oficial do óbito; e III - como dispuser a lei, no caso de aumento de efetivo. Seção II Das Condições de promoção Art. 19 - São condições imprescindíveis para promoção à graduação superior, ressalvadas prescrições especiais constantes dos regulamentos das Escolas ou centros em que funcionarem os cursos previstos, que a praça satisfaça os seguintes requisitos essenciais, acrescidos dos estabelecidos para cada graduação: I Existência de vagas no respectivo quadro, salvo na promoção ex ofício e nas hipóteses dos incisos III, IV e V do artigo 4º; II Haver completado, no mínimo, os interstícios previstos no artigo 14º; III - Estar classificado no mínimo no comportamento BOM ; IV Ser considerado apto em inspeção de saúde, a qual tem a validade de 12 meses; V - Não estiver SUBJUDICE com processo no foro criminal comum ou militar, ou submetido a Conselho de Disciplina ou Processo Administrativo Disciplinar; VI - Não se encontrar em deserção, ausência ilegal ou licença para tratar de interesse pessoal sem remuneração, e VII - Não estar em cumprimento de sentença; VIII Haver concluído com aproveitamento o Curso de Habilitação de Sargentos CHS para a promoção à graduação de 3º sargento, e o Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos - CAS para a promoção à graduação de 1º sargento e subtenente PM ou BM. 1º - No caso de incapacidade temporária, o graduado será promovido ao ser julgado APTO e a contar da data da promoção a qual teria sido promovido caso houvesse sido apto, independentemente de existência de vaga. 2º - No caso de incapacidade definitiva, ou de incapacidade temporária por prazo superior a dois (2) anos, o graduado será reformado, de acordo com o Estatuto dos Policiais Militares.

3º - absolvido em última instância, ou declarado sem culpa pelo Conselho de Disciplina ou Processo Administrativo Disciplinar, bem como, absolvido no foro criminal comum ou militar, será o graduado promovido em ressarcimento de preterição, independentemente de vaga e data, tendo sua antiguidade assegurada como se houvesse sido promovido na data prevista. Seção III Das Datas de Promoção Art. 20 - As promoções são efetuadas, anualmente, por antiguidade nos dias 21 de abril e 25 de agosto para os Policiais Militares e 02 de julho e 29 de novembro para os Bombeiros Militares, devendo os quadros de acesso ser publicados em Boletim Geral da Corporação até 30 (trinta) dias antes da data prevista para a respectiva promoção. Parágrafo único - A promoção das praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio Grande do Norte é da competência do Comandante Geral da respectiva Corporação. Art. 21 - As promoções por antiguidade e por meritocracia são realizadas obedecendo rigorosamente à seqüência do respectivo Quadro de Acesso. Parágrafo Único - A antiguidade das praças será determinada pelo tempo na graduação ou, nos casos em que os concorrentes à promoção tenham sido promovidos na mesma data, pela média final atribuída no curso realizado como requisito para a promoção anterior. Seção IV Da Comissão de Promoção de Praças - CPP Art. 22 - O processamento das promoções é de responsabilidade da Comissão de Promoção de Praças, constituída por membros natos e membros efetivos. 1º - A Comissão de Promoção de Praças CPP será presidida pelo Subcomandante e Chefe do EMG da Corporação. 2º - É membro nato o Diretor de Pessoal da Polícia Militar / Chefe do Centro de Recursos Humanos do Corpo de Bombeiros Militar.

3º - É secretário da Comissão de Promoção de Praças o Subdiretor de Pessoal da Polícia Militar e o Sub Chefe do Centro de Recursos Humanos do Corpo de Bombeiros Militar. 4º - São membros efetivos, indicados pelo Comandante-Geral, dois oficiais intermediários da Polícia Militar e/ou do Corpo de Bombeiros Militar sendo, obrigatoriamente, pelo menos um integrante do Quadro de Oficiais Administrativo da respectiva instituição. CAPÍTULO V DOS RECURSOS Art. 23 - A praça que se julgar prejudicada em conseqüência de composição de Quadro de Acesso, em seu direito de promoção, poderá interpor recurso ao Comandante-Geral da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, como última instância na esfera administrativa. 1º - Para a apresentação do recurso, a praça terá o prazo de quinze dias corridos, a contar do recebimento da notificação do ato que julga prejudicá-la ou da publicação oficial no Boletim Geral da Corporação. 2º - Recebido o recurso, o Comandante-Geral da Corporação deverá encaminhá-lo para ser avaliado pela Comissão de Promoção de Praças e com o parecer da Assessoria Jurídica do Comando, para então, emitir o provimento ou não do respectivo recurso. 3º - O recurso referente à composição de Quadro de Acesso e a promoção deverá ser solucionado no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados a partir da data de seu recebimento. CAPÍTULO VI DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art. 24 - Fica extinto o Quadro Excedente de Praças QEP, sendo as vagas nele previstas acrescidas na Qualificação Policial Militar Particular Combatente QPMP-0. 1º - Os militares estaduais do Quadro Excedente de Praças QEP migrarão para a Qualificação Policial Militar Particular Combatente QPMP-0, passando a concorrer às promoções seguintes dentro das vagas da referida QPMP.

2º - A antiguidade dos militares estaduais que sejam oriundos do Quadro Excedente de Praças QEP lhe serão asseguradas conforme os critérios dispostos na presente Lei. 3º - Excedente será considerado uma condição do militar que for promovido sem a existência da respectiva vaga, sem que a situação lhe traga nenhum prejuízo, podendo o mesmo deixar essa condição com o surgimento de vaga em data posterior a sua promoção. Art. 25 - O artigo 59 da Lei Estadual nº 4.630, de 16 de dezembro de 1976, passa a vigorar com a seguinte redação: Art. 59 - As promoções serão efetuadas pelos critérios de Antigüidade e merecimento para os oficiais e por antiguidade, por meritocracia e trintenária para as praças, ou ainda, por bravura e post-mortem para ambos os círculos. (NR). Art. 26 - A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar do Estado deverão realizar semestralmente os cursos que configuram requisitos para a promoção as graduações seguintes, a fim de que possibilitem as promoções harmônicas e sucessivas. Art. 27 - A promoção à graduação de Cabo PM ou BM será efetivada após o cumprimento do interstício definido no artigo 14º, combinado com o artigo 19º desta Lei. Art. 28 - O Curso de Habilitação de Sargentos - CHS terá a duração de 90 (noventa) dias e deixará a praça habilitada à promoção até a graduação de 2 Sargento PM ou BM. Art. 29 - O Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos - CAS terá a duração de 30 (trinta) dias e deixará a praça habilitada às promoções até a graduação de subtenente PM ou BM. Art. 30 - Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Palácio de Despachos de Lagoa Nova, em Natal, 25 de dezembro de 2011, 190º da Independência e 123ª da República.

ROSALBA ESCÓSSIA CIARLINI ROSADO Manoel Pereira do Santos Aldair da Rocha