Redes de Computadores e Aplicações. Aula 35 Estratégias de Roteamento IP Unicast Parte 2

Documentos relacionados
UFRN/COMPERVE CONCURSO PÚBLICO IFRN 2010 DOCENTE

3º Semestre. Aula 02 Introdução Roteamento

Redes de Computadores e Aplicações. Aula 34 Estratégias de Roteamento IP Unicast Parte 1

ROUTER. Alberto Felipe Friderichs Barros

Redes de Computadores e Aplicações. Aula 37 Roteamento IP Unicast Dinâmico RIP

# $ % & ' ( ) * ' ( ) *! " " Orientador +, -

Roteamento e Roteadores. Conceitos Diversos

CCNA 1 Roteamento e Sub-redes. Kraemer

Curso de extensão em Administração de sistemas GNU/Linux: redes e serviços

Redes de Computadores

Capítulo 3 - Sumário. Tipos de Rotas (Diretas, Estáticas e Dinâmicas) Protocolos de Roteamento (RIP, OSPF e BGP)

Prof. Roitier Campos Gonçalves 1. Aula 02. Introdução aos Conceitos de Roteamento

RCO2. Redes Locais: Interligação de LANs com roteadores

REDES DE COMPUTADORES E TELECOMUNICAÇÕES MÓDULO 11

Redes de Computadores. Aula: Roteamento Professor: Jefferson Silva

Redes. DIEGO BARCELOS RODRIGUES Ifes - Campus Cachoeiro de Itapemirim

% & ' ( serviços fornecidos pela camada de rede. roteamento na Internet. princípios de roteamento. funcionamento de um roteador. IPv6.

Capítulo 7: Roteando Dinamicamente (Resumo)

Introdução aos Protocolos de Roteamento Dinâmico

AULA 07 Roteamento Dinâmico com Protocolo RIP

Redes de Computadores. Aula: Open Shortest Path First - OSPF Professor: Jefferson Silva

Redes de Computadores

Capítulo 7: Roteando Dinamicamente

REDES DE COMPUTADORES E REDES INDUSTRIAIS

também conhecido como Interior Gateway Protocols (IGP) protocolos de roteamento intra-as mais comuns:

Capítulo 7: Roteando Dinamicamente

Apresentar os conceitos básicos de roteamento, descrever os protocolos de roteamento RIP, OSPF e BGP, apresentando suas características principais e

Capítulo 4 A camada de REDE

Redes de Computadores I

O que é a distância administrativa?

Redes de Computadores I - Princípios de Roteamento. por Helcio Wagner da Silva

RIP Routing Information Protocol Versão 1 e 2

CST em Redes de Computadores

ROTEAMENTO REDES E SR1 ETER-FAETEC. Rio de Janeiro - RJ ETER-FAETEC

Capítulo 4: Conceitos de Roteamento

CCNA Exploration (Protocolos e Conceitos de Roteamento) Protocolo RIP

PTC Aula Roteamento intra-as na Internet: OSPF 5.4 Roteamento entre os ISPs: BGP. (Kurose, p ) (Peterson, p.

Open Shortest Path First (OSPF)

PROGRAMA DE DISCIPLINA

Flávio G F Camacho Vipnet Baixada Telecomunicações e Informática LTDA

Introdução ao Roteamento

No ponto onde broadcast e/ou flooding deixa de fazer sentido, outro tipo de equipamento se faz necessário: O ROTEADOR!

Comunicação de Dados

CONFIGURAÇÃO DE ROTEADORES CISCO. Prof. Dr. Kelvin Lopes Dias Msc. Eng. Diego dos Passos Silva

Prof. Samuel Henrique Bucke Brito

Redes de Computadores RES 12502

Protocolos de Roteamento link-state

Capítulo 4 A camada de REDE

Faculdade de Ciências Exatas da PUC SP Sistemas de Informação Laboratório de Redes II - Prof. Julio Arakaki

Capítulo 8: OSPF de Área Única

CCNA 2 Conceitos Básicos de Roteadores e Roteamento

Redes de Computadores II

Aula 13 Roteamento Dinâmico com Protocolos Link-State (Protocolo OSPF)

CCNA Exploration (Protocolos e Conceitos de Roteamento) OSPF

Protocolos de Roteamento Dinâmico (Vetor de Distância)

RIP OSPF. Características do OSPF. Características do OSPF. Funcionamento do OSPF. Funcionamento do OSPF

Redes de Computadores e Aplicações. Aula 30 Endereçamento IP Endereços Especiais

Redes de computadores. Monteiro, Emiliano S. Professor Out/2016

Tabela de roteamento

Auxiliar em Administração de Redes de Computadores. Aula 09 Introdução ao Endereçamento IP

JUNIOR APARECIDO RODRIGUES DA CRUZ ESTUDO COMPARATIVO ENTRE PROTOCOLOS DE ROTEAMENTO DINÂMICO: RIP E OSPF

Redes de Computadores e a Internet

BC-0506: Comunicação e Redes Aula 04: Roteamento

Redes de Computadores

Redes de Computadores

Os efeitos do endereço de encaminhamento na seleção de caminho de LSA tipo 5

Redes de Computadores I Conceitos Básicos

Redes de Computadores

LSA externo com sub-redes de sobreposição no OSPF

RIP Routing Information Protocol

Roteamento Estático. Protocolos de roteamento. Capítulo 6 do CCNA2

Roteamento BGP. Introdução

Camadas do TCP/IP. Camada de Rede Protocolo IP. Encapsulamento dos Dados. O Protocolo IP. IP visto da camada de Transporte.

Ao escolher os protocolos nesta fase do projeto, você terá subsídio para listar as características funcionais dos dispositivos a ser adquiridos

Nível de Rede. Disciplina: Redes de Computadores. Profa. Débora Christina Muchaluat Saade

Roteamento Prof. Pedro Filho

Redes de Computadores

Impedindo IDs duplicados de roteadores EIGRO

Rede de computadores Roteador. Professor Carlos Muniz

Tabela de Roteamento

Capítulo 6: Roteamento Estático. Protocolos de roteamento

Teoria dos Grafos Aula 24

Troubleshooting complexo do Mensagem de Erro OSPF

Curso BCOP. Introdução ao roteamento

Que são áreas do OSPF e enlaces virtuais?

Roteamento na Internet

Universidade Federal do Rio de Janeiro Departamento de Engenharia Eletrônica

Redes de Computadores e Aplicações. Aula 24 - Camada de Aplicação Protocolo DHCP

Roteamento subótimo ao redistribuir entre processos de OSPF

Administração de Sistemas

Como o roteador trabalha?

Recursos de demanda de circuito OSPF

Roteamento AS e OSPF. AS Autonomous System

Aula 20. Roteamento em Redes de Dados. Eytan Modiano MIT

Redistribuindo Protocolos de Roteamento

CCNA Exploration Endereçamento de Rede IPv4. kraemer

Transcrição:

Redes de Computadores Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do N Campus Currais Novos Redes de Computadores e Aplicações Aula 35 Estratégias de Roteamento IP Unicast Parte 2 Prof. Diego Pereira <diego.pereira@ifrn.edu.br>

Objetivo Continuar o entendimento sobre o processo de Roteamento Unicast; Ver os principais pontos sobre Roteamento Dinâmico; Conhecer os principais protocolos de Roteamento Dinâmico; Compara os processos de roteamento estático e dinâmico; 2

Roteamento dinâmico Adota protocolos de roteamento para criar, remover e atualizar rotas dinamicamente Rotas são manipuladas de forma automática, rápida e confiável Melhora a confiabilidade da rede e o tempo de resposta às mudanças operacionais 3

Roteamento dinâmico É adequado para inter-redes grandes, complexas e instáveis É adequado também a redes pequenas como rotas redundantes e freqüentes mudanças 4

Roteamento dinâmico Principais protocolos RIP (Routing Information Protocol) OSPF (Open Shortest Path First) BGP (Border Gateway Protocol) 5

Roteamento dinâmico Características operacionais diferenciam os protocolos de roteamento Número de caminhos Propagação das rotas Organização estrutural Hierarquia de roteamento Propagação de máscara 6

Roteamento dinâmico Número de caminhos Caminho único Instala uma única rota para cada destino Múltiplos caminhos Instala, quando possível, diversas rotas para cada destino 7

Roteamento dinâmico Propagação de rotas Vetor-distância (Distance-vector) Periodicamente, envia informações de roteamento aos roteadores vizinhos Propagações são realizadas de forma independente das mudanças operacionais Estado de enlace (Link-State) Inicialmente, envia informações sobre as redes físicas (enlaces) diretamente conectados a todos os roteadores Novas propagações serão realizadas apenas após mudanças operacionais nos enlaces 8

Roteamento dinâmico Organização estrutural Estrutura plana roteadores desempenham o mesmo papel, realizando as mesmas funções Estrutura hierárquica Roteadores são organizados de forma hierárquica, desempenhando diferentes papéis Função de cada roteador depende de sua localização física na inter-rede 9

Roteamento dinâmico Hierarquia de roteamento IRP (Interior Routing Protocol) Protocolo de roteamento adotado dentro de sistemas autônomos ERP (Exterior Routing Protocol) Protocolo de roteamento adotando entre sistemas autônomos Sistema autônomo é um conjunto de redes controladas por uma única autoridade administrativa, que possui autonomia para selecionar o protocolo de roteamento interior. 10

Roteamento dinâmico Propagação de máscara Protocolo Classfull Não inclui as máscaras de rede quando propaga as informações de roteamento Protocolo ClassLess Inclui as máscaras de rede quando propaga as informações de roteamento 11

Roteamento Dinâmico x Estático Complexidade de Configuração Conhecimentos administrativos necessários Mudanças na Topologia Dimensionamento Dinâmico Independente do tamanho da rede Conhecimentos avançados necessários Adaptáveis automaticamente Topologias simples e complexas Estático Aumenta com tamanho da rede Nenhum conhecimento adicional necessário Requer intervenção do administrador Topologias simples Segurança Menos seguro Mais seguro Uso de recursos Previsibilidade CPU, memória e largura de banda do link Depende da topologia atual Não requer Rota de destino sempre é a mesma 12

Roteamento híbrido Inicialmente as tabelas de roteamento são configuradas como rotas estáticas Rotas diretas para redes diretamente conectadas Rotas estáticas para redes que provêem serviços essenciais Posteriormente, protocolos de roteamento complementam as tabelas de roteamento Rotas dinâmicas para as demais redes físicas que compõem a inter-rede 13

Exemplo 1 E1 Rede Nex-hop 10.0.0.0 Direct 150.10.0.0 10.0.0.1 200.10.1.0 10.0.0.1 Rede Nex-hop 10.0.0.0 200.10.1.2 150.10.0.0 200.10.1.2 200.10.1.0 Direct E3 N1 10.0.0.0 R1 10.0.0.1 150.10.0.1 N2 150.10.0.0 150.10.0.2 R2 200.10.1.2 N3 200.10.1.0 Rede Nex-hop 10.0.0.0 Direct 150.10.0.0 Direct 200.10.1.0 150.10.0.2 Rede Nex-hop 10.0.0.0 150.10.0.1 150.10.0.0 Direct 200.10.1.0 Direct E2 E4 14

Rota Default Características Consolidam diversas rotas em apenas uma única entrada na tabela de roteamento Reduzem o tamanho das tabelas de roteamento Tornam o roteamento mais eficiente São representadas por um par (N,R) N: Endereço reservado 0.0.0.0 R: Endereço do próximo roteador São adotadas somente quando não existe uma rota para a estação ou rede destino 15

Exemplo 2 E1 Rede Nex-hop 10.0.0.0 Direct Default 10.0.0.1 Rede Nex-hop 200.10.1.0 Direct Default 200.10.1.2 E3 N1 10.0.0.0 R1 10.0.0.1 150.10.0.1 N2 150.10.0.0 150.10.0.2 R2 200.10.1.2 N3 200.10.1.0 Rede Nex-hop 10.0.0.0 Direct 150.10.0.0 Direct Defalut 150.10.0.2 Rede Nex-hop 150.10.0.0 Direct 200.10.1.0 Direct Default 150.10.0.1 E2 E4 16

Considerações Finais As estratégias de roteamento são fundamentais para a melhor utilização dos recursos da rede, cabe ao administrador julgar qual a estratégia ele deseja implementar considerando as suas necessidades. 17

Referências James F. Kurose, Redes de Computadores e a Internet Escola Superior de Redes, Arquitetura e Protocolos de Redes TCP/IP Escola Superior de Redes, Roteamento avançado Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Disponível em www.priberam.pt 18