PROTOCOLO DE COLABORAÇÃO



Documentos relacionados
Protocolo de Colaboração

PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO ENTRE A COMISSÃO PARA A CIDADANIA E IGUALDADE DE GÉNERO (CIG) E A COOPERATIVA ANTÓNIO SÉRGIO PARA A ECONOMIA SOCIAL

PROPOSTA CONJUNTA IEFP- CASES PROGRAMA NACIONAL DE MICROCRÉDITO

1ª CONFERÊNCIA IBÉRICA DE EMPREENDEDORISMO

PROTOCOLO ENTRE O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E O MINISTÉRIO DA SAÚDE

PROTOCOLO. Cooperação para a formação financeira de empreendedores, gestores e empresários das micros, pequenas e médias empresas

Factores Determinantes para o Empreendedorismo. Encontro Empreender Almada 26 de Junho de 2008

PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO

PROGRAMA IMPULSO JOVEM

PLANO DE ACÇÃO E ORÇAMENTO PARA 2008

I N C E N T I V O S A O E M P R E E N D E D O R I S M O Page 1. Incentivos ao EMPREENDEDORISMO

PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU NOS DOMÍNIOS DO EQUIPAMENTO, TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES.

Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento. ( ) ENED Plano de Acção

Empreendedorismo Feminino

Protocolo de Colaboração Rede Embaixadores para a Responsabilidade Social das Empresas dos Açores

Introdução 02. CRER Metodologia Integrada de Apoio ao Empreendedor 04. Passos para criação do CRER Centro de Recursos e Experimentação 05

PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO. A Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, doravante designado por OTOC, pessoa

EMISSOR: Presidência do Conselho de Ministros e Ministério da Economia e do Emprego

Plano de Actividades do CEA para 2006

DIRECÇÃO REGIONAL DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E COMUNICAÇÔES

REGULAMENTO INTERNO CENTRO COMUNITÁRIO

Estratégias regionais, para a investigação e inovação, implementadas nas Regiões. O que foi feito?

Criar Valor com o Território

Iniciativa Move-te, faz Acontecer

Programa Operacional Regional Alentejo 2014/2020. Inclusão Social e Emprego

Consultoria Para Mapeamento os Actores e Serviços de Apoio as Mulheres Vitimas de Violência no País 60 dias

PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO ENTRE A COMISSÃO PARA A CIDADANIA E IGUALDADE DE GÉNERO E A CÂMARA MUNICIPAL DA LOUSÃ

O Mês do Terceiro Sector. A Qualidade e a Qualificação no Terceiro Sector. Faculdade de Letras da Universidade do Porto 20 de Maio 2008

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. QREN: uma oportunidade para a Igualdade entre homens e mulheres

PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO ENTRE

PO AÇORES 2020 FEDER FSE

Dinamizar o Empreendedorismo e promover a Criação de Empresas

DECLARAÇÃO CONJUNTA. Feito em São Tomé, em 30 de Maio de Pelo Governo da República Portuguesa:

ESTATUTOS DO CENTRO DE FILOSOFIA DA UNIVERSIDADE DE LISBOA. Artigo 1.º (Natureza, Membros)

Decreto n.º 20/92 de 4 de Abril Protocolo de Cooperação entre a República Portuguesa e a República Popular de Angola na Área das Finanças Públicas

REGULAMENTO DE PROCEDIMENTOS DO PROGRAMA NACIONAL DE MICROCRÉDITO

PROGRAMA DE AÇÃO E ORÇAMENTO Servir a comunidade; educar para a cidadania e incluir os mais vulneráveis

PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO. entre COMITÉ OLÍMPICO DE PORTUGAL E A FACULDADE DE MOTRICIDADE HUMANA DA UNIVERSIDADE DE LISBOA

UNIÃO EUROPEIA Fundo Social Europeu. Guia de preenchimento do Formulário de Candidatura da Entidade Organizadora

SISTEMA DE APOIO A ACÇÕES COLECTIVAS (SIAC)

ESTATUTOS. Artigo 1.º Denominação e sede

ESCOLA PROFISSIONAL DE FELGUEIRAS ESTATUTOS CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO ENTRE COMISSÃO PARA A CIDADANIA E A IGUALDADE DE GÉNERO MUNICÍPIO DO BARREIRO

Grupo de Trabalho para as Questões da Pessoa Idosa, Dependente ou Deficiente de Grândola REGULAMENTO INTERNO

DESENVOLVIMENTO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, GERAÇÃO DE EMPREGO E INCLUSÃO SOCIAL. XII Seminario del CILEA Bolívia 23 a 25/06/2006

Turnaround Social 26/07/2015. Instrumentos de Financiamento Portugal junho Portugal 2020

Instituto da Segurança Social, I.P. Centro Distrital de Lisboa Sector da Rede Social

Ministérios da Administração Interna, do Trabalho e da Solidariedade Social e da Educação PROTOCOLO. Entre MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA,

Divisão de Assuntos Sociais

Relatora: Cláudia Garcia (Nuclisol Jean Piaget)

PROTOCOLO ENTRE. Considerando que:

Eixos Estratégicos Objectivos Estratégicos Objectivos Operacionais Acções Aumentar a oferta formativa nas áreas das artes e das tecnologias

Workshop Estratégias para Vencer Mostra de Oportunidades de Emprego

Apresentação. Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares. Oliveira de Azeméis Novembro 2007

PROTOCOLO DE COLABORAÇÃO

BANCO DE INOVAÇÃO SOCIAL - BIS NORMAS DE PARTICIPAÇÃO NO PROGRAMA DE APOIO AO EMPREENDEDORISMO

ANDC.

Perfil de Competências Transversais e de Formação do Empreendedor

ACORDO DE COOPERAÇÃO NO DOMÍNIO DA DEFESA ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A REPÚBLICA DE ANGOLA

Programa Operacional Regional Alentejo 2014/2020

Captação de Grandes Congressos Internacionais. Regulamento

Programa Local de Responsabilidade Social de Ferreira do Alentejo

João Samartinho Departamento de Informática e Métodos Quantitativos. Jorge Faria Departamento de Ciências Sociais e Organizacionais

O contributo do Cluster Habitat Sustentável

Regulamento Interno do Conselho Local de Acção Social de Montemor-o-Novo

PROPOSTA DE REGULAMENTO INTERNO

CONTEXTO: Avanços importantes: - Planificação anual conjunta das actividades do sector; -Relatório anual comum de actividades integradas.

[objetivo do Projeto]

Dinâmicas de exportação e de internacionalização

::ENQUADRAMENTO ::ENQUADRAMENTO::

Iniciativa Portugal Inovação Social Novos programas de financiamento da inovação social no Portugal2020

Comissão Social Inter Freguesias da Zona Central

Prioridades do FSE para o próximo período de programação

Fórum Crédito e Educação Financeira 25 de Janeiro de António de Sousa

Novas Ideias Novos Negócios. 2 de Julho de 2014

Legislação. Resumo: Cria o Programa Empreende Já - Rede de Perceção e Gestão de Negócios e revoga a Portaria n.º 427/2012, de 31 de dezembro..

MINISTÉRIOS DA DEFESA NACIONAL E DA SAÚDE

ACORDO DE COOPERAÇÃO PROGRAMA DA REDE NACIONAL DE BIBLIOTECAS ESCOLARES. Preâmbulo

Orientação de Gestão nº 06/POFC/2008

Associação de Pais do Agrupamento de Escolas de São Pedro do Sul ESTATUTOS

Fundos Estruturais e de Investimento

REGULAMENTO INTERNO CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

WORKSHOP :EMPREENDEDORISMO E CRIAÇÃO DO PRÓPRIO EMPREGO

ACORDO DE COLABORAÇÃO

Empreendedorismo e criação de emprego. A experiência da Esdime

EIXO PRIORITÁRIO VI ASSISTÊNCIA TÉCNICA. Convite Público à Apresentação de Candidatura no Domínio da Assistência Técnica aos Órgãos de Gestão

O Que São os Serviços de Psicologia e Orientação (SPO)?

BE POSITIVE LEAVE YOUR MARK. ege. Programa de Especialização em Gestão Empresarial

Programa de Apoio ao Autoemprego

SISTEMA DE INCENTIVOS À I&DT

O Futuro da Política Europeia de Coesão. Inovação, Coesão e Competitividade

Fundo de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Concelho de Sines

aumento da população mundial aumento da produtividade, sustentabilidade dos recursos e segurança alimentar Necessidades:

PROTOCOLO DE COLABORAÇÃO

REGULAMENTO programa de apoio às pessoas colectivas de direito privado sem fins lucrativos do município de santa maria da feira

INOVAÇÃO, EMPREENDEDORISMO E O FUTURO MINISTÉRIO DA ECONOMIA

Transcrição:

PROTOCOLO DE COLABORAÇÃO O Programa Nacional de Microcrédito, criado pela Resolução do Conselho de Ministros Nº 16/2010, pretende ser uma medida de estímulo à criação de emprego e ao empreendedorismo entre as populações com maiores dificuldades de acesso ao mercado de trabalho, facilitando-se não só o acesso ao crédito bem como a prestação de apoio técnico à criação e consolidação dos projectos empresariais. Por sua vez o Programa de Emergência Social (PES) estabelece como uma aposta forte apoiar o empreendedorismo, dinamizando a criação do próprio emprego, ajudar ao regresso de desempregados ao mercado de trabalho, através de programas de microcrédito. Considerando que: I A CASES (Cooperativa António Sérgio para a Economia Social) actua na área da economia social, com um conjunto alargado de parceiros cobrindo todo o território nacional; II A CASES coordena o Programa Nacional de Microcrédito, constituído por vários instrumentos de apoio ao empreendedorismo, e que através de parcerias regionais e locais pretende fazer a animação, detecção no terreno de projectos de empreendedorismo, nomeadamente a consolidação de negócios e acompanhamento dos mesmos; III A CASES, no âmbito do Programa Nacional de Microcrédito, prepara-se para introduzir no terreno uma metodologia muito inclusiva de apoio ao empreendedor, que lhe permitirá apoiar, em particular, os segmentos mais desfavorecidos; IV A Cruz Vermelha Portuguesa, fundada a 11 de Fevereiro de 1865, é uma instituição humanitária não governamental, de carácter voluntário, reconhecida com pessoa colectiva de direito privado e utilidade pública administrativa, sem fins lucrativos, cuja missão é, em obediência aos Princípios Fundamentais do Movimento da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (Humanidade, Voluntariado, Neutralidade, Imparcialidade, Universalidade, Unidade e Independência), prestar assistência. V Desenvolvendo a CVP a sua missão em torno de projectos e serviços de apoio aos Mais Vulneráveis, surge o empreendedorismo como estratégia operacional para a promoção da inclusão social e económica de públicos desfavorecidos, nomeadamente em situação de desemprego, 1

considerando que estes carecem de apoio especializado na promoção do seu processo de inserção e autonomia, e muito particularmente no apoio à sua entrada ou reentrada no mercado de trabalho. Assim, Através do Programa Portugal Mais Feliz, Eixo 3 promoverá a inserção, através da acção 2 Empreender, a promoção e desenvolvimento de projectos de empreendedorismo prosseguindo os seguintes objectivos: - Apoiar a criação de emprego e o empreendedorismo; - Apoiar projectos de criação de novas empresas de pequena dimensão que dêem lugar à criação do próprio emprego e de postos de trabalho para pessoas desempregadas, ou em risco de desemprego, com especial enfoque para as pessoas em risco de exclusão ou já em exclusão; - Desenvolver o recurso ao microcrédito como factor de integração sócio-profissional e da promoção da auto-estima de grupos sociais desfavorecidos; - Promover e desenvolver acções que promovam e capacitem os públicos desfavorecidos para a procura activa de emprego e que apoiem a inserção. ENTRE: A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), pessoa colectiva nº 500745749 com Sede Social no Jardim 9 de Abril, nºs 1 a 5, 1249-083 Lisboa, representada pelo Presidente Nacional, Dr. Luís Barbosa, que daqui em diante será designada por Primeira Outorgante. E A COOPERATIVA ANTÓNIO SÉRGIO PARA A ECONOMIA SOCIAL (CASES), pessoa colectiva n 509 266 614 com sede na Rua do Viriato, nº. 7, 1050-233 Lisboa, representada pelo seu Presidente da Direcção, Dr. Eduardo Graça e pelo Vogal da Direcção Dr. Jerónimo Teixeira, que daqui em diante será designada por Segunda Outorgante; É celebrado um protocolo de colaboração nos seguintes termos: CLÁUSULA PRIMEIRA (Objectivos) Através deste Protocolo as partes pretendem estabelecer formas de colaboração tendo como objectivos: 2

a) Melhoria dos sistemas de informação sobre o microcrédito, empréstimos bancários e políticas públicas de incentivo ao empreendedorismo, de modo a que estes cheguem ao público mais vulnerável e desfavorecido; b) Criar medidas activas para o reforço de capacidades empreendedoras e o espírito de iniciativa de públicos vulneráveis; c) Criar condições para o desenvolvimento de melhores condições de empregabilidade; d) Fomentar a aprendizagem ao longo da vida através da formação dos empreendedores e dos tutores e de negócio; e) Estimular a capacidade de criação do próprio emprego e o aprofundamento da cidadania; CLÁUSULA SEGUNDA (Âmbito de aplicação) 1. Este Protocolo é dirigido a todos aqueles que tenham especiais dificuldades de acesso ao mercado de trabalho e estejam em risco de exclusão social, possuam uma ideia de negócio viável e perfil de empreendedores, e formulem a apresentem projectos viáveis para criar e consolidar postos de trabalho sustentáveis. 2. O presente Protocolo aplica-se a todo o território nacional. CLÁUSULA TERCEIRA (Compromissos) Para a prossecução do objecto referido na cláusula Primeira as outorgantes comprometem-se a: a) Criar as condições necessárias para a execução do Programa Nacional de Microcrédito, em conformidade com a Resolução nº. 16/2010, de 4 de Março de 2010, e Portaria nº 58/2011, de 28 de Janeiro; b) Publicitar o presente Protocolo, designadamente através dos sites oficiais, nos jornais ou revistas, nos boletins, entre outros; c) Na fase de operacionalização deste Protocolo, dar conhecimento entre as partes das acções de divulgação/formação alargada que cada outorgante promova sobre a temática do microcrédito; d) Contribuir de forma integrada para um processo de formação dos empreendedores, bem como dos técnicos de apoio local, em introdução das temáticas da economia social, na concretização do plano de negócio e ainda na capacitação das mesmas para a obtenção de financiamento; e) Envidar esforços de coordenação e cooperação e troca de boas práticas a fim de prosseguir os fins do protocolo; 3

f) As partes comprometem-se a elaborar um relatório anual conjunto referente ao desenvolvimento do Protocolo, devendo o mesmo incluir dados desagregados relativos à situação profissional e social dos empreendedores. CLÁUSULA QUARTA (Compromissos específicos) 1. Para a prossecução do objecto referido na cláusula primeira, a Cruz Vermelha Portuguesa compromete-se a: a) Designar técnicos de apoio local em todas as Delegações Locais que apresentem condições para o efeito; b) Reencaminhar os projectos que lhe forem apresentados pelos/as potenciais empreendedores para os técnicos de apoio local onde se pretende implementar esse negócio; c) Fomentar junto das Autarquias, das Organizações Não Governamentais e de outras entidades, a apresentação de projectos que visem o empreendedorismo dos públicos vulneráveis; d) Acompanhar a implementação dos projectos financiados e respectivo desenvolvimento; f) Promover em parceria com entidades locais a animação, a informação, a formação e o coaching e mentoring dos projectos empresariais e empreendedores emergentes, com vista a favorecer o surgimento e a manutenção no mercado de projectos empresariais, incluindo projectos de sobrevivência e auto-emprego; 2. A Segunda Outorgante compromete-se a: a) Colocar em prática todas as competências que lhe forem incumbidas no Programa Nacional de Microcrédito, conforme Portaria nº 58/2011 de 28 de Janeiro. c) Analisar e validar os projectos apresentados pelos empreendedores, através dos técnicos de apoio local, e quando reúnam as condições necessárias para financiamento, acompanhar a preparação do dossier de negócio a apresentar pelo empreendedor à banca. CLÁUSULA QUINTA (Vigência) 1. O presente Protocolo inicia a sua vigência na data da respectiva assinatura e tem a duração de dois anos, renovável automaticamente por iguais e sucessivos períodos. 4

2. A caducidade ou justificada rescisão unilateral, por qualquer dos/das outorgantes, deverá sempre salvaguardar eventuais processos em curso. O Presente Protocolo de cooperação é constituído por 5 folhas, ficando um exemplar na posse de cada uma das partes. Lisboa, 14 de Dezembro de 2011. O Presidente Nacional Da Cruz Vermelha Portuguesa Luís Barbosa O Presidente da Direcção da CASES Eduardo M. F. Graça O Vogal da Direcção da CASES Jerónimo Teixeira 5