PROTOCOLO DE COLABORAÇÃO O Programa Nacional de Microcrédito, criado pela Resolução do Conselho de Ministros Nº 16/2010, pretende ser uma medida de estímulo à criação de emprego e ao empreendedorismo entre as populações com maiores dificuldades de acesso ao mercado de trabalho, facilitando-se não só o acesso ao crédito bem como a prestação de apoio técnico à criação e consolidação dos projectos empresariais. Por sua vez o Programa de Emergência Social (PES) estabelece como uma aposta forte apoiar o empreendedorismo, dinamizando a criação do próprio emprego, ajudar ao regresso de desempregados ao mercado de trabalho, através de programas de microcrédito. Considerando que: I A CASES (Cooperativa António Sérgio para a Economia Social) actua na área da economia social, com um conjunto alargado de parceiros cobrindo todo o território nacional; II A CASES coordena o Programa Nacional de Microcrédito, constituído por vários instrumentos de apoio ao empreendedorismo, e que através de parcerias regionais e locais pretende fazer a animação, detecção no terreno de projectos de empreendedorismo, nomeadamente a consolidação de negócios e acompanhamento dos mesmos; III A CASES, no âmbito do Programa Nacional de Microcrédito, prepara-se para introduzir no terreno uma metodologia muito inclusiva de apoio ao empreendedor, que lhe permitirá apoiar, em particular, os segmentos mais desfavorecidos; IV A Cruz Vermelha Portuguesa, fundada a 11 de Fevereiro de 1865, é uma instituição humanitária não governamental, de carácter voluntário, reconhecida com pessoa colectiva de direito privado e utilidade pública administrativa, sem fins lucrativos, cuja missão é, em obediência aos Princípios Fundamentais do Movimento da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (Humanidade, Voluntariado, Neutralidade, Imparcialidade, Universalidade, Unidade e Independência), prestar assistência. V Desenvolvendo a CVP a sua missão em torno de projectos e serviços de apoio aos Mais Vulneráveis, surge o empreendedorismo como estratégia operacional para a promoção da inclusão social e económica de públicos desfavorecidos, nomeadamente em situação de desemprego, 1
considerando que estes carecem de apoio especializado na promoção do seu processo de inserção e autonomia, e muito particularmente no apoio à sua entrada ou reentrada no mercado de trabalho. Assim, Através do Programa Portugal Mais Feliz, Eixo 3 promoverá a inserção, através da acção 2 Empreender, a promoção e desenvolvimento de projectos de empreendedorismo prosseguindo os seguintes objectivos: - Apoiar a criação de emprego e o empreendedorismo; - Apoiar projectos de criação de novas empresas de pequena dimensão que dêem lugar à criação do próprio emprego e de postos de trabalho para pessoas desempregadas, ou em risco de desemprego, com especial enfoque para as pessoas em risco de exclusão ou já em exclusão; - Desenvolver o recurso ao microcrédito como factor de integração sócio-profissional e da promoção da auto-estima de grupos sociais desfavorecidos; - Promover e desenvolver acções que promovam e capacitem os públicos desfavorecidos para a procura activa de emprego e que apoiem a inserção. ENTRE: A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), pessoa colectiva nº 500745749 com Sede Social no Jardim 9 de Abril, nºs 1 a 5, 1249-083 Lisboa, representada pelo Presidente Nacional, Dr. Luís Barbosa, que daqui em diante será designada por Primeira Outorgante. E A COOPERATIVA ANTÓNIO SÉRGIO PARA A ECONOMIA SOCIAL (CASES), pessoa colectiva n 509 266 614 com sede na Rua do Viriato, nº. 7, 1050-233 Lisboa, representada pelo seu Presidente da Direcção, Dr. Eduardo Graça e pelo Vogal da Direcção Dr. Jerónimo Teixeira, que daqui em diante será designada por Segunda Outorgante; É celebrado um protocolo de colaboração nos seguintes termos: CLÁUSULA PRIMEIRA (Objectivos) Através deste Protocolo as partes pretendem estabelecer formas de colaboração tendo como objectivos: 2
a) Melhoria dos sistemas de informação sobre o microcrédito, empréstimos bancários e políticas públicas de incentivo ao empreendedorismo, de modo a que estes cheguem ao público mais vulnerável e desfavorecido; b) Criar medidas activas para o reforço de capacidades empreendedoras e o espírito de iniciativa de públicos vulneráveis; c) Criar condições para o desenvolvimento de melhores condições de empregabilidade; d) Fomentar a aprendizagem ao longo da vida através da formação dos empreendedores e dos tutores e de negócio; e) Estimular a capacidade de criação do próprio emprego e o aprofundamento da cidadania; CLÁUSULA SEGUNDA (Âmbito de aplicação) 1. Este Protocolo é dirigido a todos aqueles que tenham especiais dificuldades de acesso ao mercado de trabalho e estejam em risco de exclusão social, possuam uma ideia de negócio viável e perfil de empreendedores, e formulem a apresentem projectos viáveis para criar e consolidar postos de trabalho sustentáveis. 2. O presente Protocolo aplica-se a todo o território nacional. CLÁUSULA TERCEIRA (Compromissos) Para a prossecução do objecto referido na cláusula Primeira as outorgantes comprometem-se a: a) Criar as condições necessárias para a execução do Programa Nacional de Microcrédito, em conformidade com a Resolução nº. 16/2010, de 4 de Março de 2010, e Portaria nº 58/2011, de 28 de Janeiro; b) Publicitar o presente Protocolo, designadamente através dos sites oficiais, nos jornais ou revistas, nos boletins, entre outros; c) Na fase de operacionalização deste Protocolo, dar conhecimento entre as partes das acções de divulgação/formação alargada que cada outorgante promova sobre a temática do microcrédito; d) Contribuir de forma integrada para um processo de formação dos empreendedores, bem como dos técnicos de apoio local, em introdução das temáticas da economia social, na concretização do plano de negócio e ainda na capacitação das mesmas para a obtenção de financiamento; e) Envidar esforços de coordenação e cooperação e troca de boas práticas a fim de prosseguir os fins do protocolo; 3
f) As partes comprometem-se a elaborar um relatório anual conjunto referente ao desenvolvimento do Protocolo, devendo o mesmo incluir dados desagregados relativos à situação profissional e social dos empreendedores. CLÁUSULA QUARTA (Compromissos específicos) 1. Para a prossecução do objecto referido na cláusula primeira, a Cruz Vermelha Portuguesa compromete-se a: a) Designar técnicos de apoio local em todas as Delegações Locais que apresentem condições para o efeito; b) Reencaminhar os projectos que lhe forem apresentados pelos/as potenciais empreendedores para os técnicos de apoio local onde se pretende implementar esse negócio; c) Fomentar junto das Autarquias, das Organizações Não Governamentais e de outras entidades, a apresentação de projectos que visem o empreendedorismo dos públicos vulneráveis; d) Acompanhar a implementação dos projectos financiados e respectivo desenvolvimento; f) Promover em parceria com entidades locais a animação, a informação, a formação e o coaching e mentoring dos projectos empresariais e empreendedores emergentes, com vista a favorecer o surgimento e a manutenção no mercado de projectos empresariais, incluindo projectos de sobrevivência e auto-emprego; 2. A Segunda Outorgante compromete-se a: a) Colocar em prática todas as competências que lhe forem incumbidas no Programa Nacional de Microcrédito, conforme Portaria nº 58/2011 de 28 de Janeiro. c) Analisar e validar os projectos apresentados pelos empreendedores, através dos técnicos de apoio local, e quando reúnam as condições necessárias para financiamento, acompanhar a preparação do dossier de negócio a apresentar pelo empreendedor à banca. CLÁUSULA QUINTA (Vigência) 1. O presente Protocolo inicia a sua vigência na data da respectiva assinatura e tem a duração de dois anos, renovável automaticamente por iguais e sucessivos períodos. 4
2. A caducidade ou justificada rescisão unilateral, por qualquer dos/das outorgantes, deverá sempre salvaguardar eventuais processos em curso. O Presente Protocolo de cooperação é constituído por 5 folhas, ficando um exemplar na posse de cada uma das partes. Lisboa, 14 de Dezembro de 2011. O Presidente Nacional Da Cruz Vermelha Portuguesa Luís Barbosa O Presidente da Direcção da CASES Eduardo M. F. Graça O Vogal da Direcção da CASES Jerónimo Teixeira 5