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Transcrição:

LEI N.º 5.247, DE 25 DE ABRIL DE 2003. Dispõe sobre a Política Ambiental de Licenciamento, Proteção, Controle, Conservação, Recuperação do Meio Ambiente e Penalidades Aplicáveis, e dá outras providências. JOSÉ ANTÔNIO KANAN BUZ, Prefeito Municipal De São Leopoldo, em Exercício, Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono e promulgo a seguinte L E I: CAPÍTULO I Das Disposições Gerais Art 1º - A Política Ambiental do Município, respeitadas as competências da União e do Estado, tem por objetivo assegurar a melhoria da qualidade de vida dos habitantes de São Leopoldo, mediante o licenciamento, fiscalização, preservação e recuperação dos recursos ambientais, considerando o meio ambiente um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo da atual e futuras gerações. Art 2º - Para fins previstos nesta Lei, entende-se por: I - agente de degradação ambiental: pessoa física ou jurídica, de direito privado ou público, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ou poluição ambiental. II - animais silvestres: todas as espécies, terrestres ou aquáticas, representantes da fauna autóctone e migratória de uma região ou país; III - áreas alagadiças: áreas ou terrenos que encontram-se temporariamente saturados de água decorrente das chuvas, devido à má drenagem; IV - áreas degradadas: áreas que sofreram processo de degradação; V - áreas de preservação permanente: áreas de expressiva significação ecológica amparadas por legislação ambiental vigente, considerando-se totalmente privadas a qualquer regime de exploração direta ou indireta dos Recursos Naturais, sendo sua supressão apenas admitida com prévia autorização do órgão ambiental competente quando for necessária à execução de obras, planos, atividades, ou projetos de utilidade pública ou interesse social, após a realização de Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA); VI - áreas sujeitas à inundação: áreas que equivalem às várzeas, vão até a cota máxima de extravasamento de um corpo d água em ocorrência de máxima vazão em virtude de grande pluviosidade; VII - auditorias ambientais: são instrumentos de gerenciamento que compreendem uma avaliação objetiva, sistemática, documentada e periódica da performance de atividades e processos destinados à proteção ambiental, visando a otimizar as práticas de controle e verificar a adequação da política ambiental executada pela atividade auditada; VIII - banhados: extensões de terras normalmente saturadas de água onde se desenvolvem fauna e flora típicas; IX - conservação: utilização dos recursos naturais em conformidade com o manejo ecológico;

25/04/2003...2) X - degradação ambiental: alteração adversa das características ambientais necessárias para a manutenção da qualidade de vida, resultante, direta ou indiretamente de atividades que: a) prejudiquem a saúde, o sossego, a segurança e o bem-estar da população; b) atentem desfavoravelmente os recursos naturais, tais como a fauna, flora, a água, o ar e o solo; c) atentem as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; d) lancem materiais ou energia em desacordo com os padrões e parâmetros estabelecidos pela legislação federal, estadual e municipal. XI - ecossistema: é o conjunto de interações entre os seres vivos e o ambiente que caracteriza determinada área; XII - espécie exótica: espécie que não é nativa da região considerada; XIII - espécie nativa: espécie própria de uma região onde ocorre naturalmente; o mesmo que autóctone; XIV - estudos de impacto ambiental - EIA: consiste em um conjunto de atividades científicas ou técnicas que incluem o diagnóstico ambiental, a autenticação, previsão e medição dos impactos, a definição de medidades mitigadoras e programas de monitoração dos impactos ambientais; XV - fauna: o conjunto de espécies animais; XVI - flora: conjunto de espécies vegetais; XVII - floresta: associação de espécies vegetais arbóreas nos diversos estágios sucessionais, onde coexistem outras espécies da flora e da fauna, que variam em função das condições climáticas e ecológicas; XVIII - fonte de poluição: toda e qualquer atividade, instalação, processo, operação ou dispositivo, móvel ou não, que independentemente de seu campo de aplicação ou possam induzir, produzir ou gerar poluição do meio ambiente; XIX - impacto ambiental: efeito das atividades que podem provocar perdas na qualidade dos recursos ambientais e da população; XX - licença ambiental: instrumento do órgão ambiental competente que estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras de recursos ambientais; XXI - licença prévia (LP): concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação; XXII - licença de instalação (LI): autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante; XXIII - licença de operação (LO): autoriza a operação da atividae ou empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação; XXIV - licenciamento ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de de recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam

causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso. 25/04/2003...3) XXV - meio ambiente: o conjunto de condições, elementos, leis, influências e interações de ordem física, química, biológica, social e cultural que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas; XXVI - nascentes: ponto ou área no solo ou numa rocha de onde a água flui naturalmente para a superfície do terreno ou para uma massa de água; XXVII - padrões: limites quantitativos e qualitativos oficiais regularmente estabelecidos. XXVIII - parâmetros: é um valor qualquer de uma variável independente, referente a elemento ou tributo que configura a situação qualitativa e/ou quantitativa de determinada propriedade de corpos físicos a caracterizar. Os parâmetros podem servir como indicadores para rexclarecer a situação de determinado corpo físico quanto a uma certa propriedade. XXIX - poluente: toda e qualquer forma de matéria ou energia que, direta ou indiretamente, cause ou possa causar poluição do meio ambiente; XXX - poluição: toda e qualquer alteração dos padrões de qualidade e da disponibilidade dos recursos ambientais e naturais, resultantes de atividades ou de qualquer forma de matéria ou energia que, direta ou indiretamente, mediata ou imediatamente: a) prejudique a saúde, a segurança e o bem-estar das populações ou que possam vir a comprometer seus valores culturais; b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; c) afetem desfavoravelmente a biota; d) comprometam as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; e) alterem desfavoravelmente o patrimônio genético e cultural (histórico, arqueológico, paleontológico, turístico, paisagístico e artístico); f) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos; g) criem condições inadequadas de uso do meio ambiente para fins públicos, domésticos, agropecuários, industriais, comerciais, recreativos e outros; XXXI - poluidor: a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável direta ou indiretamente por atividade causadora de degradação ambiental; XXXII - preservação: manutenção de um ecossistema em sua integridade, eliminando do mesmo ou evitando nele qualquer interferência humana, salvo aquelas destinadas a possibilitar ou auxiliar a própria preservação; XXXIII - recursos ambientais: o ar atmosférico, as águas superfíciais e subterrâneas, o solo, o sub solo, os elementos da biosfera e os demais componentes dos ecossistemas, com todas as suas inter-relações, necessárias à manutenção do equilíbrio ecológico. XXXIV - relatório de impacto ambiental - RIMA: constitui documento do processo de avaliação de impacto ambiental - AIA e deve esclarecer, em linguagem corrente, todos os elementos de proposta e de estudo, de modo que estes possam ser utilizados na tomada de decisão e divulgados para o público em geral. XXXV - unidades de conservação (UCs): são porções do ambiente de domínio público ou privado, legalmente instituídas pelo Poder Público, destinadas à preservação ou conservação como referencial do respectivo ecossistema; XXXVI - várzea: terrenos baixos e mais ou menos planos que se encontram junto às margens de corpos d água;

XXXVII - vegetação: flora característica de uma região. Art. 3º - A Política Ambiental do Município visa: 25/04/2003...4) I - promover medidas e estabelecer diretrizes de preservação, controle e recuperação do meio ambiente, considerando-o como um patrimônio público, tendo em vista o uso coletivo e a melhoria da qualidade de vida; II - executar a política ambiental do Município de São Leopoldo; III - promover medidas de preservação e proteção da flora e da fauna, exercendo o poder de polícia no controle; IV - controlar, fiscalizar e licenciar as atividades potencial e efetivamente promotoras de degradação ou poluição ambiental de competência do Município; V - prevenir e combater as diversas formas de poluição; VI - promover a educação ambiental formal, em conjunto com a Secretaria Municipal da Educação, e a informal; VII - promover a utilização adequada do espaço territorial e dos recursos hídricos e minerais, destinados para fins urbanos e rurais, através de uma criteriosa definição do uso e ocupação; especificações de normas e projetos, acompanhando a implantação e construção com técnicas ecológicas de manejo; especificações de normas e projetos, com conservação, recuperação e preservação, bem como o tratamento e disposição final de resíduos de qualquer natureza, sem prejuízo da competência de outros órgãos municipais; VIII - propor e executar programas de proteção do meio ambiente, contribuindo para melhoria e recuperação de suas condições. IX - impor ao agente de degradação ambiental a obrigação de recuperar e indenizar os danos causados ao meio ambiente ou à população, nos casos tecnicamente comprovados. Art. 4º - Para o cumprimento do Art. 3º, o Município desenvolverá ações permanentes de planejamento, proteção e fiscalização do meio ambiente, incumbindo-lhe: I - estabelecer normas e padrões de qualidade ambiental; II - prevenir, combater e controlar a poluição e as fontes poluidoras, assim como qualquer outra prática que cause degradação ambiental; III - fiscalizar e disciplinar a produção, o armazenamento, o transporte, o uso e o destino final de produtos, embalagens e substâncias potencialmente perigosas à saúde pública e aos recursos naturais; IV - fiscalizar, cadastrar e manter as matas remanescentes e fomentar o florestamento ecológico; V - incentivar e promover a recuperação das margens e leito do Rio dos Sinos, banhados, arroios e outros corpos d água e das encostas sujeitas à erosão. Art. 5º - As áreas verdes nativas, morros, parques, jardins e unidades de conservação e reservas ecológicas municipais são patrimônio público inalienáveis. Art. 6º - O município incentivará o uso de fontes alternativas de energia e de recursos naturais, tendo em vista diminuir o impacto causado por estas atividades. Art. 7º - As pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, que exerçam atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, são responsáveis, direta ou indiretamente, pelo tratamento dos efluentes sólidos, líquidos e gasosos, bem como pelo acondicionamento, distribuição e destinação final dos resíduos industriais produzidos.

Art. 8º - O causador de poluição ou dano ambiental, em todos os níveis independente de culpa, será responsabilizado e deverá assumir e ressarcir ao Município, sendo a reparação do dano a mais completa, sem prejuízo da aplicação de penalidades administrativas estabelecidas em lei federal, estadual ou municipal. 25/04/2003...5) Art. 9º - Qualquer cidadão público poderá, e o serviço público deverá provocar a iniciativa do Município ou do Ministério Público, para fins de propositura de ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio ambiente ou a bens de direitos de valor artístico, histórico e paisagístico. Art. 10 - O Município desenvolverá programas de manutenção e expansão de arborização com as seguintes metas: I - implantar e manter hortos florestais destinados à recomposição da flora nativa e a produção de espécies vegetais diversas, destinadas à arborização urbana; II - promover ampla arborização dos logradouros públicos da área urbana, utilizando espécies nativas. 1º - É de competência do Município o plantio de árvores em logradouros públicos, sendo que este definirá o local e a espécie vegetal mais apropriada para ser plantada. 2º - A pessoa física ou jurídica poderá plantar espécies vegetais na via pública obedecidas as normas regulamentares do órgão ambiental municipal, sendo que se responsabiliza por sua manutenção e cuidados. 3º - Nos casos em que se fizer necessário a derrubada, corte ou poda de árvores em áreas particulares ou públicas, a pessoa física ou jurídica deverá pedir autorização ao órgão ambiental do município. 4º - A população é responsável pela conservação da arborização da vias públicas, devendo denunciar derrubadas, cortes ou podas irregulares no órgão ambiental. Art. 11 - São consideradas áreas de preservação permanente: I - os banhados naturais; II - as nascentes, olhos d água e as faixas de proteção num raio mínimo de 50m (cinqüenta metros) de largura; III - as que abriguem exemplares raros da fauna e flora; IV - as que sirvam de local de pouso ou reprodução de espécies migratórias; V - as áreas estuariana; VI - as paisagens notáveis; VII - a cobertura vegetal que contribua para a resistência das encostas à erosão e a deslizamentos; VIII - as encostas ou parte destas, com declividade superior a quarenta e cinco graus, equivalente a cem por cento na linha de maior declive; IX - o entorno dos lagos ou reservatórios d água naturais ou artificiais; X - os topos de morros, montes e montanhas e serras; XI - as florestas e demais formas de vegetação natural situadas ao longo do Rio dos Sinos ou de qualquer curso d água desde o seu nível mais alto em faixa marginal cuja largura mínima seja:

1 - de 30m (trinta metros) para os cursos d água de menos de 10m (dez metros) de largura; 2 - de 50m (cinquenta metros) para os cursos d água que tenham de 10m (dez metros) a 50m (cinquenta metros) de largura; 3 - de 100m (cem metros) para os cursos d água que tenham de 50 (cinqüenta) a 200m (duzentos metros) de largura. 25/04/2003...6) Parágrafo Único - Nas áreas de preservação permanente não serão permitidas atividades que, de qualquer forma, contribuam para descaracterizar ou prejudicar seus atributos e funções essenciais. Art. 12 - Para o cumprimento do estabelecido no Art. 4º, compete ao órgão ambiental do Município: I - executar a fiscalização e o controle das atividades poluidoras, vistoriando os estabelecimentos e atividades, emitindo pareceres técnicos quanto à operacionalização e funcionamento das mesmas; II - estabelecer padrões de emissão de efluentes industriais e as normas para transporte, disposição e destino final de qualquer tipo de resíduo resultante de atividades industriais e comerciais; III - licenciar atividades industriais, comerciais, de mineração, cortes, podas e plantios de árvores em áreas públicas e privadas, de competência do Município; assim como conceder licença ambiental para expedição e renovação de alvará de indústrias; IV - fiscalizar e proteger as áreas de preservação permanente, assim como exemplares de valor da fauna e flora; V - emitir intimações e auto de infração e aplicar multas, quando da constatação e/ou prova testemunhal de infração às leis ambientais; VI - incentivar o uso de tecnologia não agressiva ao ambiente; VII - participar como órgão consultivo de projetos arquitetônicos e industriais que provoquem impacto ambiental; VIII - implementar, seguir e normatizar os projetos existentes no Plano Ambiental e sugerir as leis complementares, decretos e emendas relacionadas ao meio ambiente; IX - avaliar Estudos de Impacto Ambiental - EIAs e Relatórios de Impacto Ambiental - RIMAs, executados em território municipal; X - determinar as penalidades disciplinares e compensatórias pelo não cumprimento das medidas necessárias a preservação e/ou correção de degradação ambiental causada por pessoa física ou jurídica, pública ou privada; XI - propor e discutir com outros órgãos públicos medidas necessárias à proteção e controle ambiental no Município; XII - encaminhar exames laboratoriais para fins de diagnóstico ambiental ou relacionados com saúde pública; XIII - dar início a processo administrativo ou judicial para apuração de infrações decorrentes da inobservância da legislação ambiental em vigor; XIV - autorizar e acompanhar os resultados de pesquisas científicas efetuadas em áreas de preservação do Município. Art. 13 - Compete ao Órgão Ambiental do Município manter a população informada sobre projetos de lei, trinta dias antes de sua votação, cujo cumprimento possam resultar em dano ambiental.

1º - A informação a que se refere no caput, poderá ser através dos meios locais de comunicação e/ou em local de fácil acesso ao público na sede do Executivo Municipal. 2º - Cabe ao Poder iniciador do projeto promover audiência pública, dentro do prazo estabelecido neste artigo, quando solicitada por qualquer entidade que ofereça alguma opinião ou proposta alternativa. 25/04/2003...7) Art. 14 - A implantação de qualquer empreendimento de alto potencial poluente, bem como de quaisquer obras de grande porte que possam causar dano à vida ou alterar significativa e irreversivelmente o ambiente, dependerá de autorização do Órgão Ambiental do Município. CAPÍTULO II Das Proibições Gerais Art. 15 - Fica proibido no Município: I - atividades poluidoras cujas emissões estejam em desacordo com os padrões definidos para o Município; II - a colocação de lixo radiativo no território municipal; III - a pesca predatória; IV - qualquer tipo de caça ou apanha de animais silvestres, bem como práticas que possam causar prejuízos à preservação da fauna e da flora; V - qualquer atividade que provoque alteração no ecossistema do banhado do Rio dos Sinos, assim como a fauna e flora de suas margens; VI - a queima, sem equipamento adequado, de resíduos sólidos provenientes de atividades industriais, domiciliares e/ou ambulatoriais; VII - qualquer atividade geradora de modificações ambientais nas áreas de preservação permanente, como coleta, apanha ou introdução de fauna e flora exótica; VIII - depósitos de resíduos sólidos e/ou líquidos em local não licenciado pelo órgão ambiental competente; IX - o corte e poda de árvores em áreas públicas e particulares sem a autorização do Órgão Ambiental do Município; X - o transporte de cargas perigosas (tóxicas, radioativas e poluentes) em desacordo com as normas exigidas em legislação vigente. XI - lançar conduto de águas servidas, efluente cloacal ou resíduos de qualquer natureza nos lagos, represas, açudes, arroios ou em qualquer via pública; XII - a implantação e ampliação de atividade efetiva ou potencialmente poluidora, em desacordo com os padrões de qualidade ambiental em vigor, sem as devidas licenças, sem implantação de sistemas de tratamento dos resíduos gerados ou sem a promoção de medidas necessárias para prevenir ou corrigir os inconvenientes danos decorrentes da poluição; XIII - a produção, o transporte, a comercialização e o uso de medicamentos, biocidas, agrotóxicos ou produtos químicos ou biológicos, cujo emprego se tenha comprovado nocivo em qualquer parte do território nacional, ou outros países, por razões toxicológicas, farmacológicas ou de degradação ambiental.

CAPÍTULO III Do Licenciamento, Fiscalização e Controle Art. 16 - O licenciamento para a instalação e operação de atividades a pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, potencial ou efetivamente poluidoras, fica sujeito ao exame e parecer dos técnicos do Órgão Ambiental do Município. 25/04/2003...8) 1º - O pedido de licença deverá ser acompanhado pelo Estudo de Impacto Ambiental - EIA, se a legislação Federal ou Estadual exigir ou por solicitação do Poder Público Municipal. 2º - O parecer técnico do Órgão Ambiental do Município, terá efeito vinculante sobre a decisão da Administração relativamente ao pedido de licenciamento. 3º - Atividades já instaladas, enquadráveis no que dispõe o caput deste artigo, deverão atualizar seu cadastramento junto ao Órgão Ambiental do Município, no prazo estabelecido em decreto. Art. 17 - Para o cumprimento do disposto nesta lei e em seus decretos, o Município poderá utilizar-se do concurso de outros órgãos ou entidades públicas ou privadas, mediante convênios, contratos ou termos de cooperação técnica mútua. Art. 18 - Para proceder a fiscalização, licenciamento e demais incumbências a que se refere o artigo 12, fica assegurada aos técnicos ambientais da Prefeitura Municipal a entrada, a qualquer dia e hora e a permanência pelo tempo que se tornar necessário, em quaisquer estabelecimentos, públicos ou privados. Art. 19 - Todas as atividades potencial e efetivamente poluidoras, deverão executar seu auto-monitoramento, cujos resultados deverão ser apresentados ao Órgão Ambiental do Município, conforme cronograma previamente estabelecido pelo mesmo. Parágrafo Único - O Órgão Ambiental do Município poderá, a seu critério, determinar a execução de análise dos níveis de degradação ambiental em atividades potencial ou efetivamente poluidoras, às expensas da própria empresa. CAPÍTULO IV Das Infrações e Penalidades Art. 20 - Para efeito desta lei e seus decretos, considera-se a fonte efetiva ou potencialmente poluidora, toda a atividade, processo, operações, as maquinarias, equipamentos ou dispositivo, móvel ou não, que possa causar emissão ou lançamento de poluentes. Art. 21 - As indústrias incômodas e perigosas, conforme classificação do potencial poluidor, ou qualquer pessoa física ou jurídica, inclusive entidades de administração pública indireta, que gerando atividades efetivas ou potencialmente

poluidoras, ficam obrigadas a se licenciarem no Órgão Ambiental do Município, a fim de obterem ou atualizarem seu alvará de funcionamento. Art. 22 - As pessoas físicas ou jurídicas, inclusive as da administração pública direta ou indireta, responsável pela poluição dos recursos ambientais no território do Município de São Leopoldo ou que infringirem qualquer dispositivo desta lei e seus decretos, ficam sujeitas as penalidades previstas nesta lei. 1º - As penalidades serão aplicadas sem prejuízo das que, por força da lei, possam também ser impostas por federais e estaduais. 25/04/2003...9) 2º - As penalidades previstas neste artigo podem ser aplicadas a um mesmo infrator, isolada ou cumulativamente. 3º - Responderá pelas infrações quem, por qualquer modo, as cometer, concorrer para sua prática ou delas se beneficiar. SEÇÃO I Das Multas Art 23 - A pena de multa será aplicada quando: a) não forem atendidas as exigências constantes na advertência ou Auto de Infração; b) nos casos das infrações classificadas no artigo 24, deste capítulo. Art 24 - Para aplicação da pena de multa, as infrações são classificadas em: a) Grupo I - eventuais, as que possam causar prejuízos ao meio ambiente ou ao bem estar da população, mas não provoquem efeitos significativos ou que importem em inobservância de quaisquer disposições desta lei ou de seus decretos e leis complementares. b) Grupo II - eventuais ou permanentes, as que provoquem efeitos significativos, embora reversíveis, sobre o meio ambiente ou a população podendo vir a causar danos temporários. c) Grupo III - eventuais ou permanentes, as que provoquem efeitos significativos, irreversíveis ao meio ambiente ou à população. 1º - São considerados efeitos significativos aqueles que: a) conflituem com planos de preservação ambiental da área onde está localizada a atividade; b) gerem dano efetivo ou potencial à saúde pública ou ponham em risco a segurança da população; c) contribuam para a violação de padrões de emissão e de qualidade ambiental em vigor; d) degradam os recursos de água subterrânea; e) interfiram substancialmente na reposição das águas superficiais e/ou subterrâneas; f) causem ou intensifiquem a erosão dos solos;

g) exponham pessoas ou estruturas aos perigos de eventos geológicos; h) ocasionem distúrbio por ruído; i) afetem substancialmente espécies animais e vegetais nativas ou em vias de extinção ou degradem seus habitats naturais; j) interfiram no deslocamento e/ou preservação de quaisquer espécies animais migratórias; l) induzam a um crescimento ou concentração anormal de alguma população animal e/ou vegetal. 25/04/2003...10) 2º - São considerados efeitos significativos reversíveis aqueles que após sua aplicação de tratamento convencional de recuperação e com o decurso do tempo, demarcado para cada caso, conseguem reverter ao estado anterior. 3º - São considerados efeitos significativos irreversíveis aqueles que nem mesmo após a aplicação de tratamento convencional de recuperação e com o decurso do tempo, demarcado para cada caso, não conseguem converter ao estado anterior. 4º - Classificam-se os incisos do Art. 15, nos seguintes grupos estabelecidos no Art. 24, conforme gravidade do dano, avaliado pelos técnicos do Òrgão Ambiental do Município: a) Grupo I: incisos III; V; VI; VIII; X e XI; b) Grupo II: incisos III; V; VI; VII; VIII; IX; X e XI; c) Grupo III: incisos I; II; IV; VII; VIII; IX e X. Art 25 - Na aplicação da pena de multa, serão observados os seguintes limites: I - de cem (100) UPMs (Unidade Padrão de Município) às quinhentas (500) UPMs, quando se tratar de infração do grupo I; II - de quinhentas e uma (501) UPMs, a cinco mil (5000) UPMs, quando se tratar de infração do grupo II, e III - de cento e cinco mil e uma (5001) UPMs à vinte mil (20000) UPMs, quando se tratar de infração do grupo III. 1º - A graduação da pena de multa nos intervalos mencionados, deverá levar em conta a existência ou não de situações atenuantes ou agravantes; 2º - São situações atenuantes: a) ser primário; b) ter procurado, de algum modo comprovado, evitar ou atenuar as conseqüências do ato ou dano ambiental. 3º - São situações agravantes: a) ser reincidente; b) prestar falsas informações ou omitir dados técnicos; c) dificultar ou impedir a ação fiscalizadora ou desacatar os fiscais do Órgão Ambiental do Município; d) deixar de comunicar imediatamente a ocorrência de incidentes que ponham em risco a qualidade do meio ambiente e/ou à saúde da população.

4º - Em casos de reincidência, a multa será aplicada em dobro da anteriormente imposta, respeitando o limite de cinco mil (5000) UPMs, por dia que persistir a infração. Art. 26 - O pagamento da multa não exime o infrator de regularizar a situação que deu origem a pena, dentro dos prazos estabelecidos para cada caso. Parágrafo Único - Por motivo relevante, a critério da autoridade competente, poderá ser prorrogado o prazo até 1/3 (um terço) do anteriormente concedido, para a conclusão de regularização, desde que requerido fundamentadamente e antes de seu vencimento. 25/04/2003...11) SEÇÃO II Da Interdição Art. 27 - A pena de interdição, observada a legislação em vigor, será aplicada: I - em caráter temporário: para equipamentos ou atividades efetivos ou potencialmente poluidores; II - em caráter definitivo: para equipamentos, nos casos de iminente risco à saúde pública e de infração continuada. Art. 28 - No caso de resistência à interdição, poderá ser solicitado auxílio de força policial, ficando a fonte poluidora sob custódia pelo tempo que se fizer necessário, a critério do Órgão Ambiental do Município. SEÇÃO III Da Advertência Art. 29 - A pena de advertência será aplicada aos infratores primários com agravantes, em infração classificada no Grupo I, previsto no artigo 24. Art. 30 - As decisões definitivas serão executadas: a) por via Administrativa; b) por via Judicial. 1º - Serão executadas por via Administrativa as penas de advertência e/ou Auto de Infração, através de notificação a parte infratora, e a pena de multa, através de notificação para pagamento, enquanto isenta em dívida ativa. 2º - Será executada por via Judicial a pena de multa após a sua inscrição em dívida ativa, para cobrança de débito. Art. 31 - O Executivo fica autorizado a determinar medidas de emergência a fim de evitar episódios críticos de poluição ambiental ou impedir sua continuidade. Art. 32 - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 33 - Ficam revogadas as disposições em contrário. Prefeitura Municipal de São Leopoldo, 25 de abril de 2003. JOSÉ ANTÔNIO KANAN BUZ PREFEITO EM EXERCÍCIO