Análise do livro - Vestibular



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Análise do livro - Vestibular Universidade Estadual de Goiás. UnU. São Luís de Montes Belos. Curso: Letras Disciplina: Literatura. Estagiárias: Daniela Mára Arana. Keila Barbosa de Morais. Marcela RodriguesTrindade. Maria Lúcia de Paula Silva Taynan Cristina de Paula

Autor - Lima Barreto Mulato num Brasil que mal acabara de abolir oficialmente a escravatura, teve oportunidade de boa instrução escolar. Após a morte da mãe, passou a frequentar a escola pública de D. Teresa Pimentel do Amaral. Em seguida, passou a cursar o Liceu Popular Niteroiense, após o seu padrinho, o visconde de Ouro Preto, concordar em custear sua educação. Lá ficará até 1894, completando o curso secundário e parte do supletivo.

Autor - Lima Barreto Lima Barreto começou a sua colaboração na imprensa desde estudante, em 1902, no A Quinzena Alegre, depois no Tagarela O Diabo e na Revista da Época. Em jornais de maior circulação, começou em 1905, escrevendo no Correio da Manhã uma série de reportagens sobre a demolição do Morro do Castelo.

Autor - Lima Barreto Lima Barreto foi o crítico mais agudo da época da República Velha no Brasil, rompendo com o nacionalismo ufanista e pondo a nu a roupagem da República, que manteve os privilégios de famílias aristocráticas e dos militares. Em sua obra, de temática social, privilegiou os pobres, os boêmios e os arruinados. Foi severamente criticado pelos seus contemporâneos parnasianos por seu estilo despojado, fluente e coloquial, que acabou influenciando os escritores modernistas. É um escritor de transição: fiel ao modelo do romance realista e naturalista do final do século XIX, procurou entretanto desenvolvê-lo, resgatando as tradições cômicas, carnavalescas e picarescas da cultura popular, ao mesmo tempo em que manteve "uma visão neo-romântica e elegíaca da natureza, da cidade e do ser humano". Também queria que a sua literatura fosse militante. Escrever tinha finalidade de criticar o mundo circundante para despertar alternativas renovadoras dos costumes e de práticas que, na sociedade, privilegiavam pessoas e grupos. Para ele, o escritor tinha uma função social.

Autor - Lima Barreto As perseguições de que foi vítima refletem-se em boa parte de sua obra, desde Triste Fim de Policarpo Quaresma a Clara dos Anjos. O escritor era um homem doente e perseguido, e teve uma vida relativamente curta produzindo nada menos que 17 obras.

Autor - Lima Barreto A hipocrisia dominante não poderia aceitar, em hipótese alguma, que um mulato pobre, filho de escrava, tivesse o nome literalmente reconhecido. Nos últimos anos o nome de Lima Barreto começa a figurar no lugar que lhe cabe de direito, como se não o maior, pelo menos um dos maiores escritores cariocas.

Autor - Lima Barreto Sua vida foi atribulada pelo alcoolismo e por internações psiquiátricas, ocorridas durante suas crises severas de depressão - à época era um dos sintomas pertencentes ao diagnóstico de "neurastenia", constante de sua ficha médica - vindo a falecer aos 41 anos de idade.

Contexto Histórico A obra focaliza fatos históricos e políticos ocorridos durante a fase de instalação da república, mais precisamente no governo de Floriano Peixoto (1891-1894). Seus ataques, sempre escachados, derramam-se para todos os lados significativos da sociedade que contemplam a Primeira República, ou seja, as primeiras décadas desse regime aqui no Brasil.

Contexto Histórico O romance descreve a vida política do Brasil após a Proclamação da República, o nacionalismo ingênuo, fanatizante e xenófobo do Major Policarpo Quaresma, apavorado com a descaracterização da cultura e da sociedade brasileira, modelada em valores europeus.

O PRÉ-MODERNISMO (1902-1922) Convencionou-se a chamar de Pré-Modernismo o período anterior à semana de arte moderna de 1922, Não é um estilo literário. O Pré-Modernismo é um período de transição, pois ao mesmo tempo em que encontrávamos produções conservadoras como as poesias parnasianas e simbolistas encontravam-se também as primeiras produções de caráter mais moderno, preocupados com a realidade brasileira da época.

O PRÉ-MODERNISMO (1902-1922) As produções do início do século são agrupadas sob a designação pré-modernistas pela inserção naquele tempo histórico e por iniciarem a busca pelo brasileiro desconhecido, que passou a ser retratado de modo objetivo e distanciado. No entanto, não inauguraram uma concepção estética original; conservaram basicamente a linguagem literária do século XIX.

O PRÉ-MODERNISMO (1902-1922) Por esse motivo, o Pré-Modernismo não é considerado uma escola literária, mas apenas uma fase de transição da Literatura Brasileira.

PERÍODO DE AGITAÇÕES SOCIAIS (1902-1922) A Revolta da Chibata - RJ A Revolta da Vacina - RJ A Guerra de Canudos - BA Sedição do Juazeiro - CE Greve Operárias - SP

A Revolta da Chibata (22/11/1910) - RJ João Cândido, O Almirante Negro, líder da Revolta da Chibata.

O Estopim da Revolta Marcelino Rodrigues de Meneses fora punido com 250 chibatadas, fato que desencadeou a rebelião dos marinheiros.

Objetivo da Revolta Os marinheiros queriam o fim dos castigos corporais, melhorar a alimentação e o soldo.

João Cândido Declarado Louco Foi enviado ao Hospital dos Alienados. Escutava sempre em seus delírios o bater da chibata nas costas de Marcelino, os estampidos dos canhões, os gritos e gemidos dos companheiros fuzilados.

06 de dezembro de 1969 João Cândido morre pobre, doente, esquecido, vítima de câncer, deixando uma herança de coragem e dignidade. FOI UM HEROI NACIONAL.

A Revolta da Vacina

A REVOLTA DA VACINA (NOVEMBRO/1904) - RIO DE JANEIRO. Osvaldo Cruz: vacinação obrigatória para combater a varíola.

10 a 16 de novembro de 1904 O motivo que desencadeou esta Revolta foi a Campanha de Vacinação obrigatória imposta pelo Governo Federal contra a varíola.

A Guerra de Canudos

A GUERRA DE CANUDOS (1897 BA) Antônio Vicente Mendes Maciel (Antônio Conselheiro), líder religioso carismático.

A Guerra de Canudos Prisioneiros da guerra: homens, mulheres e crianças.

A guerra de Canudos ocorrida entre 1896 e 1897, foi um dos conflitos mais violentos da história brasileira.

Sedição do Juazeiro

Ceará Palco dos conflitos Movimento centrado na figura do Padre Cícero Romão Batista (1844 1934).

Ceará - Juazeiro do Norte O padre Cícero chocou-se com as autoridades da Igreja Católica e, ao mesmo tempo, integrou-se no sistema coronelista.

PADIM CIÇO MORREU EM 1934. A devoção ao padre Cícero continua no Nordeste até hoje.

Lima Barreto Explora as injustiças sociais e as dificuldades das primeiras décadas da República. Obras: Triste Fim de Policarpo Quaresma Recordações do Escrivão Isaías Caminha

Mestiço, pobre e alcoólatra O romance descreve a vida política do Brasil após a proclamação da República tendo como tema central nacionalismo fanático.

GÊNERO NARRATIVO - ESPECIE ROMANCE A narrativa é um gênero textual com características próprias que a distingue dos demais gêneros.a narrativa possui personagem,espaço, narrador, tempo, enredo e conflito. Romance é um tipo de história longa e complexa com várias personagens.

GÊNERO NARRATIVO - ESPÉCIE ROMANCE Caracterizado por livros eles permitem que o leitor se aprofunde na trama e conheça bem cada um dos protagonistas dela. Dentro de um romance podem existir histórias secundárias que ajudam a compor o caráter e a personalidade das personagens ou ajudam no entendimento do que se passa na história. Por possuir uma trama assim tão bem elaborada é praticamente indispensável o grande número de personagens.

GÊNERO NARRATIVO - ESPECIE ROMANCE Geralmente os protagonistas são descritos de forma tão minuciosa que no fim do romance nos sentimos íntimos deles. Nem todo o romance é uma história de amor, podem ser, romances românticos, de suspense, aventura, policial e muito mais.

Estrutura da Obra - Personagem MAJOR POLICARPO QUARESMA poli- muito / carpo- choro, sofrimento / quaresmaperíodo de penitências e resguardo que começa no fim do Carnaval e se estende por 40 dias. Nacionalismo exacerbado;

Estrutura da Obra - Personagem "era um homem pequeno, magro, que usava pince-nez, olhava sempre baixo, mas quando fitava alguém ou alguma cousa, os seus olhos tomavam, por detrás das lentes, um forte brilho de penetração, e era como se ele quisesse ir à alma da pessoa ou da cousa que fixava". "Contudo, sempre os trazia baixos como se guiasse pela ponta do cavanhaque que lhe enfeitava o queixo". "Vestia-se sempre de fraque, e era raro que não se cobrisse com uma cartola de abas curtas e muito alta, feita segundo um figurino antigo..." Tudo "made in Brasil": "de tudo que há nacional, eu não uso estrangeiro. Visto-me com um pano nacional, calço botas nacionais e assim por diante."

Estrutura da Obra - Personagem Espírito totalmente diferente; ADELAIDE Censurava-o constantemente pela rigidez da preferência peles artigos nacionais; Queixava-se dos temperos nacionais, da manteiga rançosa; Não entendia porque ele estudava tanto e se preocupava com a situação do país. Quatro anos mais velha que o Major; Ser metódico (ordenado e organizado); Não revelava nenhuma paixão ou ambição. Não possui perspectiva de vida que não seja do lado do irmão; Dedicava-se apenas aos afazeres domésticos.

Estrutura da Obra - Personagem RICARDO CORAÇÃO DOS OUTROS Famoso por sua habilidade em cantar modinhas e tocar violão; Tinha um ótimo relacionamento com o Major Quaresma; Dava lições de violão; Na obra representa a cultura popular;

Estrutura da Obra - Personagem OLGA Era muito querida pelo Major, e lhe ocupava no coração o lugar dos filhos que não tivera nem teria; Por meio dessa personagem o autor nos apresenta um novo perfil de mulher Ela é ativa, inteligente e determinada, sabe o que quer e luta por seus objetivos, demonstrando assim um certo desvio dos padrões destinados às mulheres; Possuía uma ousadia de ideal, uma obstinação em seguir um sonho;

Estrutura da Obra - Personagens MARECHAL FLORIANO PEIXOTO Transportado do mundo real da história para a ficção; Representar o poder; Alvo de violentas críticas nas intervenções do autor/narrador; Marechal é visto como um feroz tiranete doméstico, intelectualmente limitado e politicamente despreparado. Mostra compreender muito bem o poder que possui, os atos que pratica e o papel que desempenha. É ele que, ao tomar conhecimento dos projetos do major, o define com uma precisão inapelável: Você, Quaresma, é um visionário

Estrutura da Obra - Personagens ISMÊNIA "Era até simpática, com a sua fisionomia de pequenos traços mal desenhados e cobertos de umas tintas de bondade";era noiva de Cavalcanti e esse noivado durava anos; Havia cinco que ele arrastava um curso de Odontologia de dois anos. "Na vida, para ela, só havia uma coisa importante: casar-se; mas pressa não tinha nada nela a pedia"; Psicologicamente, era de uma natureza pobre, incapaz de qualquer vibração sentimental. Mostrava uma bondade passiva; Antes da fuga do noivo, cujo pedido de casamento fora tão comemorado, viu desmoronar o sentido de sua vida. Incapaz de reunir forças para reagir, humilhou-se, entristeceu-se, definhou, enlouqueceu, morreu.

Estrutura da Obra - Personagens CAVALCANTI Noivo de Ismênia; Estudante de odontologia; O pai da noiva ajuda-o a pagar os seus estudos; Depois de formado ele vai para o interior e não dá mais notícia.

Estrutura da Obra - Personagens DR. ARMANDO BORGES Marido de Olga; Médico; Interesseiro; Metido a literato.

Estrutura da Obra - Personagens VICENTE COLEONE Italiano grande amigo de Policarpo; Tinha uma grande divida de gratidão. Empregado fiel; ANASTÁCIO Era o criado que desde sempre acompanhava o Major. Preto africano, era muito trabalhador, mas precisava de comando por que era "baldo de iniciativa, de método, de continuidade no esforço". Muda-se para o Sítio Sossego com Adelaide e Policarpo.

Estrutura da Obra - Personagens DOUTOR SEGADAS Clínico famoso, única desafeição de Quaresma; Não admitia que Quaresma tivesse livros. FELIZARDO Felizardo - muito trabalhador, foi contratado por Quaresma. Casado com a curadeira Sinhá Chica. "Era magro, alto, de longos braços, longas pernas, como um símio". Muito conversador, leva e traz. Rebentando a revolta da Esquadra, ocultou-se para fugir ao recrutamento.

Estrutura da Obra - Personagens Mané Candeeiro Outro contratado. Era claro e tinha umas feições regulares, cesarianas, duras e fortes, um tanto amolecidas pelo sangue africano. Falava pouco e cantava muito.

Estrutura da Obra - Personagens Sinhá Chica Mulher de Felizardo, "velha cafuza, espécie de Medéia esquelética, cuja fama de rezadeira pairava por todo o município". "Vivia sempre mergulhada no seu sonho divino, abismada nos misteriosos poderes dos feitiços, sentada sobre as pernas cruzadas, olhos baixos, fixos, de fraco brilho, parecendo esmalte de olhos de múmia, tanto ela era encarquilhada e seca."

Estrutura da Obra - Narrador Esse romance é narrado em terceira pessoa e descreve a vida política (1891-1894) no governo Floriano Peixoto após a proclamação da república, focalizando fatos históricos da política no Brasil. O narrador é onisciente pois, ele sabe de tudo, ou seja,conhece todos os aspectos da história e de seus personagens como sentimentos e pensamentos.

Estrutura da Obra - Narrador Em algumas passagens percebemos a intromissão do narrador: Era de ver como aquela vida tão estranha à nossa, naquele instante penetrava em nós e sentíamos-lhe o sofrimento a agonia e a dor. (Pag. 133).

Estrutura da Obra - Narrador O narrador narra o sofrimento de Policarpo Quaresma ; um patriota apaixonado pelas coisas do Brasil, que luta até o fim pela valorização da pátria. Fragmentos em terceira pessoa:

Estrutura da Obra - Narrador Quaresma olhava para o velho poeta com o espanto satisfeito de alguém que encontrou um semelhante no deserto. (pag. 28). O general era leal,bom e generoso. (pag.;37). Quaresma era doce, bom e modesto. (pag. 62) Dona Adelaide,a irmã de Quaresma,tinha uns quatro anos mais que ele. (pag.;121)

Estrutura da Obra - Espaço Primeiro entre o subúrbio e o local de trabalho do major Quaresma. Como de hábito, Policarpo Quaresma, mais conhecido por Major Quaresma, bateu em casa as quatro e quinze da tarde.havia mais de vinte anos que isso acontecia.saindo do Arsenal de guerra, onde era subsecretário (pag. 07).

Estrutura da Obra - Espaço A cidade do Rio de Janeiro, o sítio e os lugares de conflitos da história. Depois que ele saiu do hospício decide vender a casa da cidade e comprar uma chácara no campo chamado Sossego. Não era feio o lugar, mas não era belo. Tinha, entretanto,o aspecto tranquilo e satisfeito de quem se julga bem coma sua sorte. Não havia três meses que viera habitar aquela casa,naquele ermo lugar, a duas horas do Rio, por estrada de ferro, após ter passado seis meses no hospício da Praia das Saudades. (pag.78).

Estrutura da Obra - Espaço E enfim volta novamente ao Rio de Janeiro quando ele integra ao exército brasileiro em defesa da República na revolta da Armada. Fizera Dona Adelaide mil objeções a sua partida ; mostrara-lhe os riscos da luta, da guerra, incompatíveis com a sua idade e superiores a sua força ;ele,porém não se deixara abater, fizera pé firme, pois sentia, indispensável,necessário que toda a sua vontade,que toda a sua inteligência, que tudo o que ele tinha de vida e atividade fosse posto a disposição do governo. (pag. 150).

Estrutura da Obra - Tempo De forma cronológica o narrador conta a história do patriota Policarpo Quaresma.exemplos de fragmentos sobre o tempo no decorrer do enredo:

Estrutura da Obra - Tempo Seu pai a trazia as vezes, aos domingos,quando vinha cumprir o piedoso dever de amizade, visitando Quaresma.Há quanto estava ali?ela não se lembrava ao certo; uns três ou quatro meses, se tanto. (pag.64) O noivo partira um mês antes do carnaval e depois do grande festejo carioca a sua tortura foi maior (pag.76). Não havia três meses que viera habitar aquela casa, naquele ermo lugar, a duas horas do Rio,Por estrada de ferro após ter passado seis meses no hospício da Praia das Saudades. (pag.78).

Enredo Parte I Policarpo Quaresma conhecido como Major. Tinha uma vida simples, rotineira, era isolado. Aprendeu a tocar violão com o Sr. Ricardo Coração dos Outros espantando toda vizinhança.

Enredo Parte I É preconceito supor-se que todo o homem que toca violão é desclassificado. A modinha é genuína expressão da poesia nacional e o violão é o instrumento que ela pede. (Pag.: 19) Era a modinha acompanhada pelo violão, tratou de aprender o instrumento brasileiro e entrar nos segredos da modinha. (Pag. 24)

Enredo Parte I Quaresma era extremamente patriota, lia todos os livros da História do Brasil, queria conhecer o Brasil inteiro, exaltava os produtos, amava o país no qual morava. Durante os lazeres burocráticos, estudou, mas estudou a Pátria, nas riquezas naturais, na sua história, na sua geografia, na sua literatura e na sua política. (Pag. 21)

Enredo Parte I Ismênia ia se casar com Cavalcanti, estudante de odontologia, porém, sempre dizia que daqui a quatro anos eles se casariam. Ismênia se preparava para o casamento e era a mais desanimada da turma.

Enredo Parte I Quaresma sempre conversava com as outras pessoas sobre o Brasil, suas riquezas, e não entendia porque o povo não enxergava o Brasil como um país desenvolvido. A convicção que sempre tivera de ser o Brasil o primeiro país do mundo e o seu grande amor à Pátria, eram agora ativos e impeliram-no a grandes cometimentos. (Pág. 30)

Enredo Parte I Quaresma procurava por pessoas que tinham cultura e que sabiam sobre as cantigas: Bumba-meu-boi ioiô e viu que o povo não tinha tradição, era pessoas sem cultura. Até que descobriram um senhor que foi indicado pelo noivo de Ismênia, que sabia várias canções, porém revelaram a Quaresma que essas eram estrangeiras. Para Quaresma a decepção foi grande.

Enredo Parte I Quaresma estudou um ano sobre a língua Tupi Guarani, mandou uma carta ao Congresso Nacional decretando que o Tupi era a língua oficial e nacional do povo Brasileiro.... é a única capaz de traduzir as nossas belezas de pôr nos em relação com a natureza e adaptar-nos perfeitamente aos nossos órgãos vocais e cerebrais. (Pág. 55)

Enredo Parte I Isto foi assunto durante dias, publicou em todos os jornais, o Major foi visto como o doido foi criticado por todos, até pelos amigos. Nunca sofrerá críticas, nunca se atirou à publicidade, vivia imerso no seu sonho... Ora deles, ele não conhecia ninguém; e com as pessoas com quem falava, trocava pequenas banalidades, ditos de todo dia.. (Pág. 56) Dizia o secretário: Este tolo dirigir-se ao Congresso e propor alguma coisa! Pretensioso (Pág. 58)

Enredo Parte I Quaresma se revolta com as pessoas que acham que ele mente. Que o julgassem doido vá! Mas que desconfiassem da sinceridade das suas afirmações, não! Vivia dividido em dois: uma parte nas obrigações de todo dia, e a outra, na preocupação de provar que sabia o tupi. (Pág. 62)

Enredo Parte I Quaresma é levado para o hospício, longe de tudo. Cada louco traz em si o seu mundo e para ele não há mais semelhantes; o que foi antes da loucura é outro muito outro do que ele vem a ser após. (Pág. 66)

Enredo Parte I Meses depois, Quaresma foi visitado pelo compadre e a afilhada, se mostrava recuperado. _ O major está muito melhor; quer sair? Quaresma não respondeu logo; pensou um pouco e respondeu firme e vagarosamente: _ É melhor esperar um pouco.. Vou melhor... (Pág. 69)

Enredo Parte I Sua afilhada, Olga, ia se casar e foi visitá-lo.

Enredo Parte II Quaresma sai do manicômio. Saiu o major mais triste ainda do que vivera toda a vida. De todas as coisas tristes de ver, no mundo, a mais triste é a loucura, é a mais depressora e pungente. (Pág. 80)

Enredo Parte II Olga sugere que o Major compre um sítio para descansar. Major aderiu a ideia e comprou o Sítio Sossego, planejou toda sua vida agrícola e estudou sobre a terra, e foram morar: Quaresma e D. Adelaide (irmã de Quaresma). Havia em Quaresma um entusiasmo sincero, entusiasmo de ideólogo que quer pôr em prática a sua ideia. (Pág. 85)

Enredo Parte II Ricardo vai passar uns dias no sítio. Quintona filha de Albernaz se casa. Olga também se casa com o médico Quaresma não comparece ao seu casamento, mas mandou um leitão e um peru como de costume das festas.

Enredo Parte II Olga e o marido visitam Quaresma no sítio. No dia seguinte, o nome de Quaresma sai no caderno do jornal sobre política. POLITICA DE CURUZU Quaresma, meu bem, Quaresma! Quaresma do coração! Deixa as batatas em paz, Deixa em paz o feijão. Jeito não tens para isso Quaresma, meu cocumbi! Volta à magia antiga De redigir em tupi. (pág. 110)

Enredo Parte II Quaresma ficou indignado não entendeu o seu nome envolvido na política. Acreditavam todos que o major viera para ali com o intuito de fazer política, tanto assim que dava esmolas deixava o povo fazer lenha do seu mato, distribuía remédios homeopáticos... (pág. 110)

Enredo Parte II Plantou, lutou e colheu no seu sítio recebeu um bom dinheiro pelas produções da terra. Não durou muito a alegria um inimigo apareceu: as formigas. Tudo morria e o lucro era pequeno. Quaresma lutava para levantar a agricultura.

Enredo Parte II As eleições estavam iniciando. O presidente da Câmera Tenente Antônio Dutra, visita Quaresma pedindo ajuda para a festa da igreja, com intuito de saber qual era seu lado na política. Quaresma deixa claro que vai ajudar a festa, mas não ia tomar partido porque não estava lá por interesses políticos.

Enredo Parte II Devido a sua postura, um homem fardado levou um ofício para Quaresma, dizendo que era intimado a roçar e capinar as testadas do referido sítio que confrontavam com as vias públicas. Quaresma não fez nada, recebeu uma multa de quinhentos mil réis, por ter enviado produtos de sua lavoura sem pagamento dos impostos.

Enredo Parte II Início da revolta. Ainda estávamos no começo da revolta, mas o regime já publicara o seu prólogo e todos estavam avisados (...) Demais surgiam as vinganças mesquinhas, a revide de pequenas implicâncias... Todos mandavam, a autoridade estava em todas as mãos. (Pág. 132)

Enredo Parte III Quaresma volta para a cidade, para a revolta e fica do lado de Floriano. Quaresma como muitos homens honestos e sinceros do tempo, foram tomados pelo entusiasmo contagioso que Floriano conseguia despertar. Pensava nas grandes obras que o Destino reservava àquela figura plácida e triste... (pág. 148)

Enredo Parte III Quaresma fez um memorial colocando tudo que achava sobre a política do Brasil e entregou ao Floriano pensando que ele seguiria suas ideias.

Enredo Parte III A revolta passa a ser uma festa. Com o tempo, a revolta passou a ser uma festa, um divertimento da cidade... Quando se anunciava um bombardeio, num segundo, o terraço do Passeio Público se enchia. Era como se fosse uma noite de luar, no tempo em que era do tom apreciá-las no velho jardim... (Pág. 162)

Enredo Parte III Quaresma e Bustamente viviam juntos. Ismênia não deu sorte no casamento e ficou doida, enlouqueceu, que nada curava a moça. Seus pais levaram-na em todos os médicos, curadores, espíritas e descobriram que poderia ter feito um feitiço contra ela. Ismênia morre tentando vestir seu vestido de noiva no quarto.

Enredo Parte III Com a ausência de Quaresma no Sítio Sossego, a terra fica abandonada e encontra-se acabada. D. Adelaide sentia sua falta e mandava cartas ao irmão todos os dias. Quaresma responde uma das cartas da irmã e diz que foi ferido, seu sofrimento era mais moral.

Enredo Parte III Que combate, minha filha! Que horror! Quando me lembro dele, passo as mãos pelos olhos como para afastar numa visão má. Fiquei com horror à guerra que ninguém pode avaliar... Esta vida é absurda e ilógica; eu já tenho medo de viver. (Pág. 187) Sua sensação era de fadiga, não física, mas moral e intelectual. Tinha vontade de não mais pensar, de não mais amar; queria contudo, viver por prazer físico, pela sensação material, pura e simples de viver. (Pág. 188)

Enredo Parte III Quaresma foi preso. Fora preso pela manhã, logo a erguer-se da cama; e pelo cálculo aproximado do tempo, pois estava sem relógio... Entretanto, ele atribuía a prisão à carta eu escrevera ao presidente, protestando contra a cena que presenciaria na véspera. ( Pág. 196)

Enredo Parte III Quaresma indaga sobre o seu patriotismo! E que tinha ele feito de sua vida? Nada. Levara toda ela atrás da miragem de estudar a Pátria, por amá-lo e querê-la muito, no intuito de contribuir para a sua felicidade e prosperidade. Gastara a sua mocidade nisso a sua virilidade também; e agora que estava na velhice, como ela o recompensava, como ela o premiava, como ela o condecorava? Matando-o. E o que não deixara de ver, de gozar, de fruir, na sua vida? Tudo. Não brincara, não pandegara, não amara todo esse lado da existência que parece fugir um pouco à sua tristeza necessária, ele não vira, ele não provara, ele não experimentara. (Pág. 197)

Enredo Parte III Ricardo procurou ajuda para soltá-lo e só recebeu ajuda de sua afilhada Olga. Com tal gente, era melhor tê-lo deixado morrer só e heroicamente num ilhéu qualquer, mas levando para o túmulo inteiramente intacto o seu orgulho, a sua personalidade moral, sem a mácula de um empenho que diminuísse a injustiça de sua morte, que de algum modo fizesse crer aos seus algozes que eles tinham direito de matá-lo. (Pág. 205)

Críticas O autor, em Triste Fim de Policarpo Quaresma, caracteriza o Major Policarpo como patriota de ação, tomado de um sentimento sério, grave e absorvente pelo seu país.

Críticas A personagem Major Policarpo Quaresma como um visionário, a saber, segundo Ximenes (2000, p. 964), tem ideias ou sonhos extravagantes ou pouco realistas; utopista. Podemos perceber esses comportamentos no Major Policarpo, em dois momentos, o primeiro momento é quando ele começa a estudar os costumes tupinambás, e o segundo quando ele faz um requerimento para o Conselho Nacional pedindo para que a língua tupi-guarani se tornasse a língua oficial brasileira. Iremos apresentar a citação onde ilustra o primeiro momento que justifica o Major Policarpo como um visionário:

Críticas Desde dez dias que se entregava a essa árdua tarefa, quando (era domingo) lhe bateram à porta, em meio de seu trabalho. Abriu, mas não apertou a mão. Desandou a chorar, a berrar, a arrancar os cabelos, como se estivesse perdido a mulher ou um filho. [...] Ele ainda chorou um pouco. Enxugou as lágrimas e, depois explicou com a maior naturalidade: - Eis aí? Vocês não têm a mínima noção das coisas da nossa terra. Queriam que eu apertasse a mão... Isto não é nosso! Nosso cumprimento é chorar quando encontramos os amigos, era assim que faziam os tupinambás. (BARRETO, 2006, cap. 2 p35-36).

Críticas Desde cedo o major se preocupava com as questões do patriotismo, e não era por ações políticas, e nem por razões de poder, ele se interessava pelo seu país na totalidade. Sua emoção, seu civismo vinham do seu interior, uma questão de amor e honra por sua pátria, e infelizmente esse sentimento foi tão intenso que lhe acarretou alguns problemas, por exemplo, quando ele solicitou ao Congresso Nacional o decreto que a língua tupi-guarani se tornasse a língua oficial do país, e agora iremos ilustrar uma parte desse decreto:

Críticas Policarpo Quaresma, cidadão brasileiro, funcionário público, certo de que a língua portuguesa é emprestada ao Brasil; certo também de que, por esse fato, o falar e o escrever em geral, sobretudo no campo das letras, se vêem na humilhante contingência de sofrer continuamente censuras ásperas dos proprietários da língua; sabendo, além, que, dentro do nosso país, os autores e os escritores, com especialidade os gramáticos, não se entendem no tocante à correção gramatical, vendo-se, diariamente, surgir azedas polêmicas entre os mais profundos estudiosos do nosso idioma usando do direito que lhe confere a Constituição, vem pedir que o Congresso Nacional decrete o tupi-guarani como língua oficial e nacional do povo brasileiro [...]. [...] Seguro de que a sabedoria dos legisladores saberá encontrar meios para realizar semelhante mediada, e cônscio de que a Câmara e o Senado pesarão o seu alcance e utilidade. (BARRETO, 2006, pp. 55-56).

Críticas Com esta paixão exacerbada patriotismo do major Policarpo Quaresma acaba provocando a sua destruição. Após, um requerimento dirigido à Câmara dos Deputados, em que solicita a implantação do tupiguarani como língua oficial do Brasil, Quaresma passa pelo descrédito geral e enfrenta a pilhéria dos conhecidos e dos jornais.

Atividades 1. Como e quando foi publicado inicialmente o romance de Lima Barreto? 2. Que aspectos da trama são enfatizados em cada uma das partes do livro? 3. Qual o retrato de Policarpo Quaresma? 4. Policarpo Quaresma era realmente um major? 5. Quais os projetos e programas a que Quaresma se dedica por amor à Pátria? 6. Que causa Policarpo Quaresma defendia ao ser encarcerado? 7. Por que o fim de Policarpo Quaresma é um triste fim?