RESUMO E COMENTÁRIOS Ano 9, Número 4, abril de 2018 Indústria da Construção intensifica queda em abril A Sondagem Indústria da Construção, elaborada pela FIERN, aponta que, no mês de abril, a atividade do setor registrou queda mais intensa e ficou abaixo do padrão usual para o período, tendência que se repete initerruptamente desde fevereiro de 2013. Acompanhando o desempenho negativo da atividade, o número de empregados também caiu, mantendo o movimento de retração que vem sendo observado desde outubro de 2013. Por sua vez, o nível médio de Utilização da Capacidade de Operação (UCO), recuou de % para 34%. Em maio, os empresários da Indústria da Construção estão mais pessimistas com a evolução do nível de atividade e do emprego nos próximos seis meses, ao mesmo tempo em que manifestam expectativas de estabilidade na contratação de novos empreendimentos/serviços e de aumento nas compras de insumos. Já a intenção de investimento voltou a cair - queda de 1,2 pontos na comparação com abril e de 6,6 pontos em relação a maio de 2017. Comparando-se os indicadores avaliados pela Sondagem Indústria da Construção potiguar com os resultados nacionais divulgados em 25/05 pela CNI, observa-se que, de um modo geral, as avaliações convergiram, com a diferença de que os empresários nacionais apontaram aumento na utilização da capacidade de operação (UCO) e preveem crescimento do nível de atividade, na contratação de novos empreendimentos e serviços e no número de empregados nos próximos seis meses. Para maiores informações sobre a Sondagem Nacional, favor acessar o link: http://www.portaldaindustria.com.br/estatisticas/sondagem-industria-da-construcao/ EVOLUÇÃO MENSAL DA INDÚSTRIA Os resultados da Sondagem Indústria da Construção CNI/CBIC/FIERN, realizada entre os dias 2 e 14 de maio de 2018, mostram que a atividade do setor voltou a cair mais intensamente em abril e segue abaixo do padrão usual para o período. O indicador do nível de atividade recuou 14,69%, passando de 42,9 para 36,6 pontos, mostrando que a queda na atividade se acentuou, comparativamente ao mês anterior (valores abaixo de pontos indicam queda). Na comparação com abril de 2017, o indicador foi menor em 18,85% (45,1 pontos). O indicador do nível de atividade efetiva-usual apontou queda de 24,77%, ao passar de 22,2 para 16,7 pontos, revelando que a atividade ficou aquém do padrão usual para os meses de abril. É importante destacar que esse é o menor valor da série histórica iniciada em 2010. Na comparação com o mesmo mês de 2017, o índice recuou 31,28% (24,3 pontos). Sondagem Indústria da Construção. Sondagem Mensal CNI/FIERN/CBIC. Ano 9, Número 4, abril de 2018. 1
Evolução do nível de atividade e da atividade efetiva em relação ao usual 24,3 23,3 25,6 24,3,7 27,2 28,3 29,0 23,1 25,5 21,7 22,2 16,7 45,1 48,8 36,5 45,7 44,2 39,0 47,2 41,2 33,6 41,8 39,4 42,9 36,6 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17 jan/18 fev/18 mar/18 Nível de atividade Nível de atividade efetiva-usual *Valores acima de pontos indicam aumento ou atividade acima do usual para o mês. O indicador de evolução do número de empregados declinou 9,88%, passando de 42,5 para 38,3 pontos, revelando queda no emprego em relação ao mês anterior. Na comparação com abril de 2017, o indicador cresceu 1,86% (38,3 pontos). 49 44 39 Evolução do número de empregados Indicadores de difusão (0 a 100 pontos)* 38,3 34 29 24 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 2016 2017 2018 *Valores acima de pontos indicam aumento em relação com o mês anterior. Em abril, o nível médio de Utilização da Capacidade de Operação (UCO) do setor atingiu 34%, um ponto percentual abaixo do índice de março (%) e dez pontos percentuais abaixo do apontado em abril de 2017, quando o indicador alcançou 44%. Sondagem Indústria da Construção. Sondagem Mensal CNI/FIERN/CBIC. Ano 9, Número 4, abril de 2018. 2
Utilização da Capacidade de Operação - UCO Percentual (%) 20 34% jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 2016 2017 2018 EXPECTATIVAS Em maio, as expectativas dos empresários da Indústria da Construção para os próximos seis meses são de queda no nível de atividade e no número de empregados, e de estabilidade na contratação de novos empreendimentos e serviços. Em contrapartida, continuam otimistas as perspectivas em relação às compras de matérias-primas (indicadores de expectativas variam de 0 a 100 pontos. Valores acima de pontos indicam otimismo, e abaixo de pessimismo). O indicador de expectativas quanto à evolução do nível de atividade recuou 5,08%, passando de 49,2 para 46,7 pontos, e o de contratação de novos empreendimentos e serviços subiu 3,73%, ao passar de 48,2 para,0 pontos, revelando que os empresários potiguares preveem queda no nível atividade e estabilidade na contratação de novos empreendimentos e serviços nos próximos seis meses. 65 55 45 47,3,7 Expectativas com o nível de atividade e os novos empreendimentos e serviços nos próximos seis meses 44,2 42,3 42,5 41,1 mai/17 jun/17 47,3 49,2 46,9 45,9 48,8,5 47,9 45,1 46,4 46,7 51,6 51,6 46,8 51,4 51,3,7 49,2 48,2,0 46,7 jul/17 ago/17 set/17 out/16 nov/17 dez/17 jan/18 fev/18 mar/17 abr/17 mai/18 Nível de atividade *Valores acima de pontos indicam expectativa de crescimento. Novos empreendimentos/serviços O indicador relativo às compras de insumos e matérias-primas subiu 1,76%, ao passar de 51,0 para 51,9 pontos; e o do número de empregados declinou 1,42%, ao passar de 48,8 para 48,1 pontos, mostrando que os empresários potiguares esperam aumento nas compras de insumos e retração no número de empregados nos próximos seis meses. Sondagem Indústria da Construção. Sondagem Mensal CNI/FIERN/CBIC. Ano 9, Número 4, abril de 2018. 3
55 45 Expectativas com as compras de matérias-primas e o número de empregados nos próximos seis meses 53,7 51,6 51,6 51,0 51,9 48,7 47,6 47,2 46,3 45,0 47,8 47,8 41,1 44,7 43,9 41,1 43,8 44,9 43,0 47,8 44,5 48,6 49,3 48,5 48,8 48,1 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17 jan/18 fev/18 mar/18 mai/18 Compras de insumos e matérias-primas Número de empregados *Valores acima de pontos indicam expectativa de crescimento. INTENÇÃO DE INVESTIMENTO Em maio, o índice que mede a intenção de investimento na Indústria da Construção atingiu 26,6 pontos, 1,2 pontos inferior ao apontado em abril (27,8 pontos) e 6,6 pontos abaixo do registrado em maio de 2017 (33,2 pontos). Note-se, porém, que o índice varia de 0 a 100 pontos, e quanto maior o índice, maior a disposição para o investimento na indústria. 25 Intenção de investimento mai/17 33,2 mai/18 26,6 20 15 10 mai/16 18,5 mai/16 jun/16 jul/16 ago/16 set/16 out/16 nov/16 dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17 jan/18 fev/18 mar/18 mai/18 *O índice varia de 0 a 100 pontos. Quanto maior o índice, maior é a propensão a investir da indústria. Sondagem Indústria da Construção. Sondagem Mensal CNI/FIERN/CBIC. Ano 9, Número 4, abril de 2018. 4
Indicadores Indústria da Construção Atividade Mensal abr/17 mar/18 Nível de atividade 45,1 42,9 36,6 Atividade efetiva-usual 24,3 22,2 16,7 Número de empregados 37,6 42,5 38,3 Utilização da Capacidade Operação - UCO (%) 44 34 Expectativas para os próximos seis meses Mensal mai/17 mai/18 Nível de atividade,7 49,2 46,7 Compras de insumos e matérias-primas 44,7 51,0 51,9 Novos empreendimentos e serviços 47,3 48,2,0 Número de empregados 48,7 48,8 48,1 Intenção de investimento* 33,2 27,8 26,6 Indicadores variam no intervalo de 0 a 100. Valores acima de indicam aumento da atividade e do emprego, atividade acima do usual para o mês ou expectativas otimistas para os próximos seis meses. *O índice varia no intervalo de 0 a 100. Quanto maior o índice, maior é a intenção de investimento. Sumário Metodológico Perfil da amostra: 15 empresas, sendo 4 pequenas e 11 médias e grandes. Período de coleta: de 2 a 14 de maio de 2018 A Sondagem Indústria da Construção é elaborada mensalmente pela Unidade de Economia e Estatística da FIERN em parceria com a CNI, com a participação de empresas de todo o Rio Grande do Norte. As informações solicitadas são de natureza qualitativa e resultam do levantamento direto realizado com base em questionário próprio. Cada pergunta permite cinco alternativas excludentes a respeito da evolução ou expectativas de evolução das variáveis pesquisadas. As alternativas são associadas, da pior para a melhor, aos escores 0, 25,, 75 e 100. Os resultados são apresentados na forma de indicadores de difusão que variam no intervalo de 0 a 100 pontos. Esses indicadores são obtidos ponderando-se os escores pelas respectivas frequências relativas das respostas. Os indicadores gerais para cada uma das perguntas são obtidos mediante a ponderação dos indicadores dos grupos de empresas: Pequenas (entre 10 e 49 empregados), Médias (entre e 249 empregados) e Grandes (2 empregados ou mais) utilizando-se como peso a variável Pessoal Ocupado, segundo o Cadastro de Estabelecimentos Empregadores do Ministério do Trabalho e Emprego - CEE/MTE. EXPEDIENTE: Sondagem Indústria da Construção. Publicação Mensal CNI/FIERN/CBIC. Unidade de Economia e Estatística - Elaboração: Ediene Maria da Cruz - Colaboraram: Silvana Maria de Araújo e Sandra Lúcia Barbosa Cavalcanti - Fone: (84) 3204-6271 - Fax: (84) 3204-6291 - E-mail: edienecruz@fiern.org.br, silvana@fiern.org.br, sandra@fiern.org.br - Home page: www.fiern.org.br. Sondagem Indústria da Construção. Sondagem Mensal CNI/FIERN/CBIC. Ano 9, Número 4, abril de 2018. 5