Redução da atividade foi mais branda nos últimos dois meses

Transcrição

1 Ano 7, nº 10, ubro de 20 Redução da atividade foi mais branda nos últimos dois meses O comportamento da atividade industrial da construção em 20 foi caracterizado por sucessivas quedas no nível da produção. Ao aumentar 1,7 ponto em outubro com relação ao mês anterior, a atividade industrial da construção retorna ao mesmo nível que estava no mês de agosto. Entretanto, o leve progresso do indicador não foi suficiente para atingir o patamar de outubro de 20, único mês dos últimos doze meses que apresentou aumento de atividade. Essa leve oscilação ocasionou a aproximação do efetivo ao usual em outubro, variação positiva de 3,5 pontos comparados a setembro (figura 1). Figura 1: Nível de atividade / Acima do Usual (Indice de difusão de 0 à 100 pontos) 51,1 45,1 48,5 47,7 / Abaixo do Usual 35,1 34,8 45,4 45,2 45,3 47,3 42,9 43,4 43,7 40,2 40,6 39,5 36,4 38,3 36,4 35,9 36,5 41,6 36,1 43,3 39,6 Nível de atividade ¹ Linha divisória Atividade Efetivo-Usual ² com a CNI, 20. Notas: ¹ Valores maiores que indicam crescimento do nível de atividade. ² Valores maiores que pontos indicam atividade acima da usual. ubro de 20.

2 jan/ fev/ mar/ abr/ mai/ jun/ jul/ ago/ set/ out/ nov/ dez/ jan/ fev/ mar/ abr/ mai/ jun/ jul/ ago/ set/ out/ Ano 7, nº 10, ubro de 20 As pequenas indústrias da construção mantiveram, em outubro, o mesmo nível de atividade do mês anterior e permaneceram nos pontos. Já as médias e grandes empresas foram o porte que mais progrediram no mês, sendo as únicas a variar positivamente em relação a setembro (2,4 pontos), porém ainda permanecem abaixo dos pontos, o que indica queda. Essa diferença entre os portes das organizações demostra comportamento semelhante no mesmo período de 20, quando as médias e grandes empresas obtiveram os níveis mais altos de atividade no primeiro semestre e as pequenas no segundo (figura 2). Figura 2: Nível de atividade por porte 60,7 47,5 40,9 38,5 Pequenas Médias e Grandes com a CNI, 20. Notas: Valores maiores que indicam crescimento do nível de atividade, abaixo redução. O baixo desempenho da atividade exercida pelas indústrias da construção foi refletido na Utilização da Capacidade Operacional (UCO) dessas empresas, principalmente nas de pequeno porte. A UCO das médias e grandes empresas em outubro manteve-se nos 62%, enquanto que as pequenas caíram para % ante os 54% do mês anterior, refletindo assim na redução de 1% na UCO geral (figura 3). ubro de 20.

3 Ano 7, nº 10, ubro de 20 Figura 3: Utilização da Capacidade Operacional (%) com a CNI, 20. O número de funcionários em outubro elevou-se de 37,6 para 43,4 pontos, sendo motivado pelo aumento das pequenas empresas, o mais alto desde maio de A variação no índice das pequenas foi de 10,5 pontos sob as médias e grandes, gerando uma diferença de 11,2 pontos entre os portes, mesmo as médias e grandes evoluindo 4 pontos (figura 4). Total Pequena Média e Grande Figura 4: Número de funcionários 52,5 56,3 40,8 40,0 42,9 40,1 43,8 30,0 47,3 33,3 45,4 47,7 39,3 45,4 47,7 39,3 39,2 40,9 34,4 44,3 47,5 35,7 35,7 44,1 43,8 45,0 42,5 45,0 37,6 34,6 40,9 37,5 38,6 43,4 Pequena Médias e Grandes Geral com a CNI, 20. Notas: Valores maiores que indicam aumento no número de funcionários, abaixo redução. ubro de 20.

4 Ano 7, nº 10, ubro de 20 Expectativas O sentimento para os próximos seis meses é de queda para a abertura de novos empreendimentos, fazendo de novembro o segundo mês consecutivo dessa percepção, que foi única a demostrar redução no mês, contração de 0,4 ponto (figura 5). A piora, na sensação futura dos empresários, vem principalmente dos proprietários das médias e grandes empresas, que contraíram seu indicador para 47,5 pontos, enquanto as pequenas se mantiveram estáveis nos pontos. A expectativa de compra de insumos e matérias-primas para os próximos seis meses apresentou uma leve melhora em outubro ao sair do nível de estabilidade para o índice de 51,1 pontos (figura 6). O resultado impediu que o sentimento dos empresários apresentasse queda após dois meses seguidos de forte redução no indicador. Da mesma forma, as médias e grandes empresas, que encerraram outubro com redução, apresentaram aumento de perspectiva em novembro. Figura 5: Expectativa para os próximos seis meses de abertura de novos empreendimentos Figura 6: Expectativa para compra de insumos e matérias-primas 54,1 52,2 51,1 48,6 48,2,0 pelas empresas, elaborados pela FIEMT em parceria com a CNI, 20. Notas: Valores maiores que indicam pelas empresas, elaborados pela FIEMT em parceria com a CNI, 20. Notas: Valores maiores que indicam ubro de 20.

5 Ano 7, nº 10, ubro de 20 Figura 7: Expectativa para os próximos seis meses no nível de atividade Figura 8: Expectativa para os próximos seis meses no pessoal ocupado 58,3 51,5 51,3 53,4 49,8 46,0 pelas empresas, elaborado pela FIEMT em parceria com a CNI, 20. Notas: Valores maiores que indicam pelas empresas, elaborado pela FIEMT em parceria com a CNI, 20. Notas: Valores maiores que indicam A expectativa de aumentar o nível de produção nos próximos seis meses cresceu em novembro, interrompendo uma sequencia de reduções que aproximavam o indicador da queda. Com esta melhora, o sentimento dos empresários voltou a se assemelhar ao nível que estava no começo de 20. Em novembro de 20 a expectativa dos empresários estava acima dos pontos, no entanto, era significativamente abaixo do resultado atual. A perspectiva dos empresários, em novembro, de aumentar o número de funcionários nos próximos seis meses quase se aproximou do nível em que as expectativas estariam indicando aumento. Porém, o índice ficou apenas 0,2 pontos abaixo dos pontos. O indicador do mês em 20 não se assemelha com o que foi apresentado pelo mesmo mês no ano anterior, quando as expectativas estavam com 53,4 pontos (figura 8). ubro de 20.

6 Ano 7, nº 10, ubro de 20 Tabela 1: Desempenho da Indústria Mensal Indicadores Indicadores Total Set Por porte Pequenas ¹ Médias e Grandes ² Nível de atividade 51,1 41,6 43,3 60,7,0,0 47,5 38,5 40,9 Atividade efetiva-usual* 35,1 36,1 39,6 28,6 35,0 25,0 37,5 36,5 45,0 Número de empregados 40,8 37,6 43,4 42,9 56,3 40,0 34,6 38,6 Utilização da Capacidade Operação - UCO (%) Set Set ,0 54, Nota: 1 - Empresa com 10 a 49 funcionários. 2 - Empresa com ou mais funcionários; Indicadores variam de 0 a 100 pontos, acima dos indica crescimento; * Indicadores variam de 0 a 100 pontos, acima dos o índice está superior ao usual. com a CNI, 20. Tabela 2: Expectativas Mensal Indicadores Total Por porte Pequenas ¹ Médias e Grandes ² Nível de atividade 51,5 51,3 58,3 62,5 60,0 62,5 47,5 48,1 56,8 Compras de insumos e matérias-primas 52,2,0 51,1 58,3 55,0 54,2,0 48,1,0 os empreendimentos e serviços 54,1 48,6 48,2 58,3,0,0 52,5 48,1 47,5 Número de empregados 53,4 46,0 49,8 62,5 60,0 42,9,0 40,9 52,3 Nota: 1 - Empresa com 10 a 49 funcionários. 2 - Empresa com ou mais funcionários; Indicadores variam de 0 a 100 pontos, acima dos indica crescimento. com a CNI, 20. REFERÊNCIAS FIEMT Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso /CNI Confederação Nacional da Indústria. Sondagem Indústria da Construção. Cuiabá, 20. Sondagem Indústria da Construção. Sondagem Mensal, FIEMT/CNI, Ano 7, nº 10, ubro de 20. Publicação mensal da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso-FIEMT Indicadores Econômicos e Fomento à Indústria - Fone: (65) indicadoreseconomicos@fiemt.com.br; assessoriaeconomica@fiemt.com.br ubro de 20.