INTERAÇÃO ENTRE NICOSULFURON E ATRAZINE NO CONTROLE DE SOJA TIGUERA EM MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM BRAQUIÁRIA

Documentos relacionados
CONTROLE DE SOJA TIGUERA COM DIFERENTES DOSES DE ATRAZINE EM MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM Brachiaria ruziziensis

CONTROLE DE Puccinia polysora E DE Helmintosporium maydis EM MILHO SAFRINHA. José Fernando Jurca Grigolli (1), André Luis Faleiros Lourenção (2)

RESPOSTA DE HÍBRIDOS DE MILHO AO NITROGÊNIO EM COBERTURA

DOSES E FONTES DE NITROGÊNIO EM COBERTURA NO MILHO SAFRINHA

PRODUTIVIDADE DE MILHO SAFRINHA EM AMBIENTES E POPULAÇÕES DE BRAQUIÁRIAS

EVOLUÇÃO DO CONSÓRCIO MILHO-BRAQUIÁRIA, EM DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL

MILHO SAFRINHA SOLTEIRO E CONSORCIADO COM POPULAÇÕES DE BRAQUIÁRIA EM SEMEADURA TARDIA

ADEQUAÇÃO DE POPULAÇÕES DE BRAQUIÁRIA EM CONSÓRCIO COM MILHO SAFRINHA EM ESPAÇAMENTO REDUZIDO

CALAGEM, GESSAGEM E MANEJO DA ADUBAÇÃO EM MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM Brachiaria ruziziensis

MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM BRAQUIÁRIAS EM ESPAÇAMENTO NORMAL E REDUZIDO

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

SELETIVIDADE DOS HERBICIDAS BENTAZON E NICOSULFURON PARA Crotalaria juncea e Crotalaria spectabilis

Palavras-chave - Sorghum bicolor, tolerância, controle químico, plantas daninhas.

BOLETIM TÉCNICO nº 19/2017

Controle de plantas de soja e supressão do capim em milho consorciado com Brachiaria ruziziensis

Av. Ademar Diógenes, BR 135 Centro Empresarial Arine 2ºAndar Bom Jesus PI Brasil (89)

RESPOSTA DO MILHO SAFRINHA A DOSES E ÉPOCAS DE APLICAÇÃO DE POTÁSSIO

HERBICIDAS EM PÓS-EMERGÊNCIA EM CAMPO DE PRODUÇÃO DE SEMENTES DE BRAQUIÁRIA BRS PIATÃ

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE CULTIVARES DE MILHO EM FUNÇÃO DA DENSIDADE DE SEMEADURA, NO MUNÍCIPIO DE SINOP-MT

SUPRESSÃO QUÍMICA DO CRESCIMENTO DE Panicum maximum CV. ARUANA CULTIVADO EM CONSÓRCIO COM A SOJA

Palavras chaves: Plantas de cobertura, Rendimento de grãos, Raphanus vulgaris.

PRODUTIVIDADE DE MILHO SAFRINHA COM POPULAÇÕES DE PLANTAS DE FORRAGEIRAS PERENES


EFEITO DE ADUBAÇÃO NITROGENADA EM MILHO SAFRINHA CULTIVADO EM ESPAÇAMENTO REDUZIDO, EM DOURADOS, MS

MANEJO DE PLANTAS DANINHAS EM MILHO SAFRINHA, CULTIVADO ISOLADO OU CONSORCIADO COM Brachiaria ruziensis

Gessi Ceccon, Luís Armando Zago Machado, (2) (2) (3) Luiz Alberto Staut, Edvaldo Sagrilo, Danieli Pieretti Nunes e (3) Josiane Aparecida Mariani

Desempenho do Consórcio Milho-braquiária: Populações de Plantas e Modalidades de Semeadura de Urochloa brizantha cv. Piatã

SELETIVIDADE DOS HERBICIDAS BENTAZON E NICOSULFURON PARA Crotalaria juncea e Crotalaria spectabilis

RELATÓRIO DE PESQUISA 11 17

EVAPOTRANSPIRAÇÃO E COEFICIENTES DE CULTIVO DO CONSÓRCIO MILHO E BRAQUIÁRIA NAS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS DE MATO GROSSO DO SUL

INOCULAÇÃO DE SEMENTES COM Azospirillum E NITROGÊNIO EM COBERTURA NO MILHO SAFRINHA

Ocorrência de artrópodes em área recuperada com o Sistema de Integração Lavoura- Pecuária 1. Paulo A. Viana 2 e Maria C. M.

INFLUÊNCIA DA APLICAÇÃO DE FUNGICIDAS NA OCORRÊNCIA DE GRÃOS ARDIDOS EM HÍBRIDOS DE MILHO SAFRINHA EM MATO GROSSO DO SUL

USO DE HERBICIDAS PÓS-EMERGENTES NO MANEJO DE PLANTAS DANINHAS EM MILHO PIPOCA

AVALIAÇÃO DO EFEITO FITOrÓXICO DE TRIFLURALINA APLICADA EM PRÉ-EMERGÊNCIA NA CULTURA DO MILHO l

ÍNDICE DE ESPIGAS DE DOIS HÍBRIDOS DE MILHO EM QUATRO POPULAÇÕES DE PLANTAS E TRÊS ÉPOCAS DE SEMEADURA NA SAFRINHA

AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE DE MILHO COM Brachiaria ruziziensis E MILHO SOLTEIRO

Avaliação de aspectos produtivos de diferentes cultivares de soja para região de Machado-MG RESUMO

AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE DE MILHOS HÍBRIDOS CONSORCIADOS COM Brachiaria brizantha cv. MARANDÚ

14 AVALIAÇÃO DE HERBICIDAS PRÉ-EMERGENTES NA

ÉPOCAS DE SEMEADURA DE MILHO SAFRINHA SOLTEIRO E CONSORCIADO COM Brachiaria ruziziensis

MATOCOMPETIÇÃO EM HÍBRIDOS DE MILHO CULTIVADOS EM SAFRINHA

SUPRESSÃO DE PLANTAS DANINHAS EM SISTEMAS INTEGRADOS DE CULTIVO COM MILHO SAFRINHA

AVALIAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO LONGITUDINAL DE PLANTAS DE MILHO EM DIFERENTES SISTEMAS DE CULTIVO

PRODUTIVIDADE DE MILHO SAFRINHA EM POPULAÇÕES DE PLANTAS DE MILHO E DE BRAQUIÁRIA

Resposta de Cultivares de Milho a Variação de Espaçamento Entrelinhas.

DEMANDA HÍDRICA DO CONSÓRCIO MILHO E BRAQUIÁRIA EM MATO GROSSO DO SUL

INTERFERÊNCIA DA INFESTAÇÃO DE PLANTAS VOLUNTÁRIAS NO SISTEMA DE PRODUÇÃO COM A SUCESSÃO SOJA E MILHO SAFRINHA

RESPOSTA DE MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM Brachiaria ruziziensis À ADUBAÇÃO, EM DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL

DESEMPENHO AGRONÔMICO DE HÍBRIDOS DE MILHO SAFRINHA EM DUAS ÉPOCAS DE SEMEADURA EM AQUIDAUANA, MS.

Doses e épocas de aplicação do nitrogênio no milho safrinha.

15 AVALIAÇÃO DOS PRODUTOS SEED E CROP+ EM

O manejo da matéria orgânica esta adequado visando a sustentabilidade dos sistemas de produção? Julio Franchini Henrique Debiasi

ESTRATÉGIAS DE MANEJO DE PLANTAS DANINHAS COM PERDA DE SENSIBILIDADE AO GLYPHOSATE NA CULTURA DO MILHO RR

DESEMPENHO DE MILHO SAFRINHA EM DUAS ÉPOCAS DE SEMEADURA E POPULAÇÕES DE PLANTAS, EM DOURADOS, MS

BOLETIM TÉCNICO SAFRA 2014/15

Efeito de Arranjos Plantio na Produtividade do Milho Consorciado com Brachiaria brizantha

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE CULTIVARES DE MILHO SAFRINHA NO MUNICÍPIO DE SINOP-MT

AVALIAÇÃO DE CULTIVARES E ÉPOCAS DE SEMEADURA DE MILHO SAFRINHA NA REGIÃO DE RIO VERDE (GO)

Caraterísticas agronômicas de híbridos experimentais e comerciais de milho em diferentes densidades populacionais.

Avaliação de variedades sintéticas de milho em três ambientes do Rio Grande do Sul. Introdução

PRODUTIVIDADE DO MILHO SAFRINHA EM DIFERENTES ESPAÇAMENTOS ENTRELINHAS

TEOR E EXTRAÇÃO DE NPK EM DOIS GENÓTIPOS DE MILHO SAFRINHA SOLTEIRO E CONSORCIADO COM BRAQUIÁRIA

LEVANTAMENTO DE ÁREA CULTIVADA, SEMEADURA E ADUBAÇÃO NO MILHO SAFRINHA NA REGIÃO DE SORRISO MT

DESEMPENHO DE CULTIVARES DE MILHO DE BAIXO CUSTO DE SEMENTES NA SAFRINHA 2016

Adubação do milho safrinha: Nitrogênio e Fósforo.

Consórcio de milho safrinha com Brachiaria ruziziensis. Julio Franchini Henrique Debiasi

BOLETIM TÉCNICO SAFRA 2014/15

EFEITO DO GLYPHOSATE NA PRODUTIVIDADE DO MILHO RR2 CULTIVADO NA SAFRINHA

134 ISSN Sete Lagoas, MG Dezembro, 2006

AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE CONTROLE RESIDUAL DE PLANTAS DANINHAS DO HERBICIDA CLOMAZONE, APLICADO NA DESSECAÇÃO, NA CULTURA DO ALGODÃO

EFEITO DO GLYPHOSATE NA ALTURA DO MILHO RR2 CULTIVADO NA SAFRINHA

AVALIAÇÃO DE EFICIÊNCIA DE FUNGICIDAS PROTETORES PARA O CONTROLE DE DOENÇAS NO MILHO SAFRINHA

MANEJO DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DO MILHO

I SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA EMBRAPA ACRE SEMEADURA DIRETA A LANÇO NA REFORMA DE PASTAGENS DEGRADADAS NO ESTADO DO ACRE

DIFERENTES PROGRAMAS DE MANEJO DE PRAGAS, DOENÇAS E PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DO MILHO SAFRINHA (Zea mays L.), NA REGIÃO DO TRIÂNGULO MINEIRO.

Leonardo Henrique Duarte de Paula 1 ; Rodrigo de Paula Crisóstomo 1 ; Fábio Pereira Dias 2

PERÍODO CRÍTICO DE COMPETIÇÃO DAS PLANTAS DANINHAS NA BRS ENERGIA EM DUAS DENSIDADES DE PLANTIO

MILHO SAFRINHA EM CONSÓRCIO COM BRAQUIÁRIAS

BOLETIM TÉCNICO 2015/16

Gessi Ceccon, Giovani Rossi, Marianne Sales Abrão, (3) (4) Rodrigo Neuhaus e Oscar Pereira Colman

BOLETIM TÉCNICO nº 16/2017

BOLETIM TÉCNICO 2015/16

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

BOLETIM TÉCNICO nº 15/2017

Nicosulfuron Aplicado em Diferentes Estádios Fenológicos de Braquiária

Manejo da Ferrugem Asiática da Soja Por Número de Aplicação De Fungicidas, Safra 2012/2013

DESEMPENHO DE NOVAS CULTIVARES DE CICLO PRECOCE DE MILHO EM SANTA MARIA 1

Influências das Épocas de Plantio sobre Dirceu Luiz Broch a Produtividade de Híbridos de Milho Safrinha

Controle da Mancha-em-Rede (Drechslera teres) em Cevada, Cultivar Embrapa 129, com os Novos Fungicidas Taspa e Artea, no Ano de 1998

ADENSAMENTO DE SEMEADURA EM TRIGO NO SUL DO BRASIL

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 971

INOCULAÇÃO DE SEMENTES COM

l«x Seminário Nacional

RESULTADOS DO ENSAIO NACIONAL DE MILHO EM CONDIÇÕES DE SAFRINHA, EM MATO GROSSO DO SUL, 2008

Consórcio Milho-Braquiária

BOLETIM TÉCNICO 2015/16

ADENSAMENTO DE MAMONEIRA EM CONDIÇÕES DE SEQUEIRO EM MISSÃO VELHA, CE

Desempenho de Híbridos de Milho Comerciais e Pré-Comerciais de Ciclo Superprecoce no Município de Guarapuava - PR

431 - AVALIAÇÃO DE VARIEDADES DE MILHO EM DIFERENTES DENSIDADES DE PLANTIO EM SISTEMA ORGÂNICO DE PRODUÇÃO

Transcrição:

INTERAÇÃO ENTRE NICOSULFURON E ATRAZINE NO CONTROLE DE SOJA TIGUERA EM MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM BRAQUIÁRIA José Fernando Jurca Grigolli (1), André Luis Faleiros Lourenção (2) Introdução A região Centro-Oeste é a maior produtora de milho safrinha do Brasil, com área de aproximadamente 5,6 milhões de hectares plantados em 2013, um acréscimo de mais de 23% em relação à safrinha de 2012 (CONAB, 2013). Uma das formas de se cultivar o milho safrinha é utilizar o sistema de plantio consorciado, onde se utiliza uma espécie de capim simultaneamente com o milho. Esta opção vem mostrando resultados satisfatórios como boa opção de cobertura do solo (DEBIASI et al., 2009), o que resulta em incrementos na produtividade do milho e da soja na safra subsequente. Entretanto, nos sistemas consorciados de produção, as espécies utilizadas estão sujeitas à competição entre si, além da competição naturalmente exercida pelas plantas daninhas, como plantas de soja que rebrotam e competem com o milho e com o capim. Neste cenário, é fundamental planejar corretamente o manejo de herbicidas na área, visando controlar as plantas daninhas e suprimir parcialmente a forrageira (JAKELAITIS et al., 2005). O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência da mistura de diferentes doses de Nicosulfuron sem e com mistura de Atrazine no controle de soja tiguera e supressão de Brachiaria ruziziensis no milho safrinha consorciado. Material e Métodos O experimento foi conduzido na Estação Experimental da Fundação MS, em Maracaju, MS, no período de 17 de fevereiro a 19 de julho de 2013. Utilizou-se o delineamento em blocos casualizados, em esquema fatorial 3 x 2, sendo 3 doses de Sanson 40 SC (50, 100 e 150 ml ha -1 ), sem e com Primóleo, com testemunha adicional (testemunha com soja capinada e testemunha sem capina), e cinco repetições (Tabela 1). 1 Engenheiro Agrônomo, MSc., Pesquisador da Fundação MS, Estrada da Usina Velha, km2, Caixa Postal 137, 79150-000, Maracaju, MS. fernando@fundacaoms.org.br 2 Engenheiro Agrônomo, Dr., Pesquisador da Fundação MS, Estrada da Usina Velha, km2, Caixa Postal 137, 79150-000, Maracaju, MS. andre@fundacaoms.org.br [1]

Tabela 1. Descrição dos tratamentos, ingrediente ativo e doses utilizadas na condução do ensaio. Maracaju, MS, 2013. Tratamento Ingrediente Ativo Dose (ml p.c. ha -1 ) 1 Testemunha Capinada (Soja Apenas) --- --- Testemunha Capina --- --- Sanson 40 SC Nicosulfuron 50 Sanson 40 SC Nicosulfuron 100 Sanson 40 SC Nicosulfuron 150 Sanson 40 SC + Primóleo Nicosulfuron + Atrazine 50 + 2.000 Sanson 40 SC + Primóleo Nicosulfuron + Atrazine 100 + 2.000 Sanson 40 SC + Primóleo Nicosulfuron + Atrazine 150 + 2.000 1 Doses do produto comercial. Cada parcela foi constituída de cinco linhas de 12 m de comprimento, espaçadas de 0,80 m (48 m 2 ). A área útil da parcela foi constituída das três linhas centrais de cada parcela, descontando-se dois metros de linha em cada extremidade (19,2 m 2 ). O híbrido utilizado foi o AG9010 PRO, e a adubação utilizada foi 210 kg ha -1 02-20-20 na base e 166 kg ha -1 ureia em cobertura (plantas em V2/V3). Além disso, no momento da semeadura do milho foi realizada a semeadura de Brachiaria ruziziensis, com terceira caixa acoplada e densidade de 170 pontos de VC por hectare (1,7 kg ha -1 de sementes de B. ruziziensis viáveis por hectare). A aplicação dos tratamentos foi realizada através de um pulverizador de pressão constante de CO 2, com barra com seis pontas de pulverização espaçadas em 0,5 m. Foram utilizadas pontas de pulverização do tipo TJ 06 11002 e volume de calda de 160 L ha -1. A aplicação foi realizada em 10 de março de 2013, com as plantas de milho no estádio V3, às 06h40min, com temperatura de 24,6 ºC, 87% de umidade relativa do ar e ausência total de vento. Foi realizada uma avaliação de número de plantas de soja e de B. ruziziensis 30 dias após a aplicação dos tratamentos. Para isso, foi utilizado um quadrado metálico de 0,80 x 0,80 m. Foram realizadas duas avaliações em pontos aleatórios por parcela, e foi registrado o número de plantas de soja e de B. ruziziensis em cada ponto de avaliação. A média de cada parcela foi constituída pela média dos dois pontos de avaliação. Os dados do número médio de plantas de soja tiguera por parcela foram utilizados para o cálculo da porcentagem de controle de cada tratamento, da seguinte forma: [2]

Onde E (%) é a porcentagem de controle do tratamento, T é o número de plantas de soja tiguera na parcela do tratamento testemunha sem capina, e t é o número de plantas de soja tiguera na parcela do tratamento herbicida utilizado. Por fim, realizou-se a avaliação do rendimento de grãos de milho e da massa seca de B. ruziziensis. A avaliação de rendimento de grãos foi realizada com a colheita manual de duas linhas centrais de quatro metros de comprimento de cada parcela. Os dados de rendimento de grãos foram ajustados para 14% de umidade. Para a avaliação da massa seca de B. ruziziensis, utilizou-se um quadrado metálico de 0,80 x 0,80 m. O quadrado foi lançado aleatoriamente em dois pontos por parcela, onde foram coletadas todas as plantas de B. ruziziensis para posterior pesagem da massa seca. A média da parcela foi constituída pela média dos dois pontos amostrados. Para secagem das amostras de capim, estas foram deixadas à sombra por 30 dias, sendo pesadas com o auxílio de uma balança com precisão de 0,01 g. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias dos tratamentos comparadas pelo teste de Tukey (p<0,05). Resultados e Discussão Os resultados obtidos de porcentagem de controle de plantas de soja 30 dias após a aplicação (DAA) indicaram que todas as doses de Sanson 40 SC com a adição de Primóleo controlaram 100% das plantas, enquanto que sem a adição de Primóleo, o controle não ultrapassou 29% em nenhuma das doses avaliadas (Tabela 2). relação ao número de plantas do capim B. ruziziensis, observou-se que as doses de Sanson 40 SC utilizadas sem e com a adição de Primóleo não afetaram de forma significativa o número de plantas (Tabela 3). Quanto à massa seca do capim B. ruziziensis, observou-se que as doses de Sanson 40 SC utilizadas e a adição de Primóleo não reduziu de forma significativa a massa seca final das plantas de capim no momento da colheita do milho (Tabela 4). [3]

Tabela 2. Porcentagem de controle de plantas de soja tiguera com diferentes doses de Sanson 40 SC sem e com o herbicida Primóleo 30 dias após a aplicação dos tratamentos. Maracaju, MS, 2013. Sanson 40 SC 50 ml ha -1 29 ab 100 aa 64 a Sanson 40 SC 100 ml ha -1 21 ab 100 aa 60 a Sanson 40 SC 150 ml ha -1 28 ab 100 aa 65 a 26 B 100 A Testemunha Capinada (Apenas Soja) 100 a Testemunha Capina 0 b F (Dose Sanson 40 SC ) = 0,4543 ns F (Primóleo ) = 378,0783** F (Sanson 40 SC *Primóleo ) = 5,4543** F (Herbicidas*Testemunhas) = 11,7134** F (Testemunha Capinada*Testemunha Capina) = 230,3739** CV (%) = 17,43 s seguidas da mesma letra, minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem estatisticamente Tabela 3. Número de plantas de Brachiaria ruziziensis 30 dias após a aplicação de diferentes doses de Sanson 40 SC sem e com o herbicida Primóleo. Maracaju, MS, 2013. Sanson 40 SC 50 ml ha -1 10,4 aa 8,6 aa 9,5 a Sanson 40 SC 100 ml ha -1 7,4 aa 7,0 aa 7,2 a Sanson 40 SC 150 ml ha -1 7,2 aa 10,6 aa 8,9 a 8,3 A 8,7 A Testemunha Capinada (Apenas Soja) 11,6 Testemunha Capina 8,8 F (Dose Sanson 40 SC ) = 1,6122 ns F (Primóleo ) = 0,1359 ns F (Sanson 40 SC *Primóleo ) = 2,0502 ns F (Herbicidas*Testemunhas) = 2,3598 ns F (Testemunha Capinada*Testemunha Capina) = 2,2201 ns CV (%) = 33,2 s seguidas da mesma letra, minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem estatisticamente [4]

Tabela 4. Massa seca (g) de Brachiaria ruziziensis na colheita do milho tratada com diferentes doses de Sanson 40 SC sem e com o herbicida Primóleo. Maracaju, MS, 2013. Sanson 40 SC 50 ml ha -1 273,0 aa 237,0 aa 255,0 a Sanson 40 SC 100 ml ha -1 226,0 aa 207,0 aa 216,5 a Sanson 40 SC 150 ml ha -1 274,0 aa 222,0 aa 248,0 a 257,7 A 222,0 A Testemunha Capinada (Apenas Soja) 288,0 a Testemunha Capina 219,0 b F (Dose Sanson 40 SC ) = 1,7056 ns F (Primóleo ) = 3,8692 ns F (Sanson 40 SC *Primóleo ) = 0,2761 ns F (Herbicidas*Testemunhas) = 7,5028* F (Testemunha Capinada*Testemunha Capina) = 4,7091* CV (%) = 19,69 s seguidas da mesma letra, minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem estatisticamente relação ao rendimento de grãos de milho, os tratamentos com a adição de Primóleo apresentaram incrementos significativos em todas as doses de Sanson 40 SC avaliadas (Tabela 5). Os resultados obtidos de rendimento de grãos de milho e massa seca de B. ruziziensis corroboram com os de Jakelaitis et al. (2005), que verificaram que o uso do herbicida Nicosulfuron em mistura com Atrazine foi essencial no manejo satisfatório de plantas daninhas no sistema milho consorciado com Brachiaria brizantha. Os resultados obtidos no presente trabalho sinalizam que a mistura Sanson 40 SC nas doses de 50, 100 e 150 ml p.c. ha -1 com Primóleo pode ser adotada em sistemas de produção de milho safrinha em consórcio com a braquiária para o controle de tigueras de soja no início do desenvolvimento da cultura sem comprometer a produção do capim no sistema plantio direto e nem o rendimento de grãos de milho. [5]

Tabela 5. Rendimento de grãos (kg ha -1 ) de milho tratados com diferentes doses de Sanson 40 SC sem e com o herbicida Primóleo. Maracaju, MS, 2013. Sanson 40 SC 50 ml ha -1 3.628,2 ab 4.959,2 aa 4.293,7 a Sanson 40 SC 100 ml ha -1 3.132,2 ab 4.040,3 aa 4.040,7 a Sanson 40 SC 150 ml ha -1 3.402,2 ab 4.849,8 aa 4126,02 a 56,5 B 82,0 A Testemunha Capinada (Apenas Soja) 4.855,6 a Testemunha Capina 2.502,0 b F (Dose Sanson 40 SC ) = 4,6073** F (Primóleo ) = 170,7929** F (Sanson 40 SC *Primóleo ) = 4,6073** F (Herbicidas*Testemunhas) = 16,4011** F (Testemunha Capinada*Testemunha Capina) = 134,3871** CV (%) = 7,96 s seguidas da mesma letra, minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem estatisticamente Conclusões A adição de Primóleo às doses de Sanson 40 SC avaliadas aumenta o controle de plantas de soja tiguera, não influencia o número de plantas e a massa seca de Brachiaria ruziziensis e proporciona incremento no rendimento de grãos de milho, indicando que esta mistura de herbicidas pode ser utilizada no sistema de produção milho safrinha consorciado com Brachiaria ruziziensis sem afetar os benefícios do consórcio. Referências CONAB. panhia Nacional do Abastecimento. Grãos safra 2012/13: Décimo segundo levantamento, 2013. Disponível em: <http://www.conab.gov.br/olalacms/uploads/ arquivos/13_09_10_16_05_53_boletim_portugues_setembro_2013.pdf>. Acesso em:19 set. 2013. JAKELAITIS, A,; SILVA, A.F.; SILVA, A.A.; FERREIRA, L.R.; FREITAS, F.C.L.; VI- VIAN, R. Influência de herbicidas e de sistemas de semeadura de Brachiaria brizantha consorciada com milho. Planta Daninha, Viçosa, v. 23, n. 1, p. 59-67, 2005. DEBIASI, H.; FRANCHINI, J.C.; SACOMAN, A.; MENDES, M.R.P.; SILVA, J.R. Uso de forrageiras tropicais em sistemas de sucessão com a soja e sua relação com a qualidade física do solo na região do basalto paranaense. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE SOJA, 5., 2009, Goiânia. Anais... Londrina: Embrapa Soja, 2009. CD-ROM. [6]