Reavaliação da Capacidade de Condução de Corrente dos Condutores de Rede de Distribuição

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Transcrição:

06 a 10 de Outubro de 2008 Olinda - PE Reavaliação da Capacidade de Condução de Corrente dos Condutores de Rede de Distribuição Francisco Busico Neto Lamberto M. B. Beekhuizen Jorge André Pregun AES Eletropaulo AES Eletropaulo AES Eletropaulo francisco.busico@aes.com lamberto.beekhuizen@aes.com jorge.pregun@aes.com Ivo Teixeira Domingues AES Eletropaulo ivo.domingues@aes.com Palavras Chaves: Capacidade de condução de corrente Condutor Reavaliação RESUMO Determinar a capacidade de condução de corrente admissível nos condutores de Rede de Distribuição e os níveis recomendáveis de carregamento. Reavaliar o critério de utilização do condutor de Alumínio nu 336,4MCM, para a finalidade de planejamento e projeto, visando uma abordagem conjunta do ponto de vista das perdas técnicas e dos demais equipamentos utilizados na rede de Distribuição. Com a utilização deste novo critério para o condutor de alumínio nu 336,4 MCM, a AES Eletropaulo obterá uma economia de 50% nos investimentos no ano de 2008 e de 15% com o adiamento da execução da construção da Estação do Sistema de Distribuição (ESD) Eldorado, do quinquênio 2007-2012. Consequentemente também obteremos um acréscimo de 100MVA de potência no sistema de Distribuição sem necessidade de investimentos. 1. INTRODUÇÃO Este Trabalho visa reavaliar o critério de utilização do condutor de alumínio nú 336,4 MCM para a finalidade de planejamento e projeto do sistema de Distribuição da AES Eletropaulo. 1/10

Através de uma abordagem conjunta do ponto de vista das perdas técnicas, da reavaliação das ampacidades dos condutores de Rede de Distribuição Aérea e Subterrânea e da avaliação dos equipamentos utilizados na rede de Distribuição, pretende-se definir novos parâmetros para operação do condutor 336,4MCM e subsidiar o planejamento do plano de obras do quinquênio 2007-2012. Com a utilização deste novo critério para o condutor de alumínio nu 336,4MCM, a AES Eletropaulo obterá uma economia de 50% nos investimentos no ano de 2008 e de 15% com o adiamento da execução da construção da Estação do Sistema de Distribuição (ESD) Eldorado, do quinquênio 2007-2012. Consequentemente também obteremos um acréscimo de 100MVA de potência no sitema de Distribuição sem necessidade de investimentos. 2. DESENVOLVIMENTO Para a elaboração do plano de obras do quinquênio vigente, a AES Eletropaulo realiza diagnósticos de sua rede de Distribuição e Subtransmissão no intuito de planejar obras que as mantenham em altos níveis de confiabilidade e qualidade de atendimento. Um destes diagnósticos da rede de Distribuição contempla a adequação do carregamento dos circuitos do sistema de Distribuição dentro de patamares pré-definidos, de acordo com as características de cada componente destes, tais como disjuntor, condutores subterrâneos de saída, condutores aéreos, etc. Até a conclusão deste trabalho o diagnóstico do carregamento de circuitos do sistema de distribuição admitia o seguinte: para os condutores aéreos nús de alumínio seção 336,4MCM carregamento máximo de corrente elétrica de 400A e como critério de planejamento 300 A; seção para o condutor de cobre subterrâneo utilizado nas saídas de Subestações Subterrâneas de 240mm². Através do presente trabalho ampliaremos os limites para: Condutores aéreos nús de alumínio seção 336,4MCM o carregamento máximo passa a ser de 500A e 400A como critério de planejamento, sendo que para os circuitos aéreos operarem com estes limites há necessidade de recondutoramento das saídas subterrâneas das Subestações de 240mm² para 500mm² e substituição das Chaves Faca de capacidade de 400A, existentes em alguns circuitos, para Chaves Faca com capacidade de 600 A. 2.1 CARACTERISTICAS DOS CONDUTORES A tabela 1 abaixo, mostra as características dos condutores padronizados na AES Eletropaulo. Tabela 1 - Condutores padronizados na AES Eletropaulo Resistência Bitola Seção Diâmetro AWG / Nome (ohm/km) (mm 2 ) mcm (mm) 75 0 c Peso (kg / km) Preço referência 2007 (R$/m) 336 TULIP 170,45 16,90 0,206 470,1 4,94 556 DAHLIA 281,98 21,75 0,125 778,6 8,24 2.2 AMPACIDADE DOS CONDUTORES AÉREOS Os condutores de alumínio nú, durante períodos limitados, podem operar com correntes acima da econômica, desde que as mesmas estejam dentro dos limites tecnicamente recomendáveis. Nestes 2/10

períodos, eventuais acréscimos de perdas são compensados pela não interrupção do fornecimento dos consumidores. Estes períodos devem ser evitados e medidas devem ser tomadas para que estas operações dos circuitos sejam eliminadas. Neste trabalho consideraram-se, as condições abaixo: - Normal: Valores que devem ser utilizados em regimento contínuo e que apresentam o melhor custo benefício, o valor de temperatura do condutor adotado para o cálculo foi de 80ºC, conforme recomendação do relatório do CODI (Comitê de Distribuição) - SCEI. 23.02, ainda que tal valor seja conservativo. - Emergência: É definida como a temperatura na qual o condutor pode ficar submetido durante um certo número de horas(em geral 10.000 horas) na vida útil com perda de tração de ruptura de no máximo de 10%, neste estudo foi considerado a temperatura de 85ºC. Nos cálculos destas correntes foram adotadas: - Normal: temperatura ambiente: 40 o C; temperatura do condutor: 80 o C; - emergência : temperatura ambiente: 40 o C; temperatura do condutor: 85 o C; - condutores novo: coeficiente de emissividade do condutor: 0,91; coeficiente de absorção do condutor: 0,23; - condutores velho: coeficiente de emissividade do condutor: 0,50; coeficiente de absorção do condutor: 0,30. Baseando-se nestas premissas foram calculadas, através da metodologia do documento técnico do CODI-19-04(Metodologia para determinação do carregamento ideal de Condutores e Transformadores de Distribuição) a capacidade de corrente de condutores nús, as correntes admissíveis dos condutores, que estão apresentadas na Tabela 2. Tabela 2: Correntes admissíveis dos condutores aéreos, em ampéres. Condutores Condutores novos Condutores velhos Normal Emergência Normal Emergência 336 MCM 554 587 500 525 556 MCM 776 821 685 728 2.3 AMPACIDADE DOS CONDUTORES SUBTERRÂNEOS Os condutores isolados das saídas das subestações devem ser especificados, considerando que as correntes admissíveis dos mesmos sejam compatíveis com as correspondentes especificadas para os condutores 336 MCM aéreo. Para a definição da nova seção dos condutores das saídas das subestações, foram calculadas as correntes admissíveis de condutores isolados, através do programa CORAD capacidade de condução de corrente de condutores isolados (programa da AES Eletropaulo), Tabela 3, considerando-se: seção do condutor: 500 mm2; 3/10

condutores triplexados com condutores de cobre, isolação de EPR, 8,7/15 kv; seção da blindagem por fase: 32.19 mm2; número máximo de circuitos por banco de dutos: 3; dutos de PVC com diâmetro externo nominal de 140 mm, envelopados de concreto; banco de dutos 3 x 3 de acordo com o padrão da AES Eletropaulo; profundidade do banco de dutos (parte superior): 800 mm; temperatura do condutor condições normais: = 90 ºC; temperatura do condutor condições de emergência: = 130 ºC; resistividade térmica do solo: 0.9 Km/W; resistividade térmica do PVC: 6.0 Km/W; resistividade térmica do concreto: 1.2 Km/W; resistividade térmica do duto: 6.0 Km/W; Tabela 3: Correntes admissíveis dos condutores subterrâneos, em ampéres. N.º CIRC/ FC = 100% FC = 75 % FC = 60 % FC = 50 % BANCO 90 ºC 130 ºC 90 ºC 130 ºC 90 ºC 130 ºC 90 ºC 130 ºC 1/3x3 566 702 667 869 788 978 869 1074 2/3x3 489 605 579 765 681 842 765 944 3/3x3 440 544 519 695 613 758 695 860 Neste trabalho foi considerado para condutores subterrâneos fator de carga de 0,60 e para condutores nús fator de carga (0,675), neste caso utilizado para cálculo de perdas. Para outras configurações de saídas das subestações, podem ser consultadas, as Tabelas 4 e 5, que consideram as saídas dos circuitos em banco de dutos, com dutos de PVC de diâmetros externos de 5 e 6. Tabela 4: Correntes admissíveis dos condutores subterrâneos, em ampéres. ELETRODUTO 6" BANCO N.º CIRC. No BANCO Fator de Carga (%) Fator de Carga (%) 100 75 60 50 100 75 60 50 = 90 C CORRENTE (A) 4/10 = 130 C CORRENTE (A) 1X1 1 591 692 823 895 734 858 1022 1107 1X2 1 591 692 823 895 734 858 1022 1107 3X3 1 566 667 788 869 702 826 978 1074 2X2 2 489 576 681 759 605 713 842 938 3X3 2 489 579 681 765 605 716 842 944 2X2 3 420 496 585 665 520 615 724 821 2X3 3 435 515 606 684 538 635 749 847 3X3 3 440 519 613 695 544 642 758 860 2X3 4 402 476 560 635 496 587 691 782 3X3 4 408 483 568 643 505 597 703 795 2X3 5 359 421 500 570 438 519 610 695 2X4 6 338 397 471 542 418 496 582 665 3X4 7 320 383 446 520 399 474 556 637

3X4 8 299 356 416 485 375 445 522 597 3X4 9 283 336 394 453 352 418 490 564 3X4 10 268 319 373 432 333 396 464 536 3X4 11 254 303 354 413 317 378 441 513 4X4 12 244 290 340 394 305 364 425 493 Tabela 5: Correntes admissíveis dos condutores subterrâneos, em ampéres. ELETRODUTO 5" BANCO N.º CIRC. No BANCO Fator de Carga (%) Fator de Carga (%) 100 75 60 50 100 75 60 50 = 90 C CORRENTE (A) = 130 C CORRENTE (A) 1X1 1 591 690 823 888 733 855 1021 1098 1X2 1 591 690 823 888 733 855 1021 1098 3X3 1 566 667 788 869 702 826 978 1074 2X2 2 478 564 666 741 592 697 824 915 3X3 2 489 579 681 765 605 716 842 944 2X2 3 417 492 581 657 518 610 721 811 2X3 3 433 511 603 678 536 631 746 832 3X3 3 440 519 613 695 544 642 758 860 2X3 4 399 472 556 626 494 585 688 772 3X3 4 408 483 568 643 505 597 703 795 2X3 5 356 421 496 561 436 515 607 687 2X4 6 336 404 468 535 415 492 578 656 3X4 7 319 380 444 513 397 470 553 628 3X4 8 296 353 412 479 369 437 514 586 3X4 9 281 333 391 447 349 414 486 556 3X4 10 265 315 369 424 330 392 460 527 3X4 11 253 301 352 405 315 374 439 504 4X4 12 243 288 338 388 302 359 421 484 O padrão utilizado para a construção das novas ETD s (Estação Transformadora de Distribuição) na AES Eletropaulo é com dutos de 6. 2.4 CÁLCULO DAS PERDAS DE ENERGIA: PARÂMETROS CONSIDERADOS Os cálculos referentes às perdas de energia foram elaborados considerando os seguintes parâmetros: - e = custo da energia paga pela Eletropaulo: R$ 0,099 R$/KWh - i = taxa de juros: 15,20 % a.a.; - n = período de estudo: 19 anos; - carga distribuída em área retangular ; - resistência do condutor para ( cálculos das perdas ) à temperatura de 75 o C. - fc = fator de carga considerado médio dos circuitos da Eletropaulo: 0,675 - fp = fator de perdas: 0,49 5/10

- I= corrente máxima considerada do condutores 336,4MCM: 495 A - 8760 = número de horas ano O fator de perdas foi calculado através da seguinte fórmula: Fp = 0,3 x Fc + 0,7 x Fc 2 onde: - Fp: fator de perdas; - Fc: fator de carga. Custo operacional da rede, em R$/km - C OP. C op = 3 x C condutores + CC per C condutores : Custo de recondutoramento do condutores 336,4 MCM para o condutores 556,5 MCM (material + estruturas sem troca de poste) em R$ / km CC per : Custo capitalizado das perdas, em R$ / km; Custo anual das perdas nos condutoress, em R$/km C per Cper = 3 x R x I 2 x 8760 x e x 10-3 x f p R : Resistência do condutores, em Ohm / km; I : Corrente no condutores, em ampères; e : Custo da energia, em R$ / KWh; f p : Fator das perdas f dc : fator de distribuição de carga Fator de perdas 2 f p = 0,3 f c + 0,7 f c : Fator de carga f c Fator de distribuição de carga Carga distribuída em área retangular Custo capitalizado das perdas Através da determinação do Valor Presente (VP) VP= Cper x Q Q : r (1-r n )/(1-r) r : 1/1+i/100 n : número de anos de funcionamento do circuito considerado na análise i : taxa de juros ao ano (%) 2.5 PREMISSAS ADOTADAS PARA O CÁLCULO DA PERDA DE ENERGIA ELÉTRICA Na verificação das perdas técnicas do condutor 336,4 MCM foram consideradas, algumas premissas básicas, normalmente observadas nas redes atuais, conforme abaixo: 6/10

As áreas alimentadas pelos circuitos podem ser similares às adotadas no modelo correspondente a carga triangular crescente, ou seja, densidade de carga aumentando com o aumento no comprimento do alimentador. Por outro lado também existem áreas, onde as cargas, não são distribuídas uniformemente, havendo uma maior concentração de cargas nas proximidades da subestação, decorrentes da localização da mesma, o que implica em um modelo cuja densidade de carga decresce com o aumento no comprimento do alimentador. Baseando-se nessas duas premissas, considerou-se adequado, para o cálculo das perdas utilizar o modelo de distribuição retangular uniforme de carga, ou seja, maior concentração de carga nas proximidades da subestação compensando o aumento da densidade de carga em função do comprimento do alimentador. O gráfico 1 abaixo, mostra as perdas técnicas referentes a um condutor já em uso na rede de Distribuição seção 336,4MCM, comparado com a instalação de um novo condutor bitola 556,4 MCM, com o carregamento de 495 A. No gráfico 1 verifica-se que a substituição do condutor 556,4MCM pelo condutor 336,4 MCM ao longo de 19 anos não é negocio, já que as perdas técnicas do condutor 556,4MCM neste nível de corrente 495 A, é mais dispendiosa. GRÁFICO 1 PERDAS X ANOS 7/10

200.000,00 175.000,00 150.000,00 125.000,00 Custo (cabo+perdas) R$ 100.000,00 75.000,00 50.000,00 25.000,00 3. CONCLUSÕES 0,00 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Anos 336 556 Conforme as premissas e parâmetros utilizados neste trabalho o condutor 336,4MCM comparado ao condutor 556,5 MCM, mostra-se com um valor de perda de energia menor ao longo tempo. A substituição do condutor 336,4 MCM para o condutor 556 MCM baseado em perdas técnicas não é economicamente interessante em função do retorno do investimento ser muito longo (vide gráfico 1). Considerando os critérios vigentes na AES Eletropaulo com a capacidade nominal do condutor de alumínio seção 336,4MCM em cerca de 400 A, a situação de carregamento dos circuitos ficará conforme Tabela 6, abaixo: 129 circuitos com carregamento superior a 100%, acima de 400 A, 233 circuitos com carregamento entre 80 a 100%, entre 320 a 400 A 1004 circuitos com carregamento inferior a 80%, abaixo de 320 A 8/10

Tabela 6 - Carregamento dos circuitos % Carregamento > 100% 80 a 100% < 80% Quantidade de circuitos 129 233 1004 Nesta situação para atendimento dos circuitos com carregamento superior a 100%, há necessidade de investimentos em recondutoramento destes circuitos para uma bitola imediatamente superior, no caso o condutor 556,4MCM. Há necessidade também da substituição do condutor de 240mm,² utilizado em saída de Subestação para um condutor superior, neste caso o condutor de cobre de 500mm² para compatibilização de capacidade de condução de corrente entre estes condutores, portanto os dispêndios seguem conforme abaixo: R$ 103,2 milhões (substituição pelo condutor 556,4MCM em 129 circuitos ) + R$ 16,2 milhões (substituição pelo condutor de 500mm²) TOTAL = R$ 119,4 milhões Com aplicação do novo critério proposto, ou seja, a capacidade de condução de corrente do condutor 336,4MCM deverá ser considerada em cerca de 500 A, a nova situação de carregamento dos circuitos estará conforme Tabela 7: Nesta nova situação teremos: 24 circuitos com carregamento superior a 100%, acima de 500 A, 233 circuitos com carregamento entre 80 a 100%, entre 400 a 500 A 1237 circuitos com carregamento inferior a 80%, abaixo de 320 A Tabela 7 Novo carregamento dos circuitos % Carregamento > 100% 80% a 100% (400 a 500A) < 80% Quantidade de circuitos 24 105 1237 Portanto os novos dispêndios seguem conforme abaixo: R$ 19 milhões (substituição pelo condutor 556,4MCM em 24 circuitos) + R$ 16,2 milhões (substituição pelo condutor de 500mm²) TOTAL = R$ 35,4 milhões A economia estimada com a implantação deste novo critério totaliza R$ 84 milhões, em redução de investimentos no quinquênio vigente. 9/10

4. BIBLIOGRAFIA ROBBA, Ernesto João. Introdução aos sistemas de Distribuição de Energia Elétrica. São Paulo, Ed. Edgar Blücher, 2005. Standard handbook for electrical engineers. Ed. McGraw-Hill, 1993, p.4-59. BUSICO, Francisco. Estudo de reavaliação da capacidade de Condutores de Redes de Distribuição. Estudo Eletropaulo, 2007. CODI- Comitê de Distribuição SCEI.23 02 - Definição dos limites de Carregamento Inicial, Final para condutores e Transformadores de Distribuição. 2005. 10/10