TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores MIGUEL BRANDI (Presidente sem voto), LUIS MARIO GALBETTI E MARY GRÜN.

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: ACÓRDÃO

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores DONEGÁ MORANDINI (Presidente), EGIDIO GIACOIA E VIVIANI NICOLAU.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores DONEGÁ MORANDINI (Presidente sem voto), EGIDIO GIACOIA E VIVIANI NICOLAU.

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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores MARY GRÜN (Presidente) e LUIZ ANTONIO COSTA. São Paulo, 24 de julho de 2018.

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores VITO GUGLIELMI (Presidente) e PERCIVAL NOGUEIRA. São Paulo, 11 de setembro de 2014.

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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: ACÓRDÃO

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores VITO GUGLIELMI (Presidente) e PERCIVAL NOGUEIRA. São Paulo, 18 de junho de 2015.

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores SALLES ROSSI (Presidente sem voto), MOREIRA VIEGAS E LUIS MARIO GALBETTI.

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

ACÓRDÃO , da Comarca de São Paulo, em que é. apelante OLGA MARIA VIEIRA CARDENAS MARIN, são apelados

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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: ACÓRDÃO

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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº

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Vistos. 1018XXX lauda 1

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores LUIZ ANTONIO DE GODOY (Presidente sem voto), CHRISTINE SANTINI E CLAUDIO GODOY.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores DONEGÁ MORANDINI (Presidente) e BERETTA DA SILVEIRA. São Paulo, 21 de abril de 2017.

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores RUI CASCALDI (Presidente sem voto), AUGUSTO REZENDE E LUIZ ANTONIO DE GODOY.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores MOREIRA VIEGAS (Presidente sem voto), FERNANDA GOMES CAMACHO E A.C.MATHIAS COLTRO.

Processo nº: Classe - Assunto Procedimento Comum - Rescisão do contrato e devolução do dinheiro

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores GILBERTO LEME (Presidente), MORAIS PUCCI E FLAVIO ABRAMOVICI.

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: ACÓRDÃO

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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO 8ª Câmara de Direito Privado. Registro: ACÓRDÃO

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ACÓRDÃO. São Paulo, 20 de fevereiro de James Siano Relator Assinatura Eletrônica

ACÓRDÃO. (Presidente sem voto), EGIDIO GIACOIA E VIVIANI NICOLAU. São Paulo, 10 de fevereiro de 2017.

SENTENÇA. Processo Digital nº: Classe - Assunto Procedimento Ordinário - Interpretação / Revisão de Contrato

SENTENÇA. Os pressupostos de existência e desenvolvimento válido e regular estão presentes.

SENTENÇA. Processo nº: Classe - Assunto Procedimento Comum - Rescisão do contrato e devolução do dinheiro

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: ACÓRDÃO

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores DIMAS RUBENS FONSECA (Presidente) e CESAR LUIZ DE ALMEIDA.

ACÓRDÃO. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº

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SENTENÇA. Processo Digital nº: Classe - Assunto Procedimento Comum - Rescisão do contrato e devolução do dinheiro

ACÓRDÃO. São Paulo, 19 de maio de 2015.

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores PAULO ALCIDES (Presidente sem voto), VITO GUGLIELMI E PERCIVAL NOGUEIRA.

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ACÓRDÃO. São Paulo, 18 de janeiro de James Siano Relator Assinatura Eletrônica

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

Vistos lauda 1

Pós-Graduação em Direito do Consumidor Módulo I Introdução ao Código de Defesa do Consumidor

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores GILBERTO LEME (Presidente), MORAIS PUCCI E CLAUDIO HAMILTON.

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SENTENÇA Procedimento Comum Marcos Luis Miranda da Costa e outro Esp 91/13 Empreendimentos Imobiliários Ltda.

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Vistos etc. I.- Trata-se de AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL CUMULADA COM PEDIDO DE RESTITUIÇÃO proposta por JUDITH GONÇALVES DA SILVA em face de

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PODER JUDICIÁRIO. 33ª Câmara de Direito Privado TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Apelação nº

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO 9ª Câmara de Direito Privado ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: ACÓRDÃO

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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: XX ACÓRDÃO

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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: ACÓRDÃO

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores ANDRADE NETO (Presidente) e MARIA LÚCIA PIZZOTTI.

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SENTENÇA. Foi deferida a tutela antecipada (fls. 77).

THAYANI CRUZ NANNINI e RODRIGO MACHADO GOMES ajuizaram "ação de rescisão contratual" contra GAFISA SPE-127 EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA.

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO 10ª Câmara de Direito Privado

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: ACÓRDÃO

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores ALEXANDRE LAZZARINI (Presidente) e THEODURETO CAMARGO.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores ERBETTA FILHO (Presidente) e RAUL DE FELICE. São Paulo, 4 de maio de 2017.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores DONEGÁ MORANDINI (Presidente), EGIDIO GIACOIA E VIVIANI NICOLAU.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores ERBETTA FILHO (Presidente) e RAUL DE FELICE. São Paulo, 20 de abril de 2017.

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO 38ª CÂMARA DE DIREITO PRIVADO. Registro: ACÓRDÃO

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores DONEGÁ MORANDINI (Presidente) e EGIDIO GIACOIA. São Paulo, 17 de janeiro de 2015.

Transcrição:

ACÓRDÃO Registro: 2014.0000671XXX Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº XXXXXXX-59.2013.8.26.0019, da Comarca de Americana, em que são apelantes API SPE 11 PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA e PDG REALTY S/A EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS, é apelada JULIANA (Omitido). ACORDAM, em 10ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de, proferir a seguinte decisão: "Negaram provimento ao recurso. V. U.", de conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores JOÃO CARLOS SALETTI (Presidente sem voto), CESAR CIAMPOLINI E CARLOS ALBERTO GARBI., 21 de outubro de 2014. ELCIO TRUJILLO RELATOR Assinatura Eletrônica

10ª Câmara Seção de Direito Privado Apelação com Revisão n XXXXXXX-59.2013.8.26.0019 Comarca: Americana Ação: Rescisão Compromisso de Venda e Compra e restituição de valores Apte(s).: API SPE 11 Planejamento e Desenvolvimento de Empreendimentos Imobiliários Ltda. (e outra) Apdo(a)(s).: Juliana (Omitido) Voto nº 230XX COMPROMISSO DE VENDA E COMPRA - Rescisão Demora na entrega da unidade - Prazo certo fixado para conclusão da obra e entrega da moradia, não observado Não caracterização de ocorrência de força maior ou caso fortuito Mora das rés caracterizada a autorizar rescisão - Pretendida retenção de 30% sobre os valores pagos, segundo cláusula contratual Não cabimento, diante culpa das rés pela rescisão Devolução integral, imediata e em única parcela, com efetiva correção a partir de cada desembolso, incidentes juros de mora desde a citação - Despesas condominiais anteriores à entrega das chaves Período em que a posse é exercida pela empreendedora Inexigibilidade da cobrança Sentença confirmada RECURSO NÃO PROVIDO. Trata-se de ação de rescisão de compromisso de compra e venda c/c restituição de valores julgada parcialmente procedente pela r. sentença de fls. 252/258, de relatório adotado. Apela a ré alegando ausência de culpa pelo atraso na entrega do imóvel diante ocorrência fatos alheios à sua vontade cumprindo a retenção de parte sobre o montante pago previsto no compromisso e possibilidade de cobrança de despesas de condomínio após emissão de habitese ; pede o provimento do recurso (fls. 300/321). 328/334). Recurso recebido (fls. 325) e respondido (fls. APELAÇÃO Nº XXXXXXX-59.2013.8.26.0019 AMERICANA VOTO Nº 2/6

É o relatório. O recurso não comporta provimento. A autora, através de regular compromisso, adquiriu junto às rés, mediante pagamento parcelado, a unidade de nº 1.004 da Torre D Nascente do empreendimento Side Condomínio Clube, em Americana. Em razão do atraso na entrega do empreendimento, foi proposta a demanda com vistas à rescisão do compromisso de venda e compra e à restituição do montante pago, além de multa pelo descumprimento e indenização por danos materiais sofridos. Pedidos da autora acolhidos em parte pela r. sentença de fls. 252/258 para declarar rescindido o contrato, condenando as rés a devolverem à autora a totalidade do montante pago e declarando a inexigibilidade do débito sobre as despesas de condomínio. Daí o apelo das rés. A matéria envolve a análise a verificar a presença dos requisitos que ensejem a rescisão do compromisso de compra e venda do imóvel objeto dos autos por inadimplemento das vendedoras na conclusão das obras e consequente atraso na entrega da unidade prometida. Não obstante estar a autora em dia com suas obrigações, não ocorreu a entrega da unidade compromissada até a data máxima prevista do contrato, que seria no final de fevereiro de 2012, já acrescido o prazo complementar de 180 dias de tolerância (cláusula 5.1 fls. 26), e sequer houver previsão, o que levou a compradora a pleitear a rescisão do contrato e devolução do montante pago, além de indenização por danos materiais consistentes em despesas com advogado e de condomínio. Evidente, por simples análise da documentação encartada, a mora das rés que, não obstante assumindo prazo certo para conclusão das obras e entrega do bem imóvel adquirido, não respeitaram a condição, sendo que não ficou caracterizada nenhuma ocorrência de força maior ou reconhecimento de caso fortuito que justificassem os atrasos, pois os problemas apontados são decorrentes do próprio tipo do negócio a revelar, em realidade, desrespeito das rés ao consumidor do seu produto, tornando letra morta o compromisso antes assumido. Com o não atendimento pelas rés referente APELAÇÃO Nº XXXXXXX-59.2013.8.26.0019 AMERICANA VOTO Nº 3/6

aos prazos avençados e, repetindo, configurada sua mora, rescindido está o compromisso bastando, tão somente, a declaração formal. Aos compromissos cumpre o atendimento e a fiel observância das condições assumidas, principalmente daqueles submetidos aos limites abrangidos pelo Código de Defesa do Consumidor. O item nº 5.1 do quadro resumo do contrato da unidade prometida estabelece que o prazo previsto para entrega do edifício é de 36 meses da assinatura do contrato, ou seja, 28 de agosto de 2011 (fls. 26). De outro lado, essa mesma cláusula do compromisso prevê um período de tolerância de 180 (cento e oitenta) dias, e digase, de passagem, totalmente regular e legal, amplamente utilizado em contratos como o destes autos, não havendo qualquer nulidade em tal disposição. Assim, acrescendo-se apenas a tolerância de 180 dias ao final do prazo, a unidade haveria de ser entregue à autora até final de fevereiro de 2012, incorrendo em mora no prazo de entrega a partir desta data. Pelas provas juntadas, as rés iniciaram as cobranças de despesas de condomínio em maio de 2013, inferindo-se que o habite-se pode ter sido emitido em torno desta data, sendo que não trouxeram quaisquer provas de quando iniciaram a entrega das chaves aos compradores, restando bem configurada a mora das rés. Tendo ocorrida a adesão em 28 de agosto de 2008, tem o direito a adquirente à restituição integral dos valores pagos, pois nada obteve em troca, não se justificando qualquer demora, devendo ocorrer a restituição de uma só vez, em parcela única e de forma imediata. Também com relação à cobrança de despesas com cotas condominiais, sem razão as apelantes, pois são as detentoras da posse do imóvel até a efetiva entrega das chaves aos compradores. Da simples emissão do habite-se ou da instalação do condomínio não se pode inferir que os compradores se tornaram responsáveis pelos débitos da unidade quando sequer receberam as chaves sendo, portanto, de responsabilidade da ré pelas despesas condominiais, pois, pendente a transferência da posse do imóvel aos autores, não é lícito lhes exigir o pagamento das referidas despesas. Assim, considerando que o recebimento das APELAÇÃO Nº XXXXXXX-59.2013.8.26.0019 AMERICANA VOTO Nº 4/6

chaves é o marco divisório para demarcação das responsabilidades de cada parte com as despesas incidentes sobre o imóvel, são de responsabilidade das rés as despesas condominiais geradas e cobradas dos autores. Referente ao tema posto em debate, este Egrégio Tribunal de Justiça vem assim decidindo: COMPRA E VENDA. RESCISÃO DE CONTRATO CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. Atraso injustificado da entrega do imóvel. Inadimplemento que implica devolução total das parcelas pagas. Exigência de despesas condominiais e de IPTU, com relação a período anterior à entrega das chaves. Abusividade. Serviço que não foi usufruído. Multa moratória. Previsão unilateral. Abusividade. Disposição que deve ser aplicada também à vendedora, por força das disposições do CDC. Precedentes. Indenização por danos morais afastada. Mero inadimplemento do contrato que não se mostra apto a gerar lesão extrapatrimonial que mereça ser reparada. Ônus da sucumbência distribuídos igualmente entre as partes, com compensação dos honorários advocatícios. Recurso provido em parte. (6ª Câmara D. Privado, Apelação cível nº 0068596-13.2012.8.26.0100, Rel. Des. Ana Lúcia Romanhole Martucci, j. 01.08.2013, v.u.); Compromisso de venda e compra de imóvel. Ação de rescisão contratual, cumulada com devolução de parcelas pagas e perdas e danos. Nulidade da citação. Matéria acobertada pela preclusão. Afastamento da nulidade objeto de agravo retido, sem a providência exigida pelo artigo 523, parágrafo Io, do CPC. Revelia da requerida. Julgamento antecipado da lide. Possibilidade. Incidência do disposto no artigo 330, inciso II, do CPC. Cerceamento de defesa inocorrente. Culpa da ré pela rescisão do contrato. Reconhecimento. Atraso injustificado na entrega da obra. Devolução integral dos valores solvidos pela recorrida. Despesas condominiais. Restituição ordenada. Falta de fruição do bem. Lucros cessantes. Verba indevida. Recorrida que não mais reunia expectativa de fruição do bem, sendo que interrompeu o pagamento das parcelas. Apelo parcialmente provido. (3ª Câmara D. Privado, Apelação cível nº 558.862-4/2-00, Rel. Des. Donegá Morandini, j. 07.04.2009, v.u.). Quanto ao ônus de sucumbência, há posição APELAÇÃO Nº XXXXXXX-59.2013.8.26.0019 AMERICANA VOTO Nº 5/6

consolidada pela jurisprudência que, aquele que deu causa à propositura da ação responde pelo ônus da sucumbência cabendo, portanto, às rés, por resistirem em restituir o montante devido. Assim, cumpre a integral manutenção da r. sentença, inclusive por seus próprios e jurídicos fundamentos. recurso. Ante o exposto, NEGO PROVIMENTO ao ELCIO TRUJILLO Relator Assinado Digitalmente APELAÇÃO Nº XXXXXXX-59.2013.8.26.0019 AMERICANA VOTO Nº 6/6