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Junto se envia, à atenção das delegações, o texto do projeto de resolução em epígrafe, acordado pelo Grupo da Juventude em 30 de abril de 2019.

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Transcrição:

Conselho da União Europeia Luxemburgo, 3 de abril de 2017 (OR. en) 7614/17 RESULTADOS DOS TRABALHOS de: para: Secretariado-Geral do Conselho Delegações n.º doc. ant.: 7611/17 Assunto: Somália COAFR 92 CFSP/PESC 285 CIVCOM 47 POLMIL 28 COHAFA 24 COHOM 43 - Conclusões do Conselho (3 de abril de 2017) Junto se enviam, à atenção das delegações, as conclusões do Conselho sobre a Somália, adotadas pelo Conselho na sua 3530.ª reunião, realizada em 3 de abril de 2017. 7614/17 wa/mb/wa 1 DGC 1 PT

ANEXO Conclusões do Conselho sobre a Somália 1. A União Europeia (UE) saúda a conclusão do processo eleitoral na Somália, a eleição do Presidente Mohamed Abdullahi Mohamed Farmaajo e a transição de poderes que ocorreu sem problemas. Saúda igualmente a rápida formação do gabinete ministerial. É agora essencial e urgente começar a obter resultados relativamente às múltiplas prioridades que a Somália tem que enfrentar. As expectativas entre os cidadãos da Somália, os países vizinhos da Somália e todos os seus parceiros internacionais são elevadas. A UE reitera a necessidade da continuidade de apoio político, económico e de desenvolvimento com vista a tirar partido do que foi realizado durante os últimos anos. 2. A UE reconhece que o processo eleitoral de 2016 foi um passo importante, mas salienta a importância da realização, em 2020, de eleições assentes no princípio de uma pessoa, um voto, e apela a que se comece atempadamente a preparar um roteiro político credível para alcançar esse objetivo. Esse roteiro deverá incluir um processo para tratar os problemas importantes que têm de ser solucionados na lei eleitoral que irá constituir a moldura legislativa para as eleições. Tal está ligado à necessidade de tomar medidas sérias para melhorar o Estado de direito na Somália, designadamente a conclusão do processo de revisão constitucional. A UE salienta que as recomendações efetuadas pela missão de peritos eleitorais da UE e por outras missões internacionais poderão vir a ser úteis neste contexto. A UE saúda o aumento da representação das mulheres no Parlamento e no novo governo. A UE sublinha a necessidade de aproveitar os ganhos já alcançados e continuar a assegurar uma maior representação e participação das mulheres no processo político da Somália, com vista a melhorar a inclusão democrática, assim como a situação das mulheres no país. 7614/17 wa/mb/wa 2

3. A UE está alarmada com a eclosão da crise humanitária provocada pela seca no Corno de África, que tem afetado particularmente a Somália. Das 6,2 milhões de pessoas que carecem de ajuda alimentar na Somália, estima-se que, entre este momento e o pico da estação de escassez agrícola em junho, cerca de 2,9 milhões enfrentem níveis de crise e de emergência no que se refere à insegurança alimentar; depois desse período, o nível de insegurança alimentar e os casos de diarreia aquosa aguda/cólera poderão permanecer elevados em função das chuvas. Em resposta, a UE mobilizou mais de 140 milhões de euros, nomeadamente em assistência humanitária específica para a seca no Corno de África, incluindo cerca de 80 milhões de euros para a Somália. Vários Estados-Membros da UE também se comprometeram a prestar bilateralmente uma assistência humanitária significativa. A nova liderança federal tem de combater urgentemente as graves consequências humanitárias da seca. A UE exorta a comunidade internacional a intensificar os esforços no sentido de responder às necessidades. 4. A nova liderança federal enfrenta desafios cruciais, assim como dispõe de oportunidades para tirar partido dos progressos realizados nos últimos anos. A UE salienta a urgência de garantir a segurança em todo o país, criando uma nova arquitetura de segurança inclusiva e acordada a nível nacional. Além disso, apela à nova liderança para que combata imediatamente a corrupção e crie instituições credíveis, de modo a prestar serviços essenciais à população somali, nomeadamente nos domínios da saúde e da educação. Estas são condições prévias para o desenvolvimento socioeconómico sustentável. A UE recorda que a nova liderança tem de contribuir para o lançamento de um processo de reconciliação nacional. A UE saúda o empenhamento do Presidente Farmaajo em relação a todos estes objetivos e insta ambas as Câmaras do Parlamento a trabalharem para os mesmos fins. A UE sublinha ainda a importância de reforçar a governação e de estabelecer uma relação construtiva entre a nova liderança nacional e a liderança dos estados federais nascentes. 7614/17 wa/mb/wa 3

5. Não obstante os progressos alcançados até à data, a UE continua preocupada com a situação da segurança na Somália. A reforma do setor da segurança (RSS) é uma prioridade urgente do novo Governo. Para alcançar uma segurança sustentável a Somália terá de assumir progressivamente a responsabilidade pela sua própria segurança nacional. O Governo federal está atualmente a elaborar uma nova arquitetura de segurança. A UE incentiva as administrações centrais e regionais da Somália a negociar entre si de forma rápida e num espírito de compromisso e pragmatismo, a fim de alcançarem um acordo político credível e inclusivo sobre uma arquitetura de segurança que crie as bases para ter forças de segurança somalis capazes, aceitáveis, responsáveis e sustentáveis, representativas de toda a nação. Este trabalho exigirá uma estreita coordenação entre todos os intervenientes envolvidos na Somália, incluindo os países vizinhos da região, a fim de criar um quadro global de segurança que sirva todas as pessoas na Somália. A UE compromete-se a aplicar uma abordagem integrada entre os seus diferentes instrumentos no seu apoio à Somália. 6. A UE apoia e reconhece o papel essencial que a AMISOM tem desempenhado até agora na manutenção da segurança e na contenção do Al-Shabaab. Um plano de segurança da responsabilidade da Somália deverá também incluir a transferência gradual, condicional e sustentável da responsabilidade de garantir a segurança, da AMISOM para as forças nacionais da Somália, a partir de finais de 2018. O apoio da UE à AMISOM tem sido um dos principais contributos para a evolução da Somália nos últimos anos. Esse apoio contínuo tem que promover uma atuação mais eficaz das tropas da AMISOM e o desenvolvimento das capacidades das forças de segurança da Somália; a UE relembra que está prevista a revisão conjunta UA-ONU da missão. Exorta os parceiros internacionais a juntarem-se a estes esforços e a contribuírem para a AMISOM, com vista a assegurar a sua transição sustentável. 7614/17 wa/mb/wa 4

A UE está empenhada em apoiar o desenvolvimento e a operacionalização da nova arquitetura de segurança e dos acordos conjuntos entre a Somália e a comunidade internacional, que definirão em pormenor os compromissos e os objetivos a atingir. A coordenação internacional no domínio do apoio à RSS é igualmente importante. Num esforço mais vasto, os países vizinhos da Somália deverão ser integrados num sistema de segurança coletiva mais amplo que contribua para garantir a segurança das fronteiras e o desenvolvimento económico da região. A segurança e a estabilidade no território continental são benéficas para a segurança e a proteção dos navios na região. A UE continuará a apoiar os esforços da Somália no domínio da RSS igualmente através das operações EUTM Somália e EUCAP Somália. A operação EUNAVFOR Atalanta tem tido êxito na dissuasão da ameaça de pirataria ao largo da costa da Somália. O Conselho congratula-se com os debates em curso sobre as principais realizações da operação EUNAVFOR Atalanta, na perspetiva da próxima revisão estratégica. 7. A UE apela à nova liderança somali para que complete rapidamente o processo de revisão constitucional, com vista à adoção de uma Constituição baseada em amplas consultas e que garanta plenamente os direitos humanos fundamentais, que apoie a cooperação entre as administrações federais e regionais e que defina com clareza as respetivas responsabilidades. A nível federal, a nova Constituição deverá garantir um equilíbrio de poderes entre a legislatura bicameral, o Presidente e o Governo Federal. A revisão constitucional deverá ser concluída bem antes das próximas eleições presidenciais. 8. A UE exorta o Governo a abordar e prosseguir com determinação a implementação das reformas da governação financeira a nível federal e regional, para melhorar a transparência das finanças públicas e reforçar a responsabilização neste domínio, com vista a aumentar a confiança do público e dos doadores. Deverão ser envidados esforços no sentido de facilitar a retoma económica e aumentar as receitas internas. Os esforços para consolidar a gestão das finanças públicas são um elemento basilar importante com vista ao restabelecimento de relações normais com as instituições financeiras internacionais e a um eventual alívio da dívida. 7614/17 wa/mb/wa 5

Um novo acordo de parceria (NAP) entre a Somália e a comunidade internacional, assente nos princípios e experiências do Novo Pacto, é essencial para a realização de progressos tangíveis no que diz respeito às prioridades de segurança, políticas e de desenvolvimento para os próximos quatro anos. O NAP é uma excelente oportunidade para destacar a propriedade da nova administração somali e deverá vincular o Governo da Somália à implementação de um conjunto ambicioso de reformas nos domínios da segurança, da governação, das eleições, da Constituição, da retoma económica e da gestão das finanças públicas. É igualmente uma oportunidade para os atores internacionais alinharem melhor a ação política, o apoio institucional e a assistência financeira em função de um quadro único de prioridades da responsabilidade do Governo da Somália. O princípio da responsabilização mútua será um elemento central das relações futuras entre a Somália e os seus parceiros internacionais. A UE congratula-se com o facto de o NAP definir prioridades claras e as responsabilidades respetivas. Para o efeito, a UE atribuiu um montante suplementar de 200 milhões de euros ao abrigo do FED para o período até 2020, para além dos 286 milhões de euros já disponibilizados desde 2014. 9. A UE continua profundamente preocupada com as repetidas violações graves do direito internacional humanitário e com os abusos e violações da legislação sobre direitos humanos na Somália, nomeadamente a violência contra as mulheres e as crianças e os ataques contra jornalistas. É fundamental levar os responsáveis a responder perante a justiça. A UE incentiva o Governo Federal a aplicar integralmente o seu roteiro dos direitos humanos, adotado em agosto de 2013, a aumentar os esforços para implementar os seus planos de ação relativos às crianças e aos conflitos armados, bem como a aplicar uma moratória sobre a pena de morte. A UE incentiva também as autoridades somalis a adotar a legislação necessária para tornar operacional a sua Comissão dos Direitos Humanos. 7614/17 wa/mb/wa 6

10. A UE salienta a necessidade de aproveitar os ensinamentos retirados da fome de 2011 e exorta todos os doadores e agentes humanitários a intensificarem rapidamente o apoio. A UE sublinha a importância de que seja autorizado o acesso seguro de todos os agentes humanitários a todos quantos necessitem de assistência, em consonância com os princípios internacionais de ajuda humanitária, e sublinha também a importância da plena responsabilização no apoio internacional. É necessário um maior esforço para melhorar a coordenação tendo em vista colmatar as lacunas na cobertura e garantir o acesso a locais fora do atual raio de ação da comunidade humanitária. Além disso, a resiliência a longo prazo é crucial para pôr termo ao conflito e quebrar o círculo vicioso da seca e da fome. A este respeito, a UE incentiva a realização de esforços mais colaborativos entre os programas humanitários e de desenvolvimento, com o necessário respeito pela missão imparcial e natureza distinta dos agentes humanitários. 11. A UE saúda a cimeira extraordinária dos Chefes de Estado e de Governo da IGAD sobre soluções duradouras para os refugiados somalis, realizada a 25 de março, em Nairobi. A respetiva declaração e o plano de ação que a acompanha refletem o compromisso dos dirigentes regionais no sentido de apoiarem uma abordagem regional abrangente e integrada com o fim de proporcionar aos refugiados somalis soluções duradouras com segurança e dignidade, mantendo ao mesmo tempo a proteção e promovendo a sua autossuficiência nos países de asilo, com o apoio da comunidade internacional e de outras partes interessadas. O Fundo Fiduciário da UE deverá contribuir para a criação de soluções sustentáveis para os refugiados e as populações deslocadas. 12. A Somália depara-se com desafios relacionados com a deslocação forçada e a migração irregular, alguns dos quais são partilhados pela UE. Enfrentá-los requer solidariedade, determinação, um compromisso mútuo e uma parceria genuína. A UE salienta a necessidade de um diálogo abrangente sobre a gestão conjunta dos fluxos migratórios, com base nos elementos principais da Declaração de Valeta, do Plano de Ação Comum de Valeta e do trabalho realizado no contexto do Processo de Cartum, e exorta a nova liderança somali a tratar a cooperação com a UE sobre estas matérias como uma prioridade política para os próximos anos. 7614/17 wa/mb/wa 7

13. A UE congratula-se igualmente com a recente reunião realizada em Adis Abeba entre a Alta Representante da UE, Federica Mogherini, e os ministros dos Negócios Estrangeiros da IGAD, salientando a importância estratégica da região e o interesse da UE em relação ao Corno de África, aguardando com expectativa uma cooperação eficaz em matéria de segurança, para a qual a UE poderá contribuir. Além disso, a UE salienta a necessidade de uma perspetiva holística sobre a multitude de desafios interligados no Corno de África. 14. Com uma nova liderança política, a Somália tem a oportunidade de criar um futuro melhor. É essencial que a nova administração demonstre uma verdadeira vontade política para fazer face às urgentes situações humanitárias e de segurança no país e trabalhe no sentido de proporcionar benefícios concretos ao povo da Somália, em especial aos jovens. A UE reafirma a sua vontade de apoiar uma liderança responsabilizada e responsável que cumpra os seus compromissos, promova os direitos humanos e os valores democráticos e trabalhe com vista ao desenvolvimento sustentável e à segurança na Somália. A UE aguarda com expectativa a Conferência de Londres sobre a Somália, a 11 de maio de 2017, sob a copresidência do Governo Federal da Somália, das Nações Unidas e do Reino Unido, considerando-a uma oportunidade para fazer avançar esta importante agenda. 7614/17 wa/mb/wa 8