Seminário NORTE 2015 O desenvolvimento regional no novo horizonte europeu: o caso do Norte de Portugal Perspectivas sobre as políticas co-financiadas 2007-2013: o Quadro de Referência Estratégica Nacional Nuno Vitorino
SISTEMATIZAÇÃO DA INTERVENÇÃO 1. De onde partimos? Situação e desempenho da região Norte. 2. O que nos reserva a futura Política de Coesão? Novo paradigma; menos recursos. 3. Como fazer melhor? Desafios e oportunidades para o QREN e as futuras intervenções operacionais regionais 2007-2013.
1. DE ONDE PARTIMOS? Diversas análises têm sublinhado uma evolução preocupante no desempenho da região Norte: Evolução económica regional negativa, num quadro de divergência de Portugal Persistência ou agravamento dos factores críticos que afectam o desempenho regional nos domínios da competitividade e da coesão Alguns estudos apontam a necessidade de encarar de frente as novas ameaças: A região Norte como a grande região-problema face aos desafios do alargamento da EU e à abertura e globalização do mercado europeu
PIB pc PPS - UE25 = 100 120 110 100 90 80 70 60 50 40 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve Açores Madeira
PIB pc PPS - UE25 = 100 80 75 70 65 60 55 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Norte Voreio Aigaio (GR) Ionia Nisia (GR) Thessalia (GR) Andalucia (ES)
A Leitura Regional do Impacto Sectorial do Alargamento da UE (Variações no VAB em Volume e no Emprego por Região) Efeito Alargamento C1 No VAB (%) C2 C1 No Emprego C2 Norte -2,34-3,27-37 143-51 931 Centro -2,15-1,79-17 549-13 934 LVT -1,00-0,77-16 465-12 586 Alentejo -0,82-0,85-1 713-1 787 Algarve -0,25-0,41-413 -678 Açores -0,49-0,99-508 -1 027 Madeira -0,38-2,04-438 -2 344 C1 - Efeitos repartidos de acordo com a estrutura sectorial de cada região C2 - Idem, corrigida das diferenças de produtividade
N Minho-Lima Cávado Alto Trás -os-montes Ave Região Autónoma dos Açores Grande Porto Tâme ga Entre Douro e Vouga Douro Índice de Competitividade Territorial - 2001 Baixo Vouga Baixo Mondego Pinhal Litoral Médio Tejo Dão-Lafões Pinhal Norte Pinhal Sul Serra da Estrela Cova da Beira Beira Norte Beira Sul Oeste Lezíria do Tejo Alto Alentejo Grande Lisboa Península de Setúbal Alentejo Central Região Autónoma da Madeira Alent ejo Litoral Baixo Alentejo Algarve 40 0 40 Km
N Minho-Lima Cávado Alto Trás -os-montes Ave Região Autónoma dos Açores Grande Porto Tâme ga Entre Douro e Vouga Douro Índice de Coesão Territorial - 2001 Baixo Vouga Baixo Mondego Pinhal Litoral Dão-Lafões Pinhal Norte Pinhal Sul Serra da Estrela Cova da Beira Beira Norte Beira Sul Médio Tejo Oeste Lezíria do Tejo Alto Alentejo Grande Lisboa Península de Setúbal Alentejo Central Região Autónoma da Madeira Alent ejo Litoral Baixo Alentejo Algarve 40 0 40 Km
N Minho-Lima Cávado Alto Trás -os-montes Ave Região Autónoma dos Açores Grande Porto Tâmega Entre Douro e Vouga Douro Índice Sintético de Competitividade e Coesão Territorial - 2001 Oeste Grande Lisboa Baixo Vouga Baixo Mondego Pinhal Litoral Lezíria do Tejo Médio Tejo Dão-Lafões Pinhal Norte Pinhal Sul Serra da Estrela Cova da Beira Alto Alentejo Beira Norte Beira Sul Península de Setúbal Alentejo Central Região Autónoma da Madeira Alentejo Litoral Baixo Alentejo Algarve 40 0 40 Km
2. O QUE NOS RESERVA A FUTURA POLÍTICA DE COESÃO? Propostas da Comissão em 2004 Início negociações no 2º Semestre de 2004 Carta dos 6 Compromissos da Presidência Orientações Estratégicas para a Coesão Novo paradigma - competitividade, crescimento e emprego Crescimento das dotações financeiras para a Competitividade Menos recursos para a Política de Coesão nos antigos Estados membros Estabilidade nos níveis de financiamento da PAC
3. COMO FAZER MELHOR? Para: Enfrentar e superar novos e mais complexos desafios Com menos recursos
UMA LEITURA DA NOSSA EXPERIÊNCIA RECENTE Boas realizações: Avultados investimentos (nacionais e comunitários) Excelente capacidade de absorção Bom nível de realização que, em grande medida, transformou a face mais visível da região e do país... Mas, persistência de bloqueios estruturais: Qualificação das pessoas e das organizações Competitividade das empresas Qualidade de vida urbana Indicadores ambientais
O TESTE DOS 3 C s Situação de partida Diagnóstico Objectivos de chegada Desígnios e Objectivos Coerência? As intervenções contribuem, de facto, para os objectivos? Ou têm uma contribuição nula ou irrelevante? Consistência? As políticas e acções reforçam-se reciprocamente? Ou conflituam e anulam-se? Coordenação? Os agentes articulam as suas acções, procurando complementaridades e sinergias? Ou desaproveitam esse potencial?
RECONHECER OS FACTORES CENTRAIS DE INEFICIÊNCIA Qualidade da Estratégia de Desenvolvimento Factores de Ineficiência Falhas de Coordenação e de Liderança Pessoas e Organizações não Comprometidas
ACTUAR EM SIMULTÂNEO - NOS 3 PÓLOS DAS CONDIÇÕES CRÍTICAS DE SUCESSO Formulação da Estratégia de Desenvolvimento CONDIÇÕES DE SUCESSO Gestão da Estratégia de Desenvolvimento Mobilização dos Protagonistas do Desenvolvimento
FORMULAÇÃO DA ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO O pressuposto inequívoco da existência de novos desafios e da emergência de recursos mais limitados implica: Concentração nos domínios de intervenção - abordagem temática em função dos grandes objectivos regionais para a competitividade e a coesão económica, social e territorial Selectividade nos investimentos em concreto - critérios e instrumentos de análise mas, sobretudo, condições institucionais para os aplicar Um primeiro grupo de questões: quais são os objectivos a alcançar? Como definir os resultados desejados e possíveis, que devem determinar as intervenções futuras? - os diagnósticos - o debate e a concertação estratégicos sobre debilidades/potencialidades e ameaças/oportunidades Será suficiente este esforço de racionalidade?
MOBILIZAÇÃO DOS PROTAGONISTAS DA ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO Um segundo grupo de questões: Os protagonistas (instituições públicos, agentes privados) revêemse nos objectivos de desenvolvimento? Estes objectivos incorporam metas verdadeiramente mobilizadoras? Para que tal aconteça, como participam na sua definição e discussão? Como expressam nos objectivos estratégicos as suas diferentes expectativas e ambições? E, sentem-se comprometidos? Estão dispostos a adaptar as suas próprias estratégias em função do interesse geral que esses objectivos devem comportar? Será suficiente este esforço de mobilização e de participação?
GESTÃO DA ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO A GOVERNÂNCIA O planeamento estratégico deve ser entendido como um instrumento de alinhamento entre pessoas, processos e arquitecturas organizacionais... Um terceiro grupo de questões: Que modelo de gestão é necessário para alavancar a capacidade do Estado? Como dotar o Estado de mecanismos capazes de mobilizar o potencial existente nas inúmeras organizações e orientar estas potencialidades para alcançar os resultados desejados? Novamente, o teste dos 3 C s
O NOVO TESTE DOS 3 C s COERÊNCIA? Instrumentos de aferição de mais-valias e de selecção de investimentos Processos de decisão/aprovação CONSISTÊNCIA? Diagnóstico institucional Gestão pró-activa e contratualização: o que cada organização pode fazer para os desígnios comuns? COORDENAÇÃO? Cooperação e redes de interacções Pluricontratualização
Obrigado pela vossa atenção.