FEVEREIRO/2012 EDIÇÃO 0009



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Transcrição:

FEVEREIRO/2012 EDIÇÃO 0009 Palestras sobre a Resolução CNSP nº 243/2011- nova normas de penalidades da SUSEP PALESTRA SOBRE A RESOLUÇÃO CNSP Nº 243/2011 NOVA NORMA DE PENALIDADES DA SUSEP PÁG. 1 RESOLUÇÃO CNSP Nº 247, DE 6 DE DEZEMBRO DE 2011. PÁG. 2 E 3 SOCIEDADES SEGURADORAS E COOPERATIVASDE SEGUROS ATUANDO IRREGULARMENTE NO BRASIL PÁG. 4 NOVA LEI DO CADE CONHECIDA COMO LEI DO SUPER CADE PÁG. 5 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE 2012 PÁG. 6 Dr. Euds Furtado e Dra. Suelly Molina, sócios do escritório, durante a apresentação na SINAPP/RJ em 10/02/2012 O Escritório Euds Furtado Advogados Associados comunica que vem realizando palestras/workshops sobre a Resolução CNSP nº 243/11, nova norma de penalidades para os processos administrativos sancionadores instaurados pela SUSEP, que passará a vigorar a partir de 06 de março de 2012. Esses encontros com os jurídicos internos das Cias. e representantes da administração das empresas têm sido uma excelente oportunidade de debates, conhecimento e constatação das alterações que ocorrerão, inclusive no âmbito processual, assim como, quanto ao valor das penalidades a serem aplicadas, que foram majorados consideravelmente. Outro aspecto interessante a se ressaltar seria a interação dos colaboradores que ocupam cargos ou funções de responsabilidade nas Cias. e, que foram contemplados na nova norma como "agentes responsáveis" por eventual irregularidade apurada pela Autarquia. Assim, entendemos que a conscientização por parte desses colaboradores poderá evitar equívocos ou erros materiais que futuramente possam ser apurados como inconformidades que venham a gerar infração. EDITORES FELIPE PRETTO FERNANDA MIRTES RENATA FURTADO SHANA ARAUJO Dr.Euds Furtado, Dra. Suelly Molina e Dra. Shana Araujo, advogada do contencioso na palestra no SINDSEG RS em 14/02/2012 No dia 10 de fevereiro passado, nosso Escritório realizou palestra acerca deste mesmo tema no SINAPP Sindicato Nacional das Entidades Abertas de Previdência Complementar, estando presentes um grande número de representantes das EAPC. No dia 14 de janeiro foi a vez do sindicato das Seguradoras do Rio Grande do Sul, que também contou o auditório lotado o que demonstra a importância e a preocupação como tema.

Conforme transcritos: Resolução CNSP Nº 247, DE 6 de dezembro de 2011. Averbação Simplificada Ramo Transporte A SUSEP dispôs, na referida Resolução, sobre a revogação dos dispositivos que norteiam o procedimento de Averbação Simplificada nos seguros pertinentes ao ramo de transportes, conforme o Art. 2º, 2º, da Resolução, nº CNSP 247 de dezembro de 2011. A norma dispôs ainda, sobre a revogação do Art. 18 do Título I, da Cláusula Nº 100 atinente ao Título III e o item 6 do questionário apresentado no Título IV, relativa às Condições Gerais para o Seguro Obrigatório de Responsabilidade Civil do Transportador, de que trata as Resoluções, CNSP Nº 182/2008(Seguro Obrigatório de Responsabilidade Civil do Transportador Aquaviário - Carga (RCA-C), CNSP Nº 183/2008 (Seguro Obrigatório de Responsabilidade Civil do Transportador Ferroviário - Carga (RCTF-C), CNSP Nº 184/2008, (Seguro Obrigatório de Responsabilidade Civil do Transportador Aéreo - Carga (RCTA-C) E CNSP Nº 21/2010 (Seguro Obrigatório de Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário - Carga (RCTR-C); - Art. 18 do Título I - Mediante acordo entre o Segurado e a Seguradora, será permitido inserir, na apólice, a Cláusula Específica de Averbação Simplificada, constante do Título III, possibilitando a entrega de uma averbação simplificada, diária, semanal, quinzenal ou mensal, por qualquer meio de comunicação, inclusive por sistema de transmissão eletrônica, respeitados os prazos estipulados naquela Cláusula. (revogado pela Resolução CNSP Nº 247, DE 6 de dezembro de 2011) - Cláusula Nº 100, atinente ao Título III - CLÁUSULA ESPECÍFICA DE AVERBAÇÕES SIMPLIFICADAS - Art. 1o Pela presente cláusula, de acordo com o disposto no Capítulo XI - Averbações, das Condições Gerais deste seguro, fica entendido que a averbação simplificada, referente aos conhecimentos emitidos a cada mês, deverá ser entregue à Seguradora em conformidade com a opção constante na proposta de seguro, dentro de um dos prazos abaixo especificados: I - averbação mensal: até o dia 15 (quinze) do mês imediatamente subseqüente, acompanhada da relação dos embarques realizados; (revogado pela Resolução CNSP Nº 247, DE 6 de dezembro de 2011) II - averbação quinzenal: até o quinto dia útil da quinzena imediatamente subseqüente, acompanhada da relação dos embarques realizados; (revogado pela Resolução CNSP Nº 247, DE 6 de dezembro de 2011) III - averbação semanal: até o terceiro dia útil da semana imediatamente subseqüente, acompanhada da relação dos embarques realizados; (revogado pela Resolução CNSP Nº 247, DE 6 de dezembro de 2011) IV - averbação diária: até o terceiro dia útil após o embarque, acompanhada da relação de embarques realizados. (revogado pela Resolução CNSP Nº 247, DE 6 de dezembro de 2011) Art. 2o O Segurado assume a obrigação de fornecer à Seguradora os elementos e provas que lhe forem solicitados, para a verificação do fiel cumprimento da obrigação de averbar todos os embarques abrangidos pela apólice. (revogado pelaresolução CNSP Nº 247, DE 6 de dezembro de 2011) Art. 3o O não cumprimento da obrigação de averbar todos os embarques abrangidos pela apólice, quaisquer que sejam seus valores, implica, de pleno direito, o imediato cancelamento deste contrato e a isenção de responsabilidade da Seguradora em relação ao pagamento de qualquer indenização decorrente deste seguro, ressalvado o disposto no parágrafo 1o, do art. 7o, do Capítulo VI, das Condições Gerais deste seguro. (revogado pela Resolução CNSP Nº 247, DE 6 de dezembro de 2011) Art. 4o Se o Segurado deixar de observar o prazo de entrega das averbações conforme previsto no art. 1o acima, a Seguradora poderá promover o cancelamento unilateral desta cláusula, mediante aviso escrito ao Segurado. (revogado pela Resolução CNSP Nº 247, DE 6 de dezembro de 2011) Art. 5o Ratificam-se integralmente as disposições das Condições Gerais para o Seguro Obrigatório de Responsabilidade Civil do Transportador Aquaviário - Carga que não tenham sido alteradas pela presente Cláusula Específica. (revogado pela Resolução CNSP Nº 247, DE 6 de dezembro de 2011) - Item 6 do questionário apresentado no Título IV Informar se deseja a inclusão da Cláusula Específica de averbações simplificadas,especificando o prazo pleiteado (mensal, quinzenal, semanal ou diário). (revogado pela Resolução CNSP Nº 247, DE 6 de dezembro de 2011)

Este procedimento estava relacionado ao transportador (segurado), que em sua atividade ordinária, não tem a ciência exata, previamente, da quantidade de sinistros que terá e qual será a extensão de seus danos, mas no entanto, tem o conhecimento de que potencialmente existirão sinistros e prejuízos. Destarte, para não correr o risco de ter sua estrutura econômica desorganizada por tais contingências (como, por exemplo, ser responsabilizado civilmente pelo roubo ou tombamento de uma carga), a Companhia convenciona o seguro de responsabilidade civil. Nesse caso, como não se sabe, inicialmente, as operações de transporte que o segurado realizará a cada período mensal, a SUSEP autorizava ao segurado, por conveniência sua, que o mesmo apresentasse a Seguradora, a relação de embarques após sua efetiva realização, deste modo, com base nas informações prestadas, eram feitos os cálculos dos prêmios devidos. Portanto, a especificidade da dinâmica destes contratos que ficou revogada, podia ser resumida assim: os transportadores segurados não tinham conhecimento do número de operações que realizariam durante o mês; contratam seguro que lhes garante indenizações até certo limite; findo o período mensal, fazia-se a averbação da totalidade dos transportes realizados, quantificandose, por conseguinte, o prêmio devido. Diante de todo o exposto, a Autarquia preleciona, que seguradoras não poderão comercializar novos contratos em desacordo com as disposições desta nova Resolução após 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias contados da data de sua publicação, sendo esta, em 07/12/2011. Art. 3º As sociedades seguradoras não poderão comercializar novos contratos em desacordo com as disposições desta Resolução após 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias contados da data de sua publicação. 1º Os planos atualmente comercializados deverão ser adaptados a esta Resolução até a data prevista no caput deste artigo. 2º Novos planos submetidos à análise deverão já estar adaptados às disposições desta Resolução. 3º Os contratos em vigor devem ser adaptados a esta Resolução na data das respectivas renovações, quando o fim de sua vigência for posterior à data prevista no caput deste artigo. Por fim, conforme os dispositivos transcritos acima, os planos atualmente comercializados obrigatoriamente deverão ser adaptados a esta Resolução até a data prevista no caput do Art. 3º, sendo certo que os novos planos submetidos à análise deverão já estar adaptados às disposições da referida Resolução e os contratos já em vigor devem ser adaptados na data das respectivas renovações, quando o fim de sua vigência for posterior à data prevista no caput do mesmo artigo. José Daniel Rocha Advogado do Backoffice

Sociedades Seguradoras e Cooperativas de Seguros atuando irregularmente no Brasil O superintendente de Seguros Privados, Luciano Portal, afirmou, em entrevista à Agência Brasil, que o numero de atuações irregulares no mercado é alto, e reconheceu que o processo que resulta na punição dessas empresas é demorado. Temos, no âmbito da SUSEP, mais de 100 empresas atuando de forma irregular. Mas esse número pode ser significativamente superior, uma vez que a cada dia surgem novas empresas atuando irregularmente no mercado - o que me leva a estimar que este número pode chegar a cerca de 300 empresas atuando irregularmente. É um número alto, avaliou. A gente vê isso acontecendo na Baixada Fluminense, na Bahia, e sobretudo em Belo Horizonte e no Espírito Santo, essa atuação irregular por parte das empresas está ganhando proporções muito grandes, completou. O Superintendente da SUSEP informou que existem hoje no país cerca de 240 empresas operando de forma legal, registradas no órgão, entre empresas seguradoras, de capitalização, previdência privada complementar aberta e resseguradoras, além de cerca de 60 mil corretores de seguros. Diante desta situação, a SUSEP tem priorizado ações de fiscalização, inclusive tomando decisões mais enérgicas. Foram criados mais grupos da fiscalização, com equipes atuando em São Paulo, no Rio, em Belo Horizonte. São especializadas no combate ao mercado marginal. Temos agora também uma atuação da Procuradoria Federal, que está ingressando com ações civis públicas para, pela via judicial, conseguir a suspensão das atividades das empresas que atuam irregularmente no mercado. A nossa intenção também é responsabilizar criminalmente os seus dirigentes, informa o Dr. Luciano Portal. no âmbito da autarquia. Só depois teremos uma decisão definitiva em relação à condenação, explicou o superintendente. Esta foi a primeira grande autuação neste nicho de empresas estrangeiras. A SUSEP tomou conhecimento do caso há alguns anos, por meio de processos judiciais movidos por consumidores que não tiveram seus contratos honrados. No que tange as Cooperativas de Seguros, a SUSEP tem alertado os Consumidores sobre a ilegalidade de Cooperativas e Associações que oferecem proteção contra roubos e acidentes de carros. Essas organizações não estão autorizadas a trabalhar com seguros, mesmo que usem outros nomes, como proteção automotiva. Desde 2008, 29 de 33 associações acionadas pela Susep foram multadas em até R$ 72 milhões por atuação irregular no mercado, após denúncias comunicadas ao órgão fiscalizador. Observa-se no art. 24, caput e ú, do Decreto-Lei 73/66 que somente poderão operar em seguros privados as Sociedades Anônimas ou Cooperativas, estas apenas com seguros agrícolas, de saúde e de acidentes do trabalho, devidamente autorizadas pela SUSEP. Ressalta-se que a Superintendência de Seguros Privados iniciou um processo contra a seguradora americana National Western Life, que pode lhe render multa recorde de R$ 11 bilhões. A empresa, que tem sede no Texas, pode ter que pagar a multa por vender, sem a autorização da Susep, seguros de vida no Brasil. Nós estamos em um processo de intimação dessa empresa nos Estados Unidos. Ela terá amplo direito à defesa, ao contraditório, e os argumentos da companhia serão analisados Lívia Lapoente Advogada do Contencioso

Nova Lei do CADE Conhecida como Lei do SUPER CADE A Lei nº 12.529/2011 revoga praticamente toda a Lei anterior, a Lei nº 8884 de junho de 1994. A nova Lei estrutura o sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência SBDC, e dispõe sobre a repressão às infrações contra a ordem econômica. O SBDC é formado pelo CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) que disporá de um Tribunal Administrativo e pela Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda. A Procuradoria Federal atuará junto ao CADE para: - prestar consultoria e assessoramento jurídico ao CADE; - representar o CADE judicial e extrajudicialmente; - promover a execução judicial das decisões e julgados do CADE; - proceder à apuração da liquidez dos créditos do CADE, inscrevendo-os em dívida ativa para fins de cobrança administrativa ou judicial; - tomar as medidas judiciais solicitadas pelo Tribunal ou pela Superintendência-Geral, necessárias à cessação de infrações da ordem econômica ou à obtenção de documentos para a instrução de processos administrativos de qualquer natureza; - promover acordos judiciais nos processos relativos a infrações contra a ordem econômica, mediante autorização do Tribunal; Pela nova Lei, o Ministério Público passou a ter, a nosso ver, uma atuação menor nos processos administrativos do CADE. Segundo o art. 20 da Lei, o membro do MP será indicado para, nesta qualidade, emitir parecer nos processos para imposição de sanções administrativas por infração a ordem econômica, de ofício ou a requerimento do Conselheiro-Relator. A nova Lei, que entrará em vigor a partir do final de maio de 2012, traz uma grande inovação, qual seja, exemplificando, a obrigação de se submeter as fusões ao órgão, previamente à realização do negócio. Tal fato poderá ensejar na demora para o fechamento dessas fusões. Pela lei atualmente em vigor, as empresas podem se fundir e começar a operar, enquanto aguardam a decisão do CADE. Mas, muitas das vezes o órgão conclui que o negocio inviabiliza a livre concorrência. Nessas situações, o governo buscava aplicar remédios à fatos já consumados. No mercado segurador, a anuência prévia existe desde 2005 para os atos referentes à constituição, transformação, autorização para operar e cancelamento da autorização para operar, fusão, cisão, incorporação ou qualquer outra forma de reorganização societária, bem como a transferência de controle acionário, direta ou indireta, ou qualquer ato que possa implicar alteração na ingerência efetiva da administração das sociedades seguradoras, de capitalização e das entidades abertas de previdência complementar. - emitir, sempre que solicitado expressamente por Conselheiro ou pelo Superintendente-Geral, parecer nos processos de competência do CADE, sem que tal determinação implique a suspensão do prazo de análise ou prejuízo à tramitação normal do processo; - zelar pelo cumprimento desta Lei; e - desincumbir-se das demais tarefas que lhe sejam atribuídas pelo regimento interno. Suelly Molina Sócia do Contencioso

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO ESCRITÓRIO PARA 2012 Sabidamente, ninguém e muito menos, nenhuma empresa, consegue alcançar o sucesso sem saber exatamente para onde se vai. Escritórios de Advocacia como qualquer outro tipo de negócio precisam ser administrados com eficiência de modo a promover o seu desenvolvimento sustentável. Renata Beiriz Furtado de Carvalho sócia gestora É imprescindível, portanto, que os escritórios sejam geridos como uma organização empresarial, estabelecendo um modelo de gestão bem definido e utilizando ferramentas que auxiliem no diagnóstico do cenário atual da organização, estabelecendo estratégias de atuação e aprimoramento, visando a qualidade nos serviços prestados. Nessa esteira, realizamos no dia 19.12.2011, o nosso Planejamento Estratégico para o ano de 2012. Contando com a presença de todos os colaboradores, realizamos a análise de todas as forças e fraquezas de nossa organização, bem como das oportunidades e ameaças vislumbradas diante das constantes mudanças globais, dos atuais e futuros cenários do mercado segurador e financeiro, nosso foco de atuação. A reflexão acerca desses elementos nos possibilita realizar ações que permitam o alcance de nossos objetivos estratégicos num mercado dotado de intensa competitividade. Sendo utilizado por nosso escritório desde 2007, o exercício do planejamento reduz as incertezas diante das decisões a serem tomadas, possibilitando nosso crescimento em número de clientes, de faturamento e o exponencial aumento dos investimentos em tecnologia. Aliás, tecnologia é a bola da vez para nós, será o nosso foco em 2012 com a modernização dos equipamentos, melhorias no sistema de gestão e aumento da equipe técnica que certamente impactará diretamente na melhoria dos serviços prestados aos nossos clientes, dando maior eficiência de controle de processos, nosso principal instrumento de trabalho. Percebemos que os desafios a serem enfrentados pelos advogados vão muito além do mundo jurídico. O avanço tecnológico exige-nos um desenvolvimento interno. A tecnologia deve integrar todas as informações existentes, gerando inteligência para uma melhor tomada de decisão e gestão do negócio. Cabe a nós gestores identificar habilidades e talentos em nosso corpo jurídico, as capacidades que possuem que não podem ser substituídas por sistemas avançados ou por trabalhadores menos custosos, amparados por tecnologia ou processos padronizados. Acreditamos que é imprescindível a participação de todos os colaboradores nesse processo de pensar o futuro, para que tenham uma visão geral da organização enxergando-a como um todo e como um sistema e não apenas visando um setor ou departamento isolado. A ferramenta do Planejamento Estratégico nos escritórios de advocacia não apenas é viável do prisma da praticidade e aplicabilidade, assim como é indispensável para enfrentar a reatividade presente na advocacia dos dias atuais, de modo a nos orientar para um desenvolvimento de relacionamentos duradouros e mutuamente proveitosos com clientes atuais, clientes em potencial e o mercado geral, com vistas à geração de oportunidades e novos negócios.