Classe socioeconômica de Uberlândia

Documentos relacionados
Redução da maioridade penal em Uberlândia

Segurança em Uberlândia 2016

Segurança em Uberlândia 2013

Pessoas com deficiência em Uberlândia

Agenda Histórico do CCEB Objetivos Modelo estatístico Evolução das classes e os critérios de KM e da SAE

4 Discussão dos Resultados

Indicadores econômicos Estudo das Dívidas em Atraso das Pessoas Jurídicas. SPC Brasil e CNDL. Dados referentes a novembro de 2014

PROCEDIMENTOS UTILIZADOS NA REALIZAÇÃO DA PESQUISA:

ESTUDOS MUNICIPAIS. Setor de Serviços lidera demissões em Araraquara

Pesquisa CNI - Ibope Abril 2007

ICV de 2006 fica em 2,57%, o menor desde 1998

Pesquisa de Opinião Pública. Brasil Maio de 2018

PROCEDIMENTOS UTILIZADOS NA REALIZAÇÃO DA PESQUISA:

O perfil do endividamento das famílias brasileiras em 2016

PME registra menor taxa de desemprego da série histórica para o mês de fevereiro, mas indica acomodação no mercado de trabalho.

1. IDENTIFICAÇÃO DO CURSO

PROCEDIMENTOS UTILIZADOS NA REALIZAÇÃO DA PESQUISA:

Natal da crise: 4 em cada 10 consumidores não devem comprar presentes em 2015

O CENÁRIO ECONÔMICO ATUAL NA VISÃO DOS CONSUMIDORES

Opinião da população paulistana sobre a retirada das sacolas plásticas dos supermercados. Maio de 2012

Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina PEIC. Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor

Pesquisa de Opinião Pública Estado do Rio Grande do Sul

Pesquisa de Opinião Pública Estado de Alagoas

Pesquisa de Opinião Pública Estado do Ceará

>> Sondagem Industrial Mato Grosso do Sul >> Dezembro 2017

Algumas razões para aumentar os impostos sobre cigarros no Brasil

Pesquisa de Opinião Pública Nacional

OPINIÃO SOBRE TEMAS RELATIVOS À SAÚDE E NUTRIÇÃO. Setembro de 2018

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua PNAD Contínua

NOVO MODELO DE ESTRATIFICAÇÃO SOCIOECONÔMICA PARA MARKETING E PESQUISAS DE MARKETING Autor: Ezuaf Bijan Rattam

6. EXEMPLOS DE ESTUDOS RECENTES QUE UTILIZARAM INDICADORES SOCIAIS

EFEITOS DA CRISE ECONÔMICA NA SITUAÇÃO DO TRABALHADOR DA CONSTRUÇÃO EM SÃO PAULO

Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina PEIC. Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor

Pesquisa de Opinião Pública Estado de Minas Gerais

Setor de Panificação 100 ANOS AIPAN

PROCEDIMENTOS UTILIZADOS NA REALIZAÇÃO DA PESQUISA:

RELATÓRIO. Março 2016

INTENÇÃO DE CONSUMO DAS FAMÍLIAS Belo Horizonte - Dezembro/2018

INTENÇÃO DE CONSUMO DAS FAMÍLIAS Belo Horizonte - Novembro/2018

RICTV RECORD TV - PARANÁ

COBRANÇA E NOTIFICAÇÃO DE DÍVIDAS EM ATRASO MARÇO 2018

Panorama do Mercado de Trabalho. Centro de Políticas Públicas do Insper

INTENÇÃO DE CONSUMO DAS FAMÍLIAS Belo Horizonte - Janeiro/2019

PROCEDIMENTOS UTILIZADOS NA REALIZAÇÃO DA PESQUISA:

INTENÇÃO DE CONSUMO DAS FAMÍLIAS Belo Horizonte - Agosto/2018

O perfil do endividamento das famílias brasileiras em 2015

INTENÇÃO DE CONSUMO DAS FAMÍLIAS Belo Horizonte - Junho/2018

Metodologia. MARGEM DE ERRO: 3 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados totais.

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA NACIONAL

INTENÇÃO DE CONSUMO DAS FAMÍLIAS Belo Horizonte - Dezembro/2017

INFORME DO 1º. TRIMESTRE DE 2018

INTENÇÃO DE CONSUMO DAS FAMÍLIAS Belo Horizonte - Outubro/2017

Comércio ofereceu mais empregos, mas com salários médios menores no período

Sondagem da Construção do Estado de São Paulo

VIVER EM SÃO PAULO: TRABALHO E RENDA J O B 1 7 /

Lançada em Março de 2008, a Revista Styllus se consolidou no mercado em 2011 quando iniciou seus trabalhos no Rio de Janeiro com capas de Famosos em

13/12 QUINTA-FEIRA - Pesquisa Mensal de Comércio / IBGE - Sondagem de Investimentos - 4º Trimestre / FGV

Indústria. Prof. Dr. Rudinei Toneto Júnior Prof. Dr. Luciano Nakabashi Renata de Lacerda Antunes Borges

TERMÔMETRO DE VENDAS - BH. Periodicidade mensal Julho/2018

Onze capitais registram alta na cesta básica

Transferência de renda é a principal marca da gestão Lula

Especificações Técnicas. Elaboração da Pesquisa

Diminui distância entre mínimo e renda média

MERCADO DE TRABALHO NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE EM 2012

Outubro Obs.: O detalhamento por classe de consumo será informado na Resenha de Mercado da EPE do mês de outubro/17.

VILÕES DA INADIMPLÊNCIA: Dívidas que levam ao nome sujo Setembro/17

IMPACTO DAS COMPRAS DE FIM DE ANO NO ORÇAMENTO NOVEMBRO 2017

MERCADO DE TRABALHO NA CIDADE DE PORTO ALEGRE

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA SOBRE ASSUNTOS POLÍTICOS/ ADMINISTRATIVOS

P R I N C I P A L O B J E T I V O. PNAD Contínua. Produzir informações contínuas. Produzir informações anuais

O i p n i i n õ i e õ s sob o r b e a p r p op o a p ga g nd n a d de d c ig i a g rros Maio 2011

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua PNAD Contínua

PROCEDIMENTOS UTILIZADOS NA REALIZAÇÃO DA PESQUISA:

Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais

ILAESE. ANÁLISE ECONÔMICA Janeiro de 2015

EMPREENDEDORISMO FEMININO

Pesquisa de Opinião Pública Estado de Minas Gerais

PPC OU PPP (PURCHASING POWER PARITY)

Preço da cesta sobe em 14 capitais

PESQUISA MENSAL DE EMPREGO

Cesta básica aumenta em 15 cidades

1 Conceito. 2 Aplicações. 3 Construção de números índices. 4 Índice de preços ao consumidor. 5 Deflacionamento de valores.

BOLETIM ECONÔMICO Agosto/2018

Trégua na inflação resulta da estabilidade dos alimentos

PROJETO COMERCIAL 2018

Pesquisa de Opinião Pública Estado do Rio de Janeiro

PESQUISA DE DESEMPENHO 2º TRIMESTRE 2017

PROCEDIMENTOS UTILIZADOS NA REALIZAÇÃO DA PESQUISA:

PROCEDIMENTOS UTILIZADOS NA REALIZAÇÃO DA PESQUISA:

Especificações Técnicas. Elaboração da Pesquisa

Pesquisa Mensal de Emprego

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA SOBRE ASSUNTOS POLÍTICOS/ ADMINISTRATIVOS

Pesquisa de Opinião Pública Estado do Rio de Janeiro

PESQUISA DE INADIMPLÊNCIA Assessoria Econômica Semesp

ESTUDO TÉCNICO N.º 11/2015

Especificações Técnicas. Elaboração da Pesquisa

Intenção de compras para o Dia dos Namorados de 2014

Intenção de compras para o Dia dos Pais 2013

Taxa de desemprego mantém-se relativamente estável

Pesquisa de Opinião Pública Estado do Rio de Janeiro

Transcrição:

Classe socioeconômica de Uberlândia A estratificação da sociedade brasileira em classes socioeconômicas é utilizada para o desenvolvimento de estratégias de marketing e também para elaboração de políticas públicas direcionadas para determinadas camadas da população. O presente estudo mostra a evolução das classes socioeconômicas da população de Uberlândia-MG desde os anos 1990 até a atualidade. A fonte desse levantamento são dezenas de pesquisas de opinião realizadas pelo Instituto PS Marketing. Todas as pesquisas selecionadas coincidem em metodologia e universo pesquisado (vide seção Ficha Técnica). O resultado desse estudo foi dividido em diversos gráficos por causa das atualizações dos critérios de classificação socioeconômica ao longo dos anos uma vez que comparar dados de critérios diferentes não é possível. Período 1991-1997 No início da década de 1990, as classes D e E somavam 56% da população de Uberlândia. São duas classes com poder de consumo muito baixo. Os integrantes da classe D são pessoas que vivem em situação de pobreza. Já a classe E é composta de pessoas que vivem em situação de pobreza extrema, cuja renda familiar não atinge sequer um salário mínimo. Ainda no período de 1991 a 1997, inicia-se uma melhoria nos índices socioeconômicos em decorrência do programa de estabilização e reformas econômicas do Plano Real, implantadas em julho de 1994 e que rapidamente surtiram efeito. Classe socioeconômica de Uberlândia-MG Pág. 1/5

O aumento da renda, consequência do controle da inflação, aumentou o poder de consumo da população e fez diminuir o percentual de integrantes das classes D e E. Outra consequência das medidas implantadas pelo Plano Real foi o início do crescimento das classes C e B. Período 1998 2002 Nova atualização do Critério Aba/Abipeme se deu em 1998. Entre outras modificações, a classes A foi dividida em A1 e A2 e a classe B foi dividida em B1 e B2. Em Uberlândia, no fim da década de 1990 e começo de 2000, ocorre a estabilidade entre as classes sociais, de modo que não houve grandes variações na migração de uma classe para outra nesse período. Destaque apenas para a classe E, que praticamente desapareceu. Nesse período, nota-se quão expressiva é a parcela da população que pertence à classe D, cuja renda média familiar é pouco mais que um salário mínimo. Período 2003 2008 Período onde iniciou-se uma grande migração de integrantes de uma classe econômica para outra, colocando fim ao período anterior de estabilidade. Classe socioeconômica de Uberlândia-MG Pág. 2/5

O aumento do poder aquisitivo, resultado do aumento da oferta de crédito e melhoria da renda, deslocou grande parte dos integrantes da classe D para a classe C e também da classe C para a classe B1. Nesse período, a classe D apresentou uma redução de 45,5%, saindo de 33% para 18% do contingênte social. A classe C, por sua vez, apresentou crescimento de 23,25% no mesmo período, saindo de 43% para 53%. Já a classe B1 apresentou crescimento de 75%, saindo de 12% para 21% em Uberlândia. Ainda que exista, o percentual da população pertencente à classe E é ínfimo, muito abaixo da margem de erro da pesquisa. Período 2009 2013 O grande crescimento da classe C acarretou em nova atualização no critério de classificação socioeconômica em 2009. Além de alteração na pontuação de alguns bens de consumo, foi necessário dividir a classe C em C1 e C2. Por esse novo critério, a classe D, que continua diminuindo, apresentou queda de 28%, saindo de 14% para 10% da população uberlandense. Classe socioeconômica de Uberlândia-MG Pág. 3/5

Enquanto as demais classes permaneceram estáveis nesse período, a classe B2 apresentou crescimento de 4% e chegou 27%, enquanto a classe C1 cresceu 3%, atingindo 30%. Observe que as classes C1 e C2 agregam metade da população uberlandense. O percentual da população pertencente à classe E continua inexpressivo, com percentual muito abaixo da margem de erro da pesquisa. Ficha técnica Público composto por eleitores residentes em Uberlândia, com idade acima de 16 anos. Foram realizadas com 400 amostras, por meio de abordagem presencial no domicílio do eleitor, caracterizando uma margem de erro padrão de 5% para mais ou para menos, com nível de confiança* estabelecido de 95,5%. *Significa que se fossem feitas 100 pesquisas, resguardando-se as mesmas técnicas empregadas nesse projeto, em 95 delas os resultados deverão permanecer dentro da margem de erro estabelecida. Sobre os métodos de classificação social Os critérios de classificação social representam tentativas de medir a capacidade de consumo de uma população, avaliando alguns bens de consumo e o grau de escolaridade do chefe da família. Apenas a renda não é suficiente para classificação econômica porque muitos distorcem os dados sobre quanto ganham. Além disso, apenas ter uma renda não é indicativo de que aquela pessoa é um consumidor. Classe socioeconômica de Uberlândia-MG Pág. 4/5

Até 1970 não havia um critério único de classificação social. Cada empresa utilizava seu sistema próprio de classificação, o que dificultava a comunicação entre empresas de comunicação, agências de pesquisa e veículos de comunicação. A Associação Brasileira de Anunciantes (ABA) foi encarregada de desenvolver uma metodologia padrão cujo objetivo era avaliar o poder de consumo de grupos homogêneos para identificar públicos-alvo de diferentes mercados de produtos e determinar preços de anúncios em veículos de mídia. O primeiro modelo, apresentado e aprovado no início dos anos 1970. Em 1982, a Associação Brasileira dos Institutos de Pesquisa de Mercado (ABIPEME) apresentou um novo critério de classificação, aprovado pela ABA, que ficou conhecido como critério ABA/Abipeme. Em 1991, a nova proposta elaborada por Pergentino M. Almeida e Hilda Wickerhauser, não foi aceita por parte dos associados da ABIPEME, que deixaram essa associação para criar a Associação Nacional das Empresas de Pesquisa (ANEP). A proposta de Pergentino e Wickerhauser, de 1991, foi adotada pelos associados da ABIPEME e ficou conhecida como Critério ABIPEME. Os associados da ANEP passaram a seguir o Critério ABA-ABIPEME, que foi também o critério seguido pelo Instituto PS Marketing na ocasião. A partir dos anos 2000, ganhou evidência o Critério de Classificação Econômica Brasil, desenvolvido e atualizado anualmente pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep). Esse critério pode ser considerado uma espécie de sucessor dos anteriores. Sobre o Instituto PS Marketing O Instituto PS Marketing foi criado em 1991 para atuar como um instrumento a serviço do marketing e da inteligência de mercado, tendo como foco específico o desenvolvimento de projetos de pesquisas de mercado, de opinião pública e de clima organizacional bem como o desenvolvimento de projetos de consultoria em gestão e marketing. Desde então, vem aprimorando seus processos e técnicas de leitura e análise da dinâmica social e das tendências de mercado, como comprovam os diagnósticos precisos dos mais diversos cenários e eventos estudados ao longo de mais de duas décadas. Nossa missão é orientar o cliente para que suas decisões sejam tomadas de modo seguro por meio de serviços de inteligência de mercado onde a informação é tratada de modo isento, sempre lastreada por técnicas e metodologias consagradas. Para maiores informações: www.psmarketing.com.br Classe socioeconômica de Uberlândia-MG Pág. 5/5