AVALIAÇÃO DA FORÇA DE PREENSÃO PALMAR E INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL EM INDIVÍDUOS ACOMETIDOS POR ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO

Documentos relacionados
CORRELAÇÃO ENTRE DEPENDÊNCIA FUNCIONAL E QUALIDADE DE VIDA DE INDIVÍDUOS ACOMETIDOS POR ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO

FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL EM UNIDADE DE AVC: APLICAÇÃO DE PROTOCOLO PADRONIZADO É POSSÍVEL

PERFIL FUNCIONAL DOS PACIENTES COM AVE ATENDIDOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO E NA CLÍNICA ESCOLA DE FISIOTERAPIA DA UFPB

diferenciação adotados foram as variáveis: gênero, faixa etária, caráter do atendimento e óbitos.

CAPACIDADE FUNCIONAL E QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO

O IMPACTO DA DOENÇA NEUROLÓGICA PÓS-ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO

PERFIL FUNCIONAL E CLÍNICO DE INDIVÍDUOS ACOMETIDOS COM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

INFLUÊNCIA DA GAMETERAPIA NA REABILITAÇÃO DE PACIENTE PÓS ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO FUNCIONAL DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS

CARACTERIZAÇÃO DO SERVIÇO DE REFERÊNCIA EM DOENÇAS CEREBROVASCULARES HC-UFG

ALTERAÇÕES DE EQUILÍBRIO EM PACIENTES PÓS ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO E SUA INFLUÊNCIA NA QUALIDADE DE VIDA

TÍTULO: RELAÇÃO ENTRE NÍVEIS DE COMPROMETIMENTO COGNITIVO E SINTOMAS DEPRESSIVOS EM IDOSSOS

ASSOCIAÇÃO ENTRE O DECLÍNIO COGNITIVO E A CAPACIDADE FUNCIONAL DE INDIVÍDUOS PORTADORES DE DOENÇA DE PARKINSON.

Um Estudo das Funções Executivas em Indivíduos Afásicos

Alves et al Analise das principais sequelas observadas em pacientes vítimas de acidente vascular cerebral - AVC

IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS: AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA

PERFIL DOS IDOSOS INTERNADOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EM CAMPINA GRANDE

CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: FISIOTERAPIA INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA

TÍTULO: Nível de concordância inter avaliadores para aplicação do AMIOFE em pacientes após Acidente Vascular Cerebral

17/08/2018. Disfagia Neurogênica: Acidente Vascular Encefálico

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS AVE / AVC. Profª. Tatiane da Silva Campos

CARACTERIZAÇAO SOCIODEMOGRÁFICA DE IDOSOS COM NEOPLASIA DE PULMAO EM UM HOSPITAL DE REFERENCIA EM ONCOLOGIA DO CEARA

ASSOCIAÇÃO ENTRE A GRAVIDADE DA LESÃO E A CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS HOSPITALIZADOS COM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL: ANÁLISE DA MORTALIDADE NO PIAUÍ EM COMPARAÇÃO COM O PERFIL NORDESTINO E BRASILEIRO EM UM PERÍODO DE 5 ANOS

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO PACIENTE IDOSO INTERNADO EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA

Análise da demanda de assistência de enfermagem aos pacientes internados em uma unidade de Clinica Médica

CARACTERÍSTICA DA FUNCIONALIDADE EM IDOSOS DE CAMPINA GRANDE-PB

ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM ACOMETIDOS POR ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO

A inserção da liga de neurociências no projeto nacional de prevenção do AVC

INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL NA LESÃO MEDULAR

TÍTULO: PERCEPÇÃO DA FUNCIONALIDADE EM IDOSOS COM DOENÇA DE ALZHEIMER: VISÃO DO PACIENTE E SEU CUIDADOR

Índice de massa corporal e prevalência de doenças crônicas não transmissíveis em idosos institucionalizados

UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA-UEPB CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO DE FISIOTERAPIA JUSSARA MIRELLA VICTOR PEREIRA

XI Encontro de Iniciação Científica do Centro Universitário Barão de Mauá

SOBRECARGA DO CUIDADOR DE DEMÊNCIA FRONTOTEMPORAL E DOENÇA DE ALZHEIMER.

Caracterização dos Pacientes com Paralisia Cerebral Espástica Submetidos à Aplicação de Toxina Botulínica Tipo A

III Jornadas do Potencial Técnico e Científico do IPCB

INCIDÊNCIA E EPIDEMIOLOGIA DO ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO EM IDOSOS NA REGIÃO CENTRO-OESTE NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS

Qualidade de vida de pacientes idosos com artrite reumatóide: revisão de literatura

AVALIAÇÃO DA FUNCIONALIDADE DE ADULTOS E IDOSOS COM SÍNDROME DE DOWN: DADOS DE UM ESTUDO PILOTO.

PERFIL DAS MÃES DE RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS DO HOSPITAL MATERNO INFANTIL DA CIDADE DE APUCARANA

PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO DE PACIENTES COM DISTURBIOS DO MOVIMENTO EM GOIÂNIA, GOIÁS, BRASIL.

QUEM SÃO OS INDIVÍDUOS QUE PROCURARAM A AURICULOTERAPIA PARA TRATAMENTO PÓS-CHIKUNGUNYA? ESTUDO TRANSVERSAL

SEÇÃO 1 IMPORTÂNCIA DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL E DE SUA PREVENÇÃO

QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES HIPERTENSOS E HIPERTENSO/DIABÉTICOS

TÍTULO: CARACTERIZAÇÃO DAS QUEDAS EM CRIANÇAS INTERNADAS EM HOSPITAL PEDIÁTRICO

Prevalência de Doenças Cardiovasculares e Respiratórias em Idosos da Comunidade

PROMOÇÃO DA SAÚDE FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM FATIMA DO PIAUÍ.

SEMINÁRIO TRANSDISCIPLINAR DA SAÚDE - nº 04 - ano 2016 ISSN:

Acidente Vascular Encefálico

TÍTULO: ANÁLISE DO CONTROLE POSTURAL ENTRE IDOSAS COM E SEM DECLÍNIO COGNITIVO POR MEIO DO SHORT PHYSICAL PERFORMANCE BATTERY: UM ESTUDO TRANSVERSAL

a epidemiologia da doença que mais mata

INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NA REABILITAÇÃO DE PACIENTES COM ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO (AVE): ESTUDO DE CASO

IMPACTO DA ARTROPLASTIA TOTAL DE QUADRIL SOBRE A QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS PORTADORES DE ARTROSE INCAPACITANTE.

SOBRECARGA E QUALIDADE DE VIDA DE CUIDADORES DE PACIENTES NEUROLÓGICOS

PERCEPÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE INDIVÍDUOS NA FASE INICIAL E INTERMEDIÁRIA DA DOENÇA DE PARKINSON ATRAVÉS DO PDQ-39

Avaliação do grau de dispneia no portador de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica pela Escala de Dispneia - Medical Research Council.

MORTALIDADE POR ACIDENTE DE TRÂNSITO ENTRE JOVENS EM MARINGÁ-PR NOS ÚLTIMOS 10 ANOS

TÍTULO: EFEITOS DE UMA SESSÃO DE ATIVIDADE FÍSICA E CINSEIOTERAPIA PARA PESSOAS COM A DOENÇA DE ALZHEIMER

DECLÍNIO DA CAPACIDADE FUNCIONAL EM IDOSOS NOS DIFERENTES ESTÁGIOS DA DOENÇA DE ALZHEIMER

PROVA DE CONHECIMENTO EM METODOLOGIA CIENTÍFICA E INTERPRETAÇÃO DE ARTIGO CIENTÍFICO NÍVEL MESTRADO. Candidato:

CESUMAR, Maringá PR. Bolsista do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do PROBIC/CNPq- Cesumar (PROBIC-Cesumar).

09 anos do Laboratório de Análise Funcional e Ajudas Técnicas- LAFATec- UFSCar

A QUALIDADE DE VIDA E OS COMPROMETIMENTOS APRESENTADOS EM IDOSOS COM DOENÇA DE PARKINSON QUE REALIZAM FISIOTERAPIA NO MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE - PB

PERFIL DOS HIPERTENSOS IDOSOS DA EQUIPE 1 DA UNIDADE BÁSICA DA SAÚDE DA FAMÍLIA DE CAMPINA GRANDE

Discente da Universidade Estadual de Goiás Escola Superior de Educação e Fisioterapia do Estado de Goiás, Goiânia/GO,

FRAGILIDADE E CAPACIDADE FUNCIONAL EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS

ASSOCIAÇÃO ENTRE PRESSÃO ARTERIAL E CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS DE UM CENTRO DE ESPECIALIDADES MÉDICAS DE BELO HORIZONTE-MG

AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS DIAGNOSTICADOS COM DOENÇA NEUROLÓGICA

SEVERIDADE CLÍNICA E FUNCIONALIDADE EM PACIENTES NA FASE AGUDA APÓS ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO

ASPECTOS FUNDAMENTAIS E FUNCIONAIS DO ENVELHECIMENTO PARA DE IDOSOS DE UM CENTRO DE CONVIVÊNCIA

INVESTIGAÇÃO DE FATORES DE RISCO PARA SÍNDROME METABÓLICA EM UNIVERSITÁRIOS

QUALIDADE DE VIDA DE CUIDADORES DE IDOSOS

ESTADO NUTRICIONAL E SINTOMAS DE ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM PACIENTES ONCOLÓGICOS EM TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO

ANÁLISE DO RISCO DE QUEDAS EM GRUPO DE IDOSOS SEQUELADOS DE AVE: PERSPECTIVAS DA FISIOTERAPIA

Relação entre independência e o nível de disfunção motora e funcional em pacientes hemiparéticos

INCIDÊNCIA DE CASOS DE HANSENÍASE NO ESTADO DA PARAÍBA NO ANO DE 2015

PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO DE CUIDADORES DE IDOSOS QUE TRABALHAM EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA

O MEDO DE CAIR EM IDOSOS DA COMUNIDADE URBANA DO MUNICÍPIO DE LONDRINA/PR.

CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE. SUBÁREA: Nutrição INSTITUIÇÃO(ÕES): UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP

PERFIL CLÍNICO E BIOQUÍMICO DOS HIPERTENSOS DE MACEIÓ (AL) de Nutrição em Cardiologia (Ufal/Fanut/NUTRICARDIO )

PERFIL CLÍNICO E NUTRICIONAL DOS INDIVÍDUOS ATENDIDOS EM UM AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO (HUPAA/UFAL)

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO ATENDIMENTO FONOAUDIOLÓGICO DE PACIENTES TRATADOS DO CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO

LIPINSKI, Isabella Maravieski¹ SILVA, Amanda Steudel 1 ZARPELLON, Lidia Dalgallo 2 MULLER, Erildo Vicente³

O EFEITO DO TABACO E DO ÁLCOOL E DAS SUAS REDUÇÕES/PARADAS NA MORTALIDADE EM PACIENTES COM CÂNCER ORAL

RESUMO SEPSE PARA SOCESP INTRODUÇÃO

PERFIL SOCIAL E DA APTIDÃO FUNCIONAL DE IDOSOS RESIDÊNTES NO MUNICÍPIO DE TRIUNFO - PE

INDICADORES DE SAÚDE E GRAU DE DEPENDÊNCIA DE NICOTINA EM PACIENTES DO PROJETO EDUCANDO E TRATANDO O TABAGISMO NO PERÍODO DE 2017

EFEITOS DA TERAPIA-ESPELHO NA RECUPERAÇÃO DO MEMBRO SUPERIOR PARÉTICO DE PACIENTES PÓS- AVC

IDADE GESTACIONAL, ESTADO NUTRICIONAL E GANHO DE PESO DURANTE A GESTAÇÃO DE PARTURIENTES DO HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE PELOTAS RS

INTRODUÇÃO. Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Cidadania-SMDSC,

ÍNDICE DE DOR NEUROPÁTICA EM UM GRUPO DE PACIENTES COM LESÃO MEDULAR

O DESENVOLVIMENTO MOTOR E AS IMPLICAÇÕES DA DESNUTRIÇÃO: UM ESTUDO COMPARATIVO DE CRIANÇAS NA FAIXA ETÁRIA DE 4 A 5 ANOS

Epidemiologia das Doenças Cerebrovasculares em Diamantina,

IDENTIFICAR AS PATOLOGIAS OSTEOMUSCULARES DE MAIORES PREVALÊNCIAS NO GRUPO DE ATIVIDADE FÍSICA DO NASF DE APUCARANA-PR

ASPECTOS FUNCIONAIS DE IDOSOS DE UM CENTRO DE CONVIVÊNCIA

PREVALÊNCIA DE QUEDAS EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS E FATORES ASSOCIADOS

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM MULHERES MASTECTOMIZADAS QUALITY OF LIFE ASSESSMENT IN WOMEN MASTECTOMIZED RESUMO

TÍTULO: ANÁLISE DA SOBRECARGA FÍSICA E MENTAL EM CUIDADORES INFORMAIS DE INDIVÍDUOS DEPENDENTES

PERFIL DOS PACIENTES IDOSOS USUÁRIOS DE TABACO ATENDIDOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ALCIDES CARNEIRO EM CAMPINA GRANDE

Transcrição:

AVALIAÇÃO DA FORÇA DE PREENSÃO PALMAR E INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL EM INDIVÍDUOS ACOMETIDOS POR ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO Rafaelly Soares Melo 1 ; Mayara Anjos Nunes 2 ; Maria Nadiele Atanazio Gois 3 ; Adília Karoline Ferreira Souza 4 ; Heitor Gomes de Araújo Filho 5 1 Graduanda em Fisioterapia pela Faculdade Estácio de Alagoas - mayaraanjos01@hotmail.com 2 Graduanda em Fisioterapia pela Faculdade Estácio de Alagoas - rafaelly.soares.m@hotmail.com 3 Graduanda em Fisioterapia pela Faculdade Estácio de Alagoas - nadielegoes@gmail.com 4 Mestre em Fisioterapia pela Universidade Federal de Pernambuco. Professora do Departamento de Fisioterapia da Universidade Estadual da Paraíba adiliakaroline@hotmail.com 5 Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Sergipe. Professor do Departamento de Fisioterapia da Faculdade Estácio de Alagoas heitorgaf@gmail.com Introdução As doenças cerebrovasculares como o AVE tem como um dos principais fatores de risco o aumento da idade. O AVE é a segunda causa de morte no mundo que leva a grandes incapacidades ou dependências nas AVDs (1). É responsável por 58 milhões de mortes por ano em todo o mundo, representando 10% dos óbitos (2). No Brasil, a taxa de incidência anual para AVE é em torno de 105 por 100 mil habitantes (2, 3). Essa doença cerebrovascular acomete com maior incidência adultos de meia-idade e idosos, período da vida que ocorre as maiores taxas de óbito e comprometimento funcional (4). Entre os declínios ocasionados pelo AVE, a função motora é a mais severa e comum, prejudicando principalmente o membro superior que apresenta um papel fundamental para execução das AVDs, como a capacidade de alcance direcionado e preensão e manipulação de objetos. Diante disso, o objetivo foi avaliar a força de preensão palmar (FPP) e independência funcional, assim como mostrar sua correlação, em indivíduos acometidos por AVE. Metodologia Tratou-se de um estudo do tipo observacional, transversal e de caráter quantitativo, com uma amostra de 24 indivíduos por conveniência, realizado em um hospital da cidade de Maceió AL. O projeto de pesquisa foi submetido pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Estácio de Alagoas. Participaram do estudo indivíduos acometidos com AVE em fase aguda, com idade acima de 18 anos, de ambos os gêneros. Os sujeitos envolvidos na pesquisa foram informados previamente sobre a finalidade do estudo e sobre todos os procedimentos aos quais seriam submetidos, tendo todos concordado em participar do estudo e assinado o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE). Foram excluídos do estudo, 21 indivíduos que apresentaram quadro de AVE em fase crônica, indivíduos com déficit cognitivo (MEEM), com interferência acentuada na comunicação oral, com patologias neurológicas associadas, problemas psiquiátricos, submetido a alguma cirurgia no braço ou na mão nos três meses anteriores à coleta dos dados e indivíduos impossibilitados de realizar o posicionamento adequado para a aferição da força de preensão palmar. Para a coleta de dados foi utilizado a ficha de avaliação sociodemográfica, clínica e de hábitos de vida, feita pelos próprios pesquisadores. Para avaliar quantitativamente a independência de indivíduos com limitações funcionais para a realização de tarefas motoras e cognitivas, foi aplicado a Medida de Independência Funcional (MIF). Para identificar o grau de estadiamento dos indivíduos acometidos por AVE, foi utilizada a Escala de avaliação clínica de Rankin Modificada. Para mensurar a força máxima alcançada de preensão palmar, foi utilizado o aparelho de dinamômetro (DAYHOME, modelo EH 101-37) onde foi avaliada por meio da mensuração da força isométrica máxima que pode ser exercida sobre um dinamômetro de característica digital. As informações estatísticas foram obtidas com o auxílio do programa estatístico Graph Pad Prism 5.0. Os resultados foram expressos em porcentagem, média ± desvio padrão da média. O Teste de Shapiro-Wilk foi utilizado para verificar a normalidade das amostras. A correlação entre o nível de dependência funcional e FPP foi feita pelo coeficiente de correlação de Spearman. Valores de p<0,05 foram considerados estatisticamente significantes. Resultados e Discussão Observou-se que os indivíduos apresentaram idade variando entre 41 e 81 anos e média de 64.38 ± 11,06 anos, onde 14 (58,3%) eram do gênero masculino e 10 (41,6%) eram do gênero feminino. No estudo de Scalzo, Souza (5), foram encontrados dados similares, onde a média de idade dos indivíduos participantes do estudo foi de 60,4 ± 10,1 anos, sendo 57,4% do gênero masculino. Na pesquisa de Paz, Marães (6), os dados corroboraram os valores apresentados na presente amostra, pois o gênero masculino compõe o grupo com percentual 60,6 % e o gênero feminino de 39,3 %. Notou-se que 13 indivíduos (54,1%) não concluíram o ensino fundamental e 7 indivíduos (29,1%) eram analfabetos. Falcão, Carvalho (7) relataram em seu estudo que uma escolaridade precária é um ponto negativo para reabilitação, no controle de fatores de risco e capacidade de retornar as AVD S. Na caracterização da ocupação dos indivíduos, 16 (66,6%) eram aposentados, 2

(8,3%) relataram ser donas de casa e 6 (25,1 %) dos indivíduos possuíam diferentes profissões (pintor, motorista, agricultor e pedreiro). Nos achados de Costa, Costa (8), houve também uma prevalência de indivíduos aposentados (80,88%). O perfil dos pacientes quanto ao tipo de AVE demostrou que 15 (62,5 %) foram isquêmicos, 5 (20,83%) foram hemorrágicos e 4 (16,6 %) tratavam-se de indivíduos que não obtiveram essa informação registrada no prontuário ou que não souberam afirmar o tipo de AVE, onde é de importância para o prognóstico. Em contrapartida, o estudo de Monteiro, Souza (9) foi encontrado uma prevalência de 57,2% de AVE hemorrágico em uma amostra de 21 indivíduos. Outro aspecto clínico observado foi o dimidio afetado, onde o de maior incidência foi o esquerdo com 66,6% dos indivíduos. No estudo de Moreira, Andrade (10), dados similares foram encontrados, onde evidenciou-se que 48,5% de uma amostra de 33 indivíduos, o dimidio esquerdo foi o mais afetado. No que se refere ao predomínio de acometimento dos indivíduos com AVE, que era uma questão subjetiva, 45,8% da amostra apresentaram predominância braquial, 25,1% crural e 27,1% apresentaram uma predominância proporcionada. Segundo os estudos de Pinto, Lopesi (11), 61,5% dos casos apresentaram predominância braquial, acometendo a independência funcional dos indivíduos, principalmente no que se refere a motricidade fina. Em relação aos hábitos de vida dos indivíduos com AVE, foi observado que 6 (25%) indivíduos eram tabagistas, 10 (41,6%) nunca fumaram e 8 (33,3%) eram ex fumantes. Em relação ao consumo de álcool, 8 (33,3%) nunca beberam, 6 (25%) são ex- etilistas, e 10 (41,6%) bebiam ocasionalmente. Quanto a pratica de atividade física, 5 (20,8%) indivíduos praticavam alguma atividade física e 19 (79,2%) não praticavam. De acordo com Azevedo (12), indivíduos tabagistas aumentam o risco de AVE, pois o fumo vem sendo apontado como o principal fator de risco modificável, pois segundo ele, pessoas que deixam de fazer uso do tabaco, diminuem o risco de AVE entre dois a cinco anos. Na avaliação do grau de estadiamento dos indivíduos, de acordo com a Escala de Rankin Modificada, verificou-se que 54,16% dos pacientes foram enquadrados no Grau 4, correspondente a incapacidade grave, 29,16% apresentaram sem incapacidade significante, 12,5 % com incapacidade moderada e outros (4,16%) apresentaram incapacidade leve. Nos estudos de Moreira, Andrade (10) foi relatado uma amostra de 60,7% dos indivíduos apresentaram grau de incapacidade moderada e grave. Com relação ao nível de independência funcional, observou-se que os indivíduos foram classificados como independência modificada (MIFt = 90.9 ± 27.6). A média do escore total da MIF

motora nesse estudo foi de (60.1 ± 25.2), valor este relacionado com a dependência funcional moderada ou mínima. Quanto à MIF cognitiva, foi encontrado o valor médio de (30.7 ± 7.0), sendo observado que os indivíduos conseguiram realizar as atividades de forma independente. De acordo com os resultados obtidos na MIF motora, os itens de menor pontuação média foram vestir-se da cintura para cima (3.7 ± 2.3) e escadas (3.9 ± 2.4). Não foram encontradas alterações significativas na MIF cognitiva, onde os indivíduos apresentaram uma média de 6 pontos. Riberto, Miyazaki (13), encontrou valores médios de 54,1 ± 23,0 para pacientes com lesões encefálicas na fase aguda. Os resultados também mostraram que houve uma diminuição significativa (p< 0,001) na FPP do lado afetado (10.64 ± 10.13) quando comparado com o lado não afetado (20.71 ± 10.49). Na amostra, 8 indivíduos não apresentaram FPP, devido aos déficits motores após a lesão cerebral. No AVE, principalmente na fase aguda, há uma diminuição de força muscular no individuo devido ao comprometimento da via cortico-espinhal, que pode estar relacionado com a incapacidade funcional e com o nível de dependência, como podemos comprovar no presente estudo. Nos estudos de Sá, Silva-Filho (14), em que foram realizados a FPP em uma amostra de indivíduos acometidos por AVE em fase crônica, mostraram um declínio de força em membro superior afetado, que confirma a relação da diminuição da força com o lado acometido. A correlação entre os escores da MIF e da FPP no membro afetado e não afetado foi analisado por meio do coeficiente de correlação de Spearman. A MIF motora (r= 0,73; p<0,001) e a MIF total (r=0,77; p<0,001) quando correlacionadas com o membro superior afetado apresentaram uma correlação forte e positiva. Estes achados indicam que quanto maior o comprometimento do dimidio afetado maior será o grau de dependência funcional do indivíduo acometido. Conclusão Os resultados desse estudo apontam que há uma forte correlação entre a FPP do dimidio afetado e a independência funcional em indivíduos acometidos por AVE em fase aguda. Portanto a utilização do aparelho dinamômetro é útil para estabelecer parâmetros confiáveis e fidedignos na mensuração da força muscular, por isso vem sendo estudado em indivíduos acometidos por AVE avaliando assim o quanto que FPP interfere na capacidade funcional.

Referências Bibliográficas: 1. Adamson J, Beswick A, Ebrahim S. Is stroke the most common cause of disability? Journal of stroke and cerebrovascular diseases : the official journal of National Stroke Association. 2004;13(4):171-7. 2. Minelli C, Fen LF, Minelli DP. Stroke incidence, prognosis, 30-day, and 1-year case fatality rates in Matao, Brazil: a population-based prospective study. Stroke. 2007;38(11):2906-11. 3. Cacho EWA, Melo FRLV, Oliveira R. Avaliação da recuperação motora de pacientes hemiplégicos através do protocolo de desempenho físico Fugl-Meyer. Revista Neurociências. 2010;12(2):94-101. 4. Ingall T. Stroke--incidence, mortality, morbidity and risk. Journal of insurance medicine (New York, NY). 2004;36(2):143-52. 5. Scalzo PL, Souza ES, Moreira AGdO, Vieira DAF. Qualidade de vida em pacientes com Acidente Vascular Cerebral: clínica de fisioterapia Puc Minas Betim. Rev Neurocienc. 2010;18(2):139-44 6. Paz LPdS, Marães VRFdS, Borges G. Relação entre a força de preensão palmar e a espasticidade em pacientes hemiparéticos após acidente vascular cerebral. Acta fisiátrica. 2011;18(2):75-82. 7. Falcão IV, Carvalho EMF, Barreto KM, Lessa FJ, Leite VM. Acidente vascular cerebral precoce: implicações para adultos em idade produtiva atendidos pelo Sistema Único de Saúde. Rev Bras Saude Mater Infant. 2004;4(1):95-101. 8. Costa TF, Costa KNdFM, Fernandes MdGM, Martins KP, Brito SdS. Qualidade de vida de cuidadores de indivíduos com acidente vascular encefálico: associação com características e sobrecarga. Rev Esc Enferm USP. 2015;49(2):245-52. 9. Monteiro KS, Souza CG, Franco CIF, Moura JV. Caracterização Funcional de Indivíduos Acometidos por Acidente Vascular Encefálico Assistidos em uma Unidade de Terapia Intensiva. Revista Brasileira de Ciências da Saúde. 2013;17(3):269-74 10. Moreira NRTL, Andrade AS, Ribeiro KSQS, Nascimento JA, Brito GEG. Qualidade de vida em indivíduos acometidos por Acidente Vascular Cerebral. Rev Neurocienc. 2015;23(4):530-7. 11. Pinto IV, Lopesi JS, Pessanha LSR, Soares EV. Ocorrência de acidente vascular encefálico em um hospital público em Campos dos Goytacazes. Perspectivas online. 2010;4(13):169-80. 12. Azevedo RCS. Abordagem do tabagismo: estratégia para redução de fator de risco modificável para AVC. ComCiência. 2009.

13. Riberto M, Miyazaki MH, Jucá SSH, Sakamoto H, Pinto PPN, Battistella LR. Validação da versão brasileira da Medida de Independência Funcional. Acta fisiátrica. 2004;11(2):72-6. 14. Sá EdSS, Silva-Filho AC, Jusus SC, Lima FCVM. Força de preensão palmar através da dinamometria em indivíduos hemiparéticos pós acidente vascular encefálico. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. 2017;11(65):180-6.