ANEXO I ORIP CTR. Procedimentos Técnicos. Direção Comercial e Desenvolvimento de Negócio Junho/2015

Documentos relacionados
IARC. - Anexo 6 - Anexo à oferta de Infraestruturas Aptas ao Alojamento de Redes de Comunicações Eletrónicas

MANUAL DE INSTRUÇÕES MOTOR INTERIOR CE 100 Q MOTOR EXTERIOR CE 100 P

MANUAL DE INSTRUÇÕES MOTOR EXTERIOR EMD 950

Dimensionamento e Organização das Infraestruturas Públicas de Telecomunicações

Duarte Alves / Jorge Martins Direcção de Fiscalização

Instalações de Telecomunicações em Urbanizações Memória Descritiva e Justificativa

FASCÍCULO NBR 5410 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO FASCÍCULO 31:

Regimes ITUR - ITED. Paulo Mourato Mendes / Duarte Alves Direcção de Fiscalização

Manual de instalação Bakof / Engenharia

Direcção de Fiscalização

D.A.E. Divisão de Água e Esgoto Rua 07 nº 55 - Centro Itirapina SP Cep Fone: (19)

PROJECTO DE SINALIZAÇÃO TEMPORÁRIA DE SEGURANÇA A IMPLEMENTAR NA EMPREITADA

FICHAS DE PROCEDIMENTO PREVENÇÃO DE RISCOS DESENROLAMENTO E COLOCAÇÃO DE CABOS - REDE SUBTERRÂNEA

FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO REGULAMENTO DE UTILIZAÇÃO DE FACHADAS DOS EDIFÍCIOS DA FEUP PARA COLOCAÇÃO DE PAINÉIS PUBLICITÁRIOS

Normativo técnico. Anexo 2 Versão FIRST RULE S.A.

Manual de Construção do Canal Técnico Rodoviário Instrução Técnica para o CTR

NBR Instalações elétricas em locais de afluência de público - Requisitos específicos

Memorial Técnico Descritivo Projeto Elétrico da Câmara de Vereadores de Canguçu Endereço: Rua General Osório, 979 Canguçu RS

- Conhecer e aplicar os modos operatórios adequados à realização dos trabalhos de montagem/desmontagem nas redes subterrâneas de MT;

PROJECTO DE SINALIZAÇÃO TEMPORÁRIA DE SEGURANÇA A IMPLEMENTAR NA EMPREITADA

PROJECTO DE SINALIZAÇÃO TEMPORÁRIA DE SEGURANÇA A IMPLEMENTAR NA EMPREITADA

gorenje Termoacumuladores TGR, GBFU, GT Manual de Formação

O tritubo é aplicado nas condutas subterrâneas para proteção de fibras ópticas. O seu interior estriado melhora a passagem da fibra óptica.

FOLHA DE CAPA CONTROLE DE REVISÃO DAS FOLHAS

Empreitada n.º Execução das Redes de Saneamento de Benavente Estrada das Vagonetas Samora Correia prolongamento prazo

CÓDIGO TÍTULO VERSÃO PADRÃO DE ENTRADA COM CAIXA DE MEDIÇÃO COM LEITURA ATRAVÉS DE LENTE SÃO PAULO

Anexo 3.3 Formulário de Pedido de Instalação

ESTÁDIO UNIVERSITÁRIO DE LISBOA

Empreitada n.º Execução das Redes de Saneamento de Benavente Cerrado das Águas Vale Tripeiro - Benavente

ANEXO VIII REQUISITOS TÉCNICOS E FUNCIONAIS DE BASE DOS EQUIPAMENTOS - MUPIS E ABRIGOS

Metalúrgica do Eucalípto Nesprido - Viseu Tel /

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

2 CARACTERIZACÃO DAS ITED

ITED/ITUR- regime jurídico. Nuno Castro Luís Direção de Fiscalização

PROJECTO DE SINALIZAÇÃO TEMPORÁRIA DE SEGURANÇA A IMPLEMENTAR NA EMPREITADA

Empreitada n.º Execução das Redes de Saneamento de Benavente Cerrado das Águas Vale Tripeiro Benavente 11º prolongamento

PROJECTO DE SINALIZAÇÃO TEMPORÁRIA DE SEGURANÇA A IMPLEMENTAR NA EMPREITADA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA BOAS PRÁTICAS PARA INSTALAÇÃO DO CABO ÓPTICO AÉREO AUTOSSUSTENTADO

A N E X O A C O N D I Ç Õ E S D E I N S T A L A Ç Ã O

PORTA INDUSTRIAL DE EMPARELHAR MANUAL DO UTILIZADOR/INSTALADOR

ESCORAMENTO ESPECIFICAÇÕES OBJETIVO... 2 CONSIDERAÇÕES GERAIS... 2 CONSIDERAÇÕES ESPECÍFICAS... 2

IMPRESSÃO NÃO AUTORIZADA

Especificação Técnica de Projeto Nº 008

Manuseamento, armazenamento, transporte e instalação.

Empreitada n.º Execução das Redes de Saneamento de Benavente Avenida Egas Moniz troço até à Estrada das Sesmarias Samora Correia 9º prolongamento

PROJECTO DE SINALIZAÇÃO TEMPORÁRIA DE SEGURANÇA A IMPLEMENTAR NA EMPREITADA

ETAR S > MICRO ETAR Compacta

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE ÁGUA E ESGOTOS NS038 EXECUÇÃO DE RAMAL PREDIAL Revisão: 01 Out/08 SUMÁRIO

PROJECTO DE SINALIZAÇÃO TEMPORÁRIA DE SEGURANÇA A IMPLEMENTAR NA EMPREITADA

S i s t e m a N o r m a t i vo Corporativo

Sinalização máxima. depende dos componentes instalados; observar

LIGAÇÕES ESPECIAIS PARA ATENDIMENTO EM BAIXA TENSÃO

1) Generalidades, Normas e Directrizes, Condições de Uso 1.1) Generalidades ) Normas e Directrizes ) Condições de uso...

ENE065 Instalações Elétricas I

Caixas Terminais para Cabo M.T. Instruções de Montagem Cabo Unipolar Seco de 7,2 KV a 36 KV

FICHAS DE PROCEDIMENTO PREVENÇÃO DE RISCOS. Trabalhos de inspeção em redes de torçada de baixa tensão e iluminação pública.

Empreitada de Reabilitação da Cobertura e Fachada do centro de saúde de sete Rios

ÍNDICE. N.Documento: Categoria: Versão: Aprovado por: Data Publicação: Página: 3596 Manual 2.3 Caius Vinicíus S Malagoli 12/11/ de 7

PORTA INDUSTRIAL DE ENROLAR MANUAL DO UTILIZADOR/INSTALADOR

2 CARACTERIZACÃO DAS ITED

Sistema de condução para climatização. Calhas U23X. matéria-prima cor. Branco

Esteiras Série E38C. Esteiras: Série E38C - Página 1 de 11

PROTEÇÃO CREMALHEIRA

UNIRONS. Esteiras Série E38C

Procedimento de Avaliação das ITUR

CÓDIGO: NTD DATA DE VIGÊNCIA: 19/06/2012 TÍTULO: Local de fixação do pino de aterramento veicular

Manual para Execução da Entrada de Serviço

REGULAMENTO DE PARTICIPAÇÃO NO FESTIVAL

REGULAMENTO DE PARTICIPAÇÃO NO FESTIVAL

Aprovado por: Leonardo Neri Data: 04/12/2017 SUMÁRIO

PROJETO DE INFRAESTRUTURAS DE REDE DE ÁGUAS E ESGOTOS

523 - ELECTRÓNICA E AUTOMAÇÃO TÉCNICO/A DE ELETRÓNICA E TELECOMUNICAÇÕES 175H

SERIE SMT125 STD DADOS TÉCNICOS OPCIONAIS * GRADE MOVEL * GRADE FIXA * DUTO FLEXIVEL MEDIDAS INSTALAÇÃO INFORMAÇÕES TÉCNICAS RPM 2100.

Empreitada n.º Execução das Redes de Saneamento de Benavente Rua Alexandre Herculano Samora Correia

MONTAGEM INDUSTRIAL UNIDADE IX MONTAGEM ELÉTRICA

REGULAMENTO DE PARTICIPAÇÃO NA FEIRA

COPEL POSTE DE CONCRETO PARA ENTRADAS DE SERVIÇO NTC

PRAÇA DOS ESPORTES E DA CULTURA MEMORIAL DESCRITIVO E ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

HD4 equipado com contatos auxiliares Kraus & Naimer Instruções para a substituição dos contatos auxiliares

PORTA RÁPIDA ECO MANUAL DO UTILIZADOR/INSTALADOR

PROCEDIMENTOS DE DISTRIBUIÇÃO. Título

COBERTURA DE LÂMINAS Pormenores

Empreitada n.º Execução das Redes de Saneamento de Benavente Avenida Egas Moniz Samora Correia

SERVIÇOS DE ACÇÃO SOCIAL DO IPL REGULAMENTO DE UTILIZAÇÃO DO RECINTO POLIDESPORTIVO CAMPUS DO IPL

Regulamento de Montagem de Equipamento nas Unidades de Acampamento Campista (UAC) nos parques da FCMP em zona anual

MEMORIAL DESCRITIVO ILUMINAÇÃO EXTERNA RODOVIÁRIA

ARTIGO 1 TUBAGEM DE PEAD, POLIETILENO DE ALTA DENSIDADE NA REDE DE ÁGUAS.

NORMAS DE FUNCIONAMENTO FEIRA DO QUEIJO SERRA DA ESTRELA 2017

INSTALAÇÕES DE TELECOMUNICAÇÕES

ANEXO V REQUISITOS TÉCNICOS E FUNCIONAIS DE BASE DO EQUIPAMENTO DO LOTE 2

Plano de Sinalização Temporária

ANEXO IIII MEMORIAL ESTRUTURAL

MEMORIAL DESCRITIVO OBRA: GUARITA E BALANÇA ELETRÔNICA PARA PESAGEM DE CAMINHÕES LOCAL: IMPLANTAÇÃO DE TRANSBORDO

Transcrição:

ANEXO I ORIP CTR Procedimentos Técnicos. Direção Comercial e Desenvolvimento de Negócio Junho/2015

ÍNDICE 1. Introdução... 3 2. Preparação dos pedidos de disponibilidade... 3 3. Espaço disponível... 4 4. Instalação de cabos e equipamentos... 4 4.1 Câmaras de Visita... 4 4.2 Tipos de Câmaras de Visita... 5 4.3 Tipos de condutas... 5 5. Instalação de cabos e equipamentos em condutas... 6 5.1 Instalação de cabos em Condutas... 7 5.2 Instalação de equipamentos em CVP... 9 6. Rede de terras... 9 7. Remoção de Cabo... 9 8. Segurança no Trabalho... 10 8.1 Nas Câmaras de Visita... 10 8.2 Plano de sinalização... 11 ORIP CTR Página 2 de 11

1. INTRODUÇÃO O presente documento define os procedimentos e as especificações técnicas para preparação de pedidos de análise de disponibilidade, acesso, instalação e intervenção, em traçados de cabos e equipamentos, nas infraestruturas de CTR sob gestão da Infraestruturas de Portugal, S.A. (IP). Neste mesmo documento e em conjunto com os procedimentos técnicos a observar aquando do acesso às infraestruturas sob gestão da IP, são também documentadas descrições técnicas dos diversos tipos de infraestrutura existente no domínio público rodoviário. 2. PREPARAÇÃO DOS PEDIDOS DE DISPONIBILIDADE Na preparação do pedido de análise de disponibilidade, o operador deverá utilizar a cartografia disponibilizada pela IP no seu sítio da internet, ou outra que se revele adequada. Os Operadores devem, sempre que considerarem necessário, realizar levantamento no ModQ.18.27/R00: 2009/12/21 2009/12/21 Documento Documento emitido emitido electronicamente terreno por forma a completarem a informação das plantas com os seguintes elementos: Identificação das câmaras de visita; Identificação dos troços, com os furos das condutas (espelhos); Identificar os pontos de entrada e respetivo tipo; Representação da direção do cabo que chegue ao ponto de entrada; Identificação e localização de equipamentos a instalar. O projeto deve representar fielmente as condições do terreno para que possa ser corretamente avaliado. Na submissão do pedido através do sítio da IP na internet, o operador deve preencher todos os dados solicitados, e entregar os elementos instrutórios exigidos. A omissão destes elementos pode inviabilizar a pretensão. ORIP CTR Página 3 de 11

3. ESPAÇO DISPONÍVEL Nas câmaras de visita, o espaço disponível é constituído pelo espaço nos espelhos para tubos de entrada e o espaço para alojamento de folgas, construção de Pontos de Entrada e instalação de Pontos de Ligação. A possibilidade de construção de um Ponto de Entrada ou de uma ligação numa câmara de visita depende inteiramente da sua ocupação e será avaliada pelos técnicos da IP. Nas condutas o espaço disponível depende diretamente da ocupação das mesmas, considerando-se disponível todo o espaço. Em cada troço, sempre que possível, será reservado um espaço para manobras em condutas, que deve ser superior ao espaço ocupado pelo cabo de maior diâmetro existente. 4. INSTALAÇÃO DE CABOS E EQUIPAMENTOS Durante a instalação dos cabos e equipamentos, os operadores, devem tomar todas as precauções adequadas de modo a não danificar qualquer cabo ou equipamento existente ou de modo a não danificar as infraestruturas de CTR, sob gestão da IP. Independentemente do tipo de instalação é obrigatório executar sempre uma análise prévia ao terreno onde decorrerão os trabalhos, verificando todo o traçado e eventuais obstáculos à instalação do cabo ou equipamento. Caso seja necessário realizar uma alteração à instalação inicialmente agendada e descrita, devem os operadores entrar em contato com a IP antes de iniciar qualquer operação, de modo a poderem prosseguir com os seus trabalhos. 4.1 CÂMARAS DE VISITA Existem diversos tipos de câmaras de visita podendo estas ser de passagem ou de derivação. As dimensões, apesar de normalizadas, não são uniformes por existirem câmaras de visita bastante antigas. ORIP CTR Página 4 de 11

4.2 TIPOS DE CÂMARAS DE VISITA A tabela seguinte apresenta grande parte dos tipos e dimensões das câmaras de visita existentes. Dimensões mínimas interiores em cm Câmara de Visita (Tipos) Altura (A) Largura (L) Comprimento (C) Máximo de tubos de entrada Tipo 0 60/70 50/60 50/60 3 tubos + 2Tritubos Tipo 1/2/3 100/110/150/17 60/75 60/120/150 6 tubos + 2Tritubos Tipo a/b/c 190 120/150 180/260/290 24 tubos + 4Tritubos Tipo A1/B1 190 120/150 305/335 24 tubos + 4Tritubos Tipo A2/B2 190 120/150 335/385 24 tubos + 6Tritubos Tipo CC (cilíndrica) 150/200 Ø 100 18 tubos + 4Tritubos Tabela 1 A maioria das câmaras de visita usadas têm as paredes construídas em betão armado que garantem a estanquicidade com uma cavidade, na laje inferior, que permite retirar água do interior da câmara. A cavidade tem aproximadamente 20 cm de diâmetro e 20 cm de profundidade. Na sua maioria as câmaras de visita são dotadas de placas de terra colocadas a 20 cm do topo (com chumbadouro ou bucha de expansão) aplicada na parede da câmara. A capacidade de alojar equipamentos passivos ou ativos nas câmaras de visita depende das dimensões desses equipamentos, estando a sua instalação sujeita a uma análise, caso a caso. 4.3 TIPOS DE CONDUTAS Nas infraestruturas sob gestão da IP as condutas existentes são constituídas por diversos tipos de tubos, que por sua vez, possuem diferentes diâmetros. Entre os materiais utilizados na constituição destas condutas encontram-se: TUBO PVC - tubo rígido, com paredes exterior e interior lisas TUBO PEAD - tubo rígido com parede exterior lisa TUBO PET - Tubo maleável com paredes lisas. ORIP CTR Página 5 de 11

Na tabela seguinte são descritos os diversos tipos de tubos e seu diâmetro: Designação Diâmetro PEAD D32 32 mm PEAD D50 50 mm PEAD D90 90 mm PEAD D110 110 mm TRIPEAD D40 3 X 40 mm PET D40 40 mm PET D50 50 mm PET D63 63 mm PET D110 110 mm PVC D50 50 mm PVC D90 90 mm PVC D110 110 mm Tabela 2 Dada a sua grande dispersão ao longo do país e pelo facto de em alguns casos se tratar de infraestrutura já com vários anos é possível encontrar também conjuntos de tubos com diâmetro variáveis, em alguns casos superiores a 110 mm, cuja continuidade se estende ao longo de alguns quilómetros. 5. INSTALAÇÃO DE CABOS E EQUIPAMENTOS EM CONDUTAS Após a localização e a avaliação dos traçados a utilizar na instalação dos cabos ou equipamentos, bem como das suas condições, devem os operadores efetuar uma inspeção cuidadosa a fim de se analisar o estado de conservação das câmaras de visita, verificando se existem condições de segurança para instalação ou remoção de cabos. Aquando do acesso às câmaras de visita para passagem ou remoção de cabos nas condutas têm de ser cumpridas as seguintes condições: ORIP CTR Página 6 de 11

Quando os trabalhos se realizam em via pública ou em vias privadas com circulação de viaturas e peões, é necessário instalar a sinalização da área obedecendo aos esquemas tipo constantes no Manual de Sinalização Temporária em vigor na IP; Antes do corte de cabo deve ser deixada a folga suficiente ao cabo, de modo que este fique devidamente acomodado e fixo em todas as câmaras de visita; As folgas não podem, ter comprimento superior a 20 metros; A acomodação do cabo, juntas e equipamentos deve ser feita de modo a não impedir o manuseamento dos cabos existentes; No decurso e no final de realização dos trabalhos devem ser removidos do local os resíduos e os desperdícios decorrentes da execução dos mesmos; É proibida a utilização dos cabos e equipamentos existentes para suporte ou apoio na execução de trabalhos; É proibido a utilização de materiais corrosivos; Os operadores devem instalar o cabo seguindo uma regra de ocupação de tubos no sentido ascendente, dando prioridade a tubos já ocupados. No acesso às câmaras de visita para ligação de cabos a equipamentos de acesso do cliente final, devem ser observadas as condições antes descritas. 5.1 INSTALAÇÃO DE CABOS EM CONDUTAS Durante a passagem de cabos em condutas, os operadores deverão tomar todas as precauções necessárias, mencionadas no ponto anterior, de modo a evitar danificar os cabos existentes, bem como as próprias condutas. A instalação de cabos de redes de comunicações eletrónicas, ao longo dos traçados subterrâneos, é um dos pontos mais importantes, visto que o comportamento do cabo na infraestrutura vai ser determinante para esta operação. ORIP CTR Página 7 de 11

Devido à própria especificidade dos cabos, há que ter cuidados especiais nas diversas operações a efetuar durante a sua passagem: Os comprimentos dos cabos em bobine não devem exceder os 4.000 m; As tensões máximas de tração devem ser adequadas de modo a não danificar as condutas e os cabos existentes (ver ficha técnica de cada cabo); No local destinado à execução da junta não poderá ficar uma folga superior a 20 m; Para a acomodação das caixas das juntas e das folgas de cabos, terão de ser instalados equipamentos especiais nos locais destinados à sua execução. Qualquer que seja o tipo de instalação deve ser, sempre, feita uma análise prévia ao terreno onde a mesma se realiza, assim como verificar toda a aparelhagem, ferramentas, dispositivos mecânicos, meios de transmissão, etc., que irão ser utilizadas no trabalho. Para a passagem dos cabos deverão ser usados os seguintes meios técnicos: Macacos para a bobine; Guardas para a proteção das câmaras de visita permanente (CVP); Roldanas ou caneletes para facilitar o sistema de puxo nas CVP; Transportador/ desenrolador de bobines; Motobombas para o escoamento das CVP; Escadas para acesso às CVP; Vareta; Roldanas com 50 cm de diâmetro e escoras para a sua fixação nas CVP A bobine deve ter um dispositivo que permita a travagem rápida para evitar que o cabo se desenrole descontroladamente e provoque enrolamentos ao longo das tubagens. Após a passagem do cabo, este deve será regulado, colocado, podendo dentro da CVP ser protegido por tubo flexível heliflex e fixado em suportes das CVP através de braçadeiras de serrilha previamente instaladas nas bases de fixação. O cabo tem obrigatoriamente de ser identificado por cada operador. Após cada intervenção, é obrigatório que o operador proceda à limpeza das CVP, de modo a retirar os restos de cabos ou outros materiais resultantes da passagem do cabo. ORIP CTR Página 8 de 11

5.2 INSTALAÇÃO DE EQUIPAMENTOS EM CVP A instalação de equipamentos em CVP está sujeita a uma autorização prévia, devendo os equipamentos ser instalados nos locais indicados pelos técnicos da IP, sendo sempre fixados às paredes da CVP. 6. REDE DE TERRAS Todos os equipamentos metálicos e cabos providos de bainhas e/ou tensores metálicos deverão ser ligados às terras de proteção ao longo dos traçados. A ligação à terra deve ser executada garantindo os princípios abaixo descritos: Segurança das pessoas e bens; Proteção das instalações contra potenciais riscos; Cumprimento das prescrições impostas nos regulamentos elétricos; A resistência de terra inferior ou igual a 10 Ohm; Ligado à terra com cabo de cobre de secção adequada. Nas câmaras de visita encontram-se instaladas placas de Terra localizadas nas faces laterais, normalmente colocadas a 20 cm do topo da câmara. 7. REMOÇÃO DE CABO Nos trabalhos de remoção de cabos, devem ser utilizados os meios técnicos e os mesmos cuidados utilizados para a instalação dos cabos, evitando danificar os cabos e infraestruturas existentes. Sempre que existirem dificuldades na remoção do cabo de uma conduta, os operadores devem comunicar o problema à IP. E sempre que tal ocorrer, os trabalhos devem ser suspensos até que seja determinada, pela IP, a viabilidade técnica da remoção do cabo. Para além da remoção de cabos, o operador deve remover equipamentos (Folgas e Pontos de Ligação) das câmaras de visita, bem como solicitar autorização para proceder a trabalhos de construção civil para tapar os pontos de entrada e eventuais tubos que estiverem ligados à ORIP CTR Página 9 de 11

câmara de visita. Neste último caso, o Ponto de Entrada continuará a ser faturado caso não seja tapado. 8. SEGURANÇA NO TRABALHO No decorrer de qualquer acesso às infraestruturas de CTR sob gestão da IP, o operador, é responsável pelos procedimentos de segurança de modo a evitar acidentes. Esses procedimentos devem acompanhar todos os pedidos de acesso à infraestrutura. 8.1 NAS CÂMARAS DE VISITA Antes de iniciar qualquer trabalho em câmaras de visita, devem ser observados os seguintes procedimentos: Sinalizar bem o local, de acordo com a legislação em vigor. Para cada situação de trabalho há que ter em conta o estabelecido da lei, sobre a sinalização; Demarcar e isolar bem a entrada da câmara de visita, bem como toda a zona circundante ao local onde decorrem os trabalhos; Libertar as tampas antes de as tentar levantar; Utilizar as chaves (ganchos) apropriadas ou elevadores mecânicos, para movimentar as tampas das câmaras de visita. Antes de entrar nas câmaras de visita e durante os trabalhos, devem ser observados os seguintes procedimentos: Não fumar, nem aproximar qualquer chama, nem permitir que alguém o faça, no ato de abertura das câmaras de visita; Proceder à verificação da câmara de visita, para deteção dos gases eventualmente existentes; Aquando da execução dos trabalhos no interior das câmaras de visita, deve manter-se sempre um colaborador no exterior da câmara de visita. Na saída das câmaras de visita, os operadores devem cumprir as Normas de Segurança que salvaguardem a sua integridade física e a de Terceiros. ORIP CTR Página 10 de 11

Sempre que se ausentem dos trabalhos em ação, os trabalhadores devem fechar a câmara e manter a sinalização de trabalhos na via pública. Após a finalização dos trabalhos deve fechar a câmara e retirar sinalização de trabalhos na via pública. 8.2 PLANO DE SINALIZAÇÃO Sempre que solicitado um acesso às infraestruturas será necessário o envio do plano de sinalização temporário dos trabalhos. Este procedimento é obrigatório e obedece aos esquemas tipo constantes no Manual de Sinalização Temporária da JAE, Tomo II, aprovado em 1997. Tal como, a colocação na estrada dos sinais e marcas considerados necessários, tendo em vista garantir as melhores condições de circulação e segurança rodoviárias durante as obras, em estreita obediência ao Decreto Regulamentar n.º 22-A/98, de 1 de Outubro, com as alterações introduzidas pelo Decreto Regulamentar n.º 41/2002, de 20 de Agosto e demais legislação em vigor. Nas intervenções consideradas como reparações de emergência a IP pode autorizar o acesso às infraestruturas sem o envio do plano de sinalização, no entanto será sempre obrigatório o cumprimento de todas as regras constantes no Manual de Sinalização Temporária da JAE. ORIP CTR Página 11 de 11