B I O G E O G R A F I A CAATINGA 2011 Aula XI
O bioma Caatinga é o principal ecossistema existente na Região Nordeste, estendendo-se pelo domínio de climas semi-áridos, numa área de 73.683.649 ha, 6,83% do território nacional; ocupa os estados da BA, CE, PI, PE, RN, PB, SE, AL, MA e MG. O termo Caatinga é originário do tupi-guarani e significa mata branca
IMPORTANTE DIFERENCIAR SECA DE SECA PROPRIAMENTE DITA 1 Ano SITUAÇÃO NORMAL ÚMIDA SECA ÚMIDA SECA ÚMIDA SECA ÚMIDA 1 Ano SECA SECA ÚMIDA SECA ÚMIDA SECA AUSÊNCIA DE CHUVAS NA ÚMIDA SECA ÚMIDA ÚMIDA : Chuvas entre 300mm e 700mm SECA: > 100 mm chuva
A seca é o resultado da interação de vários fatores, alguns externos à região (circulação dos ventos e de correntes marinhas), e de outros internos (vegetação, ação humana, topografia, solo). As conseqüências mais evidentes das grandes secas são a fome, a desnutrição, a miséria e a migração para os centros urbanos (êxodo rural). Os problemas que sucedem as secas resultam de falhas no processo de ocupação e de utilização dos solos e da manutenção de uma estrutura social profundamente concentradora e injusta.
No relevo da região semi-árida do nordeste encontramos formações planálticas, chapadas, depressões e planícies. Destas formações, destacamos o complexo da Chapada Diamantina e Chapada do Araripe, o Planalto da Borborema, e as depressões Sertanejas e do São Francisco. Chapada Diamantina Chapada do Araripe
O ritmo desigual e pouco freqüente das chuvas do sertão nordestino (350 a 600 mm anuais) dá um caráter intermitente à drenagem da região, ou seja, os rios do domínio semi-árido do Nordeste são temporários, em sua maioria.
A mata perde sua folhagem durante os períodos secos. A folhagem das plantas volta a brotar e fica verde nos curtos períodos de chuvas.
Mesmo quando chove, o solo pedregoso não consegue armazenar a água que cai e a temperatura elevada (médias entre 25 C e 29 C) provoca intensa evaporação. Todo o déficit hídrico observado na região dificulta a fixação de espécies vegetacionais que não sejam resistentes à falta d água.
Por isso a Caatinga é dominada por espécies xerófilas, que são formações adaptadas a climas muito secos com estratos compostos por gramíneas, arbustos e árvores de porte baixo ou médio (3 a 7 metros de altura), caducifólias (folhas que caem), com grande quantidade de plantas espinhosas (exemplo: leguminosas), entremeadas de outras espécies como as cactáceas e as bromeliáceas
A vegetação adaptou-se ao clima seco para sobreviver. As folhas, por exemplo, são finas ou inexistentes. Algumas plantas armazenam água, como os cactos, outras se caracterizam por terem raízes praticamente na superfície do solo para absorver o máximo da chuva. Algumas das espécies mais comuns da região são as amburanas, aroeira, umbu, baraúna, maniçoba, macambira, mandacaru e juazeiro. JUAZEIRO UMBU
MACAMBIRA MANDACARU BARAÚNA
Pesquisadores e biólogos já identificaram 17 espécies diferentes de anfíbios, 120 mamíferos, 44 répteis e 695 aves diferentes que tem seu habitat no meio ambiente da caatinga, entre estes temos o sagüi do nordeste, o tatu-peba, o veado catingueiro, a preá, o gambá, a cotia, e o sapo cururu tema de uma musica infantil conhecida nacionalmente. Infelizmente alguns desses animais como a ararinha azul estão na lista dos animais em extinção do IBAMA, a maioria destes em virtude da degradação e da falta de controle do meio ambiente.
LAGARTO GAMBÁ PREÁ TATU
TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISO
O plano básico é construir dois imensos canais ligando o rio São Francisco a bacias hidrográficas menores do Nordeste, bem como aos seus açudes. A seguir, seriam construídas adutoras, com o objetivo de efetivar a distribuição da água. O distribuiria água a 390 municípios dos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte - uma população de 12 milhões de nordestinos. O prazo para realização do projeto é de 20 anos, a um custo total estimado, até meados de 2009, em R$ 4,5 bilhões.