ATO NORMATIVO Nº 021/2014 Altera o Ato Normativo nº 003/2011 que regulamenta a Lei nº 8.966/2003, com alterações decorrentes das Leis n os 10.703/2007, 11.171/2008 e 12.607/2012 que dispõem sobre o Plano de Carreiras e Vencimentos dos Servidores do Ministério Público do Estado da Bahia, e o Ato Normativo nº 004/2011 que dispõe sobre a validação de certificados, diplomas e documentos comprobatórios de cursos realizados por iniciativa e conta dos servidores do Ministério Público do Estado da Bahia, e dá outras providências. O PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 136 da Constituição Estadual, combinado com o inciso VIII, do art. 15, da Lei Complementar nº 11/1996, Lei nº 6.677/1994, e Lei nº 8.966/2003, com as alterações decorrentes das Leis n os 10.703/2007, 11.171/2008, e 12.607/2012, e considerando a necessidade de assegurar a política de profissionalização e valorização dos servidores do Ministério Público, RESOLVE Art. 1º. Os artigos 38, 40, 42, 43, 44, 46, 47 e 48 do Ato Normativo nº 003/2011, publicado no DJE de 17 de março de 2011 passam a vigorar com a seguinte redação: Art. 38. A promoção estará condicionada às progressões correspondentes à classe em que se encontrar o servidor e às demais condições estabelecidas neste Ato Normativo. Art. 40. A Superintendência de Gestão Administrativa divulgará em veículo de comunicação oficial, no mês de fevereiro de cada ano, a relação dos servidores passíveis de progressão ou promoção, especificando o patamar da carreira para o qual poderá se habilitar. Art. 42. A progressão ou promoção do servidor habilitado que possuir registro de uma penalidade disciplinar em seus assentos funcionais e estiver envolvido em sindicância ou processo administrativo disciplinar, condicionar-se-á ao julgamento destes. 1º. O servidor que for absolvido terá efetivada a sua progressão ou promoção, conforme o caso, com direito à percepção retroativa dos efeitos financeiros correspondentes à data de publicação do Ato da progressão ou promoção a que se habilitou.
2º. Se o julgamento resultar na aplicação de punição, e o servidor passar a ter mais de um registro de penalidade disciplinar em seus assentamentos funcionais, este perderá o direito à efetivação da sua progressão ou promoção. Art. 43. Estará habilitado a concorrer à progressão o servidor que: I - tiver cumprido o interstício mínimo de 12 (doze) meses de efetivo exercício em cada nível da respectiva classe; II - tiver participado de eventos de capacitação do Programa de Desenvolvimento de Competências PDC, nos seguintes termos: a) por iniciativa e conta do servidor, desde que validada previamente pelo Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional - CEAF do Ministério Público; b) promovida pelo Ministério Público e realizada por intermédio do CEAF. 1º. Os servidores detentores de mandato sindical atenderão à exigência consignada no inciso I deste artigo, independentemente do efetivo exercício no cargo, desde que cumprido o interstício mínimo de 12 (doze) meses em cada nível da respectiva classe. 2º. As capacitações somente serão consideradas quando a carga horária mínima corresponder a 8 (oito) horas/aula. 3º. Para as capacitações com carga horária entre 8 (oito) horas/aula e 19 (dezenove) horas/aula será requerido o mínimo de 75% (setenta e cinco por cento) de frequência. 4º. Para as capacitações com carga horária igual ou superior a 20 (vinte) horas/aula, além do mínimo de 75% (setenta e cinco por cento) de frequência, será requerida a avaliação de aprendizagem, conforme estabelecido em ato específico. 5º. As cargas horárias das capacitações consideradas para a progressão serão computadas cumulativamente para a obtenção da carga horária mínima exigida para a promoção, tão somente na classe imediatamente posterior. 6º. Os certificados obtidos pelos servidores, com data de conclusão anterior à data de ingresso no Ministério Público, serão validados para efeito de progressão do nível 1 para o nível 2 da primeira classe da respectiva carreira, observadas as disposições deste Ato Normativo. 7º.Os certificados apresentados pelo servidor não poderão ser utilizados mais de uma vez com o escopo de desenvolvimento na carreira.
Art. 44. Será progredido o servidor que cumprir os requisitos estabelecidos neste Ato Normativo e que tiver realizado capacitação que totalize carga horária mínima de 120 (cento e vinte) horas/aula. Art. 46. Estará habilitado a concorrer à promoção o servidor que tenha cumprido os seguintes requisitos: I - interstício mínimo de 36 (trinta e seis) meses de efetivo exercício na respectiva classe, obedecido o interstício mínimo de 12 (doze) meses em cada nível da classe ocupada pelo servidor; II - tiver participado de eventos de capacitação do Programa de Desenvolvimento de Competências PDC, nos seguintes termos: a) por iniciativa e conta do servidor, desde que validada previamente pelo CEAF; b) promovida pelo Ministério Público e realizada por intermédio do CEAF. 1º. Considerado o disposto no artigo 39 deste Ato Normativo, poderá ser requerido como requisito para promoção a aprovação em processo seletivo interno, segundo critérios estabelecidos no respectivo Edital. 2º. Os servidores detentores de mandato sindical atenderão à exigência consignada no inciso I deste artigo, independentemente do efetivo exercício no cargo, desde que cumprido o interstício mínimo de 36 (trinta e seis) meses na respectiva classe, obedecido o interstício mínimo de 12 (doze) meses em cada nível da classe ocupada pelo servidor. 3º. O servidor cujo período de estágio probatório se enquadre à hipótese prevista no 3º do artigo 16 deste Ato Normativo será habilitado, condicionando-se sua promoção à publicação do respectivo ato de homologação de confirmação na carreira. 4º. Na hipótese do 3º, o servidor que cumprir o estágio probatório terá efetivada a sua promoção, com direito à percepção retroativa dos efeitos financeiros à data de publicação do Ato da promoção para a qual se habilitou. Art. 47. Para a promoção, somente serão consideradas capacitações com carga horária mínima de 8 (oito) horas/aula, observando-se o seguinte: I -para as capacitações com carga horária entre 8 (oito) horas/aula e 19 (dezenove) horas/aula será requerido o mínimo de 75% (setenta e cinco por cento) de frequência. II -para as capacitações com carga horária igual ou superior a 20 (vinte) horas/aula, além do mínimo de 75% (setenta e cinco por
cento) de frequência, será requerida a avaliação de aprendizagem, conforme estabelecido em ato específico. 1º. Os certificados e diplomas obtidos pelos servidores, com data de conclusão anterior à data de ingresso no Ministério Público, serão validados para efeito de promoção da Classe I para a Classe II da respectiva carreira, observadas as disposições deste Ato Normativo. 2º. Os certificados e diplomas apresentados pelo servidor não poderão ser utilizados mais de uma vez com o escopo de desenvolvimento na carreira. 3º. Na hipótese de utilização de processo seletivo interno como requisito para promoção, desde que observado o disposto no artigo 39 deste Ato Normativo, a nota final obtida pelo servidor será considerada para efeito classificatório, se for o caso. 4º. Os diplomas de curso de graduação, especialização, mestrado ou doutorado serão aceitos desde que estejam em conformidade com a legislação específica estabelecida pelo Ministério de Educação e Cultura, validados pelo Ministério Público, por meio do CEAF, e que ainda não tenham sido considerados para qualquer efeito de desenvolvimento na carreira. Art. 48. Será promovido o servidor que cumprir os requisitos estabelecidos neste Ato Normativo e que tiver realizado capacitação que totalize carga horária mínima de 360 (trezentos e sessenta) horas/aula, considerando-se nesse quantitativo os cursos computados para progressão, os quais não poderão exceder o limite de 240 horas/aula. Parágrafo único. Na hipótese de haver número de vagas inferior ao número de servidores habilitados à promoção, serão adotados, sucessivamente, os seguintes critérios de desempate: I - maior tempo no Ministério Público do Estado da Bahia; II - maior tempo no serviço público em geral; III - maior idade, considerando-se dia, mês e ano. Art. 2º. Os artigos 3, 4º, 7º, 8º, 9º, 10 e 13 do Ato Normativo nº 004/2011 publicado no DJE de 22 de março de 2011, e alterações posteriores passam a vigorar com a seguinte redação: Art. 3º. A carga horária mínima necessária para a validação dos documentos de que trata este Ato Normativo será de 8 horas/aula, observados os seguintes parâmetros: I -Para progressão, o somatório das cargas horárias dos cursos deverá resultar no mínimo de120 horas/aula.
II - Para promoção, o somatório das cargas horárias dos cursos deverá resultar no mínimo de 360 horas/aula, considerando-se cumulativamente o quantitativo de horas utilizadas para fins de progressão na classe atualmente ocupada, respeitado, neste caso, o limite de 240 horas/aula. Art. 4º. São cursos de formação, atualização, reciclagem e extensão todos os eventos de aprendizagem, presenciais ou a distância, que objetivem a capacitação profissional, o desenvolvimento e aprimoramento de habilidades, a revitalização de conhecimentos e assemelhados, e que não se enquadrem nas categorias de graduação e pós-graduação. 1º.Quando se tratar de cursos na modalidade a distância, somente serão validados os certificados que observarem o seguinte: I - se realizados dois ou mais cursos concomitantemente, em períodos total ou parcialmente coincidentes, somente será consideradopara progressão ou promoção o que possuir a maior carga horária, salvo quando 01 (um) dos cursos for realizado unicamente de forma telepresencial, no qual, ainda que por meio eletrônico, requeira a presença do aluno no local de exibição das aulas com o registro da respectiva frequência; II - os certificados, diplomas e documentos deverão indicar carga horária não superior à soma das horas que compõem o período de realização do curso. 2º. Na hipótese de se verificar divergência entre o tempo de acesso e a carga horária do curso a distância, o servidor deverá apresentar justificativa, a ser examinada pelo Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional - CEAF, para fins de validação do respectivo certificado. Art. 7º. Os cursos de que trata este Ato Normativo deverão necessariamente estar relacionados, direta ou indiretamente, às áreas administrativas e/ou de atuação do Ministério Público. Parágrafo único. No caso de apresentação de certificados de cursos com denominações idênticas, será validado apenas o de maior carga horária, salvo comprovação de que os respectivos conteúdos sejam distintos. Art. 8º. Não será permitido o fracionamento de carga horária de curso constante de um mesmo diploma ou certificado. Art. 9º. Os documentos comprobatórios de conclusão de cursos deverão conter os seguintes elementos:
I -nome do estabelecimento ou instituição responsável pela realização do curso; II - nome completo do servidor; III - título do curso; IV - carga horária; V - período de realização; VI - conteúdo programático; VII - frequência; VIII - nota e/ou conceito obtido em avaliação de aprendizagem, quando se tratar de curso com carga horária igual ou superior a 20 horas/aula; IX - data e local de expedição; X - Assinatura do responsável pela expedição; XI - Código de autenticidade, quando se tratar de cursos à distância. Parágrafo único. Na validação de curso realizado por estabelecimento ou instituição diversa do CEAF, serão considerados os níveis de frequência e de aproveitamento instituídos pela entidade. Art. 10. Os documentos comprobatórios de conclusão dos cursos tratados neste Ato Normativo deverão ser apresentados ao CEAF nos meses de março a maio de cada ano, anexados em formulário específico, disponibilizado na intranet do Ministério Público do Estado da Bahia, no qual o servidor deverá indicar se os documentos serão considerados para efeito de progressão ou promoção na carreira, inclusive aqueles realizados pelo Ministério Público do Estado da Bahia, por intermédio do CEAF. 1º. O CEAF disponibilizará na intranet, até o 5º (quinto) dia útil do mês de agosto de cada ano, a relação dos servidores com o respectivo somatório das cargas horárias resultante da validação dos documentos apresentados. 2º. O servidor poderá recorrer do resultado da validação em até 3 (três) dias úteis, contados da data da publicação da lista de que trata o parágrafo anterior, não sendo considerados os recursos apresentados posteriormente. 3º. Caberá ao CEAF deliberar acerca dos recursos recebidos.
Art. 13. O CEAF procederá ao registro e controle dos certificados, diplomas e demais documentos comprobatórios validados, bem comodas cargas horárias obtidas por cada servidor, as quais serão encaminhadasà Superintendência de Gestão Administrativa, até o último dia de agosto de cada ano. Art. 3º. Aplicam-se as disposições do presente Ato Normativo aos processos de validação de certificados, diplomas e demais documentos comprobatórios de formação escolar, em nível de graduação e pós-graduação, assim como de cursos de formação, atualização, reciclagem e extensão, realizados por iniciativa e conta dos servidores do Ministério Público do Estado da Bahia iniciados a partir de 1º de janeiro de 2015. Art. 4º. Ficam revogados o artigo 45 e os Anexos III, V e VII do Ato Normativo nº 003 de 15 de março de 2011, publicado no DJe de 17 de março de 2011 e suas alterações e os parágrafos 1º ao 4º do artigo 3º, do Ato Normativo nº 004/2011, publicado no DJe de 22 de março de 2011 e suas alterações. Art. 5º. Este Ato Normativo entra em vigor na data da sua publicação, revogando-se as disposições em contrário. GABINETE DO PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA, 27 de outubro de 2014. MÁRCIO JOSÉ CORDEIRO FAHEL Procurador-Geral de Justiça