As suas questões sobre. o Tribunal de Justiça da União Europeia. o Tribunal da EFTA. o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem

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Transcrição:

As suas questões sobre o Tribunal de Justiça da União Europeia o Tribunal da EFTA o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem o Tribunal Internacional de Justiça o Tribunal Penal Internacional

TJUE TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA UNIÃO EUROPEIA ORIGEM 1952: criação do Tribunal CECA 11 ; 1957: transformação em Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias; 1989: criação do Tribunal de Primeira Instância; 2004: criação do Tribunal da Função Pública; 2009: o TJCE passa a Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE), composto pelo Tribunal de Justiça, pelo Tribunal Geral e pelo Tribunal da Função Pública. SEDE: Luxemburgo. DIREITO APLICÁVEL Tratado que institui a CEEA 2 ; Tratado da União Europeia (TUE); Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia (TFUE); Direito derivado. ESTADOSMEMBROS Bélgica, Bulgária, República Checa, Dinamarca, Alemanha, Estónia, Irlanda, Grécia, Espanha, França, Itália, Chipre, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Hungria, Malta, Países Baixos, Áustria, Polónia, Portugal, Roménia, Eslovénia, Eslováquia, Finlândia, Suécia, Reino Unido. MISSÃO Assegurar o respeito do direito na interpretação e na aplicação do direito da União. COMPETÊNCIA Tribunal de Justiça 1. Reenvios prejudiciais submetidos pelos juízes nacionais, sobre a interpretação dos Tratados e dos actos das instituições, órgãos e organismos da União ou sobre a validade de um acto da União. 2. Acções e recursos reservados ao Tribunal de Justiça, a saber: acções por incumprimento contra os EstadosMembros; recursos de anulação ou acções por omissão, interpostos: por uma instituição contra outra instituição; por um EstadoMembro contra o Parlamento Europeu e/ou contra o Conselho, com excepção dos interpostos contra o Conselho, relativos aos auxílios de Estado, a «dumping» ou às competências de execução do Conselho; por um EstadoMembro contra a Comissão, relativos a uma cooperação reforçada no âmbito do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia. 3. Recursos de decisões do Tribunal Geral. 4. Reapreciação das decisões do Tribunal Geral sobre os recursos de decisões do Tribunal da Função Pública. Tribunal Geral Todas as acções e recursos, com excepção dos reservados ao Tribunal de Justiça. Tribunal da Função Pública Litígios entre a União Europeia e os seus agentes, bem como certo pessoal específico, nomeadamente da Eurojust, da Europol e do IHMI. 1 Comunidade Europeia do Carvão e do Aço. 2 Comunidade Europeia da Energia Atómica.

ACESSO DOS CIDADÃOS Uma pessoa singular ou colectiva pode interpor recurso no Tribunal Geral: contra um acto de uma instituição, de um órgão ou de um organismo da União Europeia de que seja destinatária ou que lhe diga directa e individualmente respeito; contra um acto regulamentar que lhe diga directamente respeito e que não contenha medidas de execução. Por outro lado, os cidadãos da União têm também a possibilidade de apresentar observações no Tribunal de Justiça, quando o juiz nacional, chamado a decidir um litígio que lhes diga respeito, decida submeter questões prejudiciais a este. COMPOSIÇÃO Tribunal de Justiça 1 juiz por EstadoMembro (actualmente 27) e 8 advogadosgerais; mandato de 6 anos, renovável. Tribunal Geral pelo menos 1 juiz por EstadoMembro, actualmente 27; mandato de 6 anos, renovável. Tribunal da Função Pública 7 juízes; mandato de 6 anos, renovável. LÍNGUAS Todas as línguas oficiais da União Europeia podem ser utilizadas como línguas de processo. Em princípio, a língua do processo é a do «demandante ou recorrente». Nos processos prejudiciais, a língua é, assim, a do órgão jurisdicional nacional que apresenta questões prejudiciais ao Tribunal de Justiça. Nas acções por incumprimento, a língua do processo é a do Estado contra o qual a acção é intentada, enquanto, nos recursos de decisões do Tribunal Geral, a língua do processo é, em princípio, a língua em que foi proferida a decisão do Tribunal Geral. PARTICULARIDADES O direito da União prevalece sobre o direito nacional e deve ser aplicado uniformemente nos EstadosMembros. Os acórdãos do Tribunal de Justiça da União Europeia têm força obrigatória nos EstadosMembros. ENDEREÇO Tribunal de Justiça da União Europeia Imprensa e Informação L2925 Luxembourg Tel.: (+352) 43 03 1 Fax: (+352) 43 03 25 00 Internet: http://www.curia.europa.eu

TRIBUNAL DA EFTA ORIGEM: 1994. SEDE: Luxemburgo (desde 1996). DIREITO APLICÁVEL Acordo sobre o Espaço Económico Europeu (EEE) e seus protocolos; Acordo entre os Estados da EFTA, relativo à criação de um Órgão de Fiscalização e de um Tribunal de Justiça, e seus protocolos; Direito derivado do EEE. ESTADOSMEMBROS Islândia, Liechtenstein e Noruega. MISSÃO Assegurar o respeito do direito na interpretação e na aplicação do direito do EEE. COMPETÊNCIA Interpretação do direito do EEE; Litígios entre as partes contratantes, entre o Órgão de Fiscalização da EFTA e as partes contratantes, e entre o Órgão de Fiscalização da EFTA e o destinatário de uma decisão da Autoridade ou uma pessoa a quem essa decisão diga directa e individualmente respeito; Pedidos de parecer consultivo apresentados pelos juízes nacionais que tenham dúvidas sobre a interpretação do direito do EEE.

ACESSO DOS CIDADÃOS Uma pessoa colectiva ou singular pode interpor recurso: se for destinatária de uma decisão do Órgão de Fiscalização da EFTA; ou se uma decisão do Órgão de Fiscalização da EFTA lhe disser directa e individualmente respeito. Por outro lado, o pedido de parecer consultivo oferece igualmente ao cidadão a possibilidade de aceder ao Tribunal de Justiça da EFTA, através de questões apresentadas pelos juízes nacionais no quadro de um processo pendente num tribunal nacional. COMPOSIÇÃO 3 juízes (1 por EstadoMembro). LÍNGUAS Inglês e, no quadro de um pedido de parecer consultivo, a língua do órgão jurisdicional nacional. PARTICULARIDADES O direito do EEE que foi adoptado nos Estados membros da EFTA aplicase directamente nesses Estados. Prevalece sobre o direito nacional e assenta no princípio da responsabilidade do Estado. As decisões nas acções e recursos têm força obrigatória. Em contrapartida, os pareceres consultivos não têm força obrigatória. ENDEREÇO Cour AELE 1, rue du Fort Thüngen L1499 Luxembourg Tel.: (+352) 42 10 81 Fax: (+352) 43 43 89 Internet: http://www.eftacourt.int email: eftacourt@eftacourt.int

TEDH TRIBUNAL EUROPEU DOS DIREITOS DO HOMEM ORIGEM 1959: criação do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem; 1998: entrada em vigor do Protocolo n. 11 adicional à Convenção Europeia dos Direitos do Homem (1950), que institui um tribunal único permanente e substitui a Comissão Europeia dos Direitos do Homem (1954) e o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (1959). SEDE: Estrasburgo (França). DIREITO APLICÁVEL Convenção Europeia para a Protecção dos Direitos do Homem (1950) e protocolos adicionais. ESTADOSMEMBROS Estados que ratificaram a Convenção Europeia dos Direitos do Homem (ou seja, 47 Estados em 2009). Albânia, Alemanha, Andorra, Arménia, Áustria, Azerbeijão, Bélgica, BósniaHerzegovina, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, «exrepública jugoslava da Macedónia», Finlândia, França, Geórgia, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Letónia, Liechtenstein, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Moldávia, Mónaco, Montenegro, Noruega, Países Baixos, Polónia, Portugal, República Checa, Roménia, Reino Unido, Federação da Rússia, São Marino, Sérvia, Suécia, Suíça, Turquia, Ucrânia. MISSÃO Assegurar o respeito dos compromissos que decorrem para as Altas Partes Contratantes da Convenção Europeia dos Direitos do Homem e dos seus protocolos. COMPETÊNCIA Qualquer Estado Contratante (queixa estatal) ou qualquer particular que se considere vítima de uma violação da Convenção (queixa individual) pode dirigir directamente ao Tribunal uma queixa alegando a violação, por um Estado Contratante, de um dos direitos garantidos pela Convenção. ACESSO DOS CIDADÃOS O Tribunal pode receber petições de qualquer pessoa singular, organização não governamental ou grupo de particulares que se considere vítima de uma violação, por uma Alta Parte Contratante, dos direitos reconhecidos na Convenção ou nos seus protocolos. O Tribunal só pode ser chamado a intervir depois de esgotadas todas as vias de recurso internas e no prazo de seis meses a contar da data da decisão interna definitiva. O Tribunal julga inadmissível uma petição individual, quando esta for anónima ou, no essencial, idêntica a outra já examinada pelo Tribunal ou já submetida a outra instância internacional de inquérito ou de decisão, ou quando considerar a petição incompatível com as disposições da Convenção ou dos seus protocolos, manifestamente mal fundamentada ou abusiva.

Só é exigida a assistência de um advogado a partir da comunicação do processo ao Governo demandado. Nos termos do Regulamento do Tribunal, pode ser concedida assistência judiciária ao requerente, a partir da comunicação, desde que a concessão dessa assistência seja necessária para a boa marcha do processo perante a secção e que o requerente não disponha de meios financeiros suficientes para fazer face, no todo ou em parte, às despesas necessárias para assegurar a defesa dos seus interesses. COMPOSIÇÃO Número de juízes igual ao das Altas Partes Contratantes (actualmente 47). Mandato de 6 anos, renovável. O Tribunal funciona em comités de 3 juízes, em secções de 7 juízes e em Tribunal Pleno de 17 juízes. O juiz eleito em representação de um Estado, parte no diferendo, é membro de direito da secção e do Tribunal Pleno. LÍNGUAS Inglês e francês. Antes da notificação da petição ao Governo demandado, o demandante pode utilizar uma das línguas oficiais das Altas Partes Contratantes. As observações devem, normalmente, ser feitas ou redigidas numa das duas línguas oficiais do Tribunal, salvo se o presidente da secção autorizar o demandante a continuar a utilizar a língua oficial de uma das Altas Partes Contratantes. PARTICULARIDADES Função do Tribunal Pleno: uma secção pode, a qualquer momento, em certas condições, remeter a decisão do litígio ao Tribunal Pleno, salvo se uma das partes a isso se opuser. No prazo de três meses a contar da data do acórdão de uma secção, qualquer das partes pode solicitar a remessa do processo ao Tribunal Pleno. Um colégio de cinco juízes defere o pedido de remessa, em casos excepcionais. ENDEREÇO Cour européenne des Droits de l Homme Conseil de l Europe F67075 Strasbourg Tel.: (+33) 388 41 20 18 Fax: (+33) 388 41 27 30 Internet: http://www.echr.coe.int

TIJ TRIBUNAL INTERNACIONAL DE JUSTIÇA ORIGEM 1945: o Tribunal foi instituído como o principal órgão jurisdicional das Nações Unidas, sucedendo ao Tribunal Permanente de Justiça Internacional (TPJI), criado em 1922 sob a égide da Sociedade das Nações (SDN). SEDE: Haia (Países Baixos). DIREITO APLICÁVEL Convenções e tratados internacionais, direito consuetudinário internacional, princípios gerais do direito, acessoriamente decisões judiciais e doutrina dos autores mais qualificados. ESTADOSMEMBROS EstadosMembros das Nações Unidas (192 em 2009) que são, ipso facto, partes no Estatuto do Tribunal; Estados que aderiram ao Estatuto do Tribunal, sem assinarem a Carta e sem se tornarem membros das Nações Unidas; Outros Estados que depositaram uma declaração na Secretaria, nas condições determinadas pelo Conselho de Segurança da ONU. MISSÃO Resolver, em conformidade com o direito internacional, os diferendos de natureza jurídica existentes entre os Estados e que lhe sejam submetidos pelos próprios Estados; Dar pareceres consultivos sobre as questões jurídicas que lhe sejam submetidas pelos órgãos ou pelas agências da ONU autorizados a fazêlo. COMPETÊNCIA Resolução dos diferendos jurídicos entre Estados, que lhe sejam submetidos pelos Estados (função contenciosa); Pareceres consultivos sobre questões jurídicas, em resposta a pedidos de órgãos da ONU (5) ou de agências especializadas do sistema da ONU (16) devidamente habilitadas a fazer tais pedidos (função consultiva). ACESSO DOS CIDADÃOS Os particulares não podem recorrer ao Tribunal, uma vez que o artigo 34. do Estatuto prevê que só os Estados têm legitimidade para o fazer em matéria contenciosa. Os interesses privados podem, no entanto, ser objecto de uma acção no Tribunal, caso um Estado assuma a defesa de um dos seus nacionais e faça suas as queixas deste contra outro Estado.

COMPOSIÇÃO No total, 15 juízes eleitos por nove anos pela Assembleia Geral e pelo Conselho de Segurança da ONU; os membros do Tribunal representam as grandes formas de civilização e os principais sistemas jurídicos do mundo. Um terço do Tribunal pode ser renovado de três em três anos. Os juízes podem ser reeleitos. LÍNGUAS Inglês e francês. PARTICULARIDADES O Tribunal só pode tratar um diferendo, se as partes na causa tiverem aceitado a sua competência, de uma das três formas seguintes: 1) em virtude de um acordo («compromisso») celebrado entre elas, com o fim preciso de submeterem o seu diferendo ao Tribunal; 2) em virtude de uma cláusula atributiva de competência de um Tratado, que preveja o recurso ao Tribunal em caso de diferendo entre os Estados signatários; 3) pelo efeito recíproco de declarações (os Estados podem fazer declarações reconhecendo como obrigatória a jurisdição do Tribunal para a resolução dos seus diferendos com qualquer outro Estado que tenha feito a mesma declaração). Os acórdãos do Tribunal têm força obrigatória para as partes na causa. São definitivos e irrecorríveis. Os pareceres consultivos não têm, em princípio, força obrigatória. ENDEREÇO Cour internationale de Justice Palais de la Paix Carnegieplein 2 NL2517 KJ Den Haag Tel.: (+3170) 302 23 37 (Informação) Internet: http://www.icjcij.org

TPI TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL ORIGEM Em 17 de Julho de 1998, 120 Estados adoptaram o Estatuto de Roma que institui o Tribunal Penal Internacional. O Estatuto do TPI entrou em vigor em 1 de Julho de 2002. SEDE: Haia (Países Baixos). DIREITO APLICÁVEL Em primeiro lugar, o Estatuto do TPI, o Regulamento de Processo e de Prova e os elementos dos crimes; Em segundo lugar, os tratados aplicáveis e os princípios e regras do direito internacional, incluindo os princípios estabelecidos do direito internacional dos conflitos armados; Na falta destes, os princípios gerais de direito retirados pelo Tribunal das leis nacionais que representam os diferentes sistemas jurídicos. ESTADOSMEMBROS São partes no Estatuto do TPI os Estados que o tenham adoptado mediante ratificação, aceitação, aprovação ou adesão. Em 1 de Agosto de 2009, são partes no Estatuto do TPI 110 Estados e tinhamno assinado 139 Estados. MISSÃO Contribuir para o respeito e a aplicação duradouros da justiça penal internacional, para a prevenção dos crimes e o combate à impunidade; Organizar inquéritos, iniciar procedimentos e conduzir processos, de modo equitativo, eficaz e imparcial, sobre os crimes mais graves; Agir com transparência e eficácia. COMPETÊNCIA Competência em razão da matéria: o TPI é competente para desencadear procedimentos criminais e para julgar os crimes mais graves: o crime de genocídio, os crimes contra a humanidade, os crimes de guerra, bem como o crime de agressão, a partir do momento em que este seja definido; Competência ratione temporis: o TPI é competente para julgar os crimes cometidos após a entrada em vigor do Estatuto, isto é, após 1 de Julho de 2002; Competência ratione personae: o TPI é competente se a pessoa acusada for nacional de um Estado parte no Estatuto ou se o crime for cometido no território de um Estado parte. Todavia, estes requisitos não se aplicam quando o Conselho de Segurança da ONU apresente uma situação ao procurador. Princípio da complementaridade: o TPI só pode investigar e, quando tal se justifique, desencadear procedimentos criminais e julgar pessoas, se o Estado em causa for incapaz de o fazer ou não tiver intenção de agir nesse sentido.

ACESSO DOS CIDADÃOS O Estatuto contém importantes disposições relativas aos direitos e aos interesses das vítimas. Pela primeira vez, na história da justiça penal internacional, as vítimas podem participar nos processos e pedir o ressarcimento dos danos morais e patrimoniais que tenham sofrido. Por outro lado, os particulares e as organizações intergovernamentais ou não governamentais podem enviar comunicações ao Gabinete do Procurador, sobre crimes da competência do Tribunal. COMPOSIÇÃO O Tribunal é composto por 4 órgãos: a Presidência, as Secções, o Gabinete do Procurador e a Secretaria. A Presidência é composta pelo presidente e por dois vicepresidentes eleitos de entre os 18 juízes do Tribunal. Os 18 juízes do Tribunal (este número poderá ser aumentado), originários de todo o mundo, são eleitos para mandatos de nove anos pela Assembleia dos Estados partes. Estão distribuídos por três Secções: a Secção Preliminar; a Secção de Primeira Instância; a Secção de Recursos. De três em três anos, procedese à renovação dos mandatos de um terço dos juízes. O Gabinete do Procurador é dirigido pelo procurador, o qual é assistido por um procurador adjunto. São eleitos pelos Estados partes. A Secretaria é dirigida pelo secretário, que é eleito pelos juízes. LÍNGUAS Línguas de trabalho: inglês e francês. A pedido de uma parte no processo ou de um Estado autorizado a intervir num processo, o Tribunal autoriza, se o considerar justificado, a utilização, por essa parte ou por esse Estado, de uma língua diferente do inglês ou do francês. Línguas oficiais: árabe, chinês, espanhol, francês, inglês e russo. PARTICULARIDADES O TPI é uma instituição judiciária independente; O TPI é permanente; O TPI é competente relativamente às pessoas singulares; O TPI foi instituído por um tratado fundador (o Estatuto de Roma), diferentemente do que aconteceu com os tribunais penais ad hoc criados por resoluções do Conselho de Segurança da ONU; Os Estados aceitam a priori a sua competência, ao ratificarem o Estatuto de Roma; O Conselho de Segurança pode remeter processos ao TPI, ao abrigo do capítulo VII da Carta das Nações Unidas. ENDEREÇO Cour pénale internationale Maanweg, 174 NL2516 AB Den Haag Tel.: (+3170) 515 85 15 Internet: http://www.icccpi.int

QD3010318PTC Publicação realizada graças à colaboração de diferentes serviços de informação dos Tribunais apresentados Edição de Junho de 2010 doi:10.2862/27219 Tribunal de Justiça da União Europeia Imprensa e informação L2925 Luxembourg www. curia.europa.eu ISBN 9789282909812