Romper barreiras e superar desafios na luta pela VALORIZAÇÃO DOS RADIALISTAS. Sou Radialista e sei meu valor!



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RESOLUÇÃO Confea Atribuições

Transcrição:

Romper barreiras e superar desafios na luta pela VALORIZAÇÃO DOS RADIALISTAS Sou Radialista e sei meu valor! 1

EXPEDIENTE: Federação Interestadual dos Trabalhadores em Radiodifusão e Televisão (FITERT) SEDE: Rua Conselheiro Ramalho, 992/988 Bela Vista CEP: 01325-000 São Paulo SP Fone/Fax: (11) 3284-9215. ESCRITÓRIO/DF: SCS QD 06, Edifício Presidente CEP: 70927-900 Brasília DF Fone: (61) 3963-1065 www.fitert.org.br @FITERT Facebook: FITERT PRODUÇÃO EDITORIAL: Traço Livre Comunicação LTDA. Luciana Araújo (jornalista responsável - MTb 39.715/ SP) Vinícius Souza (editoração e projeto editorial). Este material foi produzido em conformidade com as informações contidas no Manual dos Radialistas, devidamente atualizadas, com a consultoria técnica da assessoria jurídica da FITERT. IMPRESSÃO: Gráfica Satélite. TIRAGEM: 25 mil exemplares.

DIRETORIA DA FITERT COORDENADOR: José Antônio Jesus da Silva (representante do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão no Estado de São Paulo) VICE-COORDENADOR: Miguell Walther Costa (representante do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão no Estado do Rio de Janeiro) SECRETÁRIO GERAL: José Marcos de Souza (representante do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão no Estado de São Paulo) TESOUREIRO: Antônio Edisson Peres Caverna (representante do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão no Estado do Rio Grande do Sul) SECRETÁRIO DE POLÍTICA SINDICAL E ORGA- NIZAÇÃO: Antônio Fernando Ferreira Cabral (representante do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão no Estado de Sergipe) SECRETÁRIO DE REGISTRO PROFISSIONAL: José Alves do Nascimento Filho (representante do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão no Estado do Piauí) SECRETÁRIO DE FORMAÇÃO: Ricardo Córdoba Ortiz (representante do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão, Televisão, Publicidade e Similares do Mato Grosso do Sul) SECRETÁRIO DE IMPRENSA E DIVULGAÇÃO: Manoel Vicente dos Santos Kid Noel (representante do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão no Estado do Mato Grosso) SECRETÁRIO DE POLÍTICAS SOCIAIS: Jaílson Gomes de Oliveira (representante do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão no Estado do Rio Grande do Norte) SECRETÁRIO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS: Eurípedes Corrêa Conceição (representante do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão no Estado de Goiás) SECRETÁRIO DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO: Arnaldo Marcolino da Silva Filho (representante do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão no Estado de São Paulo) SECRETÁRIA DE POLÍTICA DA MULHER: Celene Rodrigues Lemos (representante do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão do Distrito Federal) SECRETÁRIO DE POLÍTICA INSTITUCIONAL: Marco Antônio da Cruz Gomes (representante do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão no Estado do Rio de Janeiro) SUPLENTES: 1º: Valter Albano (SE) 2º: Paulo Roberto Moreira (RJ) 3º: Lúcio Rodrigues Maciel (MS) 4º: Valdeci Rodrigues Moraes (PI) 5º: Paulo Mesquita (RR) 6º: José Loureiro (SP) 7º: José dos Santos Freitas (MA) 8º: Éder Carlos Lourenço (SP) 9º: Antônio Mendonça de Lima (SP) CONSELHO FISCAL: TITULARES: José Eduardo Figueiredo (RR); João dos Reis (SP); Elto Luiz Basei (RS); SUPLENTES: 1º - William Leal (SE); 2º - Galdino Ferreira Campos Neto (RN); 3º - Josemar Emílio Silva Pinheiro (MA)

Romper barreiras e superar desafios na luta pela valorização dos Radialistas Radialista, sindicalize-se e fortaleça a luta pela valorização profissional Ano após ano os grandes grupos de mídia do Brasil anunciam lucros crescentes. No entanto, os salários e benefícios dos trabalhadores que produzem esses lucros não crescem na mesma proporção. Nas produtoras a situação não é diferente, mesmo com a implantação da política de cotas de exibição de produção nacional nos canais estrangeiros das TVs por assinatura, que multiplicou o mercado do setor. Para mudar essa situação, a Federação Interestadual dos Trabalhadores em Radiodifusão e Televisão (FITERT) e seus sindicatos filiados promovem uma Campanha pela Valorização do Radialista. Criada em 1990, a FITERT reúne 20 sindicatos em 20 estados brasileiros, representando milhares de profissionais de radiodifusão e televisão. Sem você, colega Radialista, seria impossível que a TV no Brasil chegasse ao patamar das melhores do mundo em qualidade técnica e produção, e que o rádio se mantivesse como o principal meio de informação dos brasileiros. A organização dessa força é fundamental para manter e ampliar nossos direitos. Foi assim que nos últimos 22 anos barramos a tentativa do Congresso Nacional de retirar funções da categoria, defendendo a regulamentação da profissão; construímos uma representação sindical independente e autônoma; atuamos fortemente no movimento pela democratização da comunicação no Brasil e, em conjunto com os demais trabalhadores da comunicação, temos lutado para garantir melhores condições de trabalho e de vida. Convidamos você a se filiar no sindicato de seu Estado e a participar das atividades a categoria. Venha fazer parte dessa história! 6

Por que é importante se sindicalizar? Uma categoria só tem força para manter e aumentar direitos quando seu sindicato é reconhecido pelos trabalhadores e organiza suas lutas. Quanto mais filiados um sindicato tem, maior é a sua representatividade e o seu peso frente aos patrões nas negociações e campanhas salariais, e facilitando a obtenção de conquistas e a manutenção de direitos. No ramo da radiodifusão temos que negociar com vários sindicatos patronais e gestores públicos que muitas vezes desrespeitam direitos. Por isso, a sindicalização é fundamental. Só assim você não fica sozinho diante dos desmandos dos patrões. A FITERT organiza os mais combativos sindicatos de trabalhadores em radiodifusão e televisão e convida toda a categoria a procurar o sindicato do seu estado para fazer parte dessa luta. Além da fiscalização das condições de trabalho e mobilização, os sindicatos filiados à FITERT também oferecem uma série de benefícios aos sócios. É fundamental que os associados participem do dia-a-dia dos sindicatos e ajudem a fortalecer as entidades, por exemplo convidando colegas de trabalho a se sindicalizarem também. É a contribuição de cada sindicalizado que financia a organização das ações dos sindicatos em defesa dos trabalhadores. Sou Radialista e sei meu valor! 7

Romper barreiras e superar desafios na luta pela valorização dos Radialistas Campanha nacional pela valorização dos Radialistas Desde o seu 9º Congresso, ocorrido em novembro de 2011, a FITERT vem realizando uma campanha de valorização profissional. Conheça e participe das iniciativas da campanha. Federalizar os crimes contra Radialistas! Só no primeiro semestre de 2012 sete Radialistas foram assassinados em todo o país. A macabra média de mais de um profissional morto por mês em retaliação ao seu exercício profissional é inaceitável. E não podemos seguir permitindo que a apuração dos casos fique a cargo somente dos poderes estaduais, onde muitas vezes a influência dos próprios mandantes dos crimes é enorme. Por isso, a FITERT defende que a investigação de crimes contra Radialistas e demais profissionais da comunicação seja federalizada quando houver suspeita ou indícios de atentado contra a liberdade de imprensa e o direito humano à difusão de informações. Assim, a polícia federal passaria a ser responsável pelos casos. Regulamentação imediata da Carteira Nacional do Radialista! O Brasil sediará nos próximos anos a Copa do Mundo e as Olimpíadas. E os Radialistas brasileiros devem ser valorizados no seu exercício profissional, não sofrendo constrangimentos no acesso aos complexos desportivos. As dificuldades que a categoria enfrenta na atualidade para obter credenciamento em eventos oficiais e esportivos pode ser sanada com a aprovação, pelo Congresso Nacional, do documento de identificação específico dos Radialistas. Como acontece com os jornalistas, a Carteira Nacional dos Radialistas deve ser emitida pela FITERT, por meio de seus sindicatos filiados, da mesma forma que os atestados de capacitação e os certificados de aptidão profissional. Procure os parlamentares de seu Estado, converse com eles, envie e-mails, pressione! Somos todos Radialistas: por um piso salarial nacional! Nossa categoria é nacional, assim como os grandes grupos de comunicação do país. Não é correto que os conglomerados midiáticos paguem a um colega que trabalha na Região Norte ou Nordeste quase a metade do que ganha um Radialista em São Paulo ou em Brasília. Afinal de contas, o trabalho produzido por cada um de nós é utilizado nas praças de todo o Brasil. 8

Já tramita no Congresso Nacional um projeto regulamentando o piso salarial nacional dos Radialistas em R$ 2.488,00 (valor referenciado no salário mínimo do DIEESE). É hora de mobilizar a categoria em todo o país em defesa da aprovação dessa proposta. A FITERT conta com você para cobrar aos parlamentares do seu Estado a aprovação deste projeto também. Garantir ao Radialista atualização profissional para uso das novas tecnologias! A FITERT tem buscado garantir junto aos governo Federal e estaduais políticas públicas de formação profissional adequada às novas tecnologias em todo o país, através do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico) e do estabelecimento de parâmetros para o reconhecimento dos cursos de nível médio e superior. A federação também cobra a responsabilidade patronal de garantir condições para que o trabalhador se capacite. Exigimos respeito à lei do registro profissional! A FITERT defende uma política nacional de emissão do registro profissional. As Superintendências Regionais do Trabalho/ Ministério do Trabalho e Emprego devem garantir o estrito respeito à legislação que regulamenta a profissão, e somente emitir registro para profissionais formados em instituições reconhecidas pelo Ministério da Educação ou mediante o atestado de capacitação ou o certificado de aptidão (onde não existem cursos reconhecidos e regularizados). Os cursos de formação de nível técnico devem ter carga horária mínima de 800 horas/aula e grade interdisciplinar. E o MEC deve adotar um sistema de fiscalização efetiva e descredenciar as escolas picaretas. Informação de qualidade é um direito de todos os cidadãos, e só pode ser garantida por profissionais qualificados. Sou Radialista e sei meu valor! 9

Romper barreiras e superar desafios na luta pela valorização dos Radialistas A profissão de Radialista foi regulamentada pela Lei 6.615/1978 a partir da mobilização dos trabalhadores que já atuavam no setor e durante anos discutiram as necessidades de organização das funções profissionais, a partir da retomada dos congressos nacionais da categoria, em 1975. Em meio ao processo de mobilização dos trabalhadores que levou à derrubada do regime militar, em 16 de dezembro de 1978 foi promulgada a Lei dos Radialistas, que instituiu o registro profissional, as jornadas de trabalho diferenciadas, o adicional por acúmulo de função e outras conquistas. Essa lei estabeleceu que só podem ser considerados Radialistas os empregados de empresas de radiodifusão que exerçam uma das funções e atividades reconhecidas. Ser Radialista: uma história de superação e desafios Essa é uma definição fundamental, porque estabelece que não existe legalmente a figura do prestador de serviço sem vínculo empregatício na categoria. A regulamentação da Lei 6.615 se deu por meio de três decretos. O principal deles é o decreto 84.134/1979 que estabelece as funções e atividades inerentes à categoria. Mas, como a consolidação de direitos de uma categoria é sempre o resultado de processos de luta e estávamos em meio à ditadura quando a profissão de Radialista foi regulamentada, esse decreto tinha uma série de problemas. Para corrigir essas distorções, após muita mobilização, foi editado o decreto 94.447/1987 (que extinguiu o antigo registro provisório, que permitia aos patrões conceder a qualquer um o título de Radialista e facilitava a invasão de mão-de -obra desqualificada na categoria, pressionando para baixo os direitos e níveis salariais). Esse decreto reconheceu três novas funções como atribuições dos Radialistas e alterou a designação de outras três funções. 10

O texto também instituía as Comissões de Radialistas, que deveriam emitir parecer sobre os pedidos de registro profissional nas cidades onde não havia cursos reconhecidos pelo Ministério da Educação, e conferia aos sindicatos exclusividade na emissão dos atestados de capacitação profissional necessários à emissão do registro. Em seguida, por pressão dos patrões, as comissões de Radialistas foram extintas pelo decreto 95.684/1988, que permitiu também às entidades patronais emitir os atestados de capacitação nas cidades onde não existem cursos reconhecidos pelo MEC. Foi assim, em anos de embates, que a categoria consolidou sua regulamentação que diversos governos já tentaram derrubar. É muito importante que todo Radialista conheça a legislação que estabelece seus direitos e deveres para que não se submeta aos abusos patronais. A Lei do Radialista é a base para a valorização profissional da nossa categoria. Radialista de verdade não usa registro pirata Para obter o Registro Profissional de Radialista válido em todo o país, o interessado deve: comprovar o exercício do ofício até 16/12/1978, quando foi publicada a regulamentação profissional, ou; ter diploma de instituição reconhecida qualificando-o para exercer função de nível superior, ou; ter diploma ou certificado correspondente às habilitações profissionais ou básicas para as quais é exigida formação de nível médio, expedido por escola reconhecida na forma da lei, ou ainda; Nos estados onde não é oferecido curso reconhecido pelo MEC, ter Atestado de Capacitação Profissional emitido pela Superintendência Regional do Trabalho mediante apresentação do Certificado de Aptidão Profissional fornecido pelo sindicato da categoria, sindicato patronal ou empresa de radiodifusão. A FITERT orienta a todas as pessoas que desejam ingressar na categoria dos Radialistas que peçam seu Certificado de Aptidão Profissional diretamente nos sindicatos de trabalhadores, entidades comprometidas com a verificação da qualificação profissional como medida de defesa dos direitos e conquistas da categoria. Não esqueça: para exercer nossa profissão e resguardar nossos direitos, primeiramente a pessoa é obrigada a obter o Registro Profissional de acordo com a legislação. A FITERT adverte: registro pirata é prejudicial aos direitos do Radialista. Seja você também um fiscal da valorização profissional. Denuncie registros falsos. Sou Radialista e sei meu valor! 11

Principais direitos garantidos aos Radialistas Romper barreiras e superar desafios na luta pela valorização dos Radialistas A regulamentação da profissão é muito importante para o trabalhador porque adequa as proteções previstas na legislação geral do país à realidade da atividade desenvolvida no setor. No caso dos Radialistas, a regulamentação garante direitos além do que está previsto na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Saiba quais são eles e faça-os valer: Adicional por acúmulo de função*: Todo profissional que exerce mais de uma função e/ou atividade diferente daquela para a qual foi contratado tem direito, desde que a(s) função(ões) exercida(s) se dê(eem) no mesmo setor de trabalho. Por exemplo: Um operador de câmera que, além da função para a qual foi contratado, também exerce a função de operador de videotape (VT). Como as duas funções estão enquadradas pelo Decreto 84.134/78 no setor de tratamento e registros visuais, o trabalhador fará jus ao adicional de 40%, calculado sobre o salário da função melhor remunerada pela empresa. É importante destacar que será devido um adicional de 40% para cada função acumulada. Adicional por exercício de chefia: Quando o exercício de qualquer função for acumulado com responsabilidade de chefia, o Radialista fará jus a um acréscimo de 40% (quarenta por cento) sobre o salário. Segundo contrato: Todo profissional que desempenha segunda função/atividade em setores diferentes regularmente tem direito a manter um segundo contrato de trabalho com a empresa na qual é registrado, pois a Lei do Radialista proíbe o acúmulo de funções em um mesmo contrato de trabalho. O mesmo vale para a utilização do trabalho profissional por outro veículo de um mesmo grupo (por exemplo, uso de locução contratada pela rádio A por outra emissora do mesmo conglomerado). Este dispositivo legal se sobrepõe inclusive à Súmula 129 do Tribunal Superior do Trabalho. Jornada de trabalho especial: Em função do tipo de atividade desenvolvida na maioria das funções da categoria Radialista, que levam a acúmulo de esforços repetitivos e stress, a regulamentação profissional garante jornadas de trabalho especiais. São elas (*): Locutores: 5 horas, com intervalo de 15 minutos para lanche. Demais funções: 6 horas, com intervalo de 15 minutos para lanche. Cenografia: 7 horas, com direito a 12

intervalo de 20 minutos para descanso sempre que se verificar um esforço contínuo por mais de 3 (três) horas de trabalho. O intervalo para descanso é parte da jornada profissional. Ou seja, o tempo efetivo de trabalho será de 6 horas e 40 minutos, perfazendo um total de 7 horas à disposição do empregador. Administrativos e Supervisores: 8 horas, com direito a 1 hora de almoço. (*) Confira no quadro a seguir em que tipo de jornada sua função/atividade contratual se enquadra e se há acúmulo de função. Quadro de jornadas regulamentadas da profissão de Radialista 5 HORAS Autoria Locução 6 HORAS Produção: Assistente de estúdio Assistente de produção Auxiliar de Operador de Câmera Auxiliar de Discotecário de Unidade Portátil Externa/ Auxiliar de Cinegrafista Continuísta Contrarregra Coordenador de produção Coordenador de programação Diretor de imagens (TV) Discotecário Discotecário-Programador Editor de VT Encarregado de cinema Encarregado de tráfego Filmotecário Fotógrafo Sou Radialista e sei meu valor! 13

Romper barreiras e superar desafios na luta pela valorização dos Radialistas 14 Operador de câmera de Unidade Portátil Externa /Cinegrafista Roteirista de intervalos comerciais Coordenador de elenco Interpretação: Produtor Executivo Dublagem: Encarregado do tráfego Marcador de ótico Cortador de ótico e magnético Operador de som de estúdio Projecionista de estúdio Remontador de ótico e magnético Editor de sincronismo Contrarregra Sonoplasta Operador de mixagem Diretor de dublagem Tratamento de registros sonoros: Operador de áudio Operador de microfone Operador de rádio Sonoplasta Operador de gravações Tratamento de registros visuais: Operador de controle mestre Auxiliar de iluminador Editor de VT Iluminador Operador de cabo Operador de câmera Operador de máquinas e caracteres Operador de telecine Operador de vídeo Operador de VT Montagem e arquivamento: Almoxarife técnico Arquivista de tapes Montador de filmes

Transmissão de sons e imagens: Operador de transmissor de rádio Operador de transmissor de televisão Técnico de externas Revelação e copiagem de filmes: Técnico laboratorista Supervisor técnico de laboratório Artes plásticas e animação de desenhos e objetos: Desenhista Manutenção técnica: Eletricista Técnico de manutenção eletrônica Mecânica Técnico de ar-condicionado Técnico de áudio Técnico de manutenção de rádio Técnico de manutenção de televisão Técnico de estação retransmissora e repetidora de televisão Técnico de vídeo 7 HORAS Cabelereiro Costureiro Figurinista Aderecista Decorador Estofador Pintor artístico Cenógrafo Caracterização: Camareiro Guarda-roupeiro Maquilador Cenografia: Cenotécnico Cortineiro Carpinteiro Maquinista Maquetista Sou Radialista e sei meu valor! 15

Romper barreiras e superar desafios na luta pela valorização dos Radialistas 8 HORAS Direção de produção: Diretor artístico ou de produção Diretor de programação Diretor esportivo Diretor musical Diretor de programas Supervisor técnico Direção técnica: Supervisor de Operação Rádio/ TV Fiscal ATENÇÃO: Para os setores com jornada diária até 6 (seis) horas a Lei do Radialista não prevê intervalo especial para descanso, mas o artigo 71 da CLT (parágrafos 1º e 2º) prevê descanso de 15 minutos não computados na duração do trabalho, mas sim usufruído como tal. 16

Combater as opressões também é valorizar a profissão A luta contra o racismo é parte fundamental do combate à exploração capitalista no Brasil. Por isso, a FITERT apoia a reserva de vagas para negros e afrodescendentes nas universidades públicas. Assim como orienta seus sindicatos a desenvolverem permanentemente políticas e ações de combate à discriminação racial na mídia, em defesa de espaços qualificados para negros e negras nas emissoras, atrás e na frente das câmeras. Na defesa dos direitos dos casais homoafetivos, a FITERT apoia o reconhecimento da união estável e do casamento igualitário. Como determina a Constituição Federal de 1988, todos os brasileiros devem ser reconhecidos como iguais. A FITERT também luta pela inclusão de cláusulas que garantam direitos aos parceiros homossexuais nas convenções coletivas e pela criminalização da homofobia, nas ruas e na mídia. A FITERT também tem compromisso com a luta pela emancipação da mulher. Em nossa categoria, onde elas começam a ocupar um espaço cada vez maior, temos como política garantir cotas de 20% de mulheres nas direções sindicais. Também lutamos por cláusulas de defesa dos direitos da mulher nas convenções coletivas e pelo direito da mulher à autonomia sobre seus corpos. Sou Radialista e sei meu valor! 17

Lei nº 6.615 de 16/12/78 Romper barreiras e superar desafios na luta pela valorização dos Radialistas O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art 1º - O exercício da profissão de Radialista é regulado pela presente Lei. Art 2º - Considera-se Radialista o empregado de empresa de radiodifusão que exerça uma das funções em que se desdobram as atividades mencionadas no art. 4º. Art 3º - Considera-se empresa de radiodifusão, para os efeitos desta Lei, aquela que explora serviços de transmissão de programas e mensagens, destinada a ser recebida livre e gratuitamente pelo público em geral, compreendendo a radiodifusão sonora (rádio) e radiodifusão de sons e imagens (televisão). Parágrafo único - Considera-se, igualmente, para os efeitos desta lei, empresa de radiodifusão: a) a que explore serviço de música funcional ou ambiental e outras que executem, por quaisquer processos, transmissões de rádio ou de televisão; b) a que se dedique, exclusivamente, à produção de programas para empresas de radiodifusão; c) a entidade que execute serviços de repetição ou de retransmissão de radiodifusão; d) a entidade privada e a fundação mantenedora que executem serviços de radiodifusão, inclusive em circuito fechado de qualquer natureza; e) as empresas ou agências de qualquer natureza destinadas, em sua finalidade, à produção de programas, filmes e dublagens, comerciais ou não, para serem divulgados através das empresas de radiodifusão. Art 4º - A profissão de Radialista compreende as seguintes atividades: I - Administração; II - Produção; III - Técnica. 1º - As atividades de administração compreendem somente as especializadas, peculiares às empresas de radiodifusão. 2º - As atividades de produção se subdividem nos seguintes setores: a) autoria; b) direção; c) produção; d) interpretação; e) dublagem; 18

f) locução; g) caracterização; h) cenografia. 3º - As atividades técnicas se subdividem nos seguintes setores: a) direção; b) tratamento e registros sonoros; c) tratamento e registros visuais; d) montagem e arquivamento; e) transmissão de sons e imagens; f) revelação e copiagem de filmes; g) artes plásticas e animação de desenhos e objetos; h) manutenção técnica. 4º - As denominações e descrições das funções em que se desdobram as atividades e os setores mencionados nos parágrafos anteriores constarão do regulamento. Art 5º - Não se incluem no disposto nesta Lei os Atores e Figurantes que prestam serviços a empresas de radiodifusão. Art 6º - O exercício da profissão de Radialista requer prévio registro na Delegacia Regional do Trabalho do Ministério do Trabalho, qual terá validade em todo o território nacional. Parágrafo único - O pedido de registro, de que trata este artigo, poderá ser encaminhado através do sindicato representativo da categoria profissional ou da federação respectiva. Art 7º Para registro do Radialista, é necessário a apresentação de: I - diploma de curso superior, quando existente para as funções em que se desdobram as atividades de Radialista, fornecido por escola reconhecida na forma da lei; ou II - diploma ou certificado correspondente às habilitações profissionais ou básicas de 2º Grau, quando existente para as funções em que se desdobram as atividades de Radialista, fornecido por escola reconhecida na forma da lei; ou III - atestado de capacitação profissional conforme dispuser a regulamentação desta Lei. Art 8º - O contrato de trabalho, quando por tempo determinado, deverá ser registrado no Ministério do Trabalho, até a véspera da sua vigência, e conter, obrigatoriamente: I - a qualificação completa das partes contratantes; Sou Radialista e sei meu valor! 19

Romper barreiras e superar desafios na luta pela valorização dos Radialistas II - prazo de vigência; III - a natureza do serviço; IV - o local em que será prestado o serviço; V - cláusula relativa à exclusividade e transferibilidade; VI - a jornada de trabalho, com especificação do horário e intervalo de repouso; VII - a remuneração e sua forma de pagamento; VIII - especificação quanto à categoria de transporte e hospedagem assegurada em caso de prestação de serviços fora do local onde foi contratado; IX - dia de folga semanal; X - número da Carteira de Trabalho e Previdência Social. 1º - O contrato de trabalho de que trata este artigo será visado pelo sindicato representativo da categoria profissional ou pela federação respectiva, como condição para registro no Ministério do Trabalho. 2º - A entidade sindical deverá visar ou não o contrato, no prazo máximo de 2 (dois) dias úteis, findos os quais ele poderá ser registrado no Ministério do Trabalho, se faltar a manifestação sindical. 3º - Da decisão da entidade sindical que negar o visto, caberá recurso para o Ministério do Trabalho. Art 9º - No caso de se tratar de rede de radiodifusão, de propriedade ou controle de um mesmo grupo, deverá ser mencionado na Carteira de Trabalho e Previdência Social o nome da emissora na qual será prestado o serviço. Parágrafo único - Quando se tratar de emissora de Onda Tropical pertencente à mesma concessionária e que transmita simultânea, integral e permanentemente a programação de emissora de Onda Média, serão mencionados os nomes das duas emissoras. Art 10 - Para contratação de estrangeiro, domiciliado no exterior, exigir-se-á prévio recolhimento de importância equivalente a 10% (dez por cento) do valor total do ajuste à Caixa Econômica Federal, a título de contribuição sindical, em nome da entidade sindical da categoria profissional. Art 11 - A utilização de profissional contratado por agência de locação de mão-de -obra, obrigará o tomador de serviço, solidariamente, pelo cumprimento das obrigações legais e contratuais, se se caracterizar a tentativa pelo tomador de serviço de utilizar a agência para fugir às responsabilidades e obrigações decorrentes desta Lei ou do contrato de trabalho. Art 12 - Nos contratos de trabalho por tempo determinado, para produção de 20

mensagens publicitárias, feitas para rádio e televisão, constará obrigatoriamente do contrato de trabalho: I - o nome do produtor, do anunciante e, se hover, da agência de publicidade para quem a mensagem é produzida; II - o tempo de exploração comercial da mensagem; III - o produto a ser promovido; IV - os meios de comunicação através dos quais a mensagem será exibida; V - o tempo de duração da mensagem e suas caracterfsticas. Art 13 - Na hipótese de exercício de funções acumuladas dentro de um mesmo setor em que se desdobram as atividades mencionadas no art. 4º, será assegurado ao Radialista um adicional mínimo de: I - 40% (quarenta por cento), pela função acumulada, tomando-se por base a função melhor remunerada, nas emissoras de potência igual ou superior a 10 (dez) quilowatts e, nas empresas equiparadas segundo o parágrafo único do art. 3º; II - 20% (vinte por cento), pela função acumulada, tomando-se por base a função melhor remunerada, nas emissoras de potência inferior a 10 (dez) quilowatts e, superior a 1 (um) quilowatt; III - 10% (dez por cento), pela função acumulada, tomando-se por base a função melhor remunerada, nas emissoras de potência igual ou inferior a 1 (um) quilowatt. Art 14 - Não será permitido, por força de um só contrato de trabalho, o exercício para diferentes setores, dentre os mencionados no art. 4º. Art 15 - Quando o exercício de qualquer função for acumulado com responsabilidade de chefia, o Radialista fará jus a um acréscimo de 40% (quarenta por cento) sobre o salário. Art 16 - Na hipótese de trabalho executado fora do local constante do contrato de trabalho, correrão à conta do empregador, além do salário, as despesas de transportes e de alimentação e hospedagem, até o respectivo retorno. Art 17 - Não será permitida a cessão ou promessa de cessão dos direitos de autor e dos que lhes são conexos, de que trata a Lei nº 5.988, de 14 de dezembro de 1973, decorrentes da prestação de serviços profissionais. Parágrafo único - Os direitos autorais e conexos dos profissionais serão devidos em decorrência de cada exibição da obra. Art 18 - A duração normal do trabalho do Radialista é de: I - 5 (cinco) horas para os setores de autoria e de locução; II - 6 (seis) horas para os setores de produção, interpretação, dublagem, tratamento e registros sonoros, tratamento e registros visuais, montagem e arquivamento, Sou Radialista e sei meu valor! 21

Romper barreiras e superar desafios na luta pela valorização dos Radialistas transmissão de sons e imagens, revelação e copiagem de filmes, artes plásticas e animação de desenhos e objetos e manutenção técnica; III - 7 (sete) horas para os setores de cenografia e caracterização, deduzindo-se desse tempo 20 (vinte) minutos para descanso, sempre que se verificar um esforço contínuo de mais de 3 (três) horas; IV - 8 (oito) horas para os demais setores. Parágrafo único - O trabalho prestado, além das limitações diárias previstas nos itens acima, será considerado trabalho extraordinário, aplicando-lhe o disposto nos arts. 59 a 61 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Art 19 - Será considerado como serviço efetivo o período em que o Radialista permanecer à disposição do empregador. Art 20 - Fica assegurada ao Radialista uma folga semanal remunerada de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, de preferência aos domingos. Parágrafo único - As empresas organizarão escalas de revezamento de maneira a favorecer o empregado com um repouso dominical mensal, pelo menos, salvo quando, pela natureza do serviço, a atividade do Radialista for desempenhada habitualmente aos domingos. Art 21 - A jornada de trabalho dos Radialistas que prestem serviços em condições de insalubridade ou periculosidade poderá ser organizada em turnos, respeitada a duração semanal do trabalho, desde que previamente autorizado pelo Ministério do Trabalho. Art 22 - A cláusula de exclusividade não impedirá o Radialista de prestar serviços a outro empregador, desde que em outro meio de comunicação, e sem que se caracterize prejuízo para o primeiro contratante. Art 23 - Os textos destinados a memorização, juntamente com o roteiro da gravação ou plano de trabalho, deverão ser entregues ao profissional com antecedência mínima de 24 (vinte e quatro) horas, em relação ao início dos trabalhos. Art 24 - Nenhum profissional será obrigado a participar de qualquer trabalho que coloque em risco sua integridade física ou moral. Art 25 - O fornecimento de guarda-roupa e demais recursos indispensáveis ao cumprimento das tarefas contratuais será de responsabilidade do empregador. Art 26 - A empresa não poderá obrigar o Radialista a fazer uso de uniformes durante o desempenho de suas funções, que contenham símbolos, marcas ou qualquer 22

mensagem de caráter publicitário. Parágrafo único - Não se incluem nessa proibição os símbolos ou marcas identificadores do empregador. Art 27 - As infrações ao disposto nesta Lei serão punidas com multa de 2 (duas) a 20 (vinte) vezes o maior valor de referência previsto no art. 2º, parágrafo único, da Lei nº 6.205, de 29 de abril de 1975, calculada a razão de um valor de referência por empregado em situação irregular. Parágrafo único - Em caso de reincidência, embaraço ou resistência à fiscalização, emprego de artifício ou simulação com objetivo de fraudar a lei, a multa será aplicada em seu valor máximo. Art 28 - O empregador punido na forma do artigo anterior, enquanto não regularizar a situação que deu causa à autuação, e não recolher a multa aplicada, após esgotados os recursos cabíveis não poderá receber benefício, incentivo ou subvenção concedidos por órgãos públicos. Art 29 - É assegurado o registro, a que se refere o art. 6º, ao Radialista que, até a data da publicação desta Lei, tenha exercido, comprovadamente, a respectiva profissão. Art 30 - Aplicam-se ao Radialista as normas da legislação do trabalho, exceto naquilo que for incompatível com as disposições desta Lei. Art 31 - São inaplicáveis a órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, as disposições constantes do 1º do art. 8º e do art. 10 desta Lei. Art 32 - O Poder Executivo expedirá o regulamento desta Lei. Art 33 - Esta Lei entrará em vigor 90 (noventa) dias após sua publicação. Art 34 - Revogam-se as disposições em contrário. Brasília, em 16 de dezembro de 1978; 157º da Independência e 90º da República. Sou Radialista e sei meu valor! 23

Romper barreiras e superar desafios na luta pela valorização dos Radialistas DECRETO Nº 84.134 DE 30 DE OUTUBRO DE 1979 (Regulamenta a Lei 6.615/1978. Redação consolidada de acordo com as mudanças introduzidas pelo Decretos 94.447/1987 e 95.684/1988). O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o artigo 81, item III, da Constituição, e tendo em vista o disposto no artigo 32 da Lei nº 6.615, de 16 de dezembro de 1978, DECRETA: Art 1º - 0 exercício da profissão de Radialista é regulado pela Lei nº 6.615, de 16 de dezembro de 1978, na forma deste Regulamento. Art 2º - Considera-se Radialista o empregado de empresa de radiodifusão que exerça função estabelecida no anexo deste Regulamento. Art 3º - Considera-se empresa de radiodifusão, para os efeitos deste Regulamento, aquela que explora serviços de transmissão de programas e mensagens, destinada a ser recebida livre e gratuitamente pelo público em geral, compreendendo a radiodifusão sonora (rádio) e radiodifusão de sons e imagens (televisão). Parágrafo único - Considera-se, igualmente, para os efeitos deste Regulamento, empresa de radiodifusão: a) a que explore serviço de música funcional ou ambiental e outras que executem, por quaisquer processos, transmissão de rádio ou de televisão; b) a que se dedique, exclusivamente, à produção de programas para empresas de radiodifusão; c) a entidade que execute serviços de repetição ou de retransmissão de radiodifusão; d) a entidade privada e a fundação mantenedora que executem serviços de radiodifusão, inclusive em circuito fechado de qualquer natureza; e) as empresas ou agências de qualquer natureza destinadas, em sua finalidade, à produção de programas, filmes e dublagens, comerciais ou não, para serem divulgados através das empresas de radiodífusão. Art 4º - A profissão de Radialista compreende as seguintes atividades: I - Administração; II - Produção; III - Técnica. 1º - As atividades de administração compreendem as especializadas, peculiares às empresas de radiodifusão. 2º - As atividades de produção se subdividem nos seguintes setores: a) autoria; 24

b) direção; c) produção; d) interpretação; e) dublagem; f) locução; g) caracterização; h) cenografia. 3º - As atividades técnicas se subdividem nos seguintes setores: a) direção; b) tratamento e registros sonoros; c) tratamento e registros,visuais; d) montagem e arquivamento; e) transmissão de sons e imagens; f) revelação e copiagem de filmes; g) artes plásticas e animação de desenhos e objetos; h) manutenção técnica. 4º - As denominações e descrições das funções em que se desdobram as atividades e os setores mencionados nos parágrafos anteriores, constam do Quadro anexo a este Regulamento. Art 5º - Não se incluem no disposto neste Regulamento os Atores e Figurantes que prestam serviços a empresas de radiodifusão. Art 6º - 0 exercício da profissão de Radialista requer prévio registro na Delegacia Regional do Trabalho do Ministério do Trabalho, o qual terá validade em todo o território nacional. Parágrafo único - O pedido de registro de que trata este artigo poderá ser encaminhado através do sindicato representativo da categoria profissional ou da federação respectiva. Art 7º - Para registro do Radialista é necessária a apresentação de: I - diploma de curso superior, quando existente, para as funções em que se desdobram as atividades de Radialista, fornecido por escola reconhecida na forma da lei; ou II - diploma ou certificado correspondente às habilitações profissionais ou básicas de 2º Grau, quando existente para as funções em que se desdobram as atividades de Radialista, fornecido por escola reconhecida na forma da lei; ou III - atestado de capacitação profissional. Art. 8º - O atestado mencionado no inciso III do artigo anterior será emitido pela Sou Radialista e sei meu valor! 25

Romper barreiras e superar desafios na luta pela valorização dos Radialistas Delegacia Regional do Trabalho, a requerimento do interessado, instruído com certificado de conclusão de treinamento para função constante do quadro anexo a este regulamento. O certificado deverá ser fornecido por unidade integrante do Sistema Nacional de Formação de Mão-de-obra, credenciada pelo Conselho Federal de Mão-de-obra ou por entidade da Administração Pública, direta ou indireta, que tenha por objetivo, previsto em lei, promover e estimular a formação e o treinamento de pessoal especializado, necessário às atividades de radiodifusão. 1 - Comprovada a impossibilidade do treinamento por falta ou insuficiência, no município, de curso especializado em formação para as funções em que se desdobram as atividades de Radialista, em número que atenda às necessidades de mãode-obra das empresas de radiodifusão, a Delegacia Regional do Trabalho emitirá o atestado de capacitação profissional (art. 7, III), mediante apresentação de certificado de aptidão profissional, fornecido por uma das entidades abaixo, na seguinte ordem: (Redação dada pelo Decreto nº 95.684, de 1988) a) sindicato representativo da categoria profissional; b) sindicato representativo de empresas de radiodifusão; c) empresa de radiodifusão. 2 - Para efeito do parágrafo anterior, o interessado será admitido na empresa como empregado-iniciante, para um período de capacitação, de até seis meses. 3 - Se o treinamento for concluído com aproveitamento, a empresa encaminhará o empregado à Delegacia Regional do Trabalho, com o respectivo certificado de aptidão profissional, para o fim previsto no 1. Art 9º - 0 registro de Radialista será efetuado peia Delegacia Regional do Trabalho do Ministério do Trabalho, a requerimento do interessado, instruído com os seguintes documentos: I - diploma, certificado ou atestado mencionados no artigo 7º; II - Carteira de Trabalho e Previdência Social. Art 10 - O Contrato de Trabalho, quando por prazo determinado, deverá ser registrado, a requerimento do empregador, no órgão regional do Ministério do Trabalho, até a véspera do início da sua vigência, e conterá, obrigatoriamente: I - a qualificação completa das partes contratantes; II - o prazo de vigência; III - a natureza do serviço; IV - o local em que será prestado o serviço; V - cláusula relativa a exclusividade e transferiblidade; VI - a jornada de trabalho, com especificação do horário e intervalo de repouso; VII - a remuneração e sua forma de pagamento; VIII - especificação quanto à categoria de transporte e hospedagem assegurada em 26

caso de prestação de serviços fora do local onde foi contratado; IX - dia de folga semanal; X - número da Carteira de Trabalho e Previdência Social; XI - condições especiais, se houver. 1º - O contrato de trabalho de que trata este artigo será visado pelo Sindicato representativo da categoria profissional ou pela federação respectiva, como condição para registro no Ministério do Trabalho. 2º - A entidade sindical visará ou não o contrato, no prazo máximo de 2 (dois) dias úteis, findos os quais poderá ser registrado, independentemente de manifestação da entidade sindical, se não estiver em desacordo com a Lei ou com este Regulamento. 3º - Da decisão da entidade sindical que negar o visto caberá recurso para o Ministério do Trabalho. Art 11 - O requerimento do registro deverá ser instruído com 2 (duas) vias do instrumento do contrato de trabalho, visadas pelo Sindicato representativo da categoria profissional e, subsidiariamente, pela Federação respectiva. Art 12 - No caso de se tratar de rede de radiodifusão de propriedade ou controle de um mesmo grupo, deverá ser indicada na Carteira de Trabalho e Previdência Social a emissora na qual será prestado o serviço. Parágrafo único - Quando se tratar de emissora de Onda Tropical pertencente a mesma concessionária e que transmita simultânea, integral e permanentemente a programação de emissora de Onda Média, far-se-á no mencionado documento a indicação das emissoras. Art 13 - Para contratação de estrangeiro, domiciliado no exterior, exigir-se-á prévio recolhimento à Caixa Econômica Federal, de importância equivalente a 10% (dez por cento) do valor total do ajuste, a título de contribuição sindical, em nome da entidade da categoria profissional. Art 14 - A utilização de profissional contratado por agência de locação de mão-de -obra obrigará o tomador de serviço, solidariamente, pelo cumprimento das obrigações legais e contratuais, se se caracterizar a tentativa, pelo tomador de serviço, de utilizar a agência para fugir às responsabilidades e obrigações decorrentes da Lei, deste Regulamento ou do contrato de trabalho. Art 15 - Nos contratos de trabalho por prazo determinado, para produção de mensagens publicitárias, feitas para rádio e televisão, constará obrigatoriamente: Sou Radialista e sei meu valor! 27

Romper barreiras e superar desafios na luta pela valorização dos Radialistas I - o nome do produtor, do anunciante e, se houver, da agência de publicidade para a qual a mensagem é produzida; II - o tempo de exploração comercial da mensagem; III - o produto a ser promovido; IV - os meios de comunicação através dos quais a mensagem será exibida; V - o tempo de duração da mensagem e suas características. Art 16 - Na hipótese de acumulação de funções dentro de um mesmo Setor em que se desdobram as atividades mencionadas no artigo 4º, será assegurado ao Radialista um adicional mínimo de: I - 40% (quarenta por cento), pela função acumulada, tomando-se por base a função melhor remunerada, nas emissoras de potência igual ou superior a 10 (dez) quilowatts bem como nas empresas discriminadas no parágrafo único do artigo 3º; II - 20% (vinte por cento), pela função acumulada, tomando-se por base a função melhor remunerada, nas emissoras de potência inferior a 10 (dez) quilowatts e superior a.1 (um) qui lowatt; III - 10% (dez por cento), pela função acumulada, tomando-se por base a função melhor remunerada, nas emissoras de potência Igual ou Inferior a 1 (um) quilowatt. Parágrafo único - Não será permitido, por força de um só contrato de trabalho, o exercício para diferentes setores dentre os mencionados no artigo 4º. Art 17 - Quando o exercício de qualquer função for acumulado com responsabilidade de chefia, o Radialista fará jus a um acréscimo de 40% (quarenta por cento) sobre o salário. Parágrafo único. Cessada a responsabilidade de chefia, automaticamente deixará de ser devido o acréscimo salarial. Art 18 - Na hipótese de trabalho executado fora do local mencionado no contrato de trabalho, correrão à conta do empregador, além do salário, as despesas de transporte, de alimentação e de hospedagem, até o respectivo retorno. Art 19 - Não será permitida a cessão ou promessa de cessão dos direitos de autor e dos que lhes são conexos, de que trata a Lei nº 5.988, de 14 de dezembro de 1973, decorrentes da prestação de serviços profissionais. Parágrafo único. Os direitos autorais e conexos dos profissionais serão devidos em decorrência de cada exibição da obra. Art 20 - A duração normal do trabalho do Radialista é de: I - 5 (cinco) horas para os setores de autoria e de locução; II - 6 (seis) horas para os setores de produção, interpretação, dublagem, tratamento e registros sonoros, tratamento e registros visuais, montagem e arquivamento, transmissão de sons e imagens, revelação e copiagem de filmes, artes plásticas e 28

animação de desenhos e objetos e manutenção técnica; III - 7 (sete) horas para os setores de cenografia e caracterização, deduzindo-se desse tempo 20 (vinte) minutos para descanso, sempre que se verificar um esforço continuo de mais de 3 (três) horas; IV - 8 (oito) horas para os demais setores. Parágrafo único - 0 trabalho prestado além das limitações diárias previstas nos itens acima será considerado extraordinário, aplicando-se-lhe o disposto nos artigos pertinentes da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Art 21 - Será considerado como serviço efetivo o período em que o Radialista permanecer à disposição do empregador. Art 22 - É assegurada ao Radialista uma folga semanal remunerada de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, de preferência aos domingos. Parágrafo único - As empresas organizarão escalas de revezamento de maneira a favorecer o empregado com um repouso dominical mensal, pelo menos, salvo quando, pela natureza do serviço, a atividade do Radialista for desempenhada habitualmente aos domingos. Art 23 - A jornada de trabalho dos Radialistas que prestem serviços em condições de insalubridade ou periculosidade poderá ser organizada em turnos, respeitada a duração semanal do trabalho, desde que previamente autorizada pelo Ministério do Trabalho. Art 24 - A cláusula de exclusividade não impedirá o Radialista de prestar serviços a outro empregador, desde que em outro meio de comunicação e sem que se caracterize prejuízo para o primeiro contratante. Art 25 - Os textos destinados à memorização, juntamente com o roteiro da gravação ou plano de trabalho, deverão ser entregues ao profissional com antecedência mínima de 24 (vinte e quatro) horas, em relação ao início dos trabalhos. Art 26 - Nenhum profissional será obrigado a participar de qualquer trabalho que coloque em risco sua integridade física ou moral. Art 27 - O fornecimento de guarda-roupa e demais recursos Indispensáveis ao cumprimento das tarefas contratuais será de responsabilidade do empregador. Art 28 - A empresa não poderá obrigar o Radialista, durante o desempenho de suas funções, a fazer uso de uniformes que contenham símbolos, marcas ou qualquer mensagem de caráter publicitário. Sou Radialista e sei meu valor! 29

Romper barreiras e superar desafios na luta pela valorização dos Radialistas Parágrafo único - Não se incluem nessa proibição os símbolos ou marcas Identificadores do empregador. Art 29 - As infrações ao disposto na Lei e neste Regulamento serão punidas com multa de 2 (duas) a 20 (vinte) vezes o maior valor de referência previsto no artigo 2º, parágrafo único, da Lei nº 6.205, de 29 de abril de 1975, calculada à razão de um valor de referência por empregado em situação irregular. Parágrafo único - Em caso de reincidência, embaraço ou resistência à fiscalização, emprego de artifício ou simulação com objetivo de fraudar a Lei a multa será aplicada em seu valor máximo. Art 30 - O empregador punido na forma do artigo anterior, enquanto não regularizar a situação que deu causa à autuação e não recolher a multa aplicada, após esgotados os recursos cabíveis, não poderá receber qualquer benefício, incentivo ou subvenção concedidos por órgãos públicos. Art 31 - É assegurado o registro a que se refere o artigo 6º, ao Radialista que, até 19 de dezembro de 1978, tenha exercido, comprovadamente, a respectiva profissão. Parágrafo único - O registro de que se trata este artigo deverá ser requerido pelo interessado ao órgão regional Ministério do Trabalho. Art 32 - Aplicam-se ao Radialista as normas da legislação do trabalho, exceto naquilo que for incompatível com as disposições da Lei nº 6.615, de 16 de dezembro de 1978. Art 33 - São inaplicáveis aos órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, as disposições constantes 1º do artigo 10 e do artigo 13 deste Regulamento. Art 34 - A alteração do Quadro anexo a este Regulamento será proposta, sempre que necessária, pelo Ministério do Trabalho, de ofício ou em decorrência de representação das entidades de classe. Art 35 - Aos Radialistas empregados de entidades sujeitas às normas legais que regulam a acumulação de cargos, empregos ou funções na Administração Pública não se aplicam as disposições do artigo 16. Art 36 - Este Decreto entrará em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Brasília, 30 de outubro de 1979; 158º da Independência e 91º da República. 30

ANEXO: títulos e descrições das funções em que se desdobram as atividades dos Radialistas I ADMINISTRAÇÃO 1) RÁDIO/TV FISCAL - Fiscaliza as transmissões ouvindo-as e vendo-as, elaborando o relatório sequencial de tudo o que vai ao ar, principalmente a publicidade. II - PRODUÇÃO A - AUTORIA 1) AUTOR-ROTEIRISTA - Escreve original ou roteiros para a realização de programas ou séries de programas. Adaptam originais de terceiros transformando-os em programas. B - DIREÇÃO 1) DIRETOR ARTÍSTICO OU DE PRODUÇÃO - Responsável pela execução dos programas, supervisiona o processo de recrutamento e seleção do pessoal necessário, principalmente quanto à escolha dos produtores e coordenadores de programas. Depois de prontos coloca os programas à disposição do Diretor de Programa. 2) DIRETOR DE PROGRAMAÇÃO - Responsável final pela emissão dos programas transmitidos pela emissora, tendo em vista sua qualidade e a adequação dos horários de transmissão. 3) DIRETOR ESPORTIVO - Responsável pela produção e transmissão dos programas e eventos esportivos. Desempenha, eventualidade, funções de locução durante os referidos eventos. 4) DIRETOR MUSICAL - Responsável pela produção musical da programação, trabalhando em harmonia com o produtor de programas na transmissão e/ou gravação de números e/ou espetáculos musicais. 5) DIRETOR DE PROGRAMAS - Responsável pela execução de um ou mais programas individuais, conforme lhe for atribuído pela Direção Artística ou de Produção, sendo também responsável pela totalidade das providências que resultam na elaboração do programa deixando-o pronto a ser transmitido ou gravado. C - PRODUÇÃO 1) ASSISTENTE DE ESTÚDIO - Responsável pela ordem e sequência de encenação, programa ou gravação dentro de estúdio, coordena os trabalhos e providência para que a orientação do diretor do programa ou do diretor de imagens seja cumprida providencia cartões, ordens e sinais dentro do estúdio que permitam emissão ou Sou Radialista e sei meu valor! 31