EXTERNATO AQUINO RIO DE JANEIRO Parte I - Histórico



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Transcrição:

EXTERNATO AQUINO RIO DE JANEIRO Parte I - Histórico Carlos Eduardo de Almeida Barata Parte I Pequeno Histórico Antes mesmo de deixar algumas notas sobre a história do Externato Aquino, vou logo registrando a origem do seu nome, que vinha homenagear e perpetuar a memória de seu fundador, o prof. João Pedro de Aquino, a quem Escragnolle Dória, professor do Colégio Pedro II, chamou de Santo da pedagogia brasileira. Foi inaugurado em março de 1864, em uma sala do prédio número 14, da rua da Carioca, no centro da cidade do Rio de Janeiro, onde se reuniram quatorze jovens, entre militares e paisanos, com um curso de explicações de matemáticas, destinado aos alunos do 1.º ano da antiga Escola Central, que funcionava perto dali, no largo São Francisco de Paula. O explicador era então o jovem estudante João Pedro de Aquino, futuro diretor do Curso que depois perpetuou seu nome de família, e que cursava o 4.º ano da Escola Central, onde tomou o grau de bacharel em Ciências Físicas e Matemáticas. Os esforços empregados por Aquino e a distinção constante no cumprimento de seus deveres de explicador muito lhe serviram para granjear entre aqueles rapazes e outros, que depois se matricularam em seu curso, tantas simpatias que, no fim de 1864, todos eles insistiam para que também se abrisse um curso de matemáticas do 2.º ano da referida Escola Central. Em março de 1865 começou a funcionar este novo curso de matemáticas no Curso Aquino, continuando aquele primeiro. Entre os grandes sábios que ensinaram esta nova cadeira, passaram os lentes: 1. Dom Jorge Eugênio de Lossio e Seiblitz [1828-1878], doutor em matemáticas, lente substituto da Escola Central e depois catedrático de astronomia da Escola Politécnica; 2. Dr. Inácio da Cunha Galvão [1822-], engenheiro, conselheiro; 3. Dr. Manuel Augusto Monteiro de Barros [1806-1872], bacharel pela Universidade de Coimbra, onde se matriculou no curso de Matemática, em 1822; e no de Direito em 1823; 4. Dr. Augusto Dias Carneiro [1821-1874], doutor em ciências físicas e matemáticas pela Escola Militar. Lente catedrático da escola Central; 5. Visconde do Rio Branco, José Maria da Silva Paranhos [1819-1880], professor jubilado da Escola Politécnica, professor honorário da Academia de Belas-Artes. Lente substituto e depois catedrático de matemáticas da Escola Militar; 6. Dr. Trajano Inácio de Villanova Machado, engenheiro, formado na primeira turma da Escola Politécnica do Rio de Janeiro, em 1875, depois da reforma da antiga Escola Central (1856-1874); e 7. Dr. Joaquim Gomes de Souza [1829-1864], O Newton da América, como o chamavam os ingleses; o gênio matemático, como era apelidado por outros. Pioneiro dos estudos matemáticos no Brasil. Doutor em Ciências Matemáticas e Físicas. Lente da Academia Militar do Brasil. Matemático, astrônomo, filósofo, professor e parlamentar. As lições teóricas e práticas de ciências físicas e naturais eram ministradas pelos lentes: 8. Dr. Epifânio Cândido de Souza Pitanga [1829-1894], engenheiro, bacharel em Matemática pela Escola Militar, no ano de 1854; 9. Dr. Francisco Carlos da Luz [1830-1906], professor de matemática, oficial do Exército. Marechal; 10. Dr. Francisco Freire Alemão [1797-1874], doutor em medicina, professor da Cadeira de botânica e zoologia;

11. Barão de Capanema, Guilherme Schüch [1824-1908], engenheiro e físico, mestre de alemão de D. Pedro II; 12. Dr. José de Saldanha da Gama [1839-1905], bacharel em Ciências Físicas e Matemáticas pela antiga Escola Central. Em 1861 foi nomeado repetidor da Escola Central, onde encetou o magistério, substituindo o ilustre professor Francisco Freire Alemão na cadeira de botânica. Lente Jubilado da Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Lente Catedrático de Botânica, no curso de Ciências Físicas e Naturais, para a 1ª Cadeira do 1º ano da Escola Politécnica; e 13. Miguel Antonio da Silva [1832-1879], doutor em matemáticas, lente de matemáticas. Também ali lecionou: 14. Benjamin Constant Botelho de Magalhães [1833-1891], bacharel em ciências físicas e matemáticas. Lente de Mecânica racional da Escola Militar. Diretor do Imperial Instituto dos Meninos Cegos Em 1866 mudou-se para o sobrado número 81, da mesma rua da Carioca onde, além dos dois cursos de matemáticas para a referida Escola Central, foram abertos mais dois outros, um para a Instrução Pública e outro, para a Escola de Marinha, depois denominada Escola Naval. No exame da Escola de Marinha, naquele tempo um dos mais rigorosos, de cada dezoito aprovados, dez deles haviam sido preparados pelo Dr. Aquino. Tão esplêndido resultado obteve que, no ano seguinte, afluiu grande número de estudantes de preparatórios, pedindo matrícula em diversas aulas. Como naquela época ainda não se faziam exames preparatórios nas Províncias, e a maior parte dos estudantes vinham já bem preparados nas línguas Latina, Francesa e Inglesa, o Prof. Aquino resolveu estabelecer um curso de preparatórios unicamente de ciências, tais como Geografia, História e Filosofia. Data propriamente do ano de 1867 o batismo do nome Externato Aquino, cujas aulas começaram a funcionar no mês de maio. Nesta ocasião, entre outros, lecionavam os seguintes mestres: 15. João Pedro de Aquino, cadeira de matemática; 16. João José Luiz Viana, auxiliar do prof. Aquino, na cadeira de matemática; 17. Teófilo das Neves Leão [1832-1906], lente da cadeira de Geografia e História, matérias que antes havia lecionado, com grande brilho, na Bahia e no Colégio de Pedro II. Patriarca da Família Pacheco Leão; 18. José Joaquim do Carmo, lente da cadeira de filosofia, então um dos mais distintos professores do Colégio de São Pedro de Alcântara, dirigido pelos padres Paivas. Bacharel em Direito. Diretor de um colégio de educação no Rio de Janeiro. Reitor do externato D. Pedro II e professor de Português do curso noturno do mesmo externato para o sexo feminino. Professor de história universal. Autor de um Compendio de filosofia, entologia, psicologia, lógica, moral e teologia, impresso no Rio de Janeiro, em 1886. Em 1868 voltaram os pedidos dos alunos para serem criadas aulas de línguas, isto é: Latim, Francês e Inglês. Foram, de imediato, instaladas as ditas cadeiras, com os seguintes professores: 19. Dr. Manuel Thomaz Alves Nogueira [-1913], que ficou encarregado da regência da aula de Latim. Grande sábio, poliglota, bacharel pelo Colégio Pedro II, doutor em Filosofia, formado na Alemanha, onde voltou a residir desde que se jubilou na cadeira de Grego do Ginásio Nacional. Usou o pseudônimo de Boisguillebert. Também lecionou Alemão e Grego no Colégio Pedro II. 20. Dr. Alfredo Maurício Adriano d'escracnolle Taunay [1843-1899], que foi o primeiro professor de Francês do Externato Aquino. Bacharel em Ciências e Letras, pelo Colégio Pedro II. Bacharel em Ciências Físicas e Matemáticas. Engenheiro Militar pela Escola

Central [RJ]. Lente de história e línguas e depois de mineralogia, geologia e botânica da Escola Militar. Oficial do Exército, deputado Geral, Presidente da Província e Senador. 21. Prof. José da Maia, a quem coube a cadeira de Inglês. Foi educado em uma escola de Comércio na Inglaterra. Mais tarde foi inaugurada a aula de Alemão: 22. Dr. Thomaz Alves Júnior [1830-1895], a quem coube a cadeira de Alemão. Bacharel em letras na 7.ª Turma do Colégio Pedro II, em 1849. Bacharel em Direito. Professor jubilado da Escola Milita Ainda no ano de 1868, grande número de estudantes da Faculdade de Medicina dirigiu pedidos ao Diretor Aquino para que fosse aberto um curso de explicações das matérias do 1.º ano da dita Faculdade. O Diretor Aquino diante destes pedidos teve de importar da Europa aparelhos de física e química e modelos para anatomia, e criou os novos cursos. Para lecionar as cadeiras de Física, Química e Anatomia, foram convidados: 23. Dr. André Rebouças [1838-1898], para a cadeira de física. Engenheiro, bacharel em ciências físicas e matemáticas. Lente do curso de engenharia civil; e 24. Dr. Jorge Borges Ribeiro da Costa, para lecionar química mineral, e que acabava de chegar da Europa onde muito se aperfeiçoara em química com Dumas e outros. 25. Dr. José Pereira Guimarães [1843-], médico, chamado para lecionar anatomia descritiva. Foi depois Lente da Faculdade de Medicina e Inspetor de Saúde Naval Com o crescimento do Externato Aquino, fez-se necessário procurar uma nova casa onde pudesse caber a quantidade de alunos, transferindo-se esse estabelecimento, em agosto de 1869, para a chácara da Floresta, à rua da Ajuda n. 59, onde nas salas arejadas e com bastante luz, começaram a funcionar todas as aulas, com mobília apropriada e material de ensino de primeira ordem. Ainda nesse mesmo ano de 1869 foram criadas as aulas teóricas e práticas de Química Orgânica, Botânica e Zoologia, lecionada pelos seguintes mestres: 26. Dr. Agostinho José de Souza Lima, médico, chamado para lecionar química orgânica. Bacharel em letras pelo Colégio de Pedro II. Foi depois Lente catedrático de medicina legal da Faculdade Medicina. 27. Dr. Joaquim Monteiro Caminhoá [1836-1895], médico, chamado para lecionar botânica e zoologia. Opositor da seção de ciências acessórias, sendo depois nomeado Lente das mesmas cadeiras de botanica e zoologia na Faculdade Medicina, em que jubilou-se. Lente de história natural do Colégio Pedro II. Em 1870 anunciava: Externato Aquino Curso de Instrucção Secundária e de Sciências Physicas. Autorizado pelo Conselho de Instrcção Pública da Côrte. Abrem-se no dia 1.º de Março neste Externato os seguintes cursos: CURSO DE INSTRUÇÃO SECUNDÁRIA. Grammatica Portuguesa Francez Inglez Latim Grego Geographia História do Brasil História Universal Philosofia Rhetorica e Poetica

Allemão Mathemáticas CURSO DE SCIENCIAS PHYSICAS. Physica Chimica Botanica Zoologia As lições de physica e chimica são acompanhadas de experiencias feitas com apparelhos e reactivos proprios mandados vir da Europa especialmente para o externato. CURSO DE AGRIMENSURA. Arithmetica Algebra Geometria Trigonometria Noções de astronomia Topographia Desenho linear Desenho topographico Os alunos deste curso terão em dias convencionados exercicios de levantamento de planta e de nivelamento com todos os instrumentos empregados na agrimensura. CURSO COMMERCIAL. Escripturação mercantil Arithmética commercial Economia politica Direito commercial CURSO ACADEMICO. Explicação de materias do 1.º anno da Escola Central e da Faculdade de Medicina Explicação das matérias do 2.º anno da Escola Central. N.B. Não se recebem alumnos menores de 16 annos. Pelo Decreto número 4769, de 17.01.1871, foi criado o Externato da Escola de Marinha, estabelecimento que tinha por único fim preparar alunos para a matrícula na Escola de Marinha. O seu curso se dividia em duas seções: na primeira, ensinava-se aritmética completa, álgebra até as resoluções das equações e problemas do 1.º grau, princípios gerais de geometria, e desenho linear; e na 2.ª, história, geografia, português, francês e inglês. Poderia ter sido criado este curso no Externato Aquino, que já preparava os estudantes para os cursos de engenharia e medicina, porém a Marinha criou o seu próprio Externato. Seria concorrente do Aquino? Não, pois quando da criação do Externato da Marinha, a experiência do professor João Pedro de Aquino levou-o a ser convidado para ser o responsável pela 1.ª seção do Externato da Marinha. Com o crescimento dos cursos preparatórios do Externato Aquino, em fevereiro de 1874 o diretor Aquino teve a idéia de estabelecer na casa da sua residência, à rua da Ajuda n.42, próximo à Chácara da Floresta e à sede do Externato Aquino, um pequeno externato de instrução primária para alunos menores de 12 anos. Finalmente, em agosto do mesmo ano de 1874 o Diretor resolveu dar maior desenvolvimento aos seus dois Externatos, o preparatório e o primário, transferindo ambos para um novo prédio, na rua do Lavradio número 78 e 80, em edifício onde depois funcionou a Repartição da Polícia. No ano de 1889, o prof. João Pedro de Aquino exercia o cargo de Diretor da Escola Normal da Corte, criada pelo Decreto n.º 7684, de 06.03.1880. Membro do Conselho Superior Administrativo da Associação Mantenedora do Museu Escolar Nacional, fundada em 05.10.1883; e do Conselho Diretor da Inspetoria Geral da Instrução Pública.

Ainda vivia em 1903.