Tema: Crise do sistema penitenciário brasileiro Temas de redação / Atualidades
Texto A prisão não é um espaço isolado. É um sistema onde, a toda hora, presos conseguem cavar buracos, advogados e parentes circulam. Ele é furado. Quando a delinquência toma um caráter muito maciço, e o funcionamento da polícia e da Justiça está associado à corrupção, o controle disso se torna algo altamente problemático. A prisão, na verdade, faz parte desse contexto social que está em crise. Claro que, se não há recursos para melhoria das condições do sistema judiciário e prisional, a situação piora, como estamos vendo agora diz o filósofo Manoel Barros da Motta. (http://blogs.oglobo.globo.com/prosa/post/foucault-a-crise-do-sistema-prisional-brasileiro-520471.html) Acesso em fevereiro de 2018.
Contextualizando... Temas de redação / Atualidades O sistema penitenciário de um país acaba sendo um termômetro da realidade (no que diz respeito à violência, por exemplo). O atual estágio em que se encontra grande parte das penitenciárias é preocupante: Falta de infraestrutura Superlotação Disputas entre facções criminosas Sem as mínimas condições de reintegrar / ressocializar os indivíduos
Contextualizando... A penitenciária é vista como um simples local de isolamento do preso, ou seja, onde ele estará afastado da vida social. Identificar o perfil do preso é outro aspecto relevante para compreensão das especificidades do problema (homem, negro, jovem, baixa escolaridade). O processo Judiciário passa a ser questionado com um contingente penitenciário de mais de 700 mil presos (por conta do número de presos aguardando julgamento presos provisórios).
A maior população prisional do país está em São Paulo, onde há 240.061 presos. O estado é seguido por Minas, com 68.354, e Paraná, com 51.700. A menor população carcerária está em Roraima, onde foram registrados 2.339 presos. Estado com maior superlotação é o Amazonas (cinco presos por vaga). Vale lembrar a rebelião em janeiro de 2017 que deixou 56 mortos em presídios de Manaus.
A taxa de ocupação dos presídios no país chegou a 197,4% 726.712 presos ocupam hoje 368.049 vagas praticamente dois presos para cada vaga. Segundo o levantamento, quatro em cada dez presos brasileiros não tinham sido julgados quando o estudo foi concluído, em junho 2016. Em 9 estados, havia mais presos sem condenação do que efetivamente julgados e condenados. O pior caso era o do Ceará, onde dois em cada três presos eram provisórios.
Em Sergipe, onde 65% dos presos não tinham condenação, todos os presos provisórios, no período da pesquisa, estavam encarcerados havia mais de 90 dias. No Amazonas, 64% dos presos eram provisórios três em cada quatro estavam encarcerados havia mais de três meses. Em 2014, a média de presos sem condenação já era de 40%, mas os percentuais de presos nessa condição (mais de 90 dias encarcerados) era menor, de 26%. O Ceará tinha a maior taxa nesse quesito (42%).
Do ponto de vista racial, historicamente, pretos e pardos são mais encarcerados situação piorou, segundo o estudo. Em junho de 2016, 64% da população carcerária eram negros (pretos e pardos) e 35%, brancos. Em 2014, eram 61,67% de negros e 37,23% de brancos.
Em termos de escolaridade, seis em cada dez presos eram analfabetos ou alfabetizados com ensino fundamental incompleto na ocasião em que foi produzido o levantamento. Se incluídos os que concluíram o ensino fundamental mas não chegaram a fazer o ensino médio, o percentual passa para 75%. Em Alagoas, quase um quarto dos presos eram analfabetos em 2016, diz o estudo.
Intervenções: Aplicação de penas alternativas. Redução da violência pelos mais variados caminhos. Investimento na profissionalização e instrução. Adequação das penitenciárias no que diz respeito à infraestrutura.
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