MANUAL DE PROPRIEDADE INTELECTUAL COORDENAÇÃO DE INOVAÇÃO
PRESIDENTE DA MANTENEDORA Prof. Raymundo Barbosa Vianna DIREÇÃO GERAL Prof. Edgard Larry Andrade Soares DIREÇÃO ADMINISTRAVA FINANCEIRA Prof. Edvaldo Pedreira Gama Filho DIREÇÃO DE ENSINO Profª. Maria Auxiliadôra Nunes Cordeiro DIREÇÃO DE PESQUISA E EXTENSÃO Prof. Stênio Fernando Pimentel Duarte COORDENAÇÃO DO NÚCLEO DE PESQUISA Profª. Luciana Araújo dos Reis COORDENAÇÃO DE INOVAÇÃO Profª. Débora Valim Sinay Neves REVISÃO Prof. Mozart Tanajura Tiragem 500 Exemplares
N511m Neves, Débora V. S.; Reis, Luciana A. dos & Duarte, Stênio F. P. Manual de propriedade intelectual / Débora Valim Sinay Neves, Luciana Araújo dos Reis, Stênio Fernando Pimentel Duarte. Vitória da Conquista: FAINOR, 2016. 13p.; il. 1. Propriedade intelectual. 2. Inovação. 3. Tecnologia. I. FAINOR - Faculdade Independente do Nordeste. II. Título. CDD: 658.001 Catalogação: Sheila de Castro Meira (CRB-5/943)
ÍNDICE INTRODUÇÃO INOVAÇÃO TECNOLÓGICA SOBRE A COORDENAÇÃO DE INOVAÇÃO FINALIDADE OBJETIVO ATUAÇÃO AÇÕES Propriedade Intelectual Formas de proteção Patente Requisitos de patenteabilidade O que não pode ser objeto de pedido de patente Vigência de uma patente A patente e a territorialidade Documentos necessários para o depósito do pedido de patente Etapas para a concessão da patente Direitos e deveres do titular de uma patente Marca Como formular pedido de registro ou petição de marca Vigência do registro de marca A LEGISLAÇÃO VIGENTE REFERÊNCIAS CONTATO 06 07 07 08 08 09 10 10 11 12 14 14 15 15 16 17 18 19 19 20 20 22 23
INTRODUÇÃO Inovar é estratégico para o desenvolvimento econômico e social. Assim, a FAINOR tem muito a contribuir como um ambiente de criação e difusão da cultura inovadora, essencial para o desenvolvimento da sociedade moderna, na forma de serviços e produtos inéditos. A FAINOR promove, de forma institucionalizada, a transformação do conhecimento científico, técnico e tecnológico em benefício da sociedade, perpassando por procedimentos adequados, garantidores de direitos de propriedade intelectual (patente, marca, entre outros), transferência de tecnologia, cooperação FAINOR-empresas, sustentabilidade, entre outros. Este guia tem por objetivo contribuir para a difusão desse conhecimento no sentido de possibilitar que os direitos dos criadores sejam reconhecidos e valorizados, assim como, utilizados de forma adequada pela sociedade. Este guia se dispõe atingir a comunidade FAINOR e empreendedores do estado da Bahia e do país. Coordenadora de Inovação Faculdade Independente do Nordeste 06
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA A política de inovação tecnológica da FAINOR é gerida pela Coordenação de Inovação de modo a proporcionar a utilização, pela sociedade, do conhecimento científico e tecnológico desenvolvido na FAINOR. A Coordenação de Inovação atua em campos como proteção da propriedade intelectual, transferência de tecnologia, cooperação FAINOR-empresas, sustentabilidade, e outros. COORDENAÇÃO DE INOVAÇÃO A Coordenação de Inovação FAINOR é necessária ao desenvolvimento e a gestão de projetos de pesquisa e desenvolvimento, serviços e extensionismo científicos e tecnológicos para a geração da inovação, bem como para a gestão de propriedade intelectual e a transferência de tecnologia. A Coordenação de Inovação está vinculada a Coordenação de Pesquisa, subordinada à Direção de Extensão e Pesquisa da Faculdade Independente do Nordeste - FAINOR. 07
FINALIDADE Colaborar na definição das políticas e diretrizes da pesquisa e inovação, gerenciando, disseminando, supervisionando e apoiando seu efetivo cumprimento, nos termos do Regimento Geral da FAINOR. OBJETIVO Valorizar a atividade criativa desenvolvida no âmbito da FAINOR por meio da proteção das criações (propriedade intelectual), da transferência de tecnologia e da inovação tecnológica em prol do desenvolvimento econômico, tecnológico e social. 08
ATUAÇÃO A coordenação de Inovação da FAINOR atua por meio das seguintes ações: Estímulo a novas formas de parcerias e articulação de atividades já existentes na FAINOR, dirigidas ao relacionamento com a sociedade, que envolvam inovação e tecnologia: empresas, setor público, institutos e fundações; Auxílio aos pesquisadores no licenciamento das inovações, na redação e depósito da patente, no registro de programa de computador e de outras formas de Propriedade Intelectual, na identificação de produtos ou processos patenteáveis e licenciáveis; Responsabilidade pela gestão da propriedade intelectual (PI) gerada no âmbito da FAINOR - proteção de marcas, produtos e processos e elaboração de contratos de licenciamento - e pela elaboração de proposta de política de PI da FAINOR; 09
AÇÕES Dentre as ações desenvolvidas pela Coordenação de Inovação, destacam-se: Propriedade Intelectual A propriedade intelectual completa duas áreas: Propriedade Industrial (patentes, marcas, desenho industrial, proteção cultivares, entre outros) e Direito Autoral (obras literárias e artísticas, programas de computador, entre outros). Por meio da propriedade intelectual, os criadores de qualquer criação do intelecto podem ter garantidos por um lapso temporal o direito de desfrutar dos proventos econômicos da reprodução e a utilização de sua criação. Trata-se de estímulo à pesquisa e ao desenvolvimento de novas tecnologias, impedindo terceiros não autorizados de explorá-las. Logo, o inventor compromete-se a tornar público o seu invento, possuindo o direito exclusivo de exploração comercial temporário, o que possibilita o benefício da sociedade com o conhecimento gerado no invento. 10
Formas de proteção - Direito de Propriedade Industrial abrange patentes, marcas, desenho e modelo industrial, entre outros ( Lei nº 9.279/96); - Direito autoral e conexos (Lei nº 9.610/98); - Proteção aos programas de computadores (Lei nº9.609/98); V - Proteções sui generis como cultivares (Lei nº 9.456/97). A proteção é realizada de forma diferente para os diferentes tipos de criação. Apresentam-se a seguir as formas mais utilizadas para garantir os direitos sobre as criações. 11
Patente Se você inventou uma nova tecnologia, seja para produto ou processo, pode buscar o direito a uma patente junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial - INPI. A Coordenação de Inovação é responsável pela gestão da propriedade intelectual gerada na FAINOR. Dessa forma, o pesquisador da FAINOR conta com a Coordenação de Inovação para proteger suas invenções. A patente é um título de propriedade temporária sobre uma invenção ou modelo de utilidade concedido pelo Governo e expedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial -INPI. O INPI, através de uma carta patente, por força da lei, concede direitos exclusivos de exploração e utilização do produto, dentro dos limites do território nacional, por um período determinado de tempo. Para patentear, é necessário realizar a Busca de Anterioridade em bancos de patentes disponíveis, permitindo verificar se já existem produtos ou resultados de pesquisas iguais ou similares que já foram patenteados. Verificando-se que a invenção apresenta novidade e atividade inventiva, será possível requerer a concessão do registro de patente. 12
A patente no Brasil, conforme o INPI (2016) se divide em dois tipos: a Patente de Invenção e a Patente de Modelo de Utilidade. A Patente de Invenção é concepção resultante do exercício da capacidade de criação do homem que represente uma solução para um problema técnico existente dentro de um determinado campo tecnológico e que possa ser fabricada. Já a Patente de Modelo de Utilidade é criação referente a um objeto de uso prática, ou parte deste, suscetível da aplicação industrial [ ] que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação INPI (2016). No caso da patente, o procedimento começa com o envio das informações mais relevantes sobre sua invenção. A partir das informações prestadas por meios de formulários próprios, a Comissão de Inovação avalia e emite parecer quanto à conveniência e viabilidade com base nos requisitos de patenteabilidade dispostos na Lei nº 9.279/1996, Lei de Propriedade Industrial. Caso a tecnologia atenda aos requisitos, a coordenação gerenciará todo o processo de pedido de patente junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial - INPI, órgão responsável pela concessão de patentes no Brasil. 13
Requisitos para patenteabilidade Para solicitar um pedido de patente junto ao INPI, é preciso demonstrar que a invenção é uma solução realmente nova, respondendo aos seguintes requisitos cumulativos: Novidade: a invenção deve ser diferente de tudo que já está no mercado ou divulgado, seja em bancos de patente, artigos científicos, teses, congressos científicos, entre outros. Atividade inventiva: a invenção não deve ser óbvia para quem entende do assunto. Aplicação industrial: o produto da invenção deve ter algum propósito e funcionalidade. O que não pode ser objeto de pedido de patente A listagem completa dos objetos não patenteáveis está presente no artigo 10 da Lei nº 9.279/96 que dispõe sobre a regulamentação de direitos e obrigações relativos à Propriedade Industrial. 14
Vigência de uma patente O prazo de vigência de uma patente de invenção, conforme preceitua o artigo da Lei nº 9.279/96, é de 20 (vinte) anos, e da patente de modelo de utilidade é de 15 (quinze) anos, contados a partir da data de depósito. Ao término deste prazo, extingue-se o privilégio, e a invenção poderá ser utilizada para fins comerciais por qualquer pessoa, passando a invenção a ter domínio público. A patente e a territorialidade Os direitos de uma patente se restringem às fronteiras territoriais de país em que ela foi concedida. Logo, um mesmo pedido de patente deve ser requerido em todos os países que se deseja proteger o objeto da invenção a ser comercializado. 15
Documentos necessários para o depósito do pedido de patente Para requerer o registro de uma patente por meio da Coordenação de Inovação FAINOR, são necessários os seguintes documentos: Preenchimento do formulário específico fornecido pela Coordenação de Inovação FAINOR (Petição de depósito); dados do inventor e do titular da patente; apresentação do estado de técnica; relatório descritivo claro e preciso sobre o objeto do pedido (apresentando todas as partes exigidas por lei e escrito em linguagem técnica); reivindicações (parte técnico-jurídica) relacionadas à invenção ou modelo de utilidade; desenhos (se for o caso); resumo e comprovante de pagamento da retribuição de depósito. A Coordenação de Inovação FAINOR possui profissionais qualificados em propriedade industrial para formular o pedido e acompanha-lo em todas as fases do patenteamento. Vale ressaltar que, do depósito à concessão, existem vários prazos e regras legais e técnicas a serem atendidas e a perda destes prazos poderá acarretar na perda da patente, o que impossibilitará a reapresentação do mesmo pedido. 16
Etapas para a concessão da patente Após depósito do pedido, ele será submetido ao exame formal preliminar; se as informações estiverem de acordo com as exigências, será protocolizado; Não atendendo às exigências, o INPI exigirá o cumprimento dessas em até 30 dias sob pena de devolução ou arquivamento da documentação. O pedido ficará em sigilo por 18 meses possibilitando o depósito do pedido em outros países. Após esse prazo, será publicado na Revista da Propriedade Industrial (revista eletrônica do INPI); O pedido será analisado, e atendidos todos os requisitos, será concedida a patente; Caso contrário, poderão ser formuladas exigências pelo INPI para adequação do pedido, dentro dos prazos legais; Em caso de indeferimento do pedido, caberá recurso ao INPI; A partir do terceiro ano do depósito até o fim da concessão, deverão ser pagas anuidades conforme valores disponíveis em tabela do INPI; 17
Direitos e deveres do titular de uma patente DIREITOS De explorá-la com exclusividade ou licenciá-la a um terceiro para exploração comercial; Impedir (acionando meios legais) que terceiros que usem, produzam, coloquem a venda ou importem o produto objeto da patente ou produto obtido pelo processo patenteado sem a sua autorização prévia; DEVERES Efetuar o pagamento das anuidades junto ao INPI a partir do terceiro ano do depósito do pedido até o final da vigência da patente, cujo não pagamento extingue o privilégio (se já concedido) ou o arquivamento do pedido em caso de processo em andamento. 18
Marcas Para ter exclusividade sobre o nome de um serviço ou produto, ou ainda um logotipo que o identifique, você precisa registrar uma marca.o direito de uso do nome e/ou logotipo de um produto/serviço é assegurado pelo registro da marca, assim como todos os seus investimentos e valores agregados. Conforme o INPI, as marcas são divididas nas seguintes categorias: quanto à origem; quanto ao uso; quanto à forma e outros tipos de marca. A abrangência da proteção legal e impedimento da proteção conferida a marca é permeada por dois princípios: o da territorialidade e o da especialidade. No que tange ao primeiro princípio, o reconhecimento da marca é realizado no território do país onde foi registrada e de países signatários de acordos ou convenções internacionais. Já o princípio da especialidade abarca o uso aos produtos/serviços aos quais ela se refere. Como formular pedido de registro ou petição de marca Para cadastrar seu pedido de registro ou petição de marca no sistema e-inpi, é necessário o cadastro (obrigatório) no sistema e-inpi, que possibilita o acesso aos serviços da Diretoria de Marcas, a emissão e pagamento da Guia de Recolhimento da união (GRU), preenchimento e envio de formulários e acompanhamento de processos. 19
Vigência do registro de marca O registro de marca garante ao titular o direito de uso exclusivo por 10 anos, podendo ser renovado. A LEGISLAÇÃO VIGENTE Lei 10.973 de 2 de dezembro de 2004 dispõe sobre incentivos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo; Lei 13.243/2016, dispõe sobre estímulos ao desenvolvimento científico, à pesquisa, à capacitação científica e tecnológica e à inovação, alterando a Lei 10.973/2004; Lei 10.196/01 - Altera e acresce dispositivos a LPI; Lei 9.279/96 regula direitos e obrigações relativos a propriedade industrial; Lei 9.609/98 dispõe sobre a proteção da propriedade intelectual do programa de computador; 20
Lei 9.610/98 trata sobre a legislação sobre direitos autorais; Lei 11.174/2008 dispõe sobre incentivos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica. Decreto nº5.563, de 11 de outubro de 2005, Regulamenta a Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004, que disse sobre incentivos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo, e dá outras providências. DIRPA Nº 01/2013 (Diretoria das Patentes) - procedimentos administrativos relativos ao exame do pedido de certificado de adição de invenção no âmbito da DIRPA. Resolução PR N 85/2013 - Institui a Diretriz de Exame de Patente de Modelo de Utilidade. 21
REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e Comércio exterior. 2016. SAESP/DIRPA/INPI. Manual para o depositante de patentes. 2015. BRASIL. Instituto Nacional da Propriedade Industrial. Diretoria de Patentes. Orientações para pesquisa, elaborações, depósito de um pedido de patente. Janeiro 2016. 22
CONTATO Coordenação de Inovação Avenida Luis Eduardo Magalhães, 1305 Bairro Candeias, Vitória da Conquista, Bahia CEP: 45055-03 Tel: (77) 3161-1003 inovacao@fainor.com.br 23