Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Anais. IV Seminário Internacional Sociedade Inclusiva

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Transcrição:

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Anais IV Seminário Internacional Sociedade Inclusiva Propostas e ações inclusivas: impasses e avanços Belo Horizonte 17 a 20 de outubro de 2006 Sessões de Pôsteres Realização: Pró-reitoria de Extensão SOCIEDADE INCLUSIVA PUC MINAS

1 CONSTRUÇÕES IDENTITÁRIAS E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Gabriel Henrique França Estudante do curso de Geografia da PUC Minas e estagiário da PROEX / Núcleo Meio Ambiente e Urbanismo Endereço: Av. Dom José Gaspar, 500. Coração Eucarístico Belo Horizonte (31) 3319 4374 3319 4220 E-mail: gabrhf@yahoo.com.br Localizado ao sul de Minas, no Campo das Vertentes, o município de Carrancas apresenta um belo cenário paisagístico, formado por serras, cachoeiras, cavernas e uma exuberante biodiversidade faunística e florística. Mas a história de sua ocupação, no caminho velho da estrada real, revela alguns mistérios, muitos perdidos na memória da própria comunidade. Propõe-se como objetivo geral deste trabalho produzir o diagnóstico socioambiental participativo de Carrancas/MG, para captar características da identidade local, considerando-se o conjunto de aspectos geográficos, culturais, econômicos e ambientais. Pretende-se contribuir para a leitura dos fatos históricos e para o entendimento do contexto social onde a comunidade se desenvolve. A história do povoamento de Carrancas tem sido retratada por diversos autores (AMATO, 1996; BARBOSA, 1971, dentre outros). Pode-se constatar, no entanto, a carência de um estudo que contemple um conjunto amplo de fatos determinantes no perfil, nas condições de vida e na inserção social das prováveis famílias descendentes de populações tradicionais, demonstradas pelos registros, em 1818, de 81 índias e 91 índios (MATOS, 1981); pela teoria da utilização desses

2 índios como estratégia do governo para o enfrentamento dos quilombos, conforme retratado em 1718, na Comarca Rio das Mortes (BARBOSA, 1972); pela visita do botânico francês Saint-Hilaire, que, além das descrições da paisagem, menciona os maus-tratos aos escravos da região (SAINT-HILAIRE, 1974); e, finalmente, o resgate da memória da Revolta de Carrancas (1833), a história da maior rebelião escrava que ocorreu em Minas Gerais, na freguesia de Carrancas e que revela a diversidade étnica dos africanos daquela época (ANDRADE, 2006). Para a realização do diagnóstico socioambiental optou-se pela metodologia participativa, que flexibiliza a escolha das técnicas e privilegia uma participação emancipatória. Mas o presente trabalho trata-se de um suporte ao diagnóstico socioambiental para analisar os aspectos socioculturais do município, relacionados à história da ocupação rural e urbana, dos patrimônios materiais e imateriais e da religião. Pretende-se eleger dois estudos de caso: o primeiro deve constituir um grupo que apresente elementos lingüísticos e religiosos, como a congada, que, segundo seus integrantes, surgiu no povoado da Capela do Saco, atual distrito de Carrancas. Quando um grupo migra de regiões, por algum motivo, ele pode guardar a memória do local e reaver o território tradicional. O segundo estudo de caso deve apresentar os elementos territoriais, ou seja, identificar as famílias, nas fazendas próximas ao cenário da Revolta de Carrancas, que podem revelar o vínculo com o espaço ou território tradicional. O que justifica a proposição deste trabalho é a possibilidade de resgatar a relação da população afrodescendente com o território, e analisar o grau de parentesco entre as famílias tradicionais, inclusive no município de Nazareno 1, para obter os elementos que podem representar a condição quilombola. O recurso âncora advém das técnicas participativas (BROSE, 2001), que podem subsidiar a definição da auto-identificação de determinado grupo étnico e contribuir para resgatar o sentimento de pertencimento a um lugar. As narrativas orais, as construções da linha histórica e do mapa mental podem captar os vínculos históricos e afetivos das gerações em um espaço. 1 O município de Nazareno, limítrofe de Carrancas, teve a comunidade quilombola Jaguara reconhecida pelo CEDEFES Centro de Documentação Eloy Ferreira da Silva, no Projeto Quilombo Gerais disponível em: <http:// www.cedefes.org.br>.

3 O que se pretende como resultado substantivo deste trabalho são a ampliação e o aprofundamento do conhecimento das características socioambientais de uma dada localidade, onde sua população vivencia transformações significativas no plano político, socioeconômico e ambiental, impulsionadas, sobretudo, pela exposição na mídia e pela atividade turística. Uma história que diz respeito à própria construção identitária de Carrancas, à situação fundiária e ao seu modo de relação com a terra, não deve ser esquecida pela população local, e sim, resgatada através das escolas e dos movimentos culturais. Entre os resultados esperados destaca-se a indicação para um laudo antropológico mais apurado e a elaboração de diretrizes para o desenvolvimento local, que incorpore todos os segmentos ou a diversidade cultural que compõe a sua realidade, sobretudo pela via da coerência com as soluções que pressupõem práticas do uso racional e o equilíbrio dos recursos naturais para a produção agropecuária, para a cultura e o turismo. O Diagnóstico Socioambiental se apresenta como um instrumento para o enfrentamento da diversidade e da provável exclusão de comunidades locais no processo de desenvolvimento.

4 REFERÊNCIAS AMATO, M. A freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Carrancas e sua história. São Paulo: Loyola, 1996. ANDRADE, M. F. de. Rebeldia e resistência: as revoltas escravas na Província de Minas Gerais. Dissertação [Mestrado]. Belo Horizonte: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas/ UFMG, 1996. 258p.. Negros rebeldes nas Minas Gerais: a revolta dos escravos de Carrancas (1833). Disponível em <http://www.acervos.ufsj.edu.br/site/fontes_civeis/revolta_carrancas.pdf>. Acesso em 01 mai. 2006. BARBOSA, W. de A. Dicionário histórico-geográfico de Minas Gerais. Belo Horizonte: Satero, 1971.. Negros e quilombos em Minas Gerais. Belo Horizonte: [s.n.], 1972. BROSE, M. (organizador). Metodologia participativa. Uma introdução a 29 instrumentos. Porto Alegre: Tomo Editora, 2001. MATOS, R. J. da C. Cartografia histórica da Província de Minas Gerais (1837). Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: EDUSP, 1988. SAINT-HILAIRE, A. de. Segunda viagem do Rio de Janeiro a Minas Gerais e a São Paulo (1822). Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: EDUSP, 1974.