A EVASÃO NO CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Transcrição:

A EVASÃO NO CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA Natale de Góis Coêlho Barbosa (1); Alan Ferreira de Araújo (2); Maria Gardennia da Fonseca (3) (1)Universidade Federal da Paraíba Campus João Pessoa, natale.gois@gmail.com; (2)Universidade Federal da Paraíba, alanferreiraq@hotmail.com; (3)Universidade Federal da Paraíba, mgardennia@quimica.ufpb.br Resumo: A evasão escolar é compreendida como um fenômeno complexo que exige acompanhamento permanente e sistemático, identificação de possíveis fatores e estratégias de intervenção visando pelo menos minimizá-la. O objetivo deste trabalho foi identificar os principais fatores que determinam a desistência e permanência no curso de Licenciatura em Química da Universidade Federal da Paraíba tomando por base as turmas dos anos de 2007 e 2008. Foi utilizada uma investigação qualiquantitativa realizada por meio de análises de documentos oficiais, bibliográfica e aplicação de questionários online para investigação das causas decisivas da evasão. Os principais motivos indicados como causadores da evasão foram os relacionados às dificuldades de adaptação à vida universitária e aspectos socioeconômicos, intimamente relacionados às dificuldades de conciliar trabalho e estudo, enquanto que os determinantes para a permanência e conclusão do curso se relacionavam ao desejo de seguir carreira acadêmica e à perspectiva de emprego. Para mitigar a evasão é importante que a universidade mantenha e aperfeiçoe os programas de monitoria e promova mais cursos de férias, auxiliando, assim, aqueles discentes que tem dificuldades em disciplinas fundamentais para o curso. Pode contribuir também para amenizar a evasão trazer professores mais experientes e com maior suporte didático para disciplinas iniciais do curso e para outras consideradas essenciais ou mais difíceis. Também seria interessante que a universidade lutasse junto ao poder público para que as bolsas de programas de incentivo à docência alcançassem valores que possibilitassem aos alunos de baixa renda o seu sustento, permitindo dedicação exclusiva ao curso. No mesmo sentido se faz importante a ampliação do apoio ao estudante como o aumento das vagas dos restaurantes universitários e das residências universitárias. Palavras-chave: evasão escolar, licenciatura em química, ensino de química. INTRODUÇÃO A evasão estudantil é um fenômeno complexo que acontece desde o ensino fundamental até o superior e vem sendo apontado ao longo dos anos como um problema nas instituições universitárias. Do ponto de vista dos estudos educacionais, nos últimos anos a evasão escolar tem sido estudada, sobretudo, em países do primeiro mundo, em que tais pesquisas têm demonstrado a universalidade desse fenômeno, bem como relativa homogeneidade de comportamento em certas áreas do saber, apesar das divergências entre as instituições de ensino e das particularidades sociais, econômicas e culturais de cada país (SESU/MEC, 1997). No Brasil já existem vários estudos sobre o problema da evasão, destacando-se o da Sesu/Mec (1997) e o do Lobo (2007). Conforme apontam Bardagi e Hutz (2009 apud JESUS; SILVA; SANTANA, 2013), a evasão no ensino médio e superior brasileiros tem avançado,

trazendo prejuízos econômicos, perdas de investimento público em educação, além de perdas pessoais. Quando se trata da evasão nos cursos de Licenciatura, Moura e Silva (2007, apud SILVA; PIRES, 2011) afirmam que a evasão se deve desde as repetências sucessivas nos primeiros anos, até a falta de recursos para os alunos se manterem, mesmo numa universidade pública. Neste contexto, este trabalho se propõe averiguar quais os principais fatores que determinam a desistência do curso de Licenciatura em Química da Universidade Federal da Paraíba. De fato, estudar o problema da evasão no curso de Licenciatura em Química é importante para tentar conhecer suas causas e assim possibilitar caminhos de evitá-lo ou amenizá-lo. Esclarecer e identificar as causas da evasão discente pode significar um caminho para reestruturação, desde a maneira como a universidade recepciona o calouro até a condução de possíveis modificações na estrutura do currículo. Para se ter uma ideia do impacto econômico da evasão, por exemplo, pode-se citar o estudo realizado por Fialho (2014) abrangendo dados de evasão dos cursos presenciais de graduação da UFPB de 2007 a 2012, mostrando que o orçamento dessa universidade foi impactado com perdas de cerca de 415 milhões de reais. Levantamentos da Sesu/MEC (1997) apontam que, em geral, as pesquisas sobre evasão apresentam resultados parciais ou conclusivos por meio de índices quantitativos, logo, estes devem ser subsidiados por informações que o qualifiquem eficazmente, permitindo o melhor entendimento do fenômeno evasão. Segundo Cunha et al. (2001), em consonância com a Sesu/MEC, a evasão dos alunos dos cursos superiores brasileiros ainda não foi tratada com o rigor e empenho analítico necessário, sendo a maioria dos estudos quantitativos e poucos qualitativos, ou seja, poucos estudos buscam entender profundamente as causas da evasão. Silva e Pires (2011) pesquisaram a evasão e a repetência no curso de licenciatura em Química do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG), campus de Uruaçu, entretanto os autores se limitaram a uma análise quantitativa. Conforme sugere a Sesu/Mec (1997), é desejável a realização de estudos que permitam avaliar as tendências predominantes nos diversos cursos bem como os efeitos de ações de melhoria. Diante do exposto, uma das contribuições desta pesquisa consiste em identificar a evasão de forma quantitativa e qualitativa no curso de Licenciatura em Química da Universidade Federal da Paraíba (Campus I) para discentes ingressantes de 2007 a 2008,

buscando assim, melhor entendimento dos principais fatores que determinam a desistência no referido curso. Dessa forma, este trabalho visou contribuir para a literatura da área, ainda escassa no que se refere às pesquisas qualitativas que analisem as causas da evasão. Em outras palavras, ressalta-se que esta pesquisa poderá subsidiar as orientações para implementação de ações de melhoria. Objetivo Geral Identificar os principais fatores que determinam a desistência e permanência no curso de Licenciatura em Química da Universidade Federal da Paraíba referentes a turmas dos anos de 2007 e 2008. Objetivos Específicos Analisar a evasão do curso de Licenciatura em Química de forma quantitativa e qualitativa; Delinear o perfil do aluno evadido; Propor ações de melhoria junto ao curso de Licenciatura em Química/CCEN/UFPB com a finalidade de mitigar a evasão. METODOLOGIA Para não tornar este artigo tão extenso, os autores acharam por bem incluir apenas os dados dos alunos evadidos, tendo em vista que este trabalho é um recorte de um estudo que continha, também, dados de alunos diplomados. Considerando que este trabalho tem como objetivo geral identificar os principais fatores que determinam a desistência do curso de Licenciatura em Química da Universidade Federal da Paraíba (Campus I) para turmas ingressantes em 2007 e 2008, ou seja, de gerar conhecimento para solucionar um problema prático específico, esta pesquisa é classificada como de natureza aplicada (SILVA; MENEZES, 2005). Uma vez que o resultado deste trabalho foi uma maior compreensão a respeito da aplicação da problemática da evasão na licenciatura em química, que envolveu levantamento bibliográfico e questionários com um público que teve experiência prática com o problema pesquisado, esta pesquisa, quanto aos objetivos, é classificada como exploratória (SILVA; MENEZES, 2005).

Quanto à abordagem do problema, esta pesquisa é considerada qualitativa, pois utilizou o método de estudo de caso para proporcionar o refinamento da teoria existente sobre a temática em questão (CAUCHICK MIGUEL, 2010). O estudo de caso é aplicado quando se deseja obter uma compreensão mais profunda sobre o objeto pesquisado (YIN, 2005). O universo da pesquisa foi constituído por alunos evadidos do curso de Licenciatura em Química que ingressaram em 2007 e 2008. A amostra foi constituída de 80 alunos (sendo 39 referentes ao ano de 2007 e 41 referentes ao ano de 2008) ingressantes via vestibular e matriculados no curso de Licenciatura em Química nos anos de 2007 e 2008. Esta escolha se deu de forma intencional tendo em vista que: a) Tais turmas constituem gerações completas (tal amostra de ingressantes já chegou ao fim do prazo máximo de integralização curricular); b) Tal amostra já corresponde a alunos sob o novo currículo do curso de Química de 2006; c) Tal amostra corresponde a um conjunto de alunos do qual a pesquisadora fez parte, o que facilitaria o contato para aplicação dos questionários. Considerando que a proposta desse estudo pretendia apresentar uma reflexão sobre as causas que motivam a evasão no curso de licenciatura em química, foram instrumentos de pesquisa questionários que foram aplicados aos alunos evadidos. Deve-se ressaltar que para manter a identidade dos alunos resguardada, na folha de questionário não foi pedida qualquer identificação. Esse questionário foi validado sendo aplicado a um especialista da área de educação em química, as sugestões anotadas e o instrumento reformulado. Não foram realizados prétestes do instrumento para adequação posterior. O instrumento de pesquisa foi enviado aos alunos por meio eletrônico e a coleta de dados se deu também de forma eletrônica. Utilizou-se do software de pesquisa online Avalio para elaboração dos questionários, e o link de acesso foi enviado aos alunos através de e-mail ou redes sociais (Facebook, Whatsapp). Foram enviados questionários a 22 alunos ingressantes de 2007, tendo em vista que o contato foi apenas com 22 alunos do total de 39 ingressantes de 2007 e a 16 alunos ingressantes do ano de 2008 dos 41 alunos de 2008. Deste total houve o retorno de 13 questionários respondidos referentes aos ingressantes de 2007 e 10 questionários respondidos dos ingressantes de 2008. Após a coleta dos questionários respondidos, as respostas às questões foram categorizadas com auxílio da análise de conteúdo. A análise de conteúdo das respostas seguiu

as orientações de Lüdke e André (1988) para a construção de categorias descritivas, obtidas a partir da identificação de aspectos comuns por meio da leitura de cada resposta obtida. Os gráficos foram gerados automaticamente pelo software Avalio alimentados pelas respostas dos discentes aos questionários online. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados alcançados com a pesquisa são apresentados nesta seção e foram obtidos mediante o questionário aplicado aos alunos ingressantes matriculados de 2007 e 2008 no curso de Licenciatura em Química da UFPB. A pesquisa foi realizada entre os dias 07/01/2016 e 19/01/2016 por meio da aplicação de questionário disponibilizado por e- mail/facebook/whatsapp através de um link de acesso aos formulários do Avalio. Dos 80 alunos ingressantes matriculados em 2007 e 2008 no curso de Licenciatura em Química, 23 responderam ao questionário, sendo 11 evadidos e 12 diplomados. O objetivo da pesquisa consistiu em delinear o perfil do aluno evadido para vislumbrar os motivos determinantes da evasão do curso de Licenciatura em Química. Com este propósito, o questionário para evadidos foi dividido em quatro partes: 1) Caracterização do evadido e comportamento durante o curso; 2) Identificação das motivações para escolha do curso de Química; 3) Causas da evasão ou retenção (neste último caso para razões para ultrapassar o tempo máximo de conclusão); 4) Expectativas iniciais após conclusão do curso. A primeira parte do questionário para evadidos foi constituída de 17 questões para identificação socioeconômica dos respondentes e seu comportamento durante o curso. A primeira questão se referia ao gênero dos evadidos, em que 54,5% eram do sexo masculino e 45,5 % do sexo feminino. Em outras palavras, não houve uma predominância de gênero para amostra dos evadidos. Em relação à idade, a maioria dos respondentes se situa na faixa etária de 19 a 25 anos (72,7%, 8 alunos). A pesquisa identificou que a maioria dos respondentes evadidos (90,91%, 10 alunos) era de estado civil solteiro na época da desistência e apenas 1 casado. No que se referia à formação acadêmica, todos os respondentes evadidos realizaram o ensino médio através do ensino regular, sendo que 63,6% (7 alunos) estudaram em escola pública e 36,36% (4 alunos) em rede particular.

No aspecto da renda familiar há predominância de pessoas de baixa renda (0 a 2 salários mínimos). Isto indica a opção por curso de licenciatura por pessoas de baixo poder aquisitivo, o que já vem sendo verificado em outros estudos. Outro aspecto é que dos 11 respondentes evadidos, todos (100%) não estavam matriculados em outro curso enquanto faziam a licenciatura. Este dado é bastante relevante porque indica que os alunos estavam totalmente dedicados apenas a um curso de graduação. No que se refere à obtenção ou não de nova matrícula no mesmo curso através de novo processo seletivo, expediente recorrente entre os que querem limpar o histórico escolar, verificou-se que a maioria dos respondentes evadidos responderam que não obtiveram nova matrícula 72,7% (8 alunos) enquanto que 27,3% (3 alunos) fizeram reingresso. No aspecto dos respondentes evadidos da Licenciatura terem migrado para o Bacharelado em Química, nenhum deles fez a migração. No que se refere a que momento deixaram o curso, a pesquisa identificou que apenas 1 aluno (9,09%) desistiu do curso no 1º período enquanto que 45,45% saiu ou desistiu do curso a partir do 4º período ou em períodos subsequentes (5 pessoas das 11 evadidas respondentes) e 45,45% diz não ter desistido porque fizeram reingresso conforme indicado nos dados da Figura 1. Estes dados sugerem que para o curso de Licenciatura em Química da UFPB a evasão mostrou ser maior a partir do 4º período em diante, diferentemente do indicado pelo Instituto Lobo a respeito de estudos sobre evasão, em que a tendência (inclusive internacional) é de que ela seja bem maior no primeiro ano de curso. O desligamento do curso mediante desistência do aluno por abandono, mudança de curso ou voluntário perfez 54,54%, enquanto que o desligamento do curso mediante nova matrícula ou conclusão alcança 36,36% e por jubilamento alcançou 9,09% dos alunos evadidos que responderam, conforme se observa na Figura 2. Um aspecto relevante a ser considerado é que todos os evadidos respondentes trabalhavam enquanto estudavam, sendo que 36,36% trabalhavam de 11 a 20 horas semanais, 27,27% trabalhavam mais de 40 horas semanais, 27,27% de 21 a 40 horas semanais e 9,09% não tinham jornada fixa, com até 10 horas por semana, conforme Figura 3. Este dado sugere a complexidade da questão da evasão como já indicado nas pesquisas oficiais e que o aspecto pessoal tem forte interferência no desempenho acadêmico e permanência no curso superior.

Figura 1: Período de desistência do curso pelos alunos evadidos da Licenciatura em Química da UFPB com ingresso nos anos de 2007 e 2008. Fonte: Dados da pesquisa (2016). Figura 2: Modos de desligamento do curso de Licenciatura em Química da UFPB por alunos evadidos que ingressaram nos anos de 2007 e 2008. Fonte: Dados da Pesquisa (2016).

Figura 3: Tempo de atividades exercidas por alunos evadidos do curso de Licenciatura em Química da UFPB que ingressaram nos anos de 2007 e 2008. Fonte: Dados da Pesquisa (2016). No aspecto referente à dedicação ao curso, 45,45% só estudavam quando estava próxima a época das avaliações ou no máximo de 1 a 5 horas semanais, enquanto que 54,54% estudavam acima de 6 horas semanais. No que se refere à facilidade de aprendizagem, química foi a área com melhor desempenho (81,82%, 9 alunos) dos respondentes, enquanto 1 indicou educação e 1 matemática. Isto sugere que realmente havia certa afinidade pela área especifica. Já no aspecto da dificuldade de aprendizagem apareceram matemática (45,45%) e física (45,45%) e apenas 1 citou educação. Isto também corrobora com dados de outras pesquisas que mostram a forte dificuldade na área de ciências exatas. A pesquisa mostrou que a maioria dos evadidos respondentes participou de programas de incentivo à docência (54,5%, 6 respondentes) e 5 alunos não estavam incluídos em nenhum programa. Nesta etapa de discussão (questionamentos 18-23), a pesquisa adentra na categoria referente aos motivos da escolha do curso de Química. A maioria dos evadidos afirma que o fato de gostar de Química no Ensino Médio influenciou na escolha do Curso de Licenciatura em Química (81,8%, 9 respondentes) e que a facilidade em Química durante o Ensino Médio influenciou na escolha do curso (81,8%, 9 respondentes).

Parte dos respondentes evadidos apontou que o fato do curso ser de baixa concorrência influenciou na sua escolha (54,5%, 6 alunos). Enquanto que 54,5% respondeu que a vontade de ser professor influenciou na escolha pelo curso. Este dado é muito importante porque a escolha pela profissão docente tem sido cada vez menor principalmente nas áreas de matemática, física e química. Ainda foi destacado por 72,7% (8 alunos evadidos) que um professor despertou seu interesse por Química, influenciando na escolha do curso. Este também é um aspecto relevante que demonstra o papel do professor sobre os alunos e indica a forte influência social desta profissão. Finalmente a viabilidade de obter emprego foi apontada por 45,5% (5 alunos) como forte influência na escolha do curso. As questões 24 a 33 se inserem na categoria referente aos motivos que os levaram a sair do curso. Assim, os motivos relacionados ao trabalho, como a dificuldade de conciliar horários de trabalho e estudo foram determinantes para a saída/ultrapassagem do tempo máximo de curso da maioria dos alunos respondentes evadidos (63,6%). É importante resgatar a questão 10 que pergunta sobre horário de trabalho e lembrar que foi observado que 100% dos respondentes evadidos trabalham, variando apenas suas cargas horárias. A minoria dos respondentes evadidos apontou como motivo que influenciou sua saída/expiração do tempo máximo de conclusão fatos ligados à família (casamento, filhos, etc.) (27,3%) ou ainda os fatores ligados à saúde como doença ou acidentes em família, motivadores da evasão (27,3%), aprovação para outro curso de maior interesse (18,2%) ou ingressar no Bacharelado em Química (9,09%). Outro ponto interessante é que a maioria dos respondentes evadidos não aponta como motivador da evasão a percepção da desvalorização do professor (81,8%), Finalizando a categoria de fatores que motivaram a evasão do curso, indagou-se ao estudante evadido qual o fator mais determinante para sua saída, sendo respondido como os mais relevantes: as dificuldades de adaptação à vida universitária (36,4%), e os fatores socioeconômicos (27,3%) (Figura 4). Finalmente segue-se a categoria das expectativas iniciais que tinha para depois de formado (quadro 1).

Figura 4: Fatores mais determinantes para a evasão apontados pelos alunos evadidos do curso de Licenciatura em Química da UFPB com ingresso nos anos de 2007 e 2008. Fonte: Dados da Pesquisa (2016). A maioria dos respondentes evadidos tinham, ao ingressar no curso, como expectativas para depois de formado (possibilidades): ser professor na Educação Básica (81,8%), na Educação Superior (54,5%), na escola pública (81,8%), na escola particular (63,64%). Outra perspectiva foi a de concursos (72,73%). É interessante notar que trabalhar na indústria foi citado por 36,4% dos respondentes evadidos, indicando falta de conhecimento da atribuição profissional do licenciado. Quadro 1. Expectativas iniciais pelo curso apontadas pelos alunos evadidos da Licenciatura em Química da UFPB com ingresso nos anos de 2007 e 2008.

CONCLUSÃO Os principais fatores determinantes da evasão para as turmas ingressantes de 2007 a 2008 no curso de Licenciatura em Química foram os relacionados às dificuldades de adaptação à vida universitária, seguidos pelos fatores socioeconômicos. Em relação ao perfil do aluno evadido não se viu uma predominância de gênero, houve uma predominância no que diz respeito à idade de entrada no curso, que era de 19 a 25 anos, a maioria dos evadidos era de estado civil solteiro. A renda familiar deles ficava na faixa de 0 até 2 salários mínimos. Foi observado que todos os evadidos trabalhavam enquanto estudavam, o que indica a necessidade de sustentar-se e consequentemente não poder se dedicar exclusivamente aos estudos, corroborando a influência do elemento socioeconômico no desempenho acadêmico que acaba por refletir também nas dificuldades de adaptação à vida acadêmica. É fácil enxergar a bagagem escolar como fator determinante da permanência ou da evasão do curso superior. Os que evadiram apontaram a facilidade de entrar no curso como um motivo importante para optarem por ele, o que denuncia talvez uma bagagem escolar menos expressiva. Em relação à quantificação da evasão é indispensável que as coordenações façam um controle acadêmico mais eficaz, permitindo um maior controle do número de evadidos por turma, que se registre de forma fidedigna a situação do discente, seja ele diplomado, evadido ou retido, talvez acompanhando estes através de CPF, permitindo cruzamento de dados entre departamentos e até mesmo entre instituições diferentes, o que possibilitaria um acompanhamento de gerações completas do curso e um cálculo mais exato da evasão.

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