Vendas do varejo da RMR crescem em meio à crise

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Transcrição:

CENTRO DE P E S Q U I S A PESQUISA CONJUNTURAL DO COMÉRCIO AGOSTO/2011 RELATÓRIO MENSAL DA PESQUISA CONJUNTURAL DO COMÉRCIO VAREJISTA DA RMR, ANO X - Nº 111 Vendas do varejo da RMR crescem em meio à crise Pontos a destacar PROGNÓSTICO As vendas do comércio varejista da Região Metropolitana do Recife (RMR) cresceram em agosto cerca de 2,6% em relação a julho e 2,3% na comparação com agosto do ano passado. Trata-se de bons resultados, visto que mesmo em meio ao aumento da incerteza da economia as vendas continuam a crescer e a superar os números obtidos em 2010, quando o varejo alcançou desempenho recorde. Também o emprego apresentou bons resultados no mês de agosto, aumentando 0,5% quando contrastado com julho e 4,7% em relação a agosto de 2010. O acumulado do ano registrou crescimento de 5,6% quando comparado ao período janeiro-agosto de 2010. A massa salarial também aumentou 5,5% em relação a agosto do ano passado e o resultado acumulado no ano é ainda melhor, superando 8,2%. No entanto foi registrada uma queda de cerca de 2% na comparação com julho do ano corrente, um resultado que só pode ser entendido à luz do que ocorreu na área trabalhista, e de seu rebatimento sobre a folha de pagamento das empresas. O ramo de supermercados, que tem grande peso no índice, e também o de combustíveis, têm data de dissídio coletivo em maio, mas as negociações trabalhistas levaram ao pagamento do aumento salarial e dos atrasados somente em julho, provocando crescimento da base de comparação do mês, justificando a queda verificada nesses ramos em agosto. Em Recife, apesar da maioria dos ramos acompanhados ter realizado seu dissídio coletivo em julho, que era a data prevista, as negociações de vários ramos em outras cidades da Região Metropolitana ainda estão em processo, de modo que ainda não foi implantado o aumento anual, o que vem provocando uma queda da massa salarial real registrado pelo índice Fecomércio-PE. Outro ponto a destacar no resultado de agosto é o forte crescimento de mais de 22% nas vendas das livrarias e papelarias, que não pode ser explicado pela forte sazonalidade do ramo, já que estas têm suas vendas muito aumentadas nos meses que precedem o início do período escolar, particularmente nos meses de janeiro e fevereiro. O forte aumento registrado em agosto decorreu fundamentalmente das compras de material escolar por parte das escolas públicas, que tiveram verbas de compras liberadas durante o mês. O excelente resultado das livrarias e papelarias puxou o desempenho do segmento de Bens de Consumo Semiduráveis, mas este também foi positivamente influenciado pelos ramos de vestuário/tecidos e calçados, em função da comemoração do Dias dos Pais. A data também contribuiu para a boa performance da maior parte dos ramos dos Bens de Consumo Duráveis, que cresceu 3,75%. Outros segmentos como Comércio Automotivo e Materiais de Construção, que cresceram mais de 5 e 2%, respectivamente, complementaram o resultado positivo verificado em agosto. A maior instabilidade da economia brasileira em decorrência do aguçamento da crise financeira internacional deverá repercutir negativamente sobre o desempenho do comércio no último trimestre do ano. A valorização do dólar, que poderá fechar o ano cotado em torno de R$1,85, deverá diminuir a oferta de produtos importados e contribuir para a elevação dos preços internos, provocando queda do salário real. Por sua vez, a diminuição da demanda externa contribuirá, a despeito da desvalorização do Real, para reduzir o crescimento do produto interno bruto para cerca de 3,5%, e para a diminuição do crescimento do emprego e consequentemente da demanda, devendo se rebater negativamente sobre o desempenho das vendas já no fim do ano. A taxa Selic deverá continuar em trajetória de queda, chegando a 11% ainda este ano, mas o crescimento do crédito deverá ser afetado negativamente pelo aumento do risco e quebra das expectativas. Entretanto, o quadro de dificuldades gerado pela crise internacional, a despeito de sua relevância, não deverá impedir que o varejo feche 2011 com resultados muito positivos. Mesmo com o produto crescendo 3,5% e a inflação atingindo o limite superior de 6,5%, o varejo da RMR deverá aumentar cerca de 5,5% no ano, em decorrência principalmente do desempenho da economia da área bem acima da média nacional, auxiliado pela continuidade do crescimento atenuado do crédito.

DADOS MENSAIS, ANUAIS E ACUMULADOS DISCRIMINAÇÃO FATURAMENTO REAL MASSA SALARIAL NÍVEL DE EMPREGO ago/11 jul/11 ago/2010 jan- jan-ago/2010 jul/2011 ago/2010 jan- jan-ago/2010 jul/2011 ago/2010 jan- jan-ago/2010 COMÉRCIO EM GERAL COMÉRCIO EM GERAL (Exc. Conces.) BENS DE CONSUMO DURÁVEIS Móveis e Decorações Lojas de Utilidades Domésticas Cine-foto-som e Óticas Informática BENS DE CONSUMO SEMIDURÁVEIS Vestuário / Tecidos Calçados Livrarias e Papelarias BENS DE CONSUMO NÃO DURÁVEIS Supermercados Farmácias e Perfumarias Combustíveis COMÉRCIO AUTOMOTIVO Concessionárias de Veículos Autopeças e Acessórios MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 2,59 2,05 3,75 3,65 1,72 11,35 3,63 6,30 4,17 4,19 22,24-1,53-0,05 4,77-3,49 5,01 4,45 9,57 2,15 2,34 5,58 6,23 14,77 14,76 2,56-1,46 9,73 7,86 9,52 17,70 4,92 10,79-8,35 3,37-5,36-7,25 12,45 3,34 5,19 5,47 8,13 22,31 11,61-0,37 4,84 6,31 6,62 11,02 0,36 4,34 8,54-6,44 3,41 4,78 4,30 8,81 4,79-2,01-2,05-4,20-1,23-7,67-8,35 0,68-5,11-0,73-11,78-2,47-2,35-3,43 3,30-3,31-0,92-1,65 0,84 1,45 5,51 5,45 1,23-1,35 0,61-10,30 10,60 2,82 7,05-4,78 9,33 5,34 2,27 3,13 8,92 5,66 6,07 4,72 10,04 8,24 8,62 4,60 6,99 6,87-3,85 7,55 6,05 4,82 8,44 4,48 6,15-1,36 3,58 14,28 3,47 4,61 0,61 16,48 0,51 0,41 0,97-0,85 3,31-1,64 0,94 0,33 1,28-0,16-2,00-0,40-0,36-2,84 0,40 3,23 2,08 4,74 0,09 4,68 4,74 5,23 1,51 5,10-0,52 12,39 2,72-1,52 9,14 4,82 3,89 2,22-6,17 9,34 3,03 3,77 2,10 7,48 5,62 5,27 4,30 3,99 3,98 3,87 5,23 4,19 0,32 11,49 2,93 4,35 0,75-0,20 9,62 8,01 11,25 3,83 7,76 Variação percentual entre o mês atual e o mês anterior Em agosto, o comércio varejista da Região Metropolitana do Recife (RMR) continuou apresentando resultados positivos. Ante o mês anterior a taxa de variação real foi de 2,59%. Dos cinco segmentos monitorados pela Fecomércio-PE, quatro registraram aumento no faturamento, com destaque para Bens de Consumo Semiduráveis (6,30%) e Comércio Automotivo (5,01%). Nos Bens de Consumo Duráveis e Materiais de Construção as variações foram de 3,75% e 2,15%, respectivamente. No caso especifico da venda de veículos, os números seguem a mesma tendência dos dados da Anfavea e da Fenabrave, diferindo apenas em magnitude. No mês de agosto, o varejo conta com a comemoração do Dia dos Pais, -30,00 5,65-0,54 0,67 6,97 10,24-13,42-2,17-3,62 Jul10 Ago10 Set10 Out10 Nov10 Dez10 Jan11 Fev11 Mar11 Abr11 Mai11 Jun11 Jul11 criando dessa forma impulso extra para as vendas, notadamente nos estabelecimentos que comercializam artigos de vestuário/tecidos, calçados 2,49 5,09 0,79 3,44 2,59 e cine-foto-som/óticas. Além da data, o cenário de compras contou com prazos maiores, oferta de crédito e as tradicionais promoções.

Variação percentual do mês atual em relação a igual mês do ano anterior Na comparação com agosto de 2010, o comércio registrou expansão de 2,34%, impulsionado pela dinâmica de Bens de Consumo Semiduráveis, que contabilizou ganhos de 9,73%, reflexo positivo de todos os ramos que compõem o grupo, de modo especifico nas livrarias e papelarias (17,70%) e calçados (9,52%). Outro segmento com resultados dignos de nota foi o de Bens Duráveis (6,23%), puxado por móveis e decorações e lojas de utilidades domésticas, ramos com forte correlação com as vendas de imóveis novos. 20,00 16,03 9,80 13,40 10,51 3,55 12,64 8,59 8,50-3,17 Ago09 Set09 Out09 Nov09 Dez09 Jan10 Fev10 Mar10 Abr10 Mai10 Jun10 Jul10 Ago10 3,43 11,83 5,48 2,34 Quando se observa o índice geral sem as concessionárias de veículos (-7,25%), constata-se que o desempenho de agosto de 2011 sobe para 5,58%, indicando uma performance não homogênea do comércio metropolitano no período em analise. É importante frisar que em agosto de 2010, as vendas de veículos chegaram a crescer cerca de 23%. 21,00 18,00 15,00 12,00 9,00 6,00 13,43 13,46 11,48 19,07 17,59 8,62 10,73 10,71 10,37 7,26 7,56 8,42 5,51 Os outros dois indicadores monitorados (massa salarial e nível de emprego) apresentaram trajetórias positivas (5,51% e 4,68%, respectivamente). 3,00 0,00 Ago09 Set09 Out09 Nov09 Dez09 Jan10 Fev10 Mar10 Abr10 Mai10 Jun10 Jul10 Ago10 8,00 6,00 4,00 5,21 4,75 5,62 3,74 4,19 5,27 4,89 4,91 6,22 6,52 5,69 5,22 4,68 2,00 0,00-2,00 Ago09 Set09 Out09 Nov09 Dez09 Jan10 Fev10 Mar10 Abr10 Mai10 Jun10 Jul10 Ago10

Variação acumulada no mês em relação ao mesmo período do ano anterior VARIAÇÃO ACUMULADA DO FATURAMENTO REAL (%) Jan/Jan Jan/Fev Jan/Mar Jan/Abr Jan/Mai Jan/Jun Jan/Jul Jan/Ago Jan/Set Jan/Out Jan/Nov Jan/Dez 18,30 18,08 16,72 16,92 15,76 15,60 15,42 14,83 15,17 14,77 15,47 11,80 8,59 10,05 6,65 3,98 4,00 5,31 5,64 5,19 2010 2011 No acumulado dos primeiros oito meses de 2011, o comércio em geral registrou taxa de variação positiva (5,19%) sobre igual período do ano anterior, evidenciando uma desaceleração ante a expressiva taxa de 15,42 % de 2010. Todos os segmentos pesquisados apresentaram crescimento principalmente no comércio de Bens de Consumo Duráveis (8,13%) e Semiduráveis (6,31%). Por outro lado, as vendas do Comércio Automotivo (4,78%) continuaram em um bom ritmo devido às ofertas de crédito e de financiamento disponibilizados pelas concessionárias. Sem a influência das revendas de veículos (4,30%) o índice geral situou-se na casa de 5,5%. As vendas reais de materiais de construção cresceram cerca de 4,8%, fruto em grande parte da continuidade da política desoneração fiscal sobre uma cesta de produtos básicos e da ampliação do credito habitacional para pessoas físicas. PARTICIPAÇÃO RELATIVA NO FATURAMENTO REAL (%) - AGOSTO / 2011 25,95% Materiais de Construção Comércio Automotivo 25,76% 10,95% Bens Duráveis 24,85% 12,48% Bens Semiduráveis Bens Não Duráveis

Aos Empresários do Comércio Varejista da RMR A Federação do Comércio do Estado de Pernambuco, por meio do Instituto Oscar Amorim de Desenvolvimento Econômico e Social, apresenta mais uma vez à sociedade em geral os resultados da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista da Região Metropolitana do Recife. Com mais essa prestação de serviço, a Fecomércio/PE acredita estar cumprindo o seu papel representativo, levando aos empresários, informações consistentes de desempenho do Comércio. Embasadas em um sério sistema de coleta de dados e rigoroso tratamento estatístico, permitem uma correta tomada de decisões tanto em relação a novos investimentos, quanto na definição de estratégias para fazer frente a um mercado tão competitivo. Fazendo parte do Índice Nacional idealizado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) desde 2002 junto com outras Federações, a Região Metropolitana do Recife vem se destacando por ser a primeira a divulgar os seus resultados, o que para nós é motivo de orgulho, por servirmos de comparação para o restante do País. Mas tudo isso só é possível porque temos uma Equipe de Trabalho competente e comprometida com o ideal de luta e clareza nos resultados apresentados. Confiando em um Brasil mais produtivo, esperamos, com esse trabalho estar contribuindo para a Sociedade no desenvolvimento e na manutenção de um instrumento científico apurado, de análise da realidade do Comércio. Josias Silva de Albuquerque Presidente do Sistema Fecomércio/Senac/Sesc-PE APRESENTAÇÃO DO TRABALHO Na atualidade, os estudos de conjuntura econômica ocupam lugar de relevo nas atividades pública e privada. Os fenômenos econômicos estão em contínua mutação, sendo por isso temerário planejar ações de curto prazo quando se conhecem apenas os parâmetros estruturais. A análise da conjuntura do Comércio é especialmente importante, porque dentre as atividades econômicas é das mais dependentes de fenômenos de curto prazo. Em decorrência de seu conhecimento, serve como balizamento não só para as empresas, pois têm condições de avaliarem suas posições em relação ao desempenho médio onde estão inseridas, como também para o governo central, que pode melhor direcionar as políticas públicas. Desde 2001 a Federação do Comércio do Estado de Pernambuco -FECOMÉRCIO/PE- integra uma rede nacional de acompanhamento da conjuntura comercial, liderada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) e a partir de 2002 passou a divulgar mensalmente a análise do desempenho do Comércio Varejista da Região Metropolitana do Recife, por meio da Pesquisa Conjuntural. A Pesquisa tem em seu escopo três variáveis principais: Faturamento Real, Nível de Salário e Número de Empregados. O acompanhamento que é feito permite às empresas avaliarem seu desempenho em relação aos padrões estadual e nacional, favorecendo o delineamento de tendências, abrindo espaço, quando necessário, para uma intervenção rápida capaz de reverter uma direção não pretendida ou reforçar resultados julgados desejáveis. Ressalta-se que as informações conjunturais além de se constituírem em importante instrumento para a tomada de decisões de curto prazo, também podem ser úteis para o processo decisório e estratégico. A acumulação dessas informações permite a formação de painéis que ajudam a identificar movimentos recorrentes, tais como sazonalidades, ciclos de negócios e outros, cuja identificação proporcionam uma melhor programação econômico-financeira. A experiência da FECOMÉRCIO/PE tem demonstrado que existe em Pernambuco uma grande demanda de informações sobre o desempenho do Comércio Varejista, constituindo-se motivo de satisfação a grande receptividade que a Pesquisa Conjuntural vem tendo não só por parte dos empresários, mas de institutos de pesquisa, dos meios de comunicação e da comunidade em geral.

METODOLOGIA A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista da Região Metropolitana do Recife - PCCV é uma pesquisa de natureza exploratória-descritiva realizada mensalmente pela FECOMÉRCIO/PE, como parte de um levantamento de nível nacional coordenado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). Entende-se como Comércio Varejista a atividade comercial regularmente estabelecida, com um ou mais empregados registrados (ou não) por estabelecimento e com mais de 51% das vendas destinadas a consumidores finais, sendo estes pessoas físicas. Os dados primários que dão origem a Pesquisa são obtidos através de questionários padrão preenchidos mensalmente pelas empresas e coletados pela FECOMÉRCIO-PE por meios eletrônicos. A participação dessas empresas se deu através do processo de amostragem estratificada aleatória, que usou como variável de estratificação o Faturamento anual, formando assim a amostra da Pesquisa que passa a ser chamada de "Painel de Informantes". É através do painel que se faz o acompanhamento Conjuntural do Comércio por meio da produção de índices mensais de desempenho analisando as seguintes variáveis: Faturamento Real, Folha de Salários e Número de Empregados. Por Faturamento Real entende-se a receita mensal bruta da empresa decorrente da venda de mercadorias, incluindo impostos e taxas incidentes sobre o faturamento tais como: IPI, ICMS, COFINS e outros, excluindo-se as receitas financeiras e não operacionais. A Folha de Pagamentos corresponde ao total de rendimentos mensais pagos aos empregados, incluindo o salário fixo, gratificações, comissões, férias, participações nos lucros e outras, sem dedução das contribuições da previdência e impostos. O Número de Empregados registra o total de pessoas em atividade na empresa e por ela diretamente remunerados, sejam formais ou informais. Para fazer o deflacionamento dos dados mensais da Pesquisa é utilizado o Índice de Preço ao Consumidor Amplo - IPCA, calculado mensalmente pelo IBGE. Área geográfica da pesquisa Do ponto de vista espacial, todas as análises se referem à área Metropolitana do Recife, nas seguintes cidades: Abreu e Lima Cabo de Santo Agostinho Camaragibe Igarassu Jaboatão dos Guararapes Moreno Olinda Paulista Recife São Lourenço da Mata Comparações de análise e o nível de agregação dos dados O acompanhamento das três variáveis da Pesquisa Conjuntural (Faturamento Real, Folha de Pagamentos e Número de Empregados) é feito por meio de três categorias de análise: i) mês atual em relação ao mês anterior; ii) mês atual em relação a igual mês do ano anterior; iii) acumulado ao longo dos meses no ano, em relação ao acumulado nos mesmos meses do ano anterior. Cada categoria analisada possui quatro níveis de agregação: i) o mais amplo inclui todo Comércio Varejista da RMR; ii) Comércio em Geral, sem a presença das concessionárias de veículos; iii) Grandes Segmentos; iv) Ramos. COMÉRCIO EM GERAL Bens De Consumo Duráveis Móveis e Decorações Utilidades Domésticas Cine-foto-som e Óticas Informática Bens De Consumo Semiduráveis Vestuário Tecidos Livrarias e Papelarias Calçados Bens De Consumo Não Duráveis Supermercados Combustíveis Farmácias e Perfumarias Comércio Automotivo Concessionárias de Veículos Autopeças e Acessórios MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO PESQUISA CONJUNTURAL DO COMÉRCIO RELATÓRIO MENSAL DA PESQUISA CONJUNTURAL DO COMÉRCIO VAREJISTA DA RMR FECOMÉRCIO-PE Rua do Sossego, 264, Cep: 50050-540 Boa Vista, Recife, Pernambuco Tel.: (81)3231.5393 / 3221.6226 Fax: (81) 3423.3024 Presidente - Josias Silva de Albuquerque INSTITUTO EMPRESÁRIO OSCAR AMORIM DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL Centro de Pesquisa Supervisão - Lailze Santos Coordenação - Urbano da Nóbrega Consultores AD HOC - José Fernandes de Menezes e Luiz Kehrle Pesquisadoras: Adriana Mendes e Marcos André E-mail: pesquisa@fecomercio-pe.com.br ou pesquisafecomercio-pe@hotmail.com Tiragem: 500 Exemplares / Projeto Gráfico: André Marinho