Agrupamento de Escolas D. António Taipa - Freamunde REGULAMENTO DO PLANO DE APOIO TUTORIAL

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Transcrição:

- Freamunde REGULAMENTO DO PLANO DE APOIO TUTORIAL

ÍNDICE Nota introdutória I - Objeto do apoio tutorial II - Âmbito de aplicação 2.1 Apoio tutorial específico 2.2 Apoio tutorial geral III - Princípios do apoio tutorial IV - Perfil do professor tutor V - Competências do professor tutor 5.1 Apoio tutorial específico 5.2 Apoio tutorial geral VI - Perfil do aluno tutorando 6.1 Apoio tutorial específico 6.2 Apoio tutorial geral VII - Exclusão do tutorando VIII - Conselho de professores tutores 8.1 Composição 8.2 Competências 8.3 Funcionamento IX - Coordenador dos professores tutores 9.1 Competências X - Operacionalização 10.1 No início do ano letivo 10.2 Ao longo do ano letivo 10.3 No final do ano letivo XI - Avaliação do processo de apoio tutorial 11.1 Objetivo geral 11.2 Objetivos específicos 11.3 Aspetos sobre os quais deve incidir a avaliação 11.4 Intervenientes na avaliação 11.5 Procedimentos 2

NOTA INTRODUTÓRIA De acordo com a legislação em vigor, nomeadamente os Despacho Normativos n.º 1- F/2016, de 5 de abril e n.º 4-A/2016, de 16 de junho, e com os documentos orientadores internos do agrupamento, o apoio tutorial reporta-se a uma dinâmica colaborativa em que intervêm diversos atores (alunos, encarregados de educação, docentes, educação especial / SPO e outros elementos da comunidade educativa e local), com diferentes graus de implicação, de forma a possibilitar o desenvolvimento de estratégias autorregulatórias dos alunos, contribuindo, dessa forma, para a melhoria das aprendizagens e para o desenvolvimento de competências pessoais e sociais dos alunos, atenuando, assim, eventuais situações de insucesso, conflito e/ou abandono escolar. Tendo como pressuposto o contexto físico, cultural e social dos alunos que frequentam a Escola EB2,3 Dr. Manuel Pinto de Vasconcelos e a Escola Secundária D. António Taipa, o tecido contextual apresenta carências que resultam do predomínio de classes sociais baixa e média baixa, nível literário e cultural reduzido e agregados familiares com rendimentos baixos. A par deste contexto, a heterogeneidade da população discente apresenta alguns casos de difícil relacionamento interpessoal, desinteresse pelas atividades escolares, falta de hábitos de trabalho, pouco sentido de responsabilidade, desvalorização da importância da escola e baixas expectativas pessoais e profissionais. Os alicerces deste plano de apoio tutorial têm como pressupostos base: a) Preparar os alunos para a sua autorregulação e levá-los a interiorizar, progressiva e continuamente, uma atitude para a tomada de decisões responsáveis sobre o presente e o futuro na escola; b) Disponibilizar aos alunos uma ação contínua ao longo dos diferentes anos e ciclos de escolaridade; c) Favorecer equitativamente valores da formação cívica a par com a formação académica; d) Envolver os diferentes atores, nomeadamente família, professores, educação especial, psicóloga, comunidade e instituições que intervêm no processo formativo académico; e) Atender às especificidades e singularidade de cada aluno. Realçada a importância e os princípios do apoio tutorial, importa clarificar qual o objetivo do mesmo, o perfil do aluno tutorando, as competências do professor tutor e as atividades a desenvolver no plano de apoio tutorial, bem como aspetos que decorrem deste regulamento. 3

I. Objeto do apoio tutorial Em termos globais, o apoio tutorial visa diminuir os fatores de risco e incrementar os meios de ajuda ao aluno nos domínios da aprendizagem e das condutas pessoal e social, potencializando, assim, o sucesso escolar, o seu bem-estar e a sua integração/adaptação harmoniosa na escola e na vida social e profissional futura. II. Âmbito de aplicação A ação tutorial deve ser disponibilizada, quando necessário e sempre que a escola reúna condições, aos alunos dos diferentes níveis de ensino. 2.1 Apoio Tutorial Específico Nos termos do definido no art.º 12.º do Despacho Normativo n.º 4-A/2016, a implementação da medida de Apoio Tutorial Específico, destina-se aos alunos dos 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico que acumulem duas ou mais retenções ao longo do seu percurso escolar. 2.2 Apoio Tutorial Geral Sempre que a escola reúna condições, a ação tutorial poderá ser disponibilizada a alunos que não se enquadram nas condições acima mencionadas mas que se revelem fundamentais para a promoção do sucesso escolar do aluno. III. Princípios do apoio tutorial Os princípios do apoio tutorial são: O princípio da implicação - Os diferentes atores, nomeadamente, a escola, a educação especial / SPO, a família, a comunidade e as instituições que intervêm no processo educativo, deverão estar implicados, tendo para esse efeito o professor-tutor, em parceria com o diretor de turma, um papel fundamental; O princípio da individualidade e confidencialidade - Atendimento e respeito pela características singulares do aluno, mantendo confidencialidade; O princípio da avaliação - Monitorização / avaliação do processo de ação tutorial, utilizando, para o efeito, uma diversidade de registos escritos. IV. Perfil do professor tutor 4

A figura do professor tutor deve ser entendida como a de um profissional que possa atender aos problemas dos alunos, com capacidade de criar laços de afetividade (empatia) com os alunos e, se necessário, com as famílias. A sua designação pela Diretora deverá ter em conta os seguintes aspetos: a) Ser docente profissionalizado com experiência pedagógica; b) Ter conhecimento da escola e do contexto envolvente, preferencialmente; c) Ter equilíbrio e maturidade psíquica que permitam enfrentar adequadamente os diversos problemas e múltiplas pressões a que se está sujeito num trabalho tão complexo como a ação tutorial; d) Ter facilidade em se relacionar, nomeadamente com os alunos e respetivas famílias. e) Ser coerente, flexível e persistente; f) Acreditar nas capacidades dos alunos a seu cargo para resolver os conflitos e os ajudar a evoluir adequadamente; g) Ter capacidade para proporcionar experiências enriquecedoras e gratificantes para os alunos; h) Ter capacidade de negociar e mediar diferentes situações e conflitos; i) Ter capacidade de trabalhar em equipa; j) Ser capaz de criar pontes com a comunidade enquadrando, caso necessário, apoio externo. V. Competências do Professor Tutor Constituem competências privilegiadas do professor tutor: Reunir nas horas atribuídas com os alunos que acompanha; Recolher informações que propiciem um conhecimento aprofundado das características próprias dos alunos; Acompanhar de forma individualizada o processo educativo do aluno; Facilitar a integração dos alunos na escola e na turma fomentando a sua participação nas atividades; Apoiar os alunos no processo de aprendizagem, nomeadamente na criação de hábitos de estudo e de rotinas de trabalho; Promover a expressão e a definição de objetivos pessoais, a auto avaliação de forma realista e a capacidade de valorizar e elogiar os outros; Procurar implicar os pais e encarregados de educação em atividades de controlo do trabalho escolar e de integração e orientação dos seus educandos; Informar, sempre que solicitado e/ou necessário, os pais/encarregados de educação e os alunos sobre as necessidades e evolução dos alunos, bem como das atividades desenvolvidas; Articular com o Conselho de Turma sobre as necessidades e evolução dos alunos; 5

Aconselhar e orientar no estudo e nas tarefas escolares; Atender às dificuldades de aprendizagem dos alunos para propor, sempre que necessário, eventuais ajustes ao seu percurso escolar; Articular com o Diretor de Turma as atividades educativas necessárias à integração do tutorando; Trabalhar de modo direto e personalizado com os alunos que manifestem um baixo nível de auto estima ou dificuldade em atingirem os objetivos definidos; Esclarecer os alunos sobre as suas possibilidades educativas e os percursos de educação e formação disponíveis; Contribuir para o sucesso educativo e para a diminuição do abandono escolar, conforme previsto no Projeto Educativo da Escola; Facilitar a cooperação educativa entre o Diretor de Turma e os pais /encarregados de educação dos alunos. VI. Perfil do aluno tutorando 6.1 Apoio Tutorial Específico Alunos dos 2.º e 3.º ciclos que, ao longo do seu percurso escolar, acumulem duas ou mais retenções. 6.2. Apoio Tutorial Geral O perfil do aluno tutorando deverá enquadrar-se nos seguintes pontos: a) Aluno com dificuldades de orientação e integração entre pares, turma/escola; b) Aluno com persistência de comportamentos perturbadores; c) Aluno em risco de abandono escolar ou absentismo; d) Aluno oriundo de ambiente familiar desestruturado; e) Aluno referenciado pela CPCJ por qualquer uma das problemáticas referidas anteriormente. Compete ao conselho de turma apresentar uma proposta de alunos tutorandos à direção, que apreciará a sua fundamentação e pertinência, tendo em conta o perfil acima referido. No apoio tutorial, o tutorando deve envolver-se no processo, desde o início, com vontade e empenho. Neste sentido, deve atender às seguintes obrigações: a) Ser assíduo e respeitador; b) Contribuir para criar uma relação de confiança e lealdade com o tutor; c) Ter uma atitude ativa, participada e responsável; 6

d) Ser curioso e trabalhador; e) Aceitar conselhos e pô-los em prática; f) Demonstrar vontade de melhorar; g) Expressar dúvidas, dificuldades, problemas e receios que o afetam. VII. Exclusão do tutorando 1. A exclusão devidamente fundamentada apenas pode ocorrer no plano tutorial geral e deve ser comunicada à direção e ao Encarregado de Educação. 2. O aluno deve ser retirado do plano de tutoria por indicação do conselho de turma quando: a) O tutorando não cumpra com as obrigações estipuladas no ponto anterior; b) O conselho de turma considere não haver mais necessidade de usufruir da ação tutorial; c) O tutorando apresente três ou mais faltas injustificadas; d) Exista uma declaração, por escrito, por parte do encarregado de educação. VIII. Conselho de Professores Tutores O Conselho de Professores Tutores - Apoio Geral e Apoio Específico - rege-se pelas seguintes características: 8.1 Composição: É composto por todos os professores tutores da escola, designados anualmente pela diretora do agrupamento; O conselho de professores tutores é presidido por um coordenador, designado pela diretora do agrupamento. 8.2 Competências: Assegurar a articulação e normalização de procedimentos a adotar na tutoria; Definir as atividades de acordo com as informações prestadas pelo Conselho de Turma; Propor e planificar formas de atuação junto dos alunos, pais e encarregados de educação, professores e outras entidades; Aprovar o Regimento do Conselho de Professores Tutores. 8.3 Funcionamento: O conselho de professores tutores reúne, ordinariamente, uma vez no início do ano, e, preferencialmente, uma vez por período; As reuniões têm a duração máxima de duas horas e trinta; 7

As reuniões são convocadas ordinariamente pelo Coordenador em modelo próprio para o efeito e extraordinariamente sempre que o Coordenador julgue apropriado ou por indicação da Diretora; De todas as reuniões serão elaboradas atas que serão lidas e aprovadas nos termos legais. IX. Coordenador dos professores tutores O coordenador dos professores tutores é designado pela diretora do agrupamento, atendendo a uma adequada gestão de recursos. 9.1 Compete ao coordenador dos professores tutores: a) Convocar, coordenar e presidir às reuniões de professores tutores; b) Elaborar um dossiê onde se deverão encontrar: horários e contactos dos docentes que compõem o Conselho; a legislação sobre Apoio Tutorial; o Regulamento do Apoio Tutorial; o regimento do Conselho; minutas e diretrizes do conselho pedagógico e/ou do diretor que digam respeito ao Apoio Tutorial; relatórios trimestrais e de final de ano; cópias das convocatórias e das atas do Conselho. c) Divulgar, junto dos professores tutores, toda a informação necessária ao adequado desenvolvimento das suas competências; d) Planificar, em colaboração com o Conselho de Professores Tutores, as atividades a desenvolver anualmente; e) Colaborar com os professores tutores na implementação dos PIAT (Planos Individuais de Apoio Tutorial); f) Monitorizar a aplicação do PIAT (Plano Individual de Apoio Tutorial); g) Identificar necessidades de formação no âmbito da tutoria; h) Apresentar à Diretora um relatório crítico, anual, do trabalho desenvolvido. X. Operacionalização 10.1. No início do ano letivo Diagnóstico da situação de cada aluno; Recolha de informações de dados relevantes sobre: a) história escolar e familiar; b) características pessoais (interesses, motivações, «estilo» de aprendizagem, adaptação familiar e social, integração no grupo-turma); c) problemas e inquietudes; d) necessidades educativas. 8

Elaboração de um horário de atendimento sistemático aos alunos nas horas atribuídas e informação ao EE. 10.2. Ao longo do ano letivo Análise do desempenho afetivo e cognitivo do aluno em articulação com o diretor de turma e com o conselho de turma; Análise das ocorrências dos alunos; Registo, em documento próprio, do trabalho realizado com os alunos; Acompanhamento específico nos momentos críticos do quotidiano escolar do aluno (testes). 10.3. No final do ano letivo Avaliação do trabalho desenvolvido durante o ano letivo. XI. Avaliação do processo de ação tutorial 11.1. Objetivo geral Aferir o contributo da implementação do Plano de Apoio Tutorial para a diminuição do insucesso e a integração plena dos alunos na comunidade escolar. 11.2. Objetivos específicos Fazer a monitorização do projeto; Verificar o grau de consecução do projeto; Verificar a adequabilidade às necessidades inicialmente detetadas; Verificar a adaptação ao público em questão; Verificar a adequabilidade das atividades e dos meios envolvidos aos resultados esperados; Redefinir estratégias; Reorientar e introduzir ajustamentos no projeto. 11.3. Aspetos sobre os quais deve incidir a avaliação Sobre o próprio problema (absentismo, indisciplina,...); Sobre os objetivos definidos; Sobre as metodologias, estratégias e as atividades que possam decorrer da implementação do Projeto; 9

Sobre os resultados obtidos pelos alunos envolvidos, ao nível das atitudes, do comportamento em geral e do sucesso na aprendizagem. 11.4. Intervenientes na avaliação Os alunos; O D.T./ Conselho de Turma; O Professor Tutor; O Conselho de Professores Tutores; A Educação Especial / SPO; O Conselho Pedagógico; O Encarregado de Educação; Outros (de acordo com as circunstâncias, por ex: assistentes sociais, ). 11.5. Procedimentos A avaliação do Plano de Ação Tutorial será feita ao longo do ano, culminando na perceção do desenvolvimento integral do aluno tutelado, nas vertentes social, afetiva e cognitiva. Trimestralmente, os alunos e os tutores fazem a avaliação do trabalho desenvolvido. O Coordenador dos Professores Tutores, através da análise dos dados recolhidos, elabora o relatório final a entregar à Diretora e a dar conhecimento aos Conselho Pedagógico e Conselho Geral. 10