ES Espírito Santo Sínteses Estaduais Objetivos de Desenvolvimento do Milênio
ES CE Espírito Santo Expediente Sínteses Estaduais: Objetivos de Desenvolvimento do Milênio Edição 2010 Tiragem 1000 exemplares Elaboração Observatório Regional Base de Indicadores de Sustentabilidade - ORBIS Av. Comendador Franco n. 1341 Jardim Botânico Curitiba PR - CEP 80215-090 Fone: (41) 3271-7817 Fax: (41) 3271-7515 www.portalodm.com.br orbis@orbis.org.br www.orbis.org.br
APRESENTAÇÃO Os 8 Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), detalhados em metas e indicadores, constituem o compromisso dos 191 países presentes à Assembléia Geral da ONU de 2000, incluindo o Brasil, de trabalharem para um mundo pacífico, justo e sustentável. Esta publicação apresenta breve análise sobre a situação dos Indicadores de Desenvolvimento do Milênio em todos os Estados, com a finalidade de apoiar processos locais de promoção dos ODM. Informações relativas a todos os municípios brasileiros poderão ser obtidas no Portal ODM (www.portalodm.com.br).
Acabar com a fome e a miséria Em 1991, o Estado tinha 52% de sua população vivendo com renda familiar menor que ½ salário mínimo, passando para 26%, em 2008, o que significa uma redução de 51%. Mesmo assim, são 874 mil pessoas na condição de pobreza. Percentual de pessoas abaixo da linha da pobreza e da indigência - 2008 74,4% Participação dos 20% mais pobres e 20% mais ricos na renda do estado - 2008 57,1% 17,3% 8,3% 3,6% 74,4% - renda familiar acima de ½ salário mínimo 17,3% - renda familiar entre ½ e 1 /4 de salário mínimo 8,3% - renda familiar menor que 1 /4 de salário mínimo Fonte: IBGE - PNAD Nota: Linha da pobreza: renda familiar menor que ½ salário mínimo. Linha da indigência: renda familiar menor que 1 /4 de salário mínimo. Percentual de pessoas abaixo da linha da pobreza por município - 2000 Fonte: IBGE - PNAD A participação da população com renda domiciliar per capita situada entre os 20% mais pobres aumentou de 2,6%, em 1991, para 3,6%, em 2008. Apesar dessa melhoria a renda dos 20% mais ricos é ainda 16 vezes maior que a dos 20% mais pobres. Entre 1999 e 2008, o Estado reduziu em 7,5 vezes seus indicadores de desnutrição de crianças menores de 2 anos, passando de 7,2% para 1%. Percentual de crianças desnutridas menores de 2 anos - 1999-2008 Número de municípios Até 15% 2 de 15% a 30% 18 de 30% a 50% 49 de 50% a 70% 8 mais de 70% 0 Sem dados disponíveis 1 Fonte: IBGE - Censo Demográfico - 2000 Fonte: Ministério da Saúde - SIAB/ Datasus REDUZIR PELA DE, ATÉ 2015, A PROPORÇÃO DA POPULAÇÃO COM RENDA ABAIXO DA LINHA DA PROBREZA. 26% 1991 52% 2008 26% ALCANCE DA MELHORIA 51% % ALCANÇADO 102%
Garantir ensino fundamental de qualidade para todos Em 2008, 4% das crianças de 7 a 14 anos não estavam frequentando o ensino fundamental. Entre os jovens de 15 a 17 anos, apenas 59,8% concluíram o ensino fundamental; destes, 52% frequentavam ensino médio; 10% não concluíram o fundamental e pararam de estudar. Taxa de frequência e conclusão no ensino fundamental e médio do estado - 1991/2008 96,0 82,9 59,8 52,0 23,4 18,6 7 a 14 anos frequência no ensino fundamental 15 a 17 anos conclusão do ensino fundamental 15 a 17 anos frequência no ensino médio Fonte: IBGE - Censo Demográfico / PNAD A distorção idade-série eleva-se à medida que se avança nos níveis de ensino. Entre alunos do ensino fundamental, 22% estão com idade superior à recomendada, chegando a 29% a distorção entre os do ensino médio. índice de desenvolvimento da educação básica, escolas estaduais (anos finais) - 2007 Distorção idade-série no ensino fundamental e médio - 2008 22% 29% na série Fonte: Ministério da Educação - INEP Número de Notas municípios menor que 3,0 3 entre 3,0 e 3,9 45 entre 4,0 e 4,9 29 entre 5,0 e 6,6 1 Sem dados disponíveis 0 Fonte: Ministério da Educação - IDEB O Índice De Desenvolvimento Da Educação Básica - IDEB avalia a qualidade do ensino numa variação de 0 a 10. Entre os alunos da 4.ª série do fundamental, o índice passou de 4,2, em 2005, para 4,6, em 2007. Nas escolas particulares, as notas se apresentaram, em média, 54% maiores que nas públicas. Entre os alunos da 8.ª série, o índice, em 2007, era de 4,0 e a distância entre particulares e públicas ainda maior, 69%. GARANTIR QUE, ATÉ 2015, TODAS AS CRIANÇAS, DE AMBOS OS SEXOS, TERMINEM O ENSINO FUNDAMENTAL. OBS: O INDICADOR DO PAINEL REFERE-SE AOS JOVENS DE 15 A 17 ANOS QUE CONCLUIRAM OU FREQUENTAM O ENSINO FUNDAMENTAL 100% 1991 56% 2008 90% =38% ALCANCE DA DE MELHORIA 28% 78% % ALCANÇADO 56% 90%
Promover a igualdade entre os sexos e a valorização da mulher Não há disparidade entre meninos e meninas no acesso à educação no período considerado. Meninas de 18 a 24 anos de idade, em 2008, tinham, em média, 10,1 anos de estudo, 3,6 anos a mais que as da geração de 1991 e 1,3 anos a mais que os meninos na mesma faixa etária. Participação da mulher no emprego formal remunerado e diferença salarial entre homens e mulheres por níveis de escolaridade 1990/2008 34 39 59 69 50 68 55 65 62 58 Fonte: Ministério da Saúde - Rais A participação da mulher no mercado de trabalho formal aumentou de 34,4%, em 1990, para 39,5%, em 2008. O percentual do rendimento feminino em relação ao masculino passou de 74,8%, em 1990, para 82,5%, em 2008. Mas, essa diferença fica mais acentuada entre aquelas com escolarização de nível superior: sua remuneração representa 58% da recebida pelos homens. Percentual de mulheres exercendo mandatos públicos - 2008 Percentural de mulheres exercendo Mandatos públicos - 2000/ 2004/ 2008 12 10 8 8 8 8 9 10 Número de municípios 6 4 2 1 0 Fonte: TSE 2008 Fonte: TSE nenhuma 32 até 15% 28 de 15% a 30% 14 de 30% a 50% 4 mais de 50% Sem dados disponíveis 0 A participação feminina na política está muito longe de ser a ideal. Em 2008, 10% eram candidatas no Estado, mas apenas 10% dos municípios tiveram prefeitas eleitas. Mulheres exercendo mandatos de vereadora representam apenas 9% dos assentos ocupados. ELIMINAR A DISPARIDADE ENTRE OS SEXOS EM TODOS OS NÍVEIS DE ENSINO. ANOS DE ESTUDO, CONSIDERANDO A FAIXA ETÁRIA DE 18 A 24 ANOS. IGUAL FEMININO 10,1 ANOS MASCULINO 8,8 ANOS ALCANCE DA MELHORIA 55% ALCANCE ATINGIDO
Reduzir a mortalidade infantil A taxa de mortalidade de crianças menores de 5 anos, entre 1994 e 2008, passou de 33 óbitos a cada 1 mil nascidos vivos para 17, o que representa uma redução de 49%. A meta é chegar a pelo menos 11. Em 2008, 52% dos óbitos de menores de 1 ano ocorreram nos primeiros 6 dias de vida e 18% entre 7 e 27 dias; e entre 28 dias e 12 meses: 30%. Estima-se que, no Estado, 76,4% dos óbitos infantis não foram registrados (RIPSA, 2006). Taxa de Mortalidade em menores de 5 anos (a cada 1 mil nascidos vivos)- 1994-2008 Fonte: Ministério da Saúde / Datasus A redução da mortalidade infantil depende de ações preventivas como a imunização de doenças infectocontagiosas. Em 2008, 97,4% das crianças menores de um ano estavam com carteira de vacinação em dia. Taxa de mortalidade infantil de menores de 5 anos de idade, a cada 1 mil nascidos vivos, por município 2005-2007 Número de municípios nenhum 0 até 15 16 de 15 a 30 52 de 30 a 50 10 mais de 50 0 fonte: Ministério da Saúde - Datasus fonte: Ministério da Saúde - Datasus percentual de crianças de até 1 ano com carteira de vacinação em dia - 1999/2008 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 93 A redução da mortalidade infantil contribui para que a expectativa de vida ao nascer aumente. Em 1991, ao nascer, uma criança tinha a expectativa de viver, em média, 64,2 anos; em 2008, subiu para 74,0 anos. 97 Fonte: Ministério da Saúde SIAB / Datasus REDUZIR EM DOIS TERÇOS, ATÉ 2015, A MORTALIDADE DE CRIANÇAS MENORES DE 5 ANOS. 11 1994 33 2008 17 ALCANCE DA MELHORIA 49% % ALCANÇADO 73%
Melhorar a saúde materna Em 2008, a taxa de mortalidade materna, no Estado, era de 54,2 mortes a cada 100 mil nascidos vivos. Óbito materno é aquele decorrente de complicações na gestação, geradas por aborto, parto ou puerpério (até 42 dias após o parto). Estima-se que, no Brasil, 29% dos óbitos maternos não foram registrados (RIPSA, 2006). taxa de mortalidade materna (a cada 100 mil nascidos vivos) 1996-2008 fonte: Ministério da Saúde - Datasus taxa de mortalidade materna (a cada 1 mil nascidos vivos) 2002-2007 Entre 1996 e 2008, houve aumento de 21% nos óbitos maternos. No entanto, só esforços planejados possibilitarão a redução dos óbitos aos 11,2 previstos pela meta. Uma a cada cinco crianças nascidas vivas foi concebida por mãe adolescente, em 2008, representando 19%.. Número de municípios nenhuma 31 até 20 0 de 20 a 50 13 de 50 a 100 20 mais de 100 14 Proporção de crianças nascidas de mãe adolescente -2008 Mãe adolescente fonte: Ministério da Saúde - Datasus fonte: Ministério da Saúde - SINASC REDUZIR EM TRÊS QUARTOS, ATÉ 2015, A TAXA DE MORTALIDADE MATERNA. 11,2 1996 44,9 2008 54,2 ALCANCE DA AUMENTO 21% % ALCANÇADO 0%
Combater a Aids, malária e outras doenças A estabilização do número de óbitos por Aids deve-se, principalmente, ao aumento da sobrevida dos pacientes pela eficiência dos medicamentos e sua distribuição; mas, como o número de novos casos é maior que o de óbitos, há um aumento gradual do número de portadores da doença. número de casos de aids registrados no estado por ano de diagnóstico e sexo - 1990-2007 800 700 600 feminino masculino 500 400 300 200 100 0 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Fonte: Ministério da Saúde - Datasus Distribuição da incidência de casos de aids registrados no estado por ano de diagnóstico - 2005-2007 De 1990 a 2007, foram 7.291 casos de Aids diagnosticados; desses, em 1990, 19,6% eram mulheres; porém, em 2007, esse percentual passou a 41,4%. Na faixa etária de 15 a 24 anos, elas representam 3,6% dos casos do Estado. Como o indicador avalia o ano estimado de contágio, existe a probabilidade de serem registrados novos casos no decorrer dos próximos anos e, em consequência, podendo aumentar ainda mais o número de casos a partir de 2004. Número de municípios nenhum 7 de 1 a 9 52 de 10 a 99 14 de 100 a 499 5 500 ou mais 0 fonte: Ministério da Saúde - Datasus Quanto às doenças transmitidas por mosquitos, foram registrados no Estado, em 2008, 25.879 casos, dentre os quais confirmados 116 de malária, 0 de febre amarela, 79 de leishmaniose e 25.684 notificações de dengue. A hanseníase - doença infecciosa causada por bactéria que afeta a pele e nervos periféricos - teve prevalência de 3,02 a cada 10 mil habitantes em 2006. ATÉ 2015, TER DETIDO E REVERTIDO A PROPAGAÇÃO DO HIV/AIDS. DECRÉSCIMO 2006 647 2007 642 ALCANCE DA DECRÉSCIMO 1%
Promover a qualidade de vida e o respeito ao meio ambiente Em 2008, 100% dos municípios do Estado declararam ter observado, com frequência, ocorrências impactantes no meio ambiente nos últimos 24 meses. Desses, 23% alegam que a alteração ambiental afetou as condições de vida da população. Percentual de Municípios que declararam observar, com frequência, ocorrências impactantes no meio ambiente nos últimos 24 meses, segundo o tipo de ocorrência - 2008 74% 58% 82% 29% 38% 62% 69% 29% 17% - Projetos na agricultura 15% - Projetos na pecuária 44% Fonte: IBGE - Perfil Municipal Em 2008, o percentual de moradores sem acesso à rede geral de abastecimento, com canalização em pelo menos um cômodo, era de 18%, indicando redução de 51% em relação a 1991, superior à meta estipulada. No mesmo período, os domicílios sem rede de esgoto adequada (rede geral ou fossa séptica) passaram de 49% para 29%, representando redução de 41%. moradores em domicílios urbanos sem acesso a um dos serviços essenciais, superlotados ou ocupação não segura - 2008 19% dos moradores urbanos do Estado não possuem ao menos um dos itens abaixo: 2% 18% 1,7% 24% 0% 6% Fonte: IBGE - PNAD Dos moradores em domicílios urbanos particulares permanentes, 24% viviam com mais de dois moradores por dormitório e 6% não possuíam ocupação segura de sua moradia (proprietário ou inquilino). REDUZIR À DE, ATÉ 2015, A PROPORÇÃO DA POPULAÇÃO SEM ACESSO SUSTENTÁVEL A ÁGUA POTÁVEL. 19% 1991 37% 2008 18% ALCANCE DA MELHORIA 51% ALCANCE ATINGIDO
Ter todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento O Objetivo 8 contempla um conjunto de metas e indicadores sobre relações entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Para os cidadãos, governos, sociedade civil, empresas e organizações sociais, este objetivo é um convite à ação pela sustentabilidade do planeta, à parceria e ao trabalho em busca de melhorias na qualidade de vida de todos. O Objetivo 8 também clama pela promoção do acesso às tecnologias da informação e da comunicação, pela criação de redes de conhecimento e por ações educativas para a comunidade. O importante é o engajamento e o trabalho em rede. A soma de pequenas ações pode fazer uma grande diferença e mudar o mundo. O Portal ODM é um exemplo de disponibilização de acesso a tecnologias da informação e da comunicação. Acessando www.portalodm.com.br o usuário encontra informações e análises sobre os 5.565 municípios brasileiros. Por meio do site Cidade Democrática, acessível também no Portal ODM, pessoas e organizações podem se expressar e se mobilizar para a construção de uma sociedade cada vez melhor, criando ou apoiando propostas para solucionar problemas de uma cidade. Outro exemplo importante é o Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade. Criado em 2004 pelo Governo Federal, PNUD e por representantes da sociedade civil e do setor privado, o Movimento é uma iniciativa apartidária e ecumênica para conscientizar e mobilizar a sociedade civil e os governos para o alcance, até 2015, dos 8 Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Faça parte do Movimento Nós Podemos do seu Estado! www.nospodemos.org.br Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade
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