AS EMPRESAS LIGADAS AO TURISMO REATIVARAM CONTRATAÇÕES, GERANDO EMPREGOS EM ABRIL. Gráfico 1. Variação Mensal do Emprego no Turismo

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Transcrição:

AS EMPRESAS LIGADAS AO TURISMO REATIVARAM CONTRATAÇÕES, GERANDO 2.477 EMPREGOS EM ABRIL De acordo com pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o setor do turismo encerrou abril com a abertura de 2.477 novos empregos. O resultado interrompeu a sequência negativa de fevereiro e março (-3.032 no total). Ao mesmo tempo, contribuiu para a formação do saldo positivo de 2.762 no 1º quadrimestre de 2018. Gráfico 1 Variação Mensal do Emprego no Turismo 6.000 4.000 2.000 0-2.000-4.000-2.887-1.374 102 4.001 4.347 3.319 3.266-2.348 3.317-675 -2.357 2.477 Fonte: Caged. Elaboração: DE-CNC. O número de abril expõe a mudança do desempenho das atividades do turismo no curto prazo, revertendo a tendência de destruição de vagas nos segmentos ligados ao setor. Além disso, refletem a recuperação do setor, ainda que gradual. Na passagem de março para abril, excetuando cultura e lazer (-72), todos os grupos das atividades do turismo revelaram crescimento, salientando as contratações em restaurantes e similares. No corrente ano, as demissões líquidas nos segmentos de hotéis e similares, assim como nos serviços ligados à cultura e lazer, atividades ligadas às necessidades secundárias, refletem os ajustes das empresas diante do mercado consumidor desaquecido. Convém destacar que os sinais de recuperação da economia em relação à crise são mais evidentes. Da mesma maneira para os segmentos do turismo. Em 12 meses (abril18/abril17), a contratação de mão de obra no setor foi de 11.188, aproximadamente 4,0% do emprego gerado no País (283.118). Em abril do ano passado, apesar de o turismo ter gerado emprego (1.470), no fechamento do 1º quadrimestre o saldo foi negativo (8.426). A crise se apresenta de forma mais profunda quando se compara abril/17 com abril/16 e verifica-se que as demissões atingiram 64.478 pessoas no setor. 1

Quadro 1 Segmentos do Turismo 2017 2018 MÊS NO ANO EM 12 MESES dez 2017 abr 2018 abr 2018 abr 2018 dez 2016 mar 2018 dez 2017 abr 2017 Hospedagem e alimentação 3.710 599-625 17.701 Hotéis e similares -613-1.320-4.589 889 Restaurantes e similares 4.323 1.919 3.964 16.812 Transportes de passageiros -14.473 1.702 3.938-7.568 Ferroviário -1.012 166 383-331 Rodoviário -17.938 1.050-77 -13.936 Marítimo 163 44 39 174 Aéreo 1.066-20 -366 1.569 Locadoras de Veículos 3.248 462 3.959 4.956 Agentes de viagens 1.579 248 1.069 1.901 Cultura e lazer -1.014-72 -1.620-846 Serviços culturais -866 12-115 -773 Outros serviços de lazer -148-84 -1.505-73 Total Turismo -10.198 2.477 2.762 11.188 Fonte: Caged. Elaboração: DE-CNC No mês de abril/18, o emprego no turismo registrou maior volume nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, enquanto no Sul a situação aconteceu o contrário. No 1º quadrimestre, essas regiões também foram as que mais geraram emprego. Na comparação entre abril/18 e abril/17, excetuando o Norte, as demais regiões registraram acréscimo do emprego. Quantitativamente, o emprego em São Paulo sobressai diante do resto do País por apresentar o maior PIB e ser o estado mais populoso. Nessa última base de comparação, Piauí (4,3%), Goiás (3,2%), Maranhão (1,8%), Ceará (1,7%), São Paulo (1,7%) e Mato Grosso (1,5%) acumularam as maiores taxas de emprego. Os estados que ainda não conseguiram reverter o saldo negativo da movimentação de mão de obra localizam-se acima do Sudeste. O emprego no turismo do Rio de Janeiro é um caso à parte. A situação da economia levou ao fechamento de 12.757 empregos (-3,1%), em virtude da pouca capacidade do governo de realizar investimentos e da onda de violência, que acaba por afastar o turista. 2

Quadro 2 UNIDADES DA FEDERAÇÃO 2017 2018 MÊS NO ANO EM 12 MESES dez 2017 abr 2018 abr 2018 abr 2018 dez 2016 mar 2018 dez 2017 abr 2017 Brasil -10.198 2.477 2.762 11.188 Norte -1.671-36 -253-604 Rondônia 26 110-4 146 Acre -164 24-107 -267 Amazonas 193-173 -46 287 Roraima 43 35 55 78 Pará -1.794-87 -319-1.099 Amapá 195 11 133 219 Tocantins -170 44 35 32 Nordeste -316 1-2.260 3.142 Maranhão 272 201 189 546 Piauí 596-11 143 877 Ceará 846-26 -510 1.318 Rio Grande do Norte -112-62 -356-136 Paraíba -93 61 108 48 Pernambuco -552 155 181 1.211 Alagoas 40-106 -327-159 Sergipe 10-9 -83-37 Bahia -1.323-202 -1.605-526 Sudeste -10.852 2.403 6.129 3.302 Minas Gerais 125 402-539 416 Espírito Santo 245 61 317 652 Rio de Janeiro -19.396-872 -2.893-12.757 São Paulo 8.174 2.812 9.244 14.991 Sul 1.378-1.041-4.203 2.748 Paraná 1.410 622 911 1.200 Santa Catarina 1.252-1.469-4.041 1.295 Rio Grande do Sul -1.284-194 -1.073 253 Centro-Oeste 1.379 1.150 3.349 2.716 Mato Grosso do Sul -554 170 466-400 Mato Grosso 239 190 566 514 Goiás 2.007 227 848 2.463 Distrito Federal Fonte: Caged. Elaboração: DE-CNC -313 563 1.469 139 3

Gráfico 2 Transporte passageiro 805.175 Serviços culturais e outros serv 73.565 Aluguel de transporte 67.741 Agentes de viagem 70.716 Alimentação e hospedagem 1.909.371 Fonte: Caged. Elaboração: DE-CNC. Em abril/18, o emprego no turismo brasileiro totalizava 2.926.568 pessoas. O setor organizava-se com preponderância nos segmentos de alimentação e hospedagem (65,2%) e nos diversos meios de transporte de passageiros (27,5%). Nos demais segmentos, a participação é bem menor, com 7,2% do total. Somente os dois primeiros grupos de atividades respondem por 92,7% da ocupação da mão de obra nos diversos segmentos turísticos. A concentração do emprego reflete o interesse das pessoas pelo consumo de viagens, hospedagem e alimentação fora do domicílio, principalmente. Para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as atividades turísticas vêm reduzindo perdas em 2018. Após cair 6,5% em dezembro do ano passado, a taxa da variação acumulada em 12 meses do volume de receita real das empresas do setor vem crescendo gradativamente. A tendência é de manutenção da trajetória, sem se determinar a partir de quando as taxas serão positivas. 4

Gráfico 3 Volume das Atividades Turísticas -Iatur Variação Acumulada 12 meses 0-1 -2-3 -4-5 -6-4,5-4,2-4,6-5 -5-5,3-5,5-5,9-6,5-5,8-5,5-5,2-7 Fonte: IBGE. O saldo da conta turismo do Balanço de Pagamentos no 1º quadrimestre deste ano registrou aumento do déficit (de US$ 2,18 Bi para US$ 2,49 Bi) por causa do aumento superlativo (41%) das despesas dos brasileiros lá fora (de US$ 2,97 Bi para US$ 4,04 Bi), enquanto as receitas dos gastos de turistas estrangeiros aumentaram somente 6,55% (de US$ 1,60 Bi para US$ 1, 71 Bi). A recente elevação cambial desvalorizando o real (pela cotação oficial o dólar subiu 10,95% de 25 de janeiro a 30 de abril) poderá resultar no redirecionamento de parte do dispêndio das famílias com viagens internacionais para viagens domésticas, incrementando o volume de vendas das atividades turísticas. Conclusões e perspectivas Em abril, os sinais de melhora da atividade econômica e dos setores relacionados ao turismo se evidenciaram pelo aumento do emprego no turismo, o que permite inferir ter havido relativo aumento das vendas, principalmente no turismo rodoviário e em restaurantes e similares. No geral, embora tímido, o crescimento do emprego refletiu a recuperação de alguns segmentos importantes. Até pouco tempo atrás, as perspectivas de reativação da produção econômica eram favoráveis, face à intensificação do consumo nos serviços, graças ao crescimento do mercado de trabalho e à inflação baixa. Isso moldava um cenário de consumo mais intenso em relação às necessidades não essenciais. A greve dos caminhoneiros e a escassez de combustíveis, ocorridas por 11 dias no mês de maio, podem modificar a tendência no curto prazo, na medida em que haverá pressões sobre a formação de novos preços, caso dos produtos alimentícios, por exemplo. 5

Para citar alguns prejuízos, as companhias aéreas foram severamente atingidas pela greve. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), os prejuízos diários do setor chegaram a R$ 50 milhões, com mais de 270 voos sendo cancelados. Além disso, as medidas de resolução da situação, tomadas pelo governo, afetarão o equilíbrio inicial da economia. Esses acontecimentos certamente interferirão nas decisões de gastos das famílias, deixando-as cautelosas com relação aos gastos com turismo. 6