MEMORIAL DESCRITIVO REFORMA E ADEQUAÇÃO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PT02 : Reforma Elétrica PT02 Cliente: Serviço Autônomo de Água e Esgoto SAAE LRV CNPJ: 01.377.043/0001-53 Endereço da obra: Anel Viário, Chácara próximo ao Rio Verde, Zona Rural Município: Lucas do Rio Verde - MT Resp. técnico: Engº Eletricista e de Segurança do Trabalho Márcio Daneluz RNP: 2508217999
Rev. 00 Página 2 de 11 1. OBJETIVO O objetivo desse memorial é apresentar e descrever as adequações das instalações elétricas de baixa tensão para atendimento a um poço de captação de água de propriedade do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Lucas do Rio Verde (SAAE). As instalações encontram-se no Anel Viário, Chácara próximo ao Rio Verde, Zona Rural, Lucas do Rio Verde - MT. Este memorial estabelece condições técnicas mínimas exigidas que deverão ser obedecidas ao serem executados as adequações elétricas de modo a atender as condições necessárias dos consumidores, levando-se em conta as normas brasileiras e da concessionária de energia local. 2. CONTEÚDO As partes gráficas dos desenhos juntamente com este memorial descritivo, especificações técnicas, dimensionamentos e quadros de cargas são parte integrante das exigências para a reforma, não devendo ser considerados separadamente. 3. CRITÉRIOS DE CÁLCULOS E NORMAS TÉCNICAS O projeto foi concebido observando-se as Normas Técnicas: NDU 002 Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Primária; ABNT NBR 5410 Instalações Elétricas de Baixa Tensão; NR 10 Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade. 4. METODOLOGIA Os procedimentos utilizados para elaboração deste trabalho foram vistorias no local e registros fotográficos das patologias encontradas. Efetuados os registros e verificações elaborou-se o presente laudo apontando as inconformidades e as soluções que deverão ser adotadas.
Rev. 00 Página 3 de 11 5. CONSTATAÇÕES 5.1. Local: Entrada de Energia A alimentação elétrica da edificação é feita em média tensão 13,8kV, baixa tensão 127/220V, através de um (1) circuito trifásico com condutores de fase/ neutro de 95mm², com isolação em XLPE 0,6/1KV 90 C, disjuntor tripolar de 225A, Icc 40kA em 220V, tipo caixa moldada. As instalações internas para tomadas e interruptores serão de sobrepor, através de eletrodutos de aço carbono zincado eletroliticamente. Para instalações externas, utilizar eletroduto de PVC flexível 3/4" dispostos a uma profundidade mínima de 0,30m do solo. Foto 1: PT 02 5.1.1. Patologias: a) Para-raio de Média Tensão danificado (foto 02); b) Quadro de medição com pontos de ferrugem (foto 03 e 04); c) Isolação do cabo da fase A danificada na entrada do disjuntor geral (foto 05). 5.1.2. Causas prováveis: Descarga atmosférica na rede de média tensão; Falta de manutenção.
Rev. 00 Página 4 de 11 5.1.3. Aspectos Fotográficos: Foto 2: Para raio de média tensão danificado Foto 3: Vista frontal - Quadro medição
Rev. 00 Página 5 de 11 Foto 4: Detalhe ferrugem no quadro de medição Foto 5: Isolação danificada no cabo de fase A 5.1.4. Parecer Técnico do Signatário: (Item a ) Proceder a substituição dos três para raios de Média Tensão com o intuito de garantir a devida proteção do transformador contra descargas atmosféricas; (Item b ) Os pontos de ferrugem devem ser tratados e receber uma pintura esmalte na mesma cor existente;
Rev. 00 Página 6 de 11 (Item c ) O cabo de entrada com a isolação danificada deve ser substituído por outro com as mesmas características elétricas (Geral) Todas as partes metálicas da instalação deverão ser aterradas. O quadro do disjuntor geral precisa ser limpo, ter as conexões reapertadas, devem ser coladas nas tampas avisos de Cuidado Eletricidade com a especificação da tensão de 220V. 5.2. Local: Abrigo do quadro de comando da bomba 5.2.1. Patologias: a) Emenda de cabos exposta (foto 06 e 07); b) Terminal do cabo da fase B danificado (foto 08); c) Cabo de entrada de energia com isolação danificada (foto 09); d) Cabo de aterramento do quadro com cor inadequada (foto 10); e) Fiação interna desorganizada (foto 11 e12); f) Cabo de saída do soft starter fase B na cor verde (foto13); g) Disjuntor de entrada com capacidade superior ao do cabo; h) Sistema de ventilação sem filtro. 5.2.2. Causas prováveis: Instalações inadequadas; Falta de manutenção. 5.2.3. Aspectos Fotográficos: Foto 6: Emenda de cabos expostas
Rev. 00 Página 7 de 11 Foto 7: Detalhe emenda dos cabos expostas Foto 8: Terminal danificado do cabo da fase B Foto 9: Cabo de entrada com isolação danificada
Rev. 00 Página 8 de 11 Foto 10: Cabo de aterramento com cor inadequada Foto 11: Fiação desorganizada Foto 12: Fiação desorganizada
Rev. 00 Página 9 de 11 Foto 13: Cabo de saída da Soft starter fase B na cor verde Foto 14: Sistema de ventilação sem filtro 5.2.4. Parecer Técnico do Signatário: (Item a ) A emenda dos cabos deverá ser acondicionada devidamente em uma caixa de passagem metálica 30x30x10cm de sobreposta, as emendas devem ser revisadas para certificar a conexão adequada e a isolação deve ser refeita; (Item b ) Substituir o conector danificado por outro conector de 35mm²; (Item c ) Efetuar o reparo através de fita isolante adequada nos cabos danificadas; (Item d ) Os condutores de aterramento devem ser da cor verde ou sem isolação;
Rev. 00 Página 10 de 11 (Item e ) Deverá ser reorganizada a fiação de força e comando contidos internamente ao quadro, utilizar canaletas de PVC perfura com tampa para acondicionar os condutores; (Item f ) A cor verde é exclusiva para sistema de aterramento, contudo, por se tratar de cabo PP, utilizar fita isolante de cor preta para cobrir a superfície do isolante onde for visível; (Item g ) Substituir o disjuntor de 175A por outro, tipo caixa moldada, de 120A pois o condutor utilizado (35mm²) não suporta tal corrente; (Item h ) Deverá ser instalado veneziana e filtro no sistema de ventilação do quadro; (Geral) Instalar multimedidor e registrador de grandezas elétricas trifásico no painel frontal do quadro, juntamente com os transformadores de corrente no seu interior. Todas as partes metálicas da instalação deverão ser aterradas. Os quadros de comando precisam ser limpos, ter as conexões reapertadas, os cabos devidamente organizados através de abraçadeiras e canaletas, ter os circuitos identificados. Todas as emendas em caixas de passagem e conduletes deverão ser verificadas e refeitas caso necessário. Na parte externa, instalar quatro refletores LED de 50W (um em cada face do abrigo dos quadros) através de eletroduto galvanizado sobreposto. 6. OBSERVAÇÕES GERAIS A empresa dever manter atualizado o diagrama unifilar das instalações elétricas conforme preconiza o subitem 10.2.3 da NR10; A função de neutro e proteção das cargas deve ser realizada por condutores independentes a partir da subestação. 7. CONCLUSÃO Os problemas aqui relatados deverão ser sanados o mais rápido possível seguindo as recomendações feitas ao longo deste trabalho. As instalações deverão ser revisadas por pessoal técnico qualificado para que possíveis pontos semelhantemente não conformes sejam corrigidos. É recomendada a manutenções periódicas nos quadros de
Rev. 00 Página 11 de 11 distribuição/comando com intuito de evitar aquecimento indevido de componentes e acúmulo de poeira. 8. ENCERRAMENTO O presente Laudo de Vistoria Técnica vai, digitado em 11 (onze) Laudas, todas rubricadas pelo Engenheiro Eletricista Márcio Daneluz e a última assinada pelo mesmo. Lucas do Rio Verde (MT), 25 de outubro de 2017. Márcio Daneluz Engenheiro Eletricista e de Segurança do Trabalho CREA SC99079-2