1 FACULDADE DO SUL DA BAHIA FASB CURSO DE ENGENHARIA CIVIL AMANDA FERNANDES RIBEIRO DIEGO CARDOSO LIMA FABIO LOPES RODRIGUES VICTOR AUGUSTO SOUZA SANTOS UTILIZAÇÃO DA FOSSA SÉPTICA COM SUMIDOURO NA CONSTRUÇÃO CIVIL TEIXEIRA DE FREITAS 2011
2 AMANDA FERNANDES RIBEIRO DIEGO CARDOSO LIMA FABIO LOPES RODRIGUES VICTOR AUGUSTO SOUZA SANTOS UTILIZAÇÃO DA FOSSA SÉPTICA COM SUMIDOURO NA CONSTRUÇÃO CIVIL Trabalho apresentado como requisito parcial para aprovação no 1º bimestre, do 2º semestre, do curso de Engenharia Civil, na disciplina: Projeto Integrador, sob a orientação do Profº Rodrigo Loreto. TEIXEIRA DE FREITAS 2011
3 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 04 2 JUSTIFICATIVA... 06 3 PROBLEMA... 07 4 QUESTÕES NORTEADORAS... 08 5 OBJETIVOS... 09 5.1 GERAL... 09 5.2 ESPECÍFICOS... 09 6 REFERENCIAL TEORICO... 10 7 CRONOGRAMA... 13 8 METODOLOGIA... 14 8.1 VANTAGENS DO USO DA FOSSA SÉPTICA... 14 8.2 DESVANTAGENS DO USO DA FOSSA SÉPTICA... 15 9 REFERENCIAS... 16
4 1 INTRODUÇÃO Fossas sépticas são câmaras convenientemente construídas para reter os despejos domésticos (de cozinhas, lavanderias domiciliares, lavatórios, vasos sanitários, bidês, banheiros, chuveiros, mictórios, ralos de piso de compartimentos interiores, etc.) e/ou indústrias (temperatura, cor, turbidez, sólidos, teor de matéria orgânica, metais e etc.), por um período de tempo especificamente estabelecido, de modo a permitir sedimentação dos sólidos e retenção do material graxo contido nos esgotos, transformando-os bioquimicamente, em substâncias e compostos mais simples e estáveis. Elas são unidades de tratamento primário de esgoto doméstico nas quais são feitas a separação e a transformação físico-química da matéria sólida contida no esgoto. É uma maneira simples e barata de disposição dos esgotos indicada, sobretudo, para a zona rural ou residências isoladas. Todavia, o tratamento não é completo como numa Estação de Tratamento de Esgotos. O esgoto in natura deve ser lançado em um tanque ou em uma fossa para que com o menor fluxo da água, a parte sólida possa se depositar, liberando a parte líquida. Uma vez feito isso bactérias anaeróbias agem sobre a parte sólida do esgoto decompondo-o. Esta decomposição é importante, pois torna o esgoto residual com
5 menor quantidade de matéria orgânica, pois a fossa remove cerca de 40 % da demanda biológica de oxigênio e o mesmo agora pode ser lançado de volta à natureza, com menor prejuízo à mesma. Nos locais não servidos por rede coletora pública de esgotos, os esgotos das residências e demais edificações aí existentes, deverão ser lançados em um sistema de fossa séptica e unidades de disposição final de efluentes líquidos no solo, dimensionados e operados conforme normas NBR 7229 e NBR 13969. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e o Abastecimento, a agricultura de base familiar reúne 14 milhões de pessoas, mais de 60% do total de agricultores, e detém 75% dos estabelecimentos agrícolas no Brasil. É comum nessas propriedades o uso de fossas rudimentares (fossa "negra", poço, buraco, etc.), que contaminam águas subterrâneas e, obviamente os poços de água, os conhecidos poços caipiras. Assim, há a possibilidade de contaminação dessa população, por doenças veiculadas pela urina, fezes e água como hepatite, cólera, salmonelose e outras.
6 2 JUSTIFICATIVA Como destacado por CARNEIRO et al (2001), a construção civil é considerada uma das atividades que mais geram resíduos e alteram o meio ambiente, em todas as suas fases, desde a extração de matérias-primas, até o final da vida útil da edificação. JOHN (1996) salienta que os valores internacionais para o volume do entulho da construção e demolição oscilam entre 0,7 e 1,0 toneladas por habitante/ano. De acordo com a pesquisa Saneamento e Saúde, do Instituto Trata Brasil as respostas relativas a seus filhos caçulas indicam que as principais vítimas da falta de esgoto são as crianças de 1 a 6 anos, que morrem 32% mais quando não dispõem de esgoto coletado. Ainda segundo a pesquisa, outra vitima preferencial da falta de esgoto são as gravidas, pois a falta de coleta e tratamento de esgoto aumenta 30%, a chance de terem filhos nascidos mortos. Segundo o BNDES, no Brasil, 65% das internações hospitalares de crianças menores de 10 anos estão associadas à falta de saneamento básico. No caso dos adultos, essas doenças impactam diretamente na ausência do trabalho.
7 3 PROBLEMA Há probabilidade de sanear o esgoto, através da fossa séptica, para conseqüente devolução ao solo?
8 4 QUESTÕES NORTEADORAS Preservar o meio ambiente? Favorecer famílias de baixa renda? Prevenir doenças causadas por micróbios? Coadjuvar localidades sem o tratamento de esgoto?
9 5 OBJETIVOS 5.1 GERAL Apresentar uma proposta de construção de uma fossa séptica com sumidouro de modo que favoreça a sustentação e preservação do meio ambiente como alternativa à localidades sem rede de saneamento básico. 5.2 ESPECIFICO Apresentar um projeto da fossa séptica com a implementação do sumidouro, para o tratamento da água do esgoto produzido pelas residências.
10 6 REFERENCIAL TEÓRICO O setor da construção civil vem se caracterizando como um dos principais poluidores e causadores de impactos ambientais (SILVA, SILVA e AGOPYAN 2001). Segundo a pesquisa nacional de saneamento básico do IBGE (2000) existem, de 9 848 municípios, 5751 que não tem acesso ao a rede coletora de esgoto e este é o responsável por mais de 100 tipos de doenças dentre elas cólera, amebíase, vários tipos de diarréia, peste bubônica, lepra, meningite, pólio, herpes, sarampo, hepatite, febre amarela, gripe, malária, leptospirose e Ebola. No Brasil, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) 50% da população não tem coleta de esgoto em suas casas e aproximadamente 80% do esgoto coletado tem como destino as águas dos rios e, sem nenhum tratamento. A fossa séptica é um dispositivo de tratamento de esgotos destinado a receber a contribuição de um ou mais domicílios e com capacidade de dar aos esgotos um grau de tratamento compatível com a sua simplicidade e custo. (JORDÃO, EDUARDO PACHECO, PESSOA, CONSTANTINO ARRUDA, 2009). São instalações que atenuam a agressividade das águas servidas. Existem vários tipos de fossas, alguns já patenteados. Fisicamente consistem basicamente em uma caixa impermeável onde os esgotos domésticos se depositam. As fossas sépticas têm a função de separar e transformar a matéria sólida contida nas águas
11 de esgoto, descarregando-a no terreno, onde o se completará o tratamento. (Cássio Guilherme, Feliciano, 2008) Os prejuízos ao meio ambiente surgem desde a produção dos materiais empregados na construção civil até a quantidade de resíduos resultantes desse processo que compromete a qualidade ambiental em que vivemos (CIB, 2000). O volume da fossa pode ser calculada pela seguinte expressão: V=1000 + N.(C.T+ K.Lf), podem ser considerados os seguintes ítens para esse calculo... Contribuição= 130 l/pessoa.dia Período de detenção= 1 dia Taxa de acum. de lodo digerido=65 dias Contribuição de lodo fresco= 1 litro/pessoa.dia V=1000+ 50(130x1 + 65x1)= 10.750 litros. (ENG. VITOR HUGO TERRES, 2008) Fossas sépticas são benfeitorias complementares às moradias. São tanques enterrados, que recebem os esgotos (dejetos e águas servidas), retêm a parte sólida e deflagram o processo biológico de purificação da parte líquida (efluente). Para que o processo biológico de purificação esteja completo e os riscos de contaminação eliminados, é preciso que esses efluentes sejam infiltrados no solo. (LUCIMAR TUNES LEITE, 2006) É uma alternativa para casas localizadas em locais que não têm sistema público de coleta e tratamento de esgotos. Um sistema eficiente e completo deve contar também com caixas de gordura, filtros anaeróbicos e sumidouros. Embora cada caso exija uma solução específica, basicamente a construção de um sistema de tratamento de esgotos funciona da seguinte maneira: A água que vem da cozinha
12 passa por uma caixa de gordura, onde esta fica retida pelo anteparo (chicana) evitando o entupimento da tubulação e o sobre carregamento da fossa. A água que vem dos banheiros vai direto para a fossa, onde os compostos orgânicos se decantam (vão para o fundo), as espumas e gorduras ficam boiando na superfície e os microorganismos, principalmente as bactérias, liberam enzimas que destróem os germes e coliformes fecais. (FONTE: REVISTA ARQUITETURA & CONSTRUÇÃO - ABR/99.)
13 7 CRONOGRAMA ATIVIDADES / MÊS ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO 1 LEVANTAMENTO DE LITERATURA X X X X X X X 2 ELABORAÇÃO DO PROJETO X X 3 APRESENTAÇÃO DO PROJETO X 4 REVISÃO DE PROJETO X X X X 5 TESTE COM O PROTOTIPO 6 ANÁLISE DOS RESULTADOS 7 ELABORAÇÃO DO TRABALHO FINAL 8 ENTREGA DO TRABALHO Tabela 01
14 8 METODOLOGIA Teremos o auxilio de dados bibliográficos adquiridos por meio de pesquisas na internet, livros e revista, que servirão como fonte para o desenvolvimento deste projeto. Este projeto trata-se de um estudo minucioso sobre uma forma sustentável de tratar o esgoto domestico, já que a água usada nas atividades domésticas pode causar sérios problemas tanto ao meio ambiente quanto à saúde das pessoas. O esgoto doméstico pode ser tratado com relativa facilidade antes de ser lançado no ambiente. 8.1 VANTAGENS DO USO DA FOSSA SÉPTICA Segundo a DKO (Sistemas de Fossa Séptica e Filtro), NaturalTec (Tratamento de Água) e a ABNT (NBR-7229 de março de 1982, que é revisão da NB-41): a) a solução transitória para o problema de esgotos sanitários de pequenas comunidades, é a utilização de fossas sépticas, seguida de infiltração no terreno através de sumidouro ou de valas de infiltração quando a capacidade de infiltração do terreno permite tal solução;
15 b) São equipamentos que funcionam normalmente sem gasto de energia, por gravidade. O filtro anaeróbio é uma tecnologia conhecida, eficiente e robusta, capaz de obter reduções substanciais redução de DBO. c) preserva o lençol freático; d) evita a procriação de insetos; e) evita odores; f) evita doenças veiculadas a falta de saneamento básico; 8.2 DESVANTAGENS DO USO DA FOSSA SÉPTICA De acordo CHERNICHARO (1997): a) as bactérias anaeróbias são susceptíveis à inibição por um grande número de compostos; b) possibilidade de geração de maus odores, porém controláveis; c) possibilidade de geração de efluente com aspecto desagradável;
16 9 REFERÊNCIAS ALENCAR, J. Biogás: energia do meio rural para o meio rural. Coronel Pachecco: EMBRAPA-CNPGL, em 1980, 11f. IBGE. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 1989. Rio de Janeiro: 1992 Manual de Saneamento. Fundação Serviços de Saúde Pública. Ministério da Saúde, 2ª edição. Rio de Janeiro: 1991 Sanambietal - A educação ambiental e a informação como instrumento de proteção e desenvolvimento sustentável. http://sanambiental.blogspot.com/2008/10/fossas-spticas.html JMCPRL Recursos documentais e gráficos para técnicos de prevenção. Fossas sépticas. http://www.jmcprl.net/publicaciones/f05/fosaseptica.pdf Desentupimentos. Funcionamento das fossas sépticas. http://desentupimentos365.com/funcionamento-das-fossas-septicas.html UFPR Universidade Federal do Paraná. Avaliação dos aspectos ambientais dos materiais de construção civil. http://www.ppgcc.ufpr.br/dissertacoes/d0002.pdf DKO Sistema de Fossa Séptica e Filtro
17 http://www.dko.com.br/arquivos_internos/index.php?abrir=como_funciona PPEA Projeto de Educação ambiental http://www.cabv.com.br/detec/dimensionamento- Fossas%20S%C3%A9pticas/Dimensionamento-Fossas%20S%C3%A9pticas.pdf IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico. 2000. http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/pnsb/esgotament o_sanitario/esg_sanitario46.shtm UC Universidade de Coimbra. Saneamento ambiental na periferia da cidade de Santana do Cariri/CE http://www.uc.pt/fluc/cegot/vislagf/actas/tema3/maria_socorro SABESP Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo http://www.economiabr.net/economia/3_saneamento_basico.html Prevenção ambiental e tecnologias limpas http://www.aquaflot.com.br/artigos/sistmas_de_tratamento_e_disposi o_de_esgoto s_dom_sticos.pdf NaturalTec Tratamento de Água http://www.naturaltec.com.br/tratamento-agua-fossa-filtro.html