PROGRAMA BNDES-exim PÓS-EMBARQUE SUPPLIER CREDIT REGULAMENTO



Documentos relacionados
Produto BNDES Exim Pós-embarque Normas Operacionais. Linha de Financiamento BNDES Exim Automático

Produto BNDES Exim Pós-embarque Normas Operacionais. Linha de Financiamento BNDES Exim Automático

A sistemática dos financiamentos sujeitos à TJ-462 será a mesma vigente para a TJLP, inclusive no que se refere à:

Normas Operacionais. Linha de Financiamento BNDES Exim Automático

PROGRAMA BNDES-EXIM PÓS-EMBARQUE PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS

REGULAMENTO A CONCESSÃO E MANUTENÇÃO DE EMPRÉSTIMO SIMPLES AOS PARTICIPANTES E ASSISTIDOS DO PLANO BENEFÍCIO PREV-RENDA.

CIRCULAR Nº Art. 2º Esta Circular entra em vigor na data de sua publicação. Este texto não substitui o publicado no DOU e no Sisbacen.

CIRCULAR N Art. 4º Esta Circular entra em vigor na data de sua publicação. Beny Parnes Diretor

Regulamento da Carteira de Empréstimo - Antecipação do Abono Anual

CARTA-CIRCULAR N 17/2003. Rio de Janeiro, 20 de maio de Ref.: FINAME AGRÍCOLA BNDES AUTOMÁTICO. Ass.: Linha Especial de Financiamento Agrícola

REGULAMENTO DE EMPRÉSTIMO

A NOVA REGULAMENTAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS

A seguir são definidos os critérios, condições e procedimentos operacionais a serem observados no Programa.

BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL - BNDES. CIRCULAR AEX Nº 007/2015, de 22 de junho de 2015.

REGULAMENTO DO MERCADO DE CÂMBIO E CAPITAIS INTERNACIONAIS TÍTULO : 1 - Mercado de Câmbio CAPÍTULO : 11 - Exportação SEÇÃO : 1 - Disposições Gerais

1 BNDES. 1. ENCAMINHAMENTO DA OPERAÇÃO AO BNDES. A operação poderá ser encaminhada ao BNDES por meio de FRO Consulta ou Consulta Prévia.

ANEXO III TRANSAÇÕES SEM CARTÃO PRESENTE

Ass.: Programa BNDES para o Desenvolvimento da Indústria Nacional de Software e Serviços de Tecnologia da Informação BNDES Prosoft - Comercialização

Financiamento e Garantia às Exportações Um guia rápido aos exportadores brasileiros

Resumo do Regulamento de Utilização do Cartão American Express Business

a) constituição e retorno de capitais brasileiros no exterior e de capitais estrangeiros no País;

RESOLVEU: I - probidade na condução das atividades no melhor interesse de seus clientes e na integridade do mercado;

Este regulamento está em vigor a partir do 11/07/2007 (inclusive) substituindo e cancelando o anterior

REGULAMENTO DE EMPRÉSTIMO A PARTICIPANTE DO PLANO DE BENEFICIO CEBPREV.

BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL - BNDES. CIRCULAR AEX Nº 002/2015, de 30 de janeiro de 2015.

REGULAMENTO DE EMPRÉSTIMO PESSOAL

REGULAMENTO PARA CONCESSÃO DE EMPRÉSTIMO SIMPLES - CV

REGULAMENTO PARA OPERACIONALIZAÇÃO DA VENDA DE CONTRATO DE OPÇÃO DE COMPRA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS N.º 005/04

DELPHOS INFORMA CONSELHO CURADOR DO FUNDO DE COMPENSAÇÃO DE VARIAÇÕES SALARIAIS RESOLUÇÃO Nº 133, DE 26 DE ABRIL DE 2002

ANEXO XV DIRETRIZES PARA CONTRATAÇÃO DE SEGUROS DE RESPONSABILIDADE DA CONCESSIONÁRIA

CARTA CONJUNTA SUP/AC 019/2012 SUP/AOI 242/2012. Rio de Janeiro, 04 de outubro de 2012

CARTA-CIRCULAR Nº I - as corretoras autorizadas a operar em cambio possam intermediar contratos de cambio simplificado de exportação; e

PORTARIA DETRO/PRES. Nº 1088 DE 17 DE SETEMBRO DE 2012.

TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO - APLUBCAP TRADICIONAL 16 MODALIDADE TRADICIONAL - PAGAMENTO ÚNICO

ÂMBITO E FINALIDADE SERVIÇO DE EMPRÉSTIMO DE VALORES MOBILIÁRIOS

CIRCULAR Nº Altera o Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais (RMCCI).

Este regulamento está em vigor a partir do 11/07/2007 (inclusive) substituindo e cancelando o anterior

Ass.: Programa de Apoio à Aquisição de Bens de Capital Usados BK USADOS

INSTRUÇÃO CVM Nº 51, DE 09 DE JUNHO DE 1986.

REGULAMENTO DO MERCADO DE CÂMBIO E CAPITAIS INTERNACIONAIS TÍTULO : 1 - Mercado de Câmbio CAPÍTULO : 12 - Importação SEÇÃO : 1 - Disposições Gerais

PROGRAMA DE FINANCIAMENTO ÀS EXPORTAÇÕES PROEX

CIRCULAR N I - Cópia do Regulamento do Fundo; II - Cópia do registro, na CVM, de distribuição de quotas.

4. O cadastramento a que se refere o item anterior deve ser efetuado concomitantemente à abertura da conta.

II - operação de crédito com vínculo a exportação (securitização de exportações); e

RESOLUÇÃO N Art. 2º. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3º. Revogar a Resolução nº 1.848, de

REGULAMENTO. Capítulo 1º. Definições:

REGULAMENTO PARA OPERACIONALIZAÇÃO DA OFERTA DE SUBVENÇÃO AO PRÊMIO DO SEGURO RURAL-SPSR N.º 006/04

ANEXO AO REGULAMENTO DO PROGREDIR

TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO

CIRCULAR Nº Art. 3º Divulgar as folhas anexas, necessárias à atualização da CNC. - Carta-Circular 2.201, de 20 de agosto de 1991;

PARCELAMENTO ORDINÁRIO PORTO ALEGRE

Resumo do Contrato de seu Cartão de Crédito do HSBC

Este documento objetiva a apresentação de nosso voto relativamente ao assunto em epígrafe, acompanhado da respectiva justificativa.

NORMAS PARA SOLICITAÇÃO, USO E PRESTAÇÃO DE CONTAS DE RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS DO FUNDECITRUS

Mercado de Câmbio. Mercado de câmbio é a denominação para o mercado de troca de moedas.

POLÍTICA DE CRÉDITO E COBRANÇA: nº 03/2012 de 01/06/2012

CONDIÇÕES GERAIS CONFIANÇA CAP

INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONTRATO DE EMISSÃO DE FIANÇA E OUTRAS AVENÇAS

TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO APLUBCAP ECO 2.1 MODALIDADE DADE INCENTIVO PAGAMENTO ÚNICO CONDIÇÕES GERAIS

CONDIÇÕES GERAIS DO PÉ QUENTE BRADESCO PESSOA JURÍDICA

CONDIÇÕES GERAIS DO BRADESCO SOLUÇÃO DE ALUGUEL

RESOLUÇÃO Nº 752, DE 26 DE AGOSTO DE 2015

O mútuo, objeto deste contrato, será concedido conforme condições que se seguem:

CNPJ: / MODALIDADE: TRADICIONAL PROCESSO SUSEP Nº: / WEB-SITE:

MINISTÉRIO DA FAZENDA Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional PORTARIA PGFN N 643, DE 1º DE ABRIL DE 2009

CIRCULAR N Documento normativo revogado pela Circular nº 3.280, de 9/3/2005. Art. 1º Regulamentar os seguintes normativos:

Termo Aditivo ao Contrato de Abertura, Movimentação e Manutenção de Conta de Depósito à Vista Adesão a Serviços de Liquidação Cetip

Anexo I à Circular SUP/AGRIS nº 04/2015-BNDES, de Produto BNDES Microcrédito PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS

RESOLUÇÃO N Parágrafo 2º. A garantia de que trata este artigo não é extensiva à caderneta de poupança rural.

INSTRUTIVO N.08/99. de 21 de Maio

TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO APLUBCAP POPULAR 510 MODALIDADE POPULAR PAGAMENTO ÚNICO CONDIÇÕES GERAIS SOCIEDADE DE CAPITALIZAÇÃO: APLUB CAPITALIZAÇÃO S. A.

VERITAE TRABALHO PREVIDÊNCIA SOCIAL SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO LEX. FGTS Débitos Dos Empregadores Regularização Procedimentos

Produtores rurais de arroz, pessoa física ou jurídica, com sede e administração no país, inclusive cooperativas.

renda fixa Certificado de Depósito Bancário

Programa BNDES de Sustentação do Investimento BNDES PSI Subprograma Exportação Pré-Embarque NORMAS OPERACIONAIS PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS

Termos e Condições Adesão ao PROGRAMA SOMMA

Ass.: Programa BNDES de Apoio ao Fortalecimento da Capacidade de Geração de Emprego e Renda BNDES Progeren

REGULAMENTO DO PROGRAMA ITAUCARD BUSINESS REWARDS

Resumo do Contrato de seu Cartão de Crédito Instituto HSBC Solidariedade

1. DO OBJETO 2. DA DIVULGAÇÃO

CONTRATO 035/2014 CLÁUSULA PRIMEIRA DO OBJETO

CONDIÇÕES GERAIS DO CAP FIADOR I INFORMAÇÕES INICIAIS. SOCIEDADE DE CAPITALIZAÇÃO: Brasilcap Capitalização S.A. CNPJ: / II GLOSSÁRIO

Submódulo 1.1 Adesão à CCEE. Módulo 6 Penalidades. Submódulo 6.2 Notificação e gestão do pagamento de penalidades

Ass.: Programa de Financiamento a Caminhoneiros - PROCAMINHONEIRO

ESTADO DE SERGIPE PREFEITURA MUNICIPAL DE ARACAJU Secretaria Municipal de Governo LEI COMPLEMENTAR N.º 64/2003 DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003

NOVAS REGRAS DE OPERAÇÕES CAMBIAIS IMPORTAÇÃO, EXPORTAÇÃO E REEXPORTAÇÃO DE MERCADORIAS

Cobrança Itaú. Conheça como funciona o serviço de protesto de títulos.

RESOLUÇÃO Nº 4.000, DE 25 DE AGOSTO DE 2011

Ass.: Programa para o Desenvolvimento da Indústria Nacional de Software e Serviços de Tecnologia da Informação PROSOFT Comercialização

Edital de Credenciamento 003/2012

MINISTÉRIO DA FAZENDA PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL

CAPÍTULO V FUNDO DE GARANTIA

PDF created with pdffactory trial version

RESOLUÇÃO Nº V - devolução de cheques pelo Serviço de Compensação de Cheques e Outros Papéis - SCCOP, exceto por insuficiência de fundos;

LEI , DE 29 DE DEZEMBRO DE

MANUAL DE NORMAS CERTIFICADO REPRESENTATIVO DE CONTRATO MERCANTIL DE COMPRA E VENDA A TERMO DE ENERGIA ELÉTRICA

Ass.: Programa BNDES de Incentivo à Armazenagem para Empresas e Cooperativas Cerealistas Nacionais BNDES Cerealistas

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

28. Câmbio. 1. Escrituração. 2. Disponibilidades em Moedas Estrangeiras

Transcrição:

PROGRAMA BNDES-exim PÓS-EMBARQUE Julho/2002 SUPPLIER CREDIT REGULAMENTO 1. OBJETIVO Apoiar a comercialização, no exterior, dos bens indicados na Relação de Produtos Financiáveis aprovada pelo BNDES e/ou serviços, observada a legislação que disciplina o financiamento à exportação. 2. BENEFICIÁRIA Empresa exportadora de bens e/ou serviços, constituída sob as leis brasileiras e que tenha sede e administração no País, incluindo trading company e empresa comercial exportadora. 3. MODALIDADE OPERACIONAL Refinanciamento à Beneficiária, mediante o desconto de títulos de crédito (notas promissórias ou letras de câmbio) ou a cessão dos direitos creditórios (cartas de crédito) relativos à exportação. 4. ÍNDICE DE NACIONALIZAÇÃO Os bens cuja comercialização seja financiada, no âmbito deste Programa, deverão apresentar índice de nacionalização, em valor, igual ou superior a 60% (sessenta por cento), segundo critérios do BNDES. 5. CONDIÇÕES DA OPERAÇÃO 5.1. Participação do BNDES O nível de participação será de até 100% (cem por cento) do valor da exportação, no INCOTERM constante do Registro de Operações de Crédito (RC) do SISCOMEX Sistema Integrado de Comércio Exterior, a critério do BNDES. 5.2. Prazo O prazo do financiamento a ser concedido pelo exportador ao importador não poderá ultrapassar 12 (doze) anos. O prazo ajustado deverá constar do RC. -1-

5.2.1. Nas operações de exportação de bens, o prazo do financiamento deverá ser contado a partir da data de embarque, podendo, excepcionalmente, ser definida outra data, a critério do BNDES. 5.2.2. No caso de exportação de serviços, o termo inicial para contagem do prazo do financiamento será definido pelo BNDES em função das características da operação. 5.3. Valor da Liberação O valor a ser liberado será apurado mediante a aplicação da taxa de desconto mencionada no item 5.4 abaixo aos títulos de crédito ou cartas de crédito, observada a fórmula de cálculo apresentada no Anexo 1. O valor apurado será convertido em moeda corrente nacional pela taxa, para compra, do dólar dos Estados Unidos da América, disponível no SISBACEN - Sistema de Informações Banco Central (transação PTAX-800, opção 5), correspondente ao dia útil imediatamente anterior à data de liberação dos recursos e vigente para o dia dessa liberação. 5.4. Encargos 5.4.1.Taxa de Desconto: LIBOR correspondente ao prazo do financiamento concedido pelo exportador ao importador, disponível no SISBACEN (transação PTAX-800, opção 9), acrescida do Spread do BNDES de, no mínimo, 1% (um por cento) ao ano. Nas operações de bens será utilizada a LIBOR vigente na data de embarque, podendo, excepcionalmente, ser definida outra data, a critério do BNDES. Nas operações de serviços a data de referência da LIBOR será definida pelo BNDES em função da análise da operação. Nas operações beneficiadas pelo Sistema de Equalização do Programa de Financiamento às Exportações - PROEX, poderá ser aplicado, a critério do BNDES, redutor na taxa de desconto. 5.4.2. Comissão de Administração: devida pela Beneficiária ao Banco Mandatário 1 pelos serviços de administração e de cobrança dos títulos de crédito ou direitos da carta de crédito, no montante equivalente a até 1% (um por cento) flat sobre o valor liberado, devendo ser retida pelo Banco Mandatário na data do repasse dos recursos à Beneficiária. 1 BANCO MANDATÁRIO: não assume o risco de crédito da operação. É o responsável pela análise da documentação, repasse de recursos à Beneficiária, cobrança, fechamento do câmbio e liquidação da operação, entre outras obrigações. -2-

5.4.3.Spread do Agente Financeiro 2 : devido pela Beneficiária ao Agente Financeiro pela assunção do risco da operação, no percentual negociado entre essas partes e aprovado pelo BNDES, incidente flat sobre o valor liberado, devendo ser retido pelo Agente Financeiro na data do repasse dos recursos à Beneficiária. 5.4.4.Comissão de Compromisso: devida pela Beneficiária ao BNDES em razão do comprometimento firme dos recursos do refinanciamento, no caso de a Beneficiária solicitar a emissão de Certificado de Compromisso ou na hipótese de o cronograma de liberação da operação ser superior a 12 (doze) meses. A cobrança desta comissão será dividida em duas etapas: antes e após a formalização da operação junto ao BNDES, sendo devida no montante equivalente a 0,5% (cinco décimos por cento) ao ano, incidente sobre: a) o total do crédito aprovado para a operação, calculada pro rata die no período compreendido entre a data de emissão do Certificado de Compromisso e a data de sua validade, devendo ser paga como condição prévia para o recebimento do referido Certificado; b) o saldo não utilizado do total do crédito contratado para a operação, calculada pro rata die a partir da data da formalização da operação até a utilização integral do crédito ou o cancelamento da operação, devendo ser retida pelo BNDES nas datas de liberação de recursos. 5.4.5.O BNDES poderá estabelecer outros encargos financeiros, a seu exclusivo critério. 5.5. Condições Especiais para Operações de Serviços Nas operações de exportação de serviços de construção civil e engenharia, deverão ser observadas as seguintes condições especiais: a) a participação de bens de consumo e de capital de origem brasileira no total das exportações objeto do financiamento deverá ser igual ou superior a 40% (quarenta por cento), podendo ser incluída, para a composição desse percentual, a depreciação de equipamentos nacionais novos que estejam sendo temporariamente exportados para uso exclusivo no projeto; b) poderá ser incluída, no orçamento do projeto referente a parcela dos serviços, 100% (cem por cento) da depreciação dos equipamentos nacionais usados, temporariamente exportados, considerado o período de sua utilização na obra; e 2 AGENTE FINANCEIRO: instituição financeira sediada no Brasil garantidora da operação e que assume, ainda, as atribuições pertinentes ao BANCO MANDATÁRIO. -3-

c) não poderá ser incluída, no valor a ser financiado, a parcela de gastos a serem efetuados no país do importador (gastos locais). A definição pelo BNDES de outras condições, bem como da modalidade de apoio (supplier credit ou buyer credit), ocorrerá em função das características da operação. 6. GARANTIAS E SEGUROS 6.1. Os títulos de crédito (notas promissórias ou letras de câmbio) deverão ser garantidos por: a) aval ou fiança bancária de: i) estabelecimentos de crédito ou financeiros sediados no exterior, com limite de crédito aprovado pelo BNDES; ou ii) instituições sediadas no exterior autorizadas a operar no âmbito do Convênio de Pagamentos e Créditos Recíprocos (CCR), da Associação Latino-Americana de Integração ALADI, cumpridas todas as formalidades para reembolso automático; b) Agentes Financeiros que disponham de limite de crédito junto ao BNDES, hipótese na qual os títulos de crédito deverão ser endossados pela Beneficiária ao Agente Financeiro e por este ao BNDES, com direito de regresso; c) seguro de crédito emitido pela Seguradora Brasileira de Crédito à Exportação - SBCE ou por outras seguradoras com limite de crédito aprovado pelo BNDES. 6.2. As cartas de crédito deverão ser emitidas pelas instituições indicadas na alínea a do item 6.1 acima. 6.2.1.Poderá ser aceita carta de crédito aberta por instituição sediada no exterior que não apresente limite de crédito junto ao BNDES, desde que confirmada por Agente Financeiro, no Brasil, consoante as práticas e usos uniformes para créditos documentários. 6.3. Serão admitidas outras garantias ou garantidores, a critério do BNDES. 7. DISPOSIÇÕES APLICÁVEIS AOS AGENTES FINANCEIROS E BANCOS MANDATÁRIOS ( Instituições Financeiras 3 ) 3 Instituição Financeira: refere-se aos BANCOS MANDATÁRIOS e aos AGENTES FINANCEIROS. -4-

Somente as Instituições Financeiras que possuam carteira de câmbio poderão atuar no âmbito deste Programa. A Instituição Financeira que atuar na qualidade de Agente Financeiro do BNDES assumirá integral, irrevogável e incondicionalmente os riscos comercial, político e extraordinário dos refinanciamentos, inclusive quanto às correspondentes obrigações cambiais perante o Banco Central do Brasil. 7.1. Obrigações das Instituições Financeiras 7.1.1.GERAIS a) cumprir, na administração dos recursos deste Programa, todas as obrigações previstas na legislação aplicável, especialmente cambial incluída a aplicação da solicitação de despachos aos respectivos contratos de câmbio mantendo o registro e a contabilização apropriados; b) cumprir, no que couber, as Disposições Aplicáveis aos Contratos do BNDES ; c) cumprir este Regulamento e os Procedimentos Operacionais deste Programa; d) administrar os recursos deste Programa, em nome e por conta do BNDES, segundo as regras ora estipuladas e as instruções expedidas pelo BNDES, atuando diligentemente no desempenho de suas funções, assim como na condução de seus próprios negócios, e conforme as práticas bancárias aplicáveis em casos semelhantes; e e) manter arquivos e registros atualizados de todas as informações e documentos pertinentes à administração dos recursos deste Programa, fornecendo cópias e relatórios, quando solicitados, ao BNDES. 7.1.2.ESPECIAIS: a) encaminhar ao BNDES a documentação prevista nos Procedimentos Operacionais deste Programa para a formalização do refinanciamento e para a liberação de recursos à Beneficiária; b) responsabilizar-se pela conferência dos poderes e abono das assinaturas constantes dos contratos de cessão das cartas de crédito e constantes dos títulos de crédito (avalistas e endossantes), além da regularidade formal desses títulos; -5-

-6- Julho/2002 c) responsabilizar-se, nos refinanciamentos cursados no CCR, pela conferência do código de reembolso, do número SICAP/ALADI dos títulos ou documentos e do registro dos mesmos junto ao Banco Central do Brasil; d) transferir à Beneficiária, ou à sua ordem, os recursos liberados pelo BNDES, até o primeiro dia útil seguinte à data dessa liberação, mantendo no dossiê da operação os comprovantes das transferências efetuadas; e) promover a cobrança dos títulos de crédito ou dos direitos creditórios da carta de crédito, empregando todos os meios exigidos pela legislação aplicável e recomendados pela boa técnica bancária, informando ao BNDES, por escrito, acerca das ações empregadas na cobrança e na recuperação do crédito, quando for o caso; f) receber, em conta-corrente na praça de pagamento dos títulos de crédito ou das cartas de crédito, por conta e ordem do BNDES, todos e quaisquer valores devidos ao BNDES; g) negociar taxas de câmbio com o BNDES ou, se solicitado, encaminhar a documentação necessária ao fechamento de câmbio para outra instituição financeira indicada pelo BNDES, sem ônus para o BNDES; h) efetuar o fechamento de câmbio dos valores recebidos a crédito do BNDES, até o segundo dia útil seguinte à data dos respectivos recebimentos, com exceção dos refinanciamentos cursados no CCR, cujo fechamento de câmbio deverá ocorrer no dia imediatamente anterior à data do vencimento das obrigações financeiras do refinanciamento. Em qualquer hipótese, a transferência dos recursos para o BNDES, convertidos em moeda corrente nacional, deverá ocorrer na data determinada pelo BNDES por ocasião do fechamento de câmbio, sob pena da aplicação do disposto no item 8.1.1; i) encaminhar ao BNDES, em até 10 (dez) dias úteis após a data do fechamento de câmbio, todos os documentos comprobatórios da entrada de divisas no Brasil, tais como o contrato de câmbio e PCAM 450 e outros aplicáveis conforme legislação vigente à época; j) transferir, se assim determinado por escrito pelo BNDES, os valores recebidos conforme alínea f acima para conta em instituição financeira no exterior a ser indicada pelo BNDES, sem ônus para este, expedindo aviso de depósito, na mesma data, o qual deverá discriminar, entre outros, o importador e o valor

depositado, não se aplicando, nesta hipótese, as alíneas g, h e i acima. 7.1.3.APLICÁVEIS SOMENTE AOS BANCOS MANDATÁRIOS a) comprovar a data do recebimento de quaisquer valores a crédito do BNDES, no caso do fechamento do câmbio ocorrer após o segundo dia útil seguinte a data dos respectivos vencimentos; e b) informar ao BNDES, em até 4 (quatro) dias úteis após a data do vencimento da prestação não paga, a ocorrência do inadimplemento financeiro, mediante declaração firmada por seu representante legal, em que constem dados que identifiquem a operação, acompanhada da documentação relativa aos procedimentos de cobrança já efetuados. Poderá o BNDES, a qualquer tempo, instruir o Banco Mandatário a tomar as providências que julgue cabíveis para a recuperação do crédito. 7.1.4.APLICÁVEIS SOMENTE AOS AGENTES FINANCEIROS Quitar junto ao BNDES, na qualidade de Agente Financeiro, os valores referentes às prestações inadimplidas, em até 5 (cinco) dias úteis após os respectivos vencimentos, observados os procedimentos para fechamento e liquidação do câmbio descritos no item 7.1.2 acima, no que couber. 7.2. Equalização Na hipótese de perda do benefício da equalização do PROEX, reserva-se o BNDES o direito de: 7.2.1.reprocessar as liberações de recursos já efetivadas, utilizando a taxa de desconto do refinanciamento acrescida do percentual correspondente à taxa de equalização, devendo a diferença apurada ser reembolsada ao BNDES pelo Banco Mandatário ou pelo Agente Financeiro, conforme o disposto abaixo: a) nas operações realizadas por intermédio de Banco Mandatário, em que a perda de equalização ocorra em razão da não comprovação da entrada de divisas no País, no prazo regulamentar, por fato imputável ao Banco Mandatário, o reembolso ao BNDES da referida perda deverá ser efetuado pelo Banco Mandatário de acordo com o Aviso de Cobrança expedido pelo BNDES; -7-

b) nas operações garantidas por Agentes Financeiros, estes serão responsáveis perante o BNDES pela perda de equalização decorrente do não ingresso de divisas no País, independentemente da razão de sua ocorrência, ou de qualquer fato imputável ao Agente Financeiro, devendo o pagamento dos valores referentes a essa perda ser efetuado conforme Aviso de Cobrança expedido pelo BNDES ou de acordo com o seguinte procedimento: i) a cobrança ao Agente Financeiro das perdas relativas à equalização poderá, a exclusivo critério do BNDES, ser postergada pelo prazo previsto na legislação aplicável para comprovação do ingresso de divisas no País; ii) na hipótese acima, caso o Agente Financeiro efetue a liquidação do câmbio em nome do BNDES ou, se for o caso, da FINAME, no prazo regulamentar para comprovação do ingresso de divisas, de forma a permitir o recebimento integral da equalização pelo BNDES, não serão imputadas quaisquer penalidades. 7.2.2.cobrar do Agente Financeiro ou do Banco Mandatário, conforme o caso, os encargos imputados ao BNDES em razão da não liquidação dos contratos de câmbio, calculados com base na taxa média referencial do SELIC, devendo o pagamento desses encargos ocorrer conforme Aviso de Cobrança expedido pelo BNDES. O pagamento dos valores apurados conforme o item 7.2.1 não isenta o Agente Financeiro ou o Banco Mandatário, conforme o caso, do pagamento dos encargos referidos neste item. 8. Penalidades 8.1. Das Instituições Financeiras: 8.1.1.Inadimplemento Financeiro: na hipótese de inadimplemento de qualquer obrigação financeira da Instituição Financeira, serão aplicadas as seguintes penalidades: i) Pena convencional: 10% (dez por cento) sobre o valor das obrigações inadimplidas, escalonada conforme especificado abaixo: N.º DE DIAS ÚTEIS DE ATRASO PENA CONVENCIONAL 1 1% 2 2% 3 3% 4 4% -8-

5 5% 6 6% 7 7% 8 8% 9 9% 10 ou mais 10% Julho/2002 ii) O saldo devedor vencido, já incorporada a Pena Convencional de até 10% (dez por cento), será remunerado pela taxa de desconto aplicada à operação, acrescida de 7,5% (sete inteiros e cinco décimos por cento) ao ano, e atualizado, quando for o caso, de acordo com o índice constante dos instrumentos jurídicos pertinentes à operação. iii) Juros moratórios: 1% (um por cento) ao ano, incidentes sobre o saldo devedor vencido acrescido da Pena Convencional, calculados dia a dia, de acordo com o sistema proporcional. O termo inicial para a incidência das penalidades por inadimplemento financeiro será: a) o quinto dia útil após a data de vencimento da prestação garantida, caso a Instituição Financeira atue como Agente Financeiro; ou b) o segundo dia útil após a data do pagamento das prestações pelo importador ou garantidor, caso a Instituição Financeira atue exclusivamente como Banco Mandatário; ou c) a data determinada pelo BNDES para liquidação do câmbio, nos termos da alínea h do item 7.1.2. 8.1.2.Inadimplemento Não-Financeiro: Na hipótese de atraso no cumprimento de obrigação não-financeira prevista neste Regulamento ou nos Procedimentos Operacionais deste Programa - especialmente a aplicação da solicitação de despachos aos contratos de câmbio e a apresentação dos documentos comprobatórios da entrada de divisas no País - a Instituição Financeira ficará sujeita a multa de 10% (dez por cento), incidente sobre o valor das prestações a que as obrigações nãofinanceiras se referirem, a partir do dia seguinte ao fixado pelo BNDES para cumprimento de tais obrigações. O pagamento da referida multa deverá ocorrer em 5 (cinco) dias úteis contados da data de emissão do respectivo Aviso de Cobrança encaminhado pelo BNDES. 8.1.3.Impedimento de Realizar Novas Operações -9-

-10- Julho/2002 Verificado o desempenho insatisfatório da Instituição Financeira na condução das operações realizadas no âmbito deste Programa, ou o descumprimento das obrigações previstas neste Regulamento ou nos Procedimentos Operacionais deste Programa, poderá o BNDES declará-la impedida de realizar novas operações com o Sistema BNDES, sem prejuízo da aplicação das demais penalidades cabíveis. 8.1.4.Perdas e Danos A Instituição Financeira responderá, ainda, por perdas e danos, na hipótese de descumprimento das obrigações previstas neste Regulamento ou nos Procedimentos Operacionais deste Programa ou das instruções expedidas pelo BNDES. 8.1.5.Cancelamento do Mandato 8.2. Da Beneficiária: O mandato outorgado ao Banco Mandatário poderá ser cancelado, sem prejuízo das demais sanções previstas neste Regulamento: a) caso o Banco Mandatário não observe, rigorosamente, as normas deste Programa; b) a qualquer momento em que o BNDES, a seu exclusivo critério, julgar que o Banco Mandatário não apresenta condições de cumprir as obrigações constantes neste Regulamento e nos Procedimentos Operacionais deste Programa; a) caso o Banco Mandatário deixe de atender aos padrões de desempenho bancário fixados pelas autoridades monetárias e pelo BNDES. 8.2.1.Na hipótese de inadimplemento de obrigações de qualquer natureza pela Beneficiária, aplicar-se-á o disposto no item 8.1, no que couber; 8.2.2.Na hipótese de operação de serviços, caso seja comprovada pelo BNDES a não observância do percentual mínimo mencionado na alínea a do item 5.5 deste Regulamento, serão suspensas as liberações de recursos referentes ao projeto, se for o caso, podendo o BNDES declarar a Beneficiária impedida de realizar novas operações com o Sistema BNDES. 8.3. Disposição Geral: A omissão do BNDES na aplicação de qualquer penalidade não importará em renúncia dos seus direitos, representando ato de mera liberalidade. A

renúncia do BNDES, quando por escrito, terá aplicação específica, não importando em novação ou renúncia a outros direitos. 9. Disposição Final O disposto neste Regulamento e nos Procedimentos Operacionais deste Programa aplica-se às operações realizadas em nome do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BNDES e da Agência Especial de Financiamento Industrial FINAME. -11-