Astrofísica Geral. Tema 13: Estrelas binárias e variáveis.

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Transcrição:

las binárias e variáveis. Índice 1 Estrelas binárias 2 Variáveis eclipsantes 3 Variáveis pulsantes 4 Binárias em interação 5 Bibliografia 2 / 27

Índice 1 Estrelas binárias 2 Variáveis eclipsantes 3 Variáveis pulsantes 4 Binárias em interação 5 Bibliografia 3 / 27 Tipos de binárias Aproximadamente 50% das estrelas visíveis são binárias ou sistemas múltiplos. Num sistema binário as estrelas orbitam em torno do centro de massa do sistema. Visuais As duas são visíveis Astrométricas Só uma é visível Visualiza-se o movimento Espectroscópicas Só uma é visível Não visualiza-se o movimento Eclipsantes Uma passa na frente da outra 4 / 27

Sistemas múltiplos São conhecidos sistemas de até 7 estrelas! Há várias distribuições possíveis Estrelas binárias de Tatooine, no filme Stars Wars. Diagrama de Móbile mostrando esquemas de sistemas múltiplos. 5 / 27 Sistemas múltiplos Ilustração de HD 98800, um sistema quádruplo composto por 4 estrelas T tauri (estrelas jovens). Há um disco de poeira indicando um sistema planetário em formação. É possível que haja exoplanetas já formados no sistema. 6 / 27

Índice 1 Estrelas binárias 2 Variáveis eclipsantes 3 Variáveis pulsantes 4 Binárias em interação 5 Bibliografia 7 / 27 Eclipses Um verdadeiro laboratório! Massas Raios Velocidades Temperaturas As curvas de luz de um sistema binário eclipsante podem revelar muitos parâmetros importantes do sistema. 8 / 27

Massas das estrelas Determinação precisa de massa Órbitas e Leis de Kepler Distância por paralaxe Relação fundamental: Massa-Luminosidade Relação Massa-Luminosidade de Torres et al 2010, obtida com dados de 95 binárias. 9 / 27 Eclipses Eclipse de um sistema triplo. https://inside.warren-wilson.edu/d collins/ bpersei/bpersei2015eclipse/b_persei2015eclipse.html 10 / 27

Índice 1 Estrelas binárias 2 Variáveis eclipsantes 3 Variáveis pulsantes 4 Binárias em interação 5 Bibliografia 11 / 27 Estrelas pulsantes Nem toda estrela cuja luz varia é uma binária. CY Aquarius é uma pulsante. 12 / 27

Estrelas pulsantes Mecanismo típico pulsação e sua alteração na curva de luz. Tanto a Temperatura quanto o Tamanho da estrela variam. 13 / 27 Estrelas pulsantes A causa típica da pulsação é uma instabidade na estrela, e isso pode acontecer por várias razões. Estão identificadas várias destas situações neste diagrama HR. São regiões conhecidas geralmente como faixas de instabilidade. 14 / 27

Variáveis cefeidas Relação período-luminosidade em 1908 Mecanismo κ em 1917 por Eddington Shapley 1915: forma da Via-láctea Hubble 1924: Andrômeda é outra galáxia Hubble 1929: Expansão do universo Henrietta leavitt era uma das mulheres que trabalhavam no Observatório de Harvard. Descobriu a relação Período-luminosidade em 1908. 15 / 27 Relação Período-luminosidade Com o período e a relação Período-luminosidade A curva de luz de uma Cefeida fornece seu período. sabe-se a Luminosidade. Comparando com a magnitude obtém-se a distância. M Cefeidas V = 2.43 log P dias 1.62 m M = 5 log r 5 16 / 27

Mecanismo κ Mecanismo κ, segundo proposto por Eddington em 1917. Eddington não sabia o que causava o aumento da opacidade. Sergei Zhevakin identificou o He ++ como causador desse aumento em 1953. 17 / 27 Exercício sobre Cefeidas Exercício 13.1 Em um certo aglomerado de estrelas observa-se uma Cefeida cujo período de variação é de 20 dias, e cuja magnitude aparente média é m = 20. Determine a distância à estrela. 18 / 27

Exercício sobre Cefeidas P = 20 dias MV = 2.43 log(20) 1.62 = 4.78 20 4.78 = 5 log r 5 r = 10 (20+4.78+5)/5 r = 0.904 Mpc 19 / 27 Astrosismologia A astrosismologia converte pequenas variações de luminosidade em modos de pulsação da estrela, que ajudam a investigar sua estrutura interna. 20 / 27

Índice 1 Estrelas binárias 2 Variáveis eclipsantes 3 Variáveis pulsantes 4 Binárias em interação 5 Bibliografia 21 / 27 Lobo de Roche O lobo de Roche define os locais no espaço onde domina a atração gravitacional de cada estrela, levando em consideração a rotação do sistema. 22 / 27

Variáveis cataclísmicas Eclipses Manchas Deformação Explosão de nova Explosão de supernova Disco e Bright Spot Variáveis cataclísmicas apresentam os principais tipos de variabilidade. https://www.youtube.com/watch?v=774b8-9b4ow 23 / 27 Evolução de estrelas binárias Belczynski et al (Nature, 2016), propuseram um modelo para a evolução de um sistema binário progenitor da detecção da fusão de buracos negros GW150914 detectada pelo LIGO. 24 / 27

KIC 9832227 Molnar et al (ApJ 2017), preveem que o sistema binário KIC 9832227 irá se fundir em uma explosão de Nova Anã Vermelha (uma explosão intermediária entre as Nova Anãs e as Supernovas). As estrelas têm massas de 1.4 e 0.3 M, e ambas têm temperatura superficial próxima de 6 mil K. A fusão deve acontecer em 2022.2 ± 0.7. 25 / 27 Índice 1 Estrelas binárias 2 Variáveis eclipsantes 3 Variáveis pulsantes 4 Binárias em interação 5 Bibliografia 26 / 27

Bibliografia Fontes para estudo Fascínio do Universo, capítulo 4 Curso de Astronomia do Prof. Steiner, aulas 28 a 30. Várias seções em http://astro.if.ufrgs.br/ 27 / 27