Sistemas Binários e Parâmetros estelares

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Sistemas Binários e Parâmetros estelares"

Transcrição

1 AGA093 Astrofísica Estelar Capítulo 7 Sistemas Binários e Parâmetros estelares 7. Classificação de Sistemas Binários 7. Determinação de massa em binárias visuais 7.3 Binárias espectroscópicas eclipsantes 7.4 A busca por planetas extra-solares

2 Estrelas binárias m /m = 3,6 e=0

3 Binárias: m /m = 3,6 e=0,4 3

4 7. Classificação dos Sistemas Binários Binárias aparentes (dupla óptica) à não formam um sistema ligado à efeito de projeção. Binária visual à estudo de seu movimento à as estrelas estão fisicamente associadas. Exemplo de sistema binário visual. Os períodos e as separações das estrelas binárias podem ser observados diretamente se cada estrela é vista claramente. 4

5 Binárias Visuais A separação angular no movimento orbital deve ser grande o suficiente (> ) para resolver a duplicidade períodos orbitais necessariamente longos (de alguns anos até milhares de anos). Sistema binário 70 Ophiuchi. À medida que o tempo passa, a posição relativa entre as estrelas é marcada como um ponto, traçando uma órbita aparente, com período de 88 anos 5

6 Binária astrométrica à apenas uma estrela observada c/ telescópio, mas nota-se um movimento oscilatório Sirius A: exemplo de binária astrométrica à componente B descoberta antes de ser observada à presença deduzida pela alteração causada no movimento próprio de Sirius A 6

7 Binárias Astrométricas (a) Movimentos aparentes de Sirius A e B, e do centro de massa C, com relação às estrelas de fundo. (b) Movimentos orbitais de Sirius A e B com relação ao centro de massa. 7

8 8

9 Binárias eclipsantes à variação do brilho aparente das componentes à eclipse que uma causa na outra. Como pode ser visto no exemplo da binária YY Sag, a curva de luz desse sistema é regular, 9

10 i Binárias Eclipsantes Se o ângulo de inclinação da órbita de um sistema duplo é de 90 o, as estrelas podem se eclipsar. A curva de luz mostra a variação temporal do brilho (fluxo ou magnitude) da binária Os quatro pontos de contato são numerados e definem a duração do eclipse. 0

11 Dois Tpos de mínimos: Binárias Eclipsantes Estrela quente passa na frente da fria à eclipse secundário Estrela mais fria passa na frente da mais quente à eclipse primário Fluxo The Cosmic PerspecTve Tempo

12 Eclipses parciais para uma órbita circular inclinada. Neste caso a estrela menor é a mais quente.

13 Binárias espectroscópicas à estrelas próximas e períodos orbitais pequenos (dias a ~ ano) à Oscilação das linhas espectrais. 3

14 Binárias Espectroscópicas - Deslocamento Doppler indica movimento radial da estrela. - No espectro da binária espectroscópica a separação de dois conjuntos de linhas varia periodicamente. - Linhas duplas aparecem se ambas estrelas têm luminosidades semelhantes. - Se a companheira é muito fraca, são detectadas só as linhas da primária, oscilando em comprimento de onda. v c = Δλ λ 0 Platais et al. 007 A&A 46, 509 4

15 Periodicidade no deslocamento Doppler nas binárias espectroscópicas. É mostrado um sistema em que apenas o espectro da componente mais brilhante é detectado v c = Δλ λ 0 5

16 7. Determinação de Massas Estelares - Observando um sistema binário à medida da separação angular entre a estrela primária (a mais brilhante do par) e a secundária (menos brilhante). - Sistema ligado gravitacionalmente à dois corpos girando em torno de seu centro de massa Relação das massas: m r = m r Separação: a= r +r m m = r r = a a a, a : eixo semi-major das elipses 6

17 No sistema binário cada estrela move-se numa órbita elíptica em torno do centro de massa. Separação: a = r + r = a + a P = G 4 π ( m + m ) a 3 7

18 Exercício Uma binária visual é observada com uma separação angular máxima θ = 3 e uma paralaxe trigonométrica de 0.. A órbita é completada em 30 anos e a posição da estrela primária coincide com o foco da órbita, sendo que a companheira é sempre vista a uma distância até o centro de massa cinco vezes maior que a distância da estrela primária até esse ponto (r =5 r ). Encontrar a massa das estrelas. 8

19 θ = 3, p = 0., P = 30 anos, r =5 r Se. utilizarmos os parâmetros P, a e m respectivamente em unidades de anos, UA e M, podemos aplicar a terceira lei de Kepler na forma: UA p ( rad) = d p" = d(pc) pc=0665 UA rad=0665 d θ m + m = a(ua) = θ(rad)*d(ua) a(ua) = θ(rad)/p(rad) a(ua) = θ " p" m m a P m 3 + m = 3" 0," m + m = 30 M r = = 5 à m = 5 m r 6m = 30 M 3 ( 30) a m = 5M m = 5M 9

20 Sejam a e a os semi-eixos maiores das órbitas das estrelas da binária, e d a distância entre o sistema e o observador: a a a α = e α = d a d α d d α Como m m = r r = a a m m = α α 0

21 m m = α α i i

22 ~ ~ cos cos α α α α α α = = = i i m m, que resulta em: ( ) ~ cos 4 4 P i d G P d G m m α π α π = = + onde ~ ~ ~ α α α + = i Considere o ângulo de inclinação (i) entre o plano de órbita e o plano do céu (perpendicular à linha de visada), o observador mede diretamente α e α, mas sua projeção:

23 Podemos tentar determinar o ângulo de inclinação i estudando a projeção da orbita no céu 3

24 Ângulo de inclinação i afeta as velocidades radiais velocidade máxima: v max (observada) = v max sen i i 4

25 7.3 Binárias espectroscópicas eclipsantes Efeito da Excentricidade na medida da velocidade radial e = 0, inclination i = 90 0 (a) (b) 5

26 e = 0,4; orientation of periastron =

27 Qual a velocidade v de uma estrela em uma orbita circular com semi-eixo a e período P? v = π P a a m m = a a m m = v v m m = v r / seni v r / seni = v r v r Não precisamos i para a razão de massas J 7

28 Função de Massa Para avaliar a soma das massas, m + m = m P π G a = a ( v + v ) r sen P π ( v + ) + a = v podemos usar a na lei de Kepler G ( m + m ) Se uma das estrelas não for visível, podemos usar m / m = v r / v r P r 3 i 3 3 P v 3 + = r m m + π G sen i m = 3 4 π a 3 Função de Massa: ( m + m ) m P sen i = v r π G 8

29 Relação Massa-Luminosidade O Estudo de binárias permite estimar suas massas. O fluxo de radiação e a distância à luminosidade das estrelas Quando colocamos num gráfico as massas e as luminosidades dos sistemas binários, temos uma correlação bem definida, chamada relação Massa-Luminosidade (M-L). Eddington (94) sugeriu que a relação M-L das estrelas é dada por: L L sol = M M sol α 9

30 L L sol = M M sol α O índice α depende da estrutura interna da estrela, opacidade das atmosferas estelares e temperatura. 30

31 3

32 M< < M < M > Relação Massa/ Luminosidade Luminosidade 0 0. L L = M M α Massa α ~ 3.5 (altas M & L) α ~ 4 (~ M & L ) α ~.3 (baixas M & L) Diferenças entre estrelas de alta e de baixa massa

33 Determinação de raios e razões de temperatura por meio de eclipses i Para termos eclipses, o ângulo de inclinação i ~ 90 0 Se i = 75 0 ao invés de i = 90 0, erro em m +m de apenas 0% devido ao fator (sen i) 3 33

34 inclinação i = 90 0 Velocidade relativa v Raio da estrela pequena (small): Raio da estrela grande (large): 34

35 Se a estrela não é completamente eclipsada à inclinação i <

36 Exemplo A análise do espectro de uma binária eclipsante (linhas duplas) resulta em P = 8,6 anos. O máximo deslocamento Doppler da linha de Balmer (656.8nm) é Δλ s = 0.07nm para a estrela menor (s) e de nm para a estrela maior (l) Pela forma sinusoidal da curva de velocidadeà e ~ 0. Usando (4.35) e (7.4) encontramos a razão de massas: s: small, l: large (4.39) (7.5) m / m = v r / v r Se i = 90 0 à Raio da orbita: 36

37 Da mesma maneira para a estrela maior (l): v rl = 3, km/s, a l = 0,90 AU à semi-eixo maior da massa reduzida: a = a s +a l = 0,4AU A soma das massas é obtida pela lei de Kepler: Massas resultantes: Da análise da curva de luz: t b t a =,7 horas e t c t b = 64 horas. Usando a eq. (7.8): à 37

38 Determinação de razões de temperatura por meio de eclipses Eclipse Primário: Secundário: s: small, l: large 38

39 39

40 Modelagem de binárias por computador Programas do livro: aw_carroll_ostlie_astro_e/ 48/39/ cw/index.html 40

41 7.4. A busca por planetas extrassolares. Detecção de planetas pelo efeito Doppler Δλ λ = v c Jorge Meléndez

42 Δλ λ = v c Velocidade (m/s) 5 Peg Bb Tempo (dias) Primeiro exoplaneta: Mayor & Queloz (995)

43 Exemplo Velocidade devida a Júpiter. P =,86 anos, semi-eixo maior a = 5, AU, m = 0,00095 Assumindo uma orbita circular (Júpiter tem e = 0,0489): Usando: m / m = v r / v r A velocidade do Sol:

44 Procura de planetas em gêmeas do Sol, no Observatório ESO La Silla: 00 noites (88+) Projeto internacional liderado pela USP (Prof. Jorge Melendez). Brasil, EUA, Alemanha, Austrália HARPS, precisão de m/s Ana M. Molina at La Silla

45

46 Bedell, Meléndez, Bean et al. 05

47 Mercúrio Vênus Terra Marte Sistema Solar Júpiter Sistema planetário HIP 95 HIP95b Primeiro planeta brasileiro

48 Detecção de exoplanetas: trânsitos HD The Astrophysical Journal, 59:L45-L48, 000 January 0 Detection of Planetary Transits Across a Sun-like Star David Charbonneau,, Timothy M. Brown, David W. Latham, & Michel Mayor 3

49 Finding exoplanets: Transits HD 09458

50 Trânsito no OPD/LNA (Brazópolis) DetecTng known exoplanets WASP04 WASP9 Curvas de luz por Léo dos Santos (IAG/USP), telescópio 60cm (IAG)

51 Telescópio espacial Kepler (0,95 m) Observou mais de estrelas na constelação Cygnus

52 5

53 Astronomia para todos: 5/abril 9:00, IAG/USP Sistemas planetários habitáveis: de Trappist- ao Sistema Solar.0 Jorge Meléndez Inscrições: hxp:// 53

54 EXERCÍCIOS. Considere uma binária visual, cuja órbita aparente é circular e de inclinação zero. Foram determinados: (i) seu período de 8 anos, (ii) sua máxima separação angular de 3, (iii) sua distância de pc. (a) Calcule a soma das massas das estrelas deste sistema binário. (b) Sabendo que, com relação ao centro de massa, a secundária está a uma distância vezes maior que a distância da primaria, determine a massa de cada estrela. 54

55 Considere o caso das estrelas () e () que formam uma binária eclipsante. A estrela () tem uma temperatura superficial de 0.000K, um raio de 60 R e magnitude absoluta 6,8 mag. O raio da estrela () é 0,3 R e sua magnitude absoluta é 0,4 mag. Calcule: (a) a razão de suas luminosidades e (b) a razão de suas temperaturas efetivas. (c) Qual das estrelas é eclipsada no mínimo primário? 55

56 BIBLIOGRAFIA Carrel & Ostlie (007, Cap. 7) Karttunen et al. (997, Cap. 4) Astronomia: Uma Visão Geral (EDUSP) Cap. 8,9 Ver também

Estrelas (II) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP

Estrelas (II)  Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP sistemas múltiplos sistemas binários tipos de binárias determinação de massas estelares tempo de vida na Seq. Principal teorema de Vogt-Russell Estrelas (II) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP

Leia mais

Sistemas Binários (cap. 9)

Sistemas Binários (cap. 9) Sistemas Binários (cap. 9) AGA215 Elisabete M. de Gouveia Dal Pino Astronomy: A Beginner s Guide to the Universe, E. Chaisson & S. McMillan (Caps. 12) Introductory Astronomy & Astrophysics, M. Zeilek,

Leia mais

Estrelas (II) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP

Estrelas (II)  Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP sistemas múltiplos sistemas binários tipos de binárias determinação de massas estelares teorema de Vogt-Russell Estrelas (II) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP www.astro.iag.usp.br/~aga210

Leia mais

Capítulo 9 SISTEMAS BINÁRIOS ESTELARES

Capítulo 9 SISTEMAS BINÁRIOS ESTELARES Capítulo 9 SISTEMAS BINÁRIOS ESTELARES A maioria das estrelas encontra-se em sistemas duplos ou múltiplos, estando fisicamente associadas entre si, sob influência de uma ação gravitacional mútua. Através

Leia mais

Estrelas (II) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP

Estrelas (II)  Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP sistemas múltiplos sistemas binários tipos de binárias determinação de massas estelares teorema de Vogt-Russell Estrelas (II) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP www.astro.iag.usp.br/~aga210

Leia mais

Estrelas (II) Sandra dos Anjos IAG/USP. Sistemas Múltiplos Sistemas Binários Tipos de Binárias Determinação de Massas Estelares

Estrelas (II) Sandra dos Anjos IAG/USP. Sistemas Múltiplos Sistemas Binários Tipos de Binárias Determinação de Massas Estelares Estrelas (II) Sistemas Múltiplos Sistemas Binários Tipos de Binárias Determinação de Massas Estelares Sandra dos Anjos IAG/USP www.astro.iag.usp.br/~aga210 Agradecimentos: Prof. Gastão B. Lima Neto e Profa.

Leia mais

Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul FIS2010 - FUNDAMENTOS DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA A 2.a PROVA 2012/1 - TURMA C - Profa. Maria de Fátima Saraiva

Leia mais

Planetas fora do Sistema Solar

Planetas fora do Sistema Solar Planetas fora do Sistema Solar Dep. Astronomia Instituto de Física UFRGS (2018-1) O Sistema Solar Massa do Sol = 2 x 1030 Kg (333 000x a massa da Terra; 1 000 x a massa de Júpiter) Diâmetro do Sol = 1

Leia mais

7 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

7 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia 7 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da Eliminatória Regional 13 de Abril de 2012 15:00 (Portugal Continental e Madeira) 14:00 (Açores) Duração máxima 120 minutos Nota: Ler atentamente todas as

Leia mais

Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul FIS2001 - FUNDAMENTOS DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA 2.a PROVA 2008/1 TURMA:A Prof.a Maria de Fátima O. Saraiva NOME:

Leia mais

13 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

13 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia 13 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da final nacional PROVA TEÓRICA 25 de maio de 2018 Duração máxima 120 minutos Notas: Leia atentamente todas as questões. As primeiras 6 questões são de escolha

Leia mais

ESTRELAS. Distâncias e Magnitudes

ESTRELAS. Distâncias e Magnitudes ESTRELAS Distâncias e Magnitudes Tendo estudado de que forma as estrelas emitem sua radiação, e em seguida descrito algumas das características de uma estrela que nos é bem conhecida - o Sol - vamos agora

Leia mais

Estrelas norm ais e suas propriedades

Estrelas norm ais e suas propriedades Notas de aula Introdução à A stronom ia (AGA210) Estrelas norm ais e suas propriedades Ejnar H ertzprung H enry N. Russel Enos Picazzio Eles criaram uma das mais poderosas ferramentas da astronomia moderna:

Leia mais

Estrelas (II) Sandra dos Anjos IAG/USP. Sistemas Múltiplos Sistemas Binários Tipos de Binárias Determinação de Massas Estelares

Estrelas (II) Sandra dos Anjos IAG/USP. Sistemas Múltiplos Sistemas Binários Tipos de Binárias Determinação de Massas Estelares Vimos em Roteiros anteriores como obter a maior parte das propriedades estelares (L, R, T, CQ), baseado em observações relativamente simples de serem feitas. Resta porém obtermos a quantidade física mais

Leia mais

O Espectro contínuo de luz

O Espectro contínuo de luz AGA0293 Astrofísica Estelar Profa. Jane Gregorio-Hetem 2 o semestre de 2017 Capítulo 3 O Espectro contínuo de luz 3.1 Paralaxe estelar 3.2 A escala de magnitudes 3.3 A natureza ondulatória da luz 3.4 Radiação

Leia mais

Planetas fora do Sistema Solar

Planetas fora do Sistema Solar Planetas fora do Sistema Solar José Eduardo Costa Dep. Astronomia Instituto de Física UFRGS (2016-2) O Sistema Solar Massa do Sol = 2 x 1030 Kg (333 000x a massa da Terra; 1 000x a massa de Júpiter) Diâmetro

Leia mais

Planetas fora do Sistema Solar

Planetas fora do Sistema Solar Planetas fora do Sistema Solar Dep. Astronomia Instituto de Física UFRGS (2018-2) O Sistema Solar Massa do Sol = 2 x 1030 Kg (333 000 x a massa da Terra; 1 000 x a massa de Júpiter) Diâmetro do Sol = 1

Leia mais

Astrofísica Geral. Tema 15: Exoplanetas. Alexandre Zabot

Astrofísica Geral. Tema 15: Exoplanetas. Alexandre Zabot Astrofísica Geral Tema 15: Exoplanetas Alexandre Zabot Índice Desafio observacional Técnicas observacionais Quadro de descobertas Exoplanetas exóticos Atmosferas Bibliografia 1 24 Índice Desafio observacional

Leia mais

Os planetas Extrassolares

Os planetas Extrassolares Os planetas Extrassolares Daniel R. C. Mello Observatório do Valongo - UFRJ I Curso de extensão Introdução à Astronomia - 2017 Planetas Extrassolares Como esta aventura começou? Há um infinito número de

Leia mais

11 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

11 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia 11 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da Final Nacional PROVA TEÓRICA 8 de abril de 2016 Duração máxima 120 minutos Notas: Leia atentamente todas as questões. Todas as respostas devem ser dadas

Leia mais

Astrofísica Geral. Tema 15: Exoplanetas

Astrofísica Geral. Tema 15: Exoplanetas lanetas Outline 1 Desafio observacional 2 Técnicas observacionais 3 Quadro de descobertas 4 Exoplanetas exóticos 5 Atmosferas 6 Bibliografia 2 / 25 Índice 1 Desafio observacional 2 Técnicas observacionais

Leia mais

Alex C. Carciofi. Aula 8. A Escada Cósmica: escalas de distância em astronomia

Alex C. Carciofi. Aula 8. A Escada Cósmica: escalas de distância em astronomia Alex C. Carciofi Aula 8 A Escada Cósmica: escalas de distância em astronomia Revisão Propriedades Fundamentais de uma Estrela: determinação Temperatura: - cores ou tipo espectral Composição química - Análise

Leia mais

10 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

10 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia 10 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da final nacional PROVA EÓRICA 17 de abril de 2015 16H45 Duração máxima 120 minutos Notas: Leia atentamente todas as questões. odas as respostas devem ser

Leia mais

10 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

10 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia 10 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da eliminatória regional 18 de março de 2015 15:00 (Continente e Madeira) / 14:00 (Açores) Duração máxima 120 minutos Notas: Leia atentamente todas as questões.

Leia mais

As propriedades físicas das estrelas: Distância Luminosidade Tamanho Massa. Estrelas são classificadas segundo sua:

As propriedades físicas das estrelas: Distância Luminosidade Tamanho Massa. Estrelas são classificadas segundo sua: As propriedades físicas das estrelas: Distância Luminosidade Tamanho Massa Estrelas são classificadas segundo sua: Cor Temperatura superficial Características espectrais Distâncias dentro do sistema solar

Leia mais

Astrofísica Geral. Tema 13: Estrelas binárias e variáveis. Alexandre Zabot

Astrofísica Geral. Tema 13: Estrelas binárias e variáveis. Alexandre Zabot Astrofísica Geral Tema 13: Estrelas binárias e variáveis Alexandre Zabot Índice Estrelas binárias Variáveis eclipsantes Variáveis pulsantes Binárias em interação Bibliografia 1 26 Índice Estrelas binárias

Leia mais

Laurindo Sobrinho 19 de janeiro de 2013

Laurindo Sobrinho 19 de janeiro de 2013 Exoplanetas Laurindo Sobrinho 19 de janeiro de 2013 http://hubblesite.org/newscenter/archive/releases/2009/18/background/ 1 Velocidade radial A estrela e o planeta orbitam em torno do centro de massa do

Leia mais

As propriedades físicas das estrelas: Distâncias Luminosidades Tamanhos Massas. Classificação de estrelas segundo sua:

As propriedades físicas das estrelas: Distâncias Luminosidades Tamanhos Massas. Classificação de estrelas segundo sua: As propriedades físicas das estrelas: Distâncias Luminosidades Tamanhos Massas Classificação de estrelas segundo sua: Cor Temperatura Características espectrais ESTIMATIVAS DE DISTÂNCIA Método simples

Leia mais

13 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

13 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia 13 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da final nacional PROVA TEÓRICA 5 de maio de 018 Duração máxima 10 minutos Notas: Leia atentamente todas as questões. As primeiras 6 questões são de escolha

Leia mais

Astrofísica Geral. Tema 13: Estrelas binárias e variáveis.

Astrofísica Geral. Tema 13: Estrelas binárias e variáveis. las binárias e variáveis. Índice 1 Estrelas binárias 2 Variáveis eclipsantes 3 Variáveis pulsantes 4 Binárias em interação 5 Bibliografia 2 / 27 Índice 1 Estrelas binárias 2 Variáveis eclipsantes 3 Variáveis

Leia mais

Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul FIS2001 - FUNDAMENTOS DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA 2.a PROVA 2007/2 TURMA A Prof.a Maria de Fátima O. Saraiva NOME:

Leia mais

O que são exoplanetas?

O que são exoplanetas? Exoplanetas O que são exoplanetas? α Um exoplaneta (ou planeta extra-solar) é um planeta que orbita uma estrela que não seja o Sol e, portanto, pertence a um sistema planetário diferente do nosso. α Até

Leia mais

13 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

13 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia 13 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da eliminatória regional 18 de abril de 2018 15:00 (Continente e Madeira) / 14:00 (Açores) Duração máxima 120 minutos Notas: Leia atentamente todas as questões.

Leia mais

Capítulo 13 ESTRELAS VARIÁVEIS

Capítulo 13 ESTRELAS VARIÁVEIS Capítulo 13 ESTRELAS VARIÁVEIS Este capítulo é dedicado ao estudo das estrelas variáveis, cuja luminosidade varia com o tempo por meio de uma relação bem definida. Estas estrelas encontram-se em uma região

Leia mais

2.2 Os planetas e as características que os distinguem

2.2 Os planetas e as características que os distinguem Período de rotação O tempo que um planeta demora para realizar uma rotação completa em torno do seu eixo chama-se período de rotação e corresponde a um dia nesse planeta. Mercúrio Vénus Saturno 59 dias

Leia mais

Astronomia. O nosso Universo

Astronomia. O nosso Universo Astronomia O nosso Universo O sistema solar Distância entre a Lua e a Terra: 384.000 Km (aprox. 1 seg-luz Velocidade da luz (c) : 300.000 Km/s Distância média entre a Terra e o Sol: 146 milhões Km (aprox.

Leia mais

AULA 1. ESCALAS DE DISTÂNCIA e de tamanho NO UNIVERSO

AULA 1. ESCALAS DE DISTÂNCIA e de tamanho NO UNIVERSO AULA 1 ESCALAS DE DISTÂNCIA e de tamanho NO UNIVERSO CONSTELAÇÃO DE Orion Estrelas são os componentes mais básicos do universo. 100 trilhões de km (10 12 km) Betelgeuse gigante vermelha (velha e massiva)

Leia mais

AGA 210 Introdução à Astronomia Lista de Exercícios 06 Estrelas

AGA 210 Introdução à Astronomia Lista de Exercícios 06 Estrelas AGA 210 Introdução à Astronomia Lista de Exercícios 06 Estrelas Questão 01: Qual(is) informação(ões) podemos extrair das observações astrométricas? Qual a relevância em se estimar a posição das estrelas

Leia mais

Busca por Luas e Anéis em Órbita de Planetas Extrassolares Utilizando os Telescópios Espaciais Kepler e CoRoT

Busca por Luas e Anéis em Órbita de Planetas Extrassolares Utilizando os Telescópios Espaciais Kepler e CoRoT Instituto Nacional de pesquisas Espaciais Divisão de Astrofísica Workshop da DAS Busca por Luas e Anéis em Órbita de Planetas Extrassolares Utilizando os Telescópios Espaciais Kepler e CoRoT Luis Ricardo

Leia mais

AULA 1. ESCALAS DE DISTÂNCIA e de tamanho NO UNIVERSO

AULA 1. ESCALAS DE DISTÂNCIA e de tamanho NO UNIVERSO AULA 1 ESCALAS DE DISTÂNCIA e de tamanho NO UNIVERSO CONSTELAÇÃO DE Orion Estrelas são os componentes mais básicos do universo. O universo observável contém tantas estrelas quanto grãos de areia somando

Leia mais

Sistemas Binários. Propriedades / nomenclatura. F. Jablonski / Setembro 2003

Sistemas Binários. Propriedades / nomenclatura. F. Jablonski / Setembro 2003 Sistemas Binários F. Jablonski / Setembro 2003 Propriedades / nomenclatura Elementos orbitais Binárias visuais ou astrométricas Binárias espectroscópicas Binárias eclipsantes 1 Vida após a morte para anãs

Leia mais

Sistemas Binários e Buracos Negros

Sistemas Binários e Buracos Negros Sistemas Binários e Buracos Negros Seminário 3 Joseana Souza da Silva Paula Adriana Ramos da Silva Viviane Aparecida Cunha William Douglas dos Reis Porto Alegre Novembro, 2013 Sumário I. Introdução II.

Leia mais

6 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

6 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia 6 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da eliminatória regional 30 de Março de 2011 15:00 Duração máxima 120 minutos Nota: Ler atentamente todas as questões. Existe uma tabela com dados no final

Leia mais

Astrofísica Geral. Tema 15: Exoplanetas

Astrofísica Geral. Tema 15: Exoplanetas ma 15: Exoplanetas Outline 1 Desafio observacional 2 Técnicas observacionais 3 Quadro de descobertas 4 Atmosferas 5 Bibliografia 2 / 26 (Joinville Recife) Considere a rra do tamanho Outline 1 Desafio observacional

Leia mais

6 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

6 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia 6 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova Teórica Final 27 de Maio de 2011 15:00 Duração máxima 120 minutos Nota: Ler atentamente todas as questões. Existe uma tabela com dados no final da prova. Secção

Leia mais

Busca por Exoluas e Anéis em Órbita de Exoplanetas Utilizando os Telescópios Espaciais CoRoT e Kepler

Busca por Exoluas e Anéis em Órbita de Exoplanetas Utilizando os Telescópios Espaciais CoRoT e Kepler Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais Divisão de Astrofísica Workshop da Divisão de Astrofísica 2014 Busca por Exoluas e Anéis em Órbita de Exoplanetas Utilizando os Telescópios Espaciais CoRoT e Kepler

Leia mais

PLANETAS EXTRA-SOLARES

PLANETAS EXTRA-SOLARES PLANETAS EXTRA-SOLARES Rita de Cássia Domingos Grupo de Dinâmica Orbital e Planetologia UNESP Campus de Guaratinguetá rcassia@feg.unesp.br Resumo: Nos últimos anos a descoberta de planetas orbitando estrelas

Leia mais

Astrofísica Geral. Tema 13: Estrelas binárias e variáveis.

Astrofísica Geral. Tema 13: Estrelas binárias e variáveis. ma 13: Estrelas binárias e variáveis. Outline 1 Estrelas binárias 2 Variáveis eclipsantes 3 Variáveis pulsantes 4 Variáveis eruptivas 5 Bibliografia 2 / 23 Outline 1 Estrelas binárias 2 Variáveis eclipsantes

Leia mais

Introdução à Astronomia AGA 210 Prova 1 31/08/2017

Introdução à Astronomia AGA 210 Prova 1 31/08/2017 Introdução à Astronomia AGA 210 Prova 1 31/08/2017 Nome: Identficação USP: 1- A figura abaixo exibe a configuração geométrica de 2 tipos de eclipses. Explique qual a condição necessária para ocorrer um

Leia mais

Fundamentos de Astronomia e Astrofísica. Estrelas. Rogério Riffel.

Fundamentos de Astronomia e Astrofísica. Estrelas. Rogério Riffel. Fundamentos de Astronomia e Astrofísica Estrelas Rogério Riffel http://astro.if.ufrgs.br Propriedades Estrelas são esferas autogravitantes de gás ionizado, cuja fonte de energia é a transmutação de elementos

Leia mais

O brilho aparente e a Luminosidade das estrelas. Roberto Ortiz EACH/USP

O brilho aparente e a Luminosidade das estrelas. Roberto Ortiz EACH/USP O brilho aparente e a Luminosidade das estrelas Roberto Ortiz EACH/USP Primeiras estimativas Hiparco (séc. II a.c.) catalogou cerca de 2000 estrelas, visualmente. Ele classificou as conforme seu brilho

Leia mais

INT R ODU ÇÃO À AS T R ONOMIA AGA E strelas II. E strelas normais e s uas propriedades

INT R ODU ÇÃO À AS T R ONOMIA AGA E strelas II. E strelas normais e s uas propriedades INT R ODU ÇÃO À AS T R ONOMIA AGA-210 6. E strelas II. E strelas normais e s uas propriedades E jnar Hertzprung (es quer da) e Henry Norris Russel criaram uma das mais poderosas ferramentas da as tr onomia

Leia mais

Astrofísica Geral. Tema 10: As estrelas

Astrofísica Geral. Tema 10: As estrelas ma 10: As estrelas Outline 1 Medidas diretas fundamentais 2 Medidas indiretas fundamentais 3 Classificação espectral 4 Bibliografia 2 / 30 Outline 1 Medidas diretas fundamentais 2 Medidas indiretas fundamentais

Leia mais

A Lei de Planck: a matemática das estrelas (entre outros)

A Lei de Planck: a matemática das estrelas (entre outros) A Lei de Planck: a matemática das estrelas (entre outros) João Fernandes Departamento Matemática UC Observatório Geofísico e Astronómico UC Centro de Investigação da Terra e do Espaço UC (jmfernan@mat.uc.pt)

Leia mais

Universidade Junior 2017 Astronomia: Dos conceitos à prática aula 1

Universidade Junior 2017 Astronomia: Dos conceitos à prática aula 1 Universidade Junior 2017 Astronomia: Dos conceitos à prática aula 1 Jorge Filipe Gameiro Centro de Astrofísica da Universidade do Porto, Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, Departamento Física

Leia mais

SISTEMAS BINÁRIOS DE ESTRELAS

SISTEMAS BINÁRIOS DE ESTRELAS SISTEMAS BINÁRIOS DE ESTRELAS Jhonathan Facin de Moura [PIBIC Jr/ Fundação Araucária] 1, Tina Andreolla [orientadora] 1, Ricardo Martins [colaborador] 1 1 Área de Física Campus Pato Branco Universidade

Leia mais

12 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

12 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia 12 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da Final Nacional PROVA TEÓRICA 5 de maio de 2017 Duração máxima 120 minutos Notas: Leia atentamente todas as questões. Todas as respostas devem ser dadas

Leia mais

O que são exoplanetas?

O que são exoplanetas? EXOPLANETAS O que são exoplanetas? Um exoplaneta (ou planeta extra-solar) é um planeta que orbita uma estrela que não seja o Sol e, portanto, pertence a um sistema planetário diferente do nosso. Hipotetizados

Leia mais

PROVA TEÓRICA. Instruções. Boa sorte!

PROVA TEÓRICA. Instruções. Boa sorte! SIMULADO NOIC 02 PROVA TEÓRICA SELEÇÃO DAS EQUIPES BRASILEIRAS PARA XIII IOAA E XI OLAA DE 2019 Nome: Nota: PROVA TEÓRICA Instruções A prova é individual e sem consultas; Suas soluções podem ser feitas

Leia mais

Astronomia Galáctica Semestre:

Astronomia Galáctica Semestre: Astronomia Galáctica Semestre: 016.1 Sergio Scarano Jr 6/07/016 Gráfico Teórico dos Raios Estelares 1000000-10 10000-5 http://astro.unl.edu/naap/hr/animations/hr.html 100 0 1 5 1/100 10 Luminosidade (Sol

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA Mestrado Nacional Profissional em Ensino de Física Polo: Juazeiro UNIVASF/MNPEF TIAGO FERRAZ

Leia mais

Prof. Eslley Scatena Blumenau, 31 de Outubro de

Prof. Eslley Scatena Blumenau, 31 de Outubro de Grupo de Astronomia e Laboratório de Investigações Ligadas ao Estudo do Universo Prof. Eslley Scatena Blumenau, 31 de Outubro de 2017. e.scatena@ufsc.br http://galileu.blumenau.ufsc.br O Sol Massa 1,989

Leia mais

13 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

13 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia 13 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da eliminatória regional 18 de abril de 2018 15:00 (Continente e Madeira) / 14:00 (Açores) Duração máxima 120 minutos Notas: Leia atentamente todas as questões.

Leia mais

Astrometria O UNIVERSO EM TRÊS DIMENSÕES. R. Teixeira IAG/USP

Astrometria O UNIVERSO EM TRÊS DIMENSÕES. R. Teixeira IAG/USP Astrometria O UNIVERSO EM TRÊS DIMENSÕES R. Teixeira IAG/USP Observação Brilho luminosidade, variabilidade, distância, etc. fotometria Posição sist. referência, movimentos, distância, etc. astrometria

Leia mais

Adriana Valio. (Adriana Silva, Adriana Silva-Valio) Centro de Rádio Astronomia e Astrofísica Mackenzie Universidade Presbiteriana Mackenzie

Adriana Valio. (Adriana Silva, Adriana Silva-Valio) Centro de Rádio Astronomia e Astrofísica Mackenzie Universidade Presbiteriana Mackenzie Adriana Valio (Adriana Silva, Adriana Silva-Valio) Centro de Rádio Astronomia e Astrofísica Mackenzie Universidade Presbiteriana Mackenzie Workshop DAS INPE 04/05/2016 Áreas de pesquisa Exoplanetas Estrelas

Leia mais

Astrofísica Geral. Tema 10: As estrelas. Alexandre Zabot

Astrofísica Geral. Tema 10: As estrelas. Alexandre Zabot Astrofísica Geral Tema 10: As estrelas Alexandre Zabot Índice Medidas diretas fundamentais Medidas indiretas fundamentais Classificação espectral Bibliografia 1 31 Índice Medidas diretas fundamentais Medidas

Leia mais

Astrofísica Geral. Tema 04: Luz. Alexandre Zabot

Astrofísica Geral. Tema 04: Luz. Alexandre Zabot Astrofísica Geral Tema 04: Luz Alexandre Zabot Índice Dualidade onda-partícula Onda eletromagnética Espectro eletromagnético Efeito Doppler Corpo negro Átomo de Bohr e a luz Leis de Kirchhoff para a luz

Leia mais

Estrelas (I) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereiro IAG/USP

Estrelas (I)  Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereiro IAG/USP Estrelas mais próximas e mais brilhantes Movimento das estrelas Tamanho das estrelas Temperatura Cores e espectros: classificação espectral Abundância química Diagrama H-R Estrelas (I) Gastão B. Lima Neto

Leia mais

4 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da eliminatória regional 15 de Abril de :00

4 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da eliminatória regional 15 de Abril de :00 4 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da eliminatória regional 15 de Abril de 2009 15:00 Duração máxima 120 minutos Nota: Ler atentamente todas as questões. Existe uma tabela com dados no final

Leia mais

Paralaxe e aberração diurnas. Adptado de R. Boczko Por R. Teixeira

Paralaxe e aberração diurnas. Adptado de R. Boczko Por R. Teixeira Paralaxe e aberração diurnas Adptado de R. Boczko Por R. Teixeira Paralaxe diurna Diferença entre as posições medidas a partir da superfície e do centro da Terra. Zênite -Δz E Δz = z z sen (-Δz) / ρ =

Leia mais

IFRS Câmpus Rio Grande Física IV LISTA I - GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

IFRS Câmpus Rio Grande Física IV LISTA I - GRAVITAÇÃO UNIVERSAL IFRS Câmpus Rio Grande Física IV LISTA I - GRAVITAÇÃO UNIVERSAL - 2018 1. (FUNREI-97) Duas, entre as luas de Júpiter, Têm raios de órbitas que diferem por um fator de 2. Qual a razão entre os seus períodos

Leia mais

ASTROFÍSICA OBSERVACIONAL

ASTROFÍSICA OBSERVACIONAL ASTROFÍSICA OBSERVACIONAL Roteiro Aula 1: Definições Radiação Telescópios Instrumentos: espectrógrafos Detectores Aula 2: Aplicações Espectroscopia Fotometria Imageamento Outras técnicas: astrometria,

Leia mais

Estrelas. Silvia Rossi CEU

Estrelas. Silvia Rossi CEU Estrelas Silvia Rossi CEU 2-2010 estrelas... O que é uma estrela? São objetos que aquecem e iluminam planetas em um sistema. Uma estrela é uma bola de plasma (gás ionizado) mantida unida por sua própria

Leia mais

4 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova Final Nacional 5 de Junho de :00

4 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova Final Nacional 5 de Junho de :00 4 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova Final Nacional 5 de Junho de 2009 15:00 Duração máxima 120 minutos Leia atentamente todas as questões. A questão 1 é de escolha múltipla. Nas restantes questões

Leia mais

Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul FIS2001 - FUNDAMENTOS DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA 1.a PROVA 2008/1 TURMA A Prof.a Maria de Fátima O. Saraiva NOME:

Leia mais

4.1 INTRODUÇÃO Geodésia Celeste - Objetivo científico e operacional Métodos geométricos e dinâmicos

4.1 INTRODUÇÃO Geodésia Celeste - Objetivo científico e operacional Métodos geométricos e dinâmicos 4 MECÂNICA CELESTE E GEODÉSIA 4. INTRODUÇÃO 4.. Geodésia Celeste - Objetivo científico e operacional 4.. Métodos geométricos e dinâmicos 4. MOVIMENTO ORBITAL 4.. Forças centrais. O problema dos dois corpos

Leia mais

Astrofísica Geral. Tema 04: Luz

Astrofísica Geral. Tema 04: Luz Outline 1 Dualidade onda-partícula 2 Onda eletromagnética 3 Espectro eletromagnético 4 Efeito Doppler 5 Corpo negro 6 Átomo de Bohr e a luz 7 Leis de Kirchhoff para a luz 8 Efeitos da Atmosfera na luz

Leia mais

APÊNDICE D As Leis de Kepler por meio de sequências de atividades (Caderno de Respostas dos Alunos)

APÊNDICE D As Leis de Kepler por meio de sequências de atividades (Caderno de Respostas dos Alunos) APÊNDICE D As Leis de Kepler por meio de sequências de atividades (Caderno de Respostas dos Alunos) Colégio / Escola Professor(a): Turma: Turno: Data: / / 20 bimestre / trimestre Nome do Grupo: Aluno(a):

Leia mais

Exoplanetas: Análise dos Métodos de Descoberta

Exoplanetas: Análise dos Métodos de Descoberta Exoplanetas: Análise dos Métodos de Descoberta Evellyn Guimarães Universidade Federal de Pelotas, Instituto de Física e Matemática, Pelotas, Brazil (Dated: 29 de julho de 2017) Desde a descoberta do primeiro

Leia mais

I. Espaço. 2.2 Os planetas e as características que os distinguem. Novo. Físico-Química - 7º ano. M. Neli G. C. Cavaleiro M.

I. Espaço. 2.2 Os planetas e as características que os distinguem. Novo. Físico-Química - 7º ano. M. Neli G. C. Cavaleiro M. Físico-Química - 7º ano que os distinguem M. Neli G. C. Cavaleiro M. Domingas Beleza Novo Dimensões dos planetas Período de rotação O tempo que um planeta demora para realizar uma rotação completa em

Leia mais

CAP4 parte 1 RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA E SUA INTERAÇÃO COM A MATÉRIA. Alguns slides de P. Armitage, G. Djorgovski e Elisabete Dal Pino

CAP4 parte 1 RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA E SUA INTERAÇÃO COM A MATÉRIA. Alguns slides de P. Armitage, G. Djorgovski e Elisabete Dal Pino CAP4 parte 1 RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA E SUA INTERAÇÃO COM A MATÉRIA Alguns slides de P. Armitage, G. Djorgovski e Elisabete Dal Pino INTRODUÇÃO Estrelas mais importante fonte/sorvedouro de matéria na evolução

Leia mais

Prof. Eslley Scatena Blumenau, 10 de Outubro de

Prof. Eslley Scatena Blumenau, 10 de Outubro de Grupo de Astronomia e Laboratório de Investigações Ligadas ao Estudo do Universo Prof. Eslley Scatena Blumenau, 10 de Outubro de 2017. e.scatena@ufsc.br http://galileu.blumenau.ufsc.br Determinação de

Leia mais

Estrelas: propriedades observáveis

Estrelas: propriedades observáveis Notas de aula Introdução à Astronomia (AGA210) Estrelas: propriedades observáveis Os trabalhos em espectroscopia astrofísica de Annie Jump Cannon (à esquerda) e Henrietta Swan Leavitt, foram fundamentais

Leia mais

Movimento dos Planetas

Movimento dos Planetas Fundamentos de Astronomia e Astrofísica Movimento dos Planetas eclipse.txt Rogemar A. Riffel e-mail: rogemar@ufrgs.br http://www.if.ufrgs.br/~rogemar Sala: N101 Livro texto: Astronomia e Astrofísica Kepler

Leia mais

Estudo estatístico de exoplanetas ao redor de sistemas estelares múltiplos Brincando com a 3ª Lei de Kepler

Estudo estatístico de exoplanetas ao redor de sistemas estelares múltiplos Brincando com a 3ª Lei de Kepler Estudo estatístico de exoplanetas ao redor de sistemas estelares múltiplos Brincando com a 3ª Lei de Kepler Elielson Soares Pereira (Grupo 12) elielson.pereira@usp.br Tratamento Estatístico de Dados em

Leia mais

Cœlum Australe. Jornal Pessoal de Astronomia, Física e Matemática - Produzido por Irineu Gomes Varella

Cœlum Australe. Jornal Pessoal de Astronomia, Física e Matemática - Produzido por Irineu Gomes Varella Cœlum Australe Jornal Pessoal de Astronomia, Física e Matemática - Produzido por Irineu Gomes Varella Criado em 1995 Retomado em Junho de 2012 Ano V Nº 36 - Dezembro de 2014 UNIDADES DE DISTÂNCIA EM ASTRONOMIA

Leia mais

telescópios, apenas utilizando intrumentos inspirados nos instrumentos gregos e das grandes navegações para medidas precisas das posições de

telescópios, apenas utilizando intrumentos inspirados nos instrumentos gregos e das grandes navegações para medidas precisas das posições de Introdução à Astronomia Semestre: 2014.1 1 Sergio Scarano Jr 22/10/2013 Convite para Lual Astronômico Tycho Brahe e seu Observatório Tycho T h B h fez Brahe f observações b õ muito it acuradas d d do céu

Leia mais

Aula 11: Distâncias Astronômicas.

Aula 11: Distâncias Astronômicas. Aula 11: Distâncias Astronômicas. Maria de Fátima Oliveira Saraiva, Kepler de Souza Oliveira Filho & Alexei Machado Müller. Ilustração do uso da triangulação para medir a distância da Terra à Lua. Introdução

Leia mais

Universidade da Madeira. Estrelas. Grupo de Astronomia. Laurindo Sobrinho. 05 janeiro 2015 NASA

Universidade da Madeira. Estrelas. Grupo de Astronomia. Laurindo Sobrinho. 05 janeiro 2015 NASA Estrelas Laurindo Sobrinho 05 janeiro 2015 NASA 1 Luminosidade e brilho aparente Luminosidade (L) - energia emitida por uma estrela por unidade de tempo. Brilho aparente (b) fluxo de energia por unidade

Leia mais

Aula 11: Distâncias Astronômicas

Aula 11: Distâncias Astronômicas Aula 11: Distâncias Astronômicas Maria de Fátima Oliveira Saraiva, Kepler de Souza Oliveira Filho & Alexei Machado Müller. Ilustração do uso da triangulação para medir a distância da Terra à Lua. Unidades

Leia mais

Estudo estatístico de exoplanetas ao redor de sistemas estelares múltiplos Em busca de um possível input à construção de um cenário dinâmico

Estudo estatístico de exoplanetas ao redor de sistemas estelares múltiplos Em busca de um possível input à construção de um cenário dinâmico Estudo estatístico de exoplanetas ao redor de sistemas estelares múltiplos Em busca de um possível input à construção de um cenário dinâmico Elielson Soares Pereira elielson.pereira@usp.br Tópicos Avançados

Leia mais

SIMULADO NOIC 06 PROVA TEÓRICA SELEÇÃO DAS EQUIPES BRASILEIRAS PARA XIII IOAA E XI OLAA DE 2019 PROVA TEÓRICA. Instruções

SIMULADO NOIC 06 PROVA TEÓRICA SELEÇÃO DAS EQUIPES BRASILEIRAS PARA XIII IOAA E XI OLAA DE 2019 PROVA TEÓRICA. Instruções SIMULADO NOIC 06 PROVA TEÓRICA SELEÇÃO DAS EQUIPES BRASILEIRAS PARA XIII IOAA E XI OLAA DE 2019 Nome: Nota: PROVA TEÓRICA Instruções A prova é individual e sem consultas; Suas soluções podem ser feitas

Leia mais

Indicadores de distancia extragalácticos e lei de Hubble. Capitulo Indicadores de Distancia:

Indicadores de distancia extragalácticos e lei de Hubble. Capitulo Indicadores de Distancia: Indicadores de distancia extragalácticos e lei de Hubble Capitulo 3 3.1.1 Indicadores de Distancia: A determinação de distancia as galáxias é um problema que ainda esta em aberto e de sua solução dependem

Leia mais

AGA Introdução à Astronomia Resolução da Lista 1

AGA Introdução à Astronomia Resolução da Lista 1 AGA0210 - Introdução à Astronomia Resolução da Lista 1 Prof. Dr. Alex Cavaliéri Carciofi Monitor: Bruno C. Mota (Dated: 9 de outubro de 2012) I. QUESTÃO 1 Suponha que você esteja em um planeta estranho

Leia mais

Denomina-se gravidade a interação ente dois ou mais corpos devido sua massa. A força da gravidade é uma força de ação à distância, que se torna mais

Denomina-se gravidade a interação ente dois ou mais corpos devido sua massa. A força da gravidade é uma força de ação à distância, que se torna mais Denomina-se gravidade a interação ente dois ou mais corpos devido sua massa. A força da gravidade é uma força de ação à distância, que se torna mais evidente entre objetos com grandes massas, ocasionada

Leia mais

Introdução à Astronomia AGA 210 Prova 1 15/08/2015

Introdução à Astronomia AGA 210 Prova 1 15/08/2015 Introdução à Astronomia AGA 210 Prova 1 15/08/2015 Nome: Identficação USP: 1 - A figura abaixo exibe a configuração geométrica de 2 tipos de eclipses. Identifique cada um deles e assinale no caso do ítem

Leia mais

Galáxia (II) Vera Jatenco IAG/USP. Rotação da Via Láctea Matéria escura Dinâmica dos braços espirais Formação estelar em braços Vizinhança solar

Galáxia (II) Vera Jatenco IAG/USP. Rotação da Via Láctea Matéria escura Dinâmica dos braços espirais Formação estelar em braços Vizinhança solar Rotação da Via Láctea Matéria escura Dinâmica dos braços espirais Formação estelar em braços Vizinhança solar Galáxia (II) Vera Jatenco IAG/USP www.astro.iag.usp.br/~aga210/ Agradecimentos: Prof. Gastão

Leia mais

Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul FIS2001 - FUNDAMENTOS DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA 1.a PROVA 2007/2 TURMAA Prof.a Maria de Fátima O. Saraiva NOME:

Leia mais

13. Determinação das distâncias das galáxias

13. Determinação das distâncias das galáxias 13. Determinação das distâncias das galáxias 1 Indicadores de distância relações entre grandezas que dependem da distância (como o fluxo ou o tamanho aparente) e grandezas que não dependem da distância

Leia mais

FIS Exercícios de Espectroscopia Prof. Basílio X. Santiago

FIS Exercícios de Espectroscopia Prof. Basílio X. Santiago FIS02014 - Exercícios de Espectroscopia Prof. Basílio X. Santiago 1) Sejam os dois contínuos espectrais mostrados na figura abaixo. Responda: a) Estime o valor de λ para o qual se dá o máximo de emissão

Leia mais