MÉTODOS DE ASSEPSIA E CONTROLE OXIDAÇÃO EM GEMAS APICAIS DE AZALEIA RESUMO

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Transcrição:

MÉTODOS DE ASSEPSIA E CONTROLE OXIDAÇÃO EM GEMAS APICAIS DE AZALEIA Bianca G. SOBREIRA 1 ; Jéssica A. BATISTA 2 ; Priscila P. BOTREL 3 ; Roniel G. ÁVILA 4 ; Anna Lygia R. MACIEL 5 ; Maiqui IZIDORO 6 RESUMO O presente traalho ojetivou avaliar o efeito de diferentes concentrações de hipoclorito de sódio e carvão ativado no crescimento in vitro de gemas apicais de azaleia. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado (DIC), em esquema fatorial 2 x 4, constituído de 1 g de carvão ativado e ausência, com 4 concentrações de hipoclorito de sódio (40,0; 50,0; 60,0 e 70,0%) do produto comercial a 2,5%, 4 repetições e 5 tuos de ensaio por parcela. Realizou-se desinfestação com solução de hipoclorito de sódio nas concentrações determinadas durante 35 minutos. Avaliou-se a % de oxidação, contaminação e sorevivência das gemas. A concentração de 60% de hipoclorito de sódio apresentou-se mais eficiente no comate à contaminação de gemas apicais de azaleia em relação às demais concentrações. INTRODUÇÃO A Rhododendron simsii, conhecida pelo nome popular azaleia, é uma planta ornamental pertencente à família Ericaceae, muito cultivada no Brasil, em jardins e 1 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais Câmpus Muzaminho. Muzaminho/MG - E-mail: gsoreira@hotmail.com 2 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais Câmpus Muzaminho. Muzaminho/MG - E-mail: jessikio@hotmail.com 3 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais Câmpus Muzaminho. Muzaminho/MG - E-mail: otrelpp@gmail.com 4 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais Câmpus Muzaminho. Muzaminho/MG - E-mail: ronielgeraldo@yahoo.com.r 5 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais Câmpus Muzaminho. Muzaminho/MG - E-mail: annalygia.maciel@muz.ifsuldeminas.edu.r 6 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais Câmpus Muzaminho. Muzaminho/MG - E-mail: mayk-isidoro@hotmail.com

interiores, em razão do efeito decorativo de suas flores, sendo formada por hiridação e melhoramento (LORENZI; SOUZA, 1995). A propagação da azaleia para fins comerciais é realizada através de estacas, otendo-se melhores resultados com estacas semilenhosas. Entretanto, o enraizamento das estacas é, muitas vezes, difícil, com pequena porcentagem de produção (CHALFUN et al.,1997). As plantas ornamentais são um grupo de plantas em que o emprego da micropropagação teve uma ampla aceitação na comunidade científica e um impacto no setor econômico; devido ao alto valor agregado ao produto final (BOSA et al., 2003). Na literatura são encontrados poucos traalhos sore métodos de assepsia e uso de antioxidantes no cultivo in vitro de azaleia, sendo assim, estudos são necessários para superar ou amenizar os prolemas com a oxidação fenólica na etapa de estaelecimento que é enfrentado por todas as espécies lenhosas e de contaminação quando sumetidas ao cultivo in vitro. Atualmente tem-se oservado uma forte demanda por plantas ornamentais com oa qualidade genética e fitossanitária. Assim, considerando o potencial da azaleia como planta ornamental e visando a necessidade de otimizar as técnicas de micropropagação desta espécie, o presente traalho ojetivou avaliar o efeito de diferentes concentrações de hipoclorito de sódio e o uso de carvão ativado no meio de cultura no crescimento in vitro de gemas apicais de azaleia. METODOLOGIA O presente traalho foi instalado e conduzido no Setor de Biotecnologia: Laoratório de Cultura de Tecidos Vegetais, localizado no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais - Campus Muzaminho, MG. As gemas apicais de azaleia foram coletadas em matriz localizada no Campus Muzaminho. Os dados oservados foram sumetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Scott-Knott ao nível de 5% de proailidade, com auxílio do software SISVAR (FERREIRA, 2011). O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado (DIC), em esquema fatorial 2 x 4, constituído 1 g.l -1 de carvão ativado, com quatro concentrações de hipoclorito de sódio (40,0; 50,0; 60,0 e 70,0%) do produto comercial a 2,5%, com quatro repetições e cinco tuos de ensaio por parcela. Foi utilizado o meio de cultura MS sólido (MURASHIGE; SKOOG, 1962), com e sem a adição de carvão ativado (1 g.l -1 ), na ausência de regulador de crescimento.

As gemas apicais foram desinfestadas com solução de hipoclorito de sódio nas concentrações determinadas durante 35 minutos. Após a desinfestação foram lavadas quatro vezes com água destilada e autoclavada. Foram inoculadas 160 gemas de azaleia em tuos de ensaio (22 x 150 mm), contendo 10 ml de meio de cultura MS. As gemas inoculadas foram mantidas em B.O.D., com 25 mol m -2 s -1 de intensidade luminosa, temperatura de 25 ± 1 C e fotoperíodo de 16 horas de luz. Avaliou-se a percentagem de oxidação, contaminação e sorevivência das gemas apicais de azaleia 15 dias após inoculação. RESULTADOS E DISCUSSÃO Não houve diferença significativa para a interação entre tipos de meio de cultura e concentrações de hipoclorito de sódio. Houve diferença significativa para a porcentagem de contaminação de gemas apicais de azaleia sumetidas a diferentes concentrações de hipoclorito de sódio, inoculados em meio MS. A concentração de 60% de hipoclorito de sódio do produto comercial a 2,5% apresentou-se mais eficiente no comate à contaminação em relação às demais concentrações (60% de contaminação). (Figura 2). Houve 5% de taxa de sorevivência para gemas apicais de azaleia inoculadas em meio MS, desinfestada s a 60% de hipoclorito de sódio Taela1). 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 a 40 % 50 % 60 % 70 % Concentrações de hipoclorito de sódio Figura 2. Porcentagem de contaminação de gemas apicais de azaleia, sumetidas à assepsia com diferentes concentrações de hipoclorito de sódio, inoculados em meio MS. Donini et al. (2005) traalhando com desinfestação de aráceas ornamentais em diferentes concentrações de cloro ativo a 0,5%, 1%, 1,5% e 2%, oservou que a

concentração de 2% de cloro ativo foi menos eficiente apresentando maior índice de contaminação. A utilização de alta concentração de cloro ativo faz com que aumente o ph da solução utilizada para a desinfestação dos explantes. O ph ideal para a solução de hipoclorito de sódio deve estar entre 5 e 8, pois com o aumento da faixa de ph da solução, mecanismos de defesa das actérias são ativados, fazendo com que se desenvolvam mesmo em concentrações altas de cloro ativo, diminuindo a eficiência do produto (HIRATA; MANCINI FILHO, 2002). Provavelmente isto justifica a alta concentração de hipoclorito de sódio a 70% utilizada no presente traalho proporcionar maior índice de contaminação, em relação a concentração de 60% de hipoclorito. Houve 10% de sorevivência de gemas apicais de azaleia inoculadas em meio MS acrescido de 1 g.l -1 de carvão ativado, desinfestadas com hipoclorito de sódio a 40% (Taela 1). Taela 1. Porcentagem de sorevivência de gemas apicais de azaleia sumetidas à assepsia com diferentes concentrações de hipoclorito de sódio inoculadas em meio de cultura MS e meio MS acrescido de 1 g.l -1 de carvão ativado. Tipos de Meio Concentrações de Hipoclorito Sorevivência (%) MS 40% 0 a MS 50% 0 a MS 60% 5 a MS 70% 0 a MS +carvão ativado 40% 10 a MS +carvão ativado 50% 0 a MS +carvão ativado 60% 0 a MS +carvão ativado 70% 0 a Houve uma taxa de 100% de oxidação em gemas apicais de azaleia. O carvão ativado não se mostrou eficiente no controle da oxidação. CONCLUSÕES Conclui- se que a concentração de 60% de hipoclorito de sódio, proporcionou maior eficácia no controle da contaminação de gemas apicais de azaleia em relação ás demais concentrações utilizadas.

A porcentagem de sorevivência das gemais foi maior na concentração de 40% hipoclorito de sódio em meio MS acrescido de 1 g.l -1 de carvão ativado. A adição do carvão ativado no meio MS não foi eficiente no controle da oxidação. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOSA, NAIR et al. Crescimento de mudas de gipsofila em diferentes sustratos. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 21, n. 3, p.514-519, julho - setemro 2003. CHALFUN, Nilton Nagi Jorge et al. Efeito da auxina e do anelamento no enraizamento de estacas semilenhosas de azaléia. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v.21. n.4, p.516-520, out/dez., 1997. DONINI, L.p. et al. PREPARO DE LÂMINAS FOLIARES DE ARÁCEAS ORNAMENTAIS: DESINFESTAÇÃO COM DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE HIPOCLORITO DE SÓDIO. Arq. Inst. Biol, São Paulo, v. 4, n. 72, p.517-522, out/dez., 2005. FERREIRA, D. F. Análises estatísticas por meio do Sisvar para Windows 4.0. In: REUNIÃO ANUAL DE REGIÃO BRASILEIRA DA SOCIEDADE INTERNACIONAL DE BIOMETRIA, 45., 2011, São Carlos. Anais... São Carlos: UFSCar, 200. p. 255258. HIRATA, M.H.; MANCINI FILHO, J. Manual de iossegurança. Barueri: Ed. Manole, 2002. 496p. LORENZI, H.; SOUZA, H.M. Plantas ornamentais no Brasil: arustivas, heráceas e trepadeiras. Nova Odessa/SP: Plantarum, 1995. 720p. MURASHIGE, T.; SKOOG, F. A revised medium for rapid growth and ioassays with toacco tissue cultures. Physiologia Plantarum, v.15, p.473-497, 1962.