Seca afeta campanha de regadio e obriga à redução das áreas das culturas de primavera/verão no Alentejo. Perspetivas de boa campanha na cereja

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Transcrição:

Previsões Agrícolas 31 de maio 2017 21 de junho de 2017 Seca afeta campanha de regadio e obriga à redução das áreas das culturas de primavera/verão no Alentejo. Perspetivas de boa campanha na cereja As previsões agrícolas, em 31 de maio, apontam para um bom ano nas fruteiras, prevendo-se um considerável aumento da produtividade da cereja face a 2016 (a mais baixa da última década), devendo ultrapassar as 3 t/ha. No pêssego também são esperados rendimentos unitários superiores aos da campanha passada (+15%). Em contrapartida, nos cereais de outono/inverno, e devido às elevadas temperaturas e falta de humidade do solo nas fases de floração e início de formação do grão, as previsões apontam para decréscimos generalizados das produtividades. Para as culturas de primavera/verão - excetuando a batata de regadio (cuja área plantada deverá aumentar cerca de mil hectares) e o tomate para a indústria em que a área contratada será sensivelmente idêntica à da campanha passada - as áreas semeadas diminuíram, nomeadamente no milho (-5%, devido à manutenção dos baixos preços de mercado e à menor disponibilidade de água de rega), no arroz (-5%, também devido aos baixos níveis de armazenamento de água nas albufeiras) e no girassol (-10%). O mês de maio caracterizou-se, em termos meteorológicos, como extremamente quente. De facto, os valores médios da temperatura do ar foram muito superiores aos verificados no período 1971-2000 sendo a de maio de 2017 (24,96ºC) apenas superada pela observada em 2011 (25,46ºC). Nas regiões do interior Norte e Centro e no Alentejo ocorreu uma onda de calor 1 entre os dias 20 e 27, tendo as temperaturas máximas ultrapassado os 37ºC nos dias 23 e 24. Quanto à precipitação total, o mês classificou-se como normal (66,2 mm). No entanto, a distribuição espacial da precipitação foi assimétrica, tendo o interior Norte e Centro e o Alentejo registado um total de precipitação inferior a 75% do valor médio relativo ao período 1971-2000. Estas condições determinaram a continuação da situação de seca meteorológica em quase todo o território continental (no final do mês cerca de 71% do território estava em seca moderada e 23% em seca fraca). De uma forma geral, as reservas hídricas, quer nas albufeiras monitorizadas mensalmente pelo SNIRH 2, quer nas charcas e barragens das explorações agrícolas, encontram-se abaixo do nível médio de armazenamento habitual em maio, situação que obrigou (em particular no Alentejo) ao replaneamento das superfícies das culturas de regadio. 1 Considera-se que ocorre uma onda de calor quando, num intervalo de pelo menos 6 dias consecutivos, a temperatura máxima diária é superior em 5ºC ao valor médio diário no período de referência. 2 SNIRH - Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos da Agência Portuguesa do Ambiente. Informação constante do Boletim de Armazenamento nas Albufeiras de Portugal Continental - Situação das Albufeiras em maio de 2017, in http://snirh.apambiente.pt/index.php?idmain=1&iditem=1.3, consultado em 14 de junho de 2017. Previsões agrícolas - 31 de maio de 2017 1/5

CLIMATOLOGIA EM MAIO 2017 Observação Temperatura média do ar (ºC) Precipitação média (mm) Média 1ª 2ª 3ª Mensal 1ª 2ª 3ª mensal década década década acumulada década década década A norte do Tejo Valor verificado 17,1 15,6 15,7 19,9 85,3 37,3 36,9 11,1 Desvio da normal 2,1 1,5 0,9 3,9 11,3 14,3 8,0-11,0 A sul do Tejo Valor verificado 19,6 17,7 19,4 21,8 32,9 16,7 13,9 2,3 Desvio da normal 2,8 1,8 2,7 3,9-9,0 1,3 0,2-10,5 Fonte: Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. No final de maio a percentagem de água no solo, em relação à capacidade de água utilizável pelas plantas, diminuiu no Centro e Sul face aos valores observados no final de abril. Produção de matéria verde diminui A ocorrência de precipitação na primeira quinzena do mês permitiu, principalmente nas regiões do litoral Norte e Centro, alguma recuperação das culturas forrageiras e dos prados de sequeiro. No entanto, em muitos casos, o desenvolvimento destas culturas já tinha sido irreversivelmente afetado pelas altas temperaturas e escassa precipitação ocorridas em abril, com a antecipação da conclusão do ciclo vegetativo e uma quebra evidente da produção de matéria verde. A maior parte dos efetivos pecuários de produção extensiva ainda não está a ser suplementada com forragens ou alimentos grosseiros conservados (este ano em menor quantidade), nem com rações industriais. Área de milho para grão continua a diminuir A preparação dos terrenos e sementeiras dos cereais de primavera decorreu com normalidade. No milho, a germinação foi regular, tendo-se, no entanto, observado situações onde foi necessário ressemear, em particular nas sementeiras efetuadas no cedo e ainda nos casos em que a desgrana da campanha anterior, conjugada com a prática de mobilização mínima, originou uma elevada presença de milho velho. Assistiu-se, pelo quarto ano consecutivo, a uma diminuição da área ocupada por esta cultura (-5% face a 2016). A principal justificação para este facto prende-se com os preços desta commodity nos mercados mundiais, que se mantêm, desde o verão de 2013, a níveis historicamente baixos. No entanto, e em particular no Alentejo, a redução estará também relacionada com a menor disponibilidade hídrica para a atual campanha. Previsões agrícolas - 31 de maio de 2017 2/5

mai-12 out-12 mar-13 ago-13 jan-14 jun-14 nov-14 abr-15 set-15 fev-16 jul-16 dez-16 mai-17 /ha 300 280 260 240 220 200 180 160 140 120 100 Cotação do milho Global Economic Monitor (GEM) Commodities 3 3 As sementeiras de arroz foram intensificadas no decorrer deste mês e, excetuando alguns constrangimentos no Baixo Vouga (que obrigaram a ressementeiras), decorreram com normalidade. Devido à baixa disponibilidade hídrica observada nas albufeiras da bacia hidrográfica do Sado 4 (onde se situa a maior parte da superfície de arroz do Alentejo), a superfície desta cultura deverá diminuir face a 2016 (-5%). A germinação foi boa e os povoamentos são, em geral, homogéneos, encontrando-se as sementeiras mais precoces no início do afilhamento. Continente Área Índices 2017 * Culturas 1 000 ha 2017 * (Média 2012 2013 2014 2015 2016 2017 * 2012/16=100) (2016=100) CEREAIS Milho de sequeiro 9 10 10 9 8 8 83 95 Milho de regadio 93 102 98 88 80 76 83 95 Arroz 31 30 29 29 29 28 93 95 CULTURAS SACHADAS Batata de regadio 19 20 20 19 18 19 99 105 CULTURAS INDUSTRIAIS Girassol 18 18 16 20 18 16 91 90 Tomate para a indústria 14 14 17 19 19 19 115 99 *Dados previsionais 3 Global Economic Monitor (GEM) Commodities, The World Bank, FOB USA Golfo do México, in http://www.indexmundi.com/pt/pre%e7os-demercado/?mercadoria=milho&meses=60&moeda=eur consultado em 16 de junho de 2017 4 No final de abril, o volume de água armazenado nas albufeiras da bacia hidrográfica do Sado correspondia a 32,6% do volume máximo armazenável, muito abaixo dos 65,4% de média (1990/91-2015/16) do armazenamento de maio (fonte: Boletim de Armazenamento nas Albufeiras de Portugal Continental - Situação das Albufeiras em maio de 2017, in http://snirh.apambiente.pt/index.php?idmain=1&iditem=1.3, consultado em 14 de junho de 2017). Previsões agrícolas - 31 de maio de 2017 3/5

Aumento da área de batata de regadio As plantações de batata de regadio estão concluídas, tendo decorrido com normalidade. O desenvolvimento inicial foi regular, apenas se registando pontualmente (no interior Norte) alguns estragos provocados por geadas tardias. A superfície ocupada deverá ser 5% superior à de 2016. Em relação à batata de sequeiro, as primeiras colheitas apontam para uma diminuição no rendimento unitário (-5%, face à campanha anterior). Boas perspetivas para a campanha do tomate para a indústria As condições meteorológicas permitiram que a plantação de tomate para a indústria decorresse a bom ritmo, possibilitando o cumprimento do calendário planeado pelos produtores (aspeto fundamental para o escalonamento da colheita e evitar constrangimentos nas entregas às unidade transformadoras). A superfície contratada é próxima da observada em 2016 (19 mil hectares). As searas apresentam um bom desenvolvimento vegetativo, exibindo as mais precoces já bastantes frutos e boas perspetivas de produção. Para o girassol prevê-se uma redução de 10% na área semeada, justificada pela menor disponibilidade de água para rega. Condições meteorológicas adversas na floração/formação do grão penalizam produtividade dos cereais As culturas cerealíferas de outono/inverno apresentam um desenvolvimento vegetativo aquém do normal e uma antecipação no ciclo, resultantes da conjugação dos baixos níveis de precipitação com as elevadas temperaturas dos últimos 3 meses. Nas fases de floração e início de formação do grão (grão leitoso), que decorreu em abril/maio, o calor e o défice de humidade do solo afetaram negativa e decisivamente a produção, quer sob o aspeto quantitativo, quer qualitativo. Assim, prevê-se uma redução generalizada dos rendimentos unitários destas culturas: -5% no centeio; -15% na cevada; -20% no trigo mole, no triticale e na aveia; -25% no trigo duro. Previsões agrícolas - 31 de maio de 2017 4/5

Continente Produtividade Índices 2017 * Culturas kg/ha 2017 * (Média 2012 2013 2014 2015 2016 2017 * 2012/16=100) (2016=100) CEREAIS Trigo mole 1 071 1 749 2 056 2 012 2 307 1 850 101 80 Trigo duro 1 150 1 884 2 341 2 170 2 713 2 025 99 75 Triticale 818 1 543 1 562 1 693 1 905 1 525 101 80 Centeio 758 865 891 856 903 860 101 95 Cevada 1 153 1 774 2 209 2 097 2 261 1 925 101 85 Aveia 742 1 245 1 334 1 212 1 551 1 240 102 80 CULTURAS SACHADAS Batata de sequeiro 7 709 10 612 11 392 8 198 8 306 7 900 85 95 FRUTOS Cereja 1 792 1 770 1 728 2 807 1 158 3 125 169 270 Pêssego 7 977 6 405 11 382 12 518 8 361 9 600 103 115 *Dados previsionais Produtividade da cereja acima das 3 toneladas por hectare Na cereja, e apesar da forte precipitação que ocorreu durante a primeira quinzena de maio na Cova da Beira (que danificou alguma produção das variedades precoces e intermédias que se encontravam em estado de maturação mais adiantado), tudo aponta para que o rendimento unitário alcançado nesta campanha seja superior a 3 toneladas por hectare. Quanto ao pêssego, as geadas tardias dos primeiros dias de maio no interior Centro afetaram a produtividade dos pomares instalados nas zonas mais baixas, que já tinha sido condicionada pelas condições meteorológicas adversas aquando da floração/polinização. Ainda assim, a produtividade deverá rondar as 9,6 toneladas por hectare, próxima da média das últimas cinco campanhas e superior em 15%, à produtividade alcançada na campanha passada. Ficha técnica de execução: As Previsões Agrícolas reportam-se aos últimos dias do mês de maio de 2017. A recolha da informação é assegurada regionalmente pelas Direções Regionais de Agricultura e Pescas em articulação com o INE. As Previsões Agrícolas são também divulgadas no Boletim Mensal de Estatística e no Boletim Mensal da Agricultura e Pescas (http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=ine&xpgid=ine_publicacoes) Previsões agrícolas - 31 de maio de 2017 5/5