TÓPICO 7: FORMAS DE CONCORRÊNCIA E ESTRATÉGIAS

Documentos relacionados
DUOPÓLIOS E OLIGOPÓLIOS NÃO COOPERATIVOS

FORMAS DE CONCORRÊNCIA E ESTRATÉGIAS

ORGANIZAÇÃO INDUSTRIAL (EAE 508)

ORGANIZAÇÃO INDUSTRIAL (EAE 508) Prof. Dr. Eduardo Luzio Blog: h:p:/eduardoluzio.wordpress.com 2015 BREVE REVISÃO

Microeconomia. Prof.: Antonio Carlos Assumpção

27.6. Um duopólio em que duas firmas idênticas estão em concorrência de Bertrand não irá distorcer preços a partir de seus níveis competitivos.

Concorrência Perfeita

LISTA DE EXERCÍCIOS 1ª PARTE: Concorrência Perfeita, Concorrência Monopolística, Monopólio e Oligopólio.

Microeconomia II. Competição Imperfeita Oligopólio. Pindyck Cap: 12

Universidade Federal de Pelotas Disciplina de Direito e Economia Professor Rodrigo Nobre Fernandez

TP043 Microeconomia 23/11/2009 AULA 21 Bibliografia: PINDYCK capítulo 12 Competição monopolística e oligopólio.

FORMAS DE CONCORRÊNCIA E ESTRATÉGIAS

PRO INTRODUÇÃO A ECONOMIA. Aula 12 Mercados Perfeitamente Competitivos

COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME 2º SEMESTRE 2011

Microeconomia II. Cursos de Economia e de Matemática Aplicada à Economia e Gestão. AULA 2.2 Oligopólio em Preços (Bertrand)

TEORIA MICROECONÔMICA I N

Monopólio. 15. Monopólio. Porque Surgem os Monopólios. Porque Surgem os Monopólios. Economias de Escala. Monopólio Natural

PARTE I Questões discursivas

MICROECONOMIA II. Monopólio CAP. 24 Varian CAP. 10 Nicholson CAP. 10 Pindyck

Prova de Microeconomia

[Ano] Estruturas de Mercado e Decisão. Campus Virtual Cruzeiro do Sul

Teoria da Firma. Discriminação de preços tarifa em duas partes e concorrência monopolística. Roberto Guena de Oliveira USP. 28 de julho de 2014

preço das matérias primas e dos fatores de

Sistema de preços. Prof. Regis Augusto Ely. Agosto de Revisão Novembro de Oferta e demanda. 1.1 Curva de demanda

Sumário. Prefácio, xiii

Modelos de Oligopólio. Paulo C. Coimbra

Monopólio. Varian cap. 24

Oligopólio. Capítulo 17. Copyright 2001 by Harcourt, Inc.

Módulo 11 Estruturas de Mercado

A empresa em ambiente concorrencial

Empresas em Mercados Competitivos

Unidades II ECONOMIA E MERCADO. Profa. Lérida Malagueta

A empresa, a organização do mercado e o desempenho

Microeconomia II. Estratégias de Preço. Varian Cap: 25 Carlton Cap: 9 & 10

Estrutura de mercado. Capítulo VII CONCORRÊNCIA PERFEITA CONCORRÊNCIA PERFEITA CONCORRÊNCIA PERFEITA. Características da concorrência perfeita

Oligopólio. lio. Janaina da Silva Alves

Competição Imperfeita

Compreendendo as Estruturas de Mercado

Competição Imperfeita. 16. Oligopólio. Estruturas de Mercado. Competição Imperfeita. Mercado com Apenas Alguns Vendedores

Exercício 39 solução de monopólio

Monopólio Puro. Capítulo 24 (Varian) Monopólio Puro. Porque Monopólios? Monopólio

UC: Economia da Empresa

6 CUSTOS DE PRODUÇÃO QUESTÕES PROPOSTAS

Microeconomia II. Cursos de Economia e de Matemática Aplicada à Economia e Gestão. AULA 2.4 Oligopólio e Cartel. Isabel Mendes

Capítulo Introdução à Economia Mankiw, N.G. Copyright 2001 by Harcourt, Inc.

RESTRIÇÕES VERTICAIS

Estruturas de Mercado Fundamentos de Economia VASCONCELLOS E GARCIA, Franciane Alves Cardoso Mestranda em Economia PPGECO/UFRN.

Unidade II ECONOMIA E MERCADO. Prof. Rodrigo Marchesin

Monopólio. Copyright 2004 South-Western

Economia ESTRUTURAS DE MERCADO. Prof. Me. Diego Fernandes

Microeconomia I. Bibliografia. Mercado. Arilton Teixeira Mankiw, cap 4. Pindyck and Rubenfeld, caps. 2 e 4

Economia Industrial e da Empresa. Exercícios

Fundamentos de Economia

Microeconomia. 8. Teoria dos Jogos. Francisco Lima. 1º ano 2º semestre 2015/2016 Licenciatura em Engenharia e Gestão Industrial

Notas de Aula 5: MONOPÓLIO (Varian cap.23) Uma firma em uma indústria Não há substitutos próximos para o bem que a firma produz Barreiras à entrada

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto Departamento de Economia

Microeconomia. 8. Teoria dos Jogos. Francisco Lima. 1º ano 2º semestre 2013/2014 Licenciatura em Engenharia e Gestão Industrial

Parte III Mercados. Concorrência Perfeita. Roberto Guena de Oliveira 28 de abril de 2017 USP

Teoria da Firma. Discriminação de preços tarifa em duas partes e concorrência monopolística. Roberto Guena de Oliveira 31demaiode2017 USP

Teoria da Firma. Discriminação de preços tarifa em duas partes e concorrência monopolística. Roberto Guena de Oliveira 31demaiode2017 USP

Prova de Microeconomia

3. (ANPEC, 1991) Assinale verdadeiro ou falso, e justifique. Com relação a uma firma monopolista, pode-se dizer que:

Economia. Prof.Carlos NEMER 1. Sumário. Introdução. Estruturas de Mercado

Sumário. Discriminação de Preços Tarifas Compartilhadas Concorrência Monopolística Modelo de diferenciação de produtos por localização

Microeconomia. Maximização de Lucros e Concorrência Perfeita. Prof.: Antonio Carlos Assumpção

PRO Introdução à Economia

MERCADO: OFERTA X DEMANDA EXCEDENTE DO CONSUMIDOR E DO PRODUTOR

Monopólio. Roberto Guena de Oliveira. 11 de outubro de 2013 USP. Roberto Guena de Oliveira (USP) Monopólio 11 de outubro de / 39

ORGANIZAÇÃO INDUSTRIAL (EAE 508)

PARTE IV Análise Mercado Competitivo. Marta Lemme - IE/UFRJ

FICHA DE REVISÕES Micro 1

Administração e Economia para Engenharia

Consumidores, produtores e eficiência dos mercados

Lista de exercícios 5 Microeconomia 1

QUESTÕES DE ECONOMIA - TCU. Prof. Daniel da Mata

Teoria dos Jogos. Jogos simultâneos. Roberto Guena de Oliveira USP. 31 de outubro de 2013

Microeconomia. 5. A Empresa em Ambiente Concorrencial. Francisco Lima. 1º ano 2º semestre 2013/2014 Licenciatura em Engenharia e Gestão Industrial

ECO Introdução à Economia

Teoria da Firma. Discriminação de preços tarifa em duas partes e concorrência monopolística. Roberto Guena de Oliveira PROANPEC. 2 de julho de 2009

Oferta e Demanda. 4. Oferta e Demanda. Mercado. O Que São os Mercados? Preços. Mercado

Microeconomia. Bibliografia. Estruturas de Mercado. Arilton Teixeira Mankiw, caps 15, 16 e 17.

Microeconomia. 5. A Empresa em Ambiente Concorrencial. Francisco Lima. 1º ano 2º semestre 2011/2012 Licenciatura em Engenharia e Gestão Industrial

Universidade Federal de Pelotas Disciplina de Direito e Economia Professor Rodrigo Nobre Fernandez. Regras

MICROECONOMIA OFERTA E DEMANDA

Capítulo 10. Poder de Mercado: Monopólio e Monopsônio. Monopsônio. Tópicos para Discussão. Competição Perfeita. Tópicos para Discussão

ISCTE- INSTITUTO UNIVERSITÁRIO DE LISBOA MICROECONOMIA

ESTRUTURAS DE MERCADO. Fundamentos de Economia e Mercado

PRO Introdução à Economia

Decisões da empresa com poder de mercado

Monitoria de Microeconomia II Victória Martinez Terceira Lista de Exercícios

CAPÍTULO 5 CONCEITOS BÁSICOS DE TEORIA DOS JOGOS E MEDIDAS DE CONCENTRAÇÃO DE MERCADO

1) Considere a matriz abaixo como forma de representar um jogo entre dois jogadores:

Especialização em Logística Integrada de Produção

DFB ECONOMIA PARA ADVOGADOS Segunda Prova, modelo: A

Introdução à Microeconomia. As forças de mercado: oferta e demanda. Danilo Igliori

2012 Copyright. Curso Agora Eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. Fiscal Economia do Trabalho Demanda e Oferta por Mão de Obra Fábio Lobo

Mercados e concorrência

TP043 Microeconomia 28/10/2009 AULA 16 Bibliografia: PINDYCK CAPÍTULO 7 (final) e capítulo 8

Parte II Teoria da Firma

Transcrição:

ORGANIZAÇÃO INDUSTRIAL (EAE 508) Prof. Dr. Eduardo Luzio eluzio@usp.br Blog: h:p:/eduardoluzio.wordpress.com TÓPICO 7: FORMAS DE CONCORRÊNCIA E ESTRATÉGIAS 1

Concorrência Perfeita Consumidores tem informação perfeita sobre produtos disponíveis Mercado não possui barreiras de entrada ou saída e nenhuma empresa consegue, por si só, afetar o preço. As empresas são price takers, só podem decidir quanto produzir e buscam maximizar lucros O lucro econômico tende a zero no longo prazo. Economias de escala são pequenas em relação ao tamanho do mercado (ou seja, CMT aumentam rapidamente se a produção aumentar acima de um nível relaovamente pequeno. Ou ainda, há muitas empresas, cada uma servindo uma pequena faoa da demanda) Não há externalidades (falhas no mecanismo de preços que associa preço zero à produto ou subproduto de uma empresa. Podem ser negawvas (ex. poluição) ou posiovas (ex. saneamento básico)) 2

Concorrência Perfeita Só considera bens privados (*) (*) Obs: bens públicos podem ser consumidos simultaneamente por vários consumidores (ex. programa de TV) Equilíbrio em concorrência perfeita é ówmo de Pareto, ou seja, um Governo genuinamente interessado na maximização do bem estar social não poderia alocar recursos melhor do que a alocação compeoova. Equilíbrio em concorrência perfeito: Preço = Custo Marginal Bene]cio social (Excedente do Consumidor) é maximizado. Ex. hipermercados? 3

Outras formas de Concorrência Monopólio: um só vendedor para muitos compradores, com barreiras de entrada. Monopolistas são price se+ers e como tal, conseguem ter lucro econômico posiovo no longo prazo, pois os preços tendem a ficar acima do nível da compeoção perfeita. Monopolista tem poder de mercado (market power). Bene]cio social não é maximizado. Ex. Microsob? Quando há externalidades, o equilíbrio em concorrência perfeita pode não maximizar o bem estar social, pode não ser melhor para a sociedade do que um monopólio! Monopsônio: um só comprador para muitos vendedores, com barreiras de entrada. Os preços tendem a ficar abaixo do nível da compeoção perfeita. Mercados híbridos (entre compeoção e monopólio): quando existe uma empresa dominante (price se+er) e muitas outras empresas na franja (ou borda) compeoova (fringe compe44ve) que são price takers. O poder da empresa dominante pode ser uma vantagem significaova em custos Oligopólio: se há barreiras de entrada, se os vendedores podem afetar o preço, mas enfrentam concorrência de outras empresas CompeWção Oligopolista: se não há barreiras de entrada, se os vendedores podem afetar o preço, mas enfrentam concorrência de outras empresas. Diferente dos oligopólios, a entrada de novas empresas na compeoção oligopolista pressionam o lucro econômico à zero no LP (ex. Aracruz e outras grandes empresas de celulose) 4

Quanto você esta disposto a pagar por um pedaço de pizza? Primeiro pedaço: R$ 5,0? Segundo pedaço: R$ 2,5? Terceiro pedaço: R$ 1,0? Quarto pedaço: R$ 0,3? R$#por#pedaço#de#pizza#!5,0!!!4,5!!!4,0!!!3,5!!!3,0!!!2,5!!!2,0!!!1,5!!!1,0!!!0,5!!!3!!!! A B Receita Marginal (RM) = para vender uma unidade adicional é preciso reduzir o preço (receita) Demanda#!1!!!2!!!3!!!4!!!5!! Disposição!a!pagar! 5,0!! 2,5!! 1,0!! 0,3!! 0,1!! B: para vender mais pizzas (de 1 para 2), o monopolista reduz preço (5 para 2,5), mas aumenta sua receita no equivalente a área B A: redução na receita para vender uma pizza a mais RM = Área B - A Para vender mais, monopolista tem de reduzir o preço 5

Receita Marginal e Receita Total R$ R$ RM D q Receita total q Param vender mais, é preciso reduzir o preço (RM > 0). Entretanto, há um ponto após o qual (RM <0), reduções no preço reduzem a receita total (RT). A RT é maximizada quando RM = 0 RT = p x q CT = CV + CF Lucro = RT CT Para maximizar o lucro, RM = CM No monopólio, o Monopolista define e o preço, e os consumidores definem a quanwdade que querem comprar aquele preço. Portanto, o monopolista enfrenta uma curva de demanda, mas o que importa é sua curva de RM. 6

ElasWcidade Preço da Demanda Lei da demanda: se p aumenta, q diminui. Por que? Existem bens subsotutos Efeito renda (se p aumenta, renda disponível diminui) Quanto varia a disposição à consumir (q) se o preço mudar (para mais ou para menos)? ElasWcidade = Taxa de resposta (ou sensibilidade) do consumidor frente a variações de preços Quanto a quanodade demanda aumenta (ou diminui) se o preço diminuir (ou aumentar) em 1%? A primeira parcela da fórmula é inclinação da curva da demanda. A segunda parcela se refere a um ajuste para anularmos as unidades de medida de q e p ElasOcidade depende:!!!!!!!! Da natureza do bem (necessidade)!!!! = Da existência de subsotutos semelhantes (elasocidade cruzada) Da faoa da renda alocada (faoa orçamentária)!"#. %!!!"#. %!!! Tempo (no LP, ε tende a aumentar)! 7

ElasWcidade x Inclinação da Curva de Demanda p ε < -1 Demanda eláswca => se p aumenta, q D diminui mais, portanto RT diminui ((1) > (2)) ε = 1 (elaswcidade unitária) => se p aumenta, qd diminui na mesma proporção, portanto RT permanece constante ((1) = (2)) -1 < ε < 0 Demanda ineláswca => se p aumenta, q D D diminui menos, portanto RT aumenta ((1) < (2)) ElasOcidade diminui com q maior (saciedade aumenta)! q (1) Lei da demanda: se p diminui, q aumenta (2) Considerando que RT = p x q, se aumento de q for maior que a queda em p, TR aumenta Monopolista vai tentar aumentar o preço até maximizar a RT 8

ElasWcidade preço da Demanda x Receita Marginal!!!!!!!!!!!! =!"#. %!!!"#. %!!! Podemos escrever a Receita Marginal (RM) como função da elasocidade Se Receita = RT = p x q, e dada a regra de maximização do lucro, então podemos deduzir que:!" =!"!"!" +! =! 1 + 1! =!" Como a elaswcidade da demanda é menor do que 0, RM < p Ou seja, para vender uma unidade a mais, a empresa deve reduzir seu preço Se considerarmos que o monopolista definirá sua produção como CM = RM, subsotuindo na fórmula anterior temos (Regra da ElasWcidade ou Índice de Lerner):!!"! = 1! mark-up do monopolista depende da elasocidade da demanda! Quando a elasocidade é muito alta (demanda elásoca), o preço do monopolista se aproxima de CM Quando a elasocidade é muito baixa (demanda inelásoca, o preço aumenta em relação ao CM 9

P M = RM = MC P CP = CM Monopolista x Concorrência Perfeita Lucro Monopolista D No monopólio, não há curva de oferta, pois o preço é determinado por uma única empresa! Perda Eficiência CM * Perda de eficiência no monopólio = custo de oportunidade da sociedade = área do triângulo: Á!"#!!"!!"#â!"#$% =! 1 2!!!!"!#! Onde: V = P CP x Q CP t = mark-up do monopolista = (P M P CP ) / P CP ε = elasocidade da demanda q M RM q CP As propriedades da demanda vão determinar o lucro do monopólio (*) Nota: assumimos a curva de CM linear só para simplificar a ilustração Portanto, perda de ineficiência depende da elasocidade. 10

ElasWcidade preço da Demanda x Receita Marginal!!"! = 1! O lado direito é a margem mark-up, também denominado de Índice de Lerner. A margem markup do monopolista é maior para elasocidades menores. Quando a elasocidade é muito alta, p se aproxima de CM, ou seja, da concorrência perfeita! Portanto, para o monopolista e para o regulador é chave descobrir ε! Poder de mercado depende da elasocidade da demanda! Poder de mercado pode exisor mesmo quando há mais de uma empresa no mercado, se os produtos forem diferenciados Tempo (no LP, ε tende a aumentar), por causa da: 1. Resposta dos consumidores: curto x longo prazo 2. Novos entrantes 3. Novas tecnologias (2) e (3) incenovam a criação de barreiras de entrada! 11

Preço Concorrência Perfeita Price taker (firma enfrenta uma demanda que é uma reta horizontal). Monopólio CM Cresce com produção Cresce com produção Price maker = não se preocupa com novos concorrentes se P>MC, mas sim com a elasocidade da demanda (demanda é uma curva negaovamente inclinada). Oferta Existe uma curva Não existe, pois max. Lucro em RM = MC Max. Lucro Lucro CM = RM = P Contábil > 0, econômico = 0, no LP (no CP, lucro contábil pode ser negaovo, o que levará algumas empresas a fecharem) CM = RM P, pois CM < P Acima do lucro (contábil e econômico) em concorrência perfeita (no CP, lucro contábil pode ser negaovo só para impedir nova concorrência) Apesar de não ter concorrentes, o monopolista sabe que a quanodade vendida depende do preço, pois esta diante de uma demanda com inclinação negaova Há monopólio quando: (1) P > CM, e (2) lucro monopolista > lucro em concorrência perfeita. Geralmente, na definição de monopólio, enfaoza-se P > CM (1), mas (2) também é importante. Ex. se um monopolista tem um custo fixo muito alto, P > CM não necessariamente implica em lucro monopolista > lucro em concorrência perfeita. O lucro pode ser zero! Ex. SABESP? 12

Monopólio Natural x Monopólio P CM P D CM CTM Lucro RM D Lucro RM CTM Monopólio Natural tem uma CTM decrescente (e não na forma de U), ou seja, economias de escala são muito significaovas! É preciso regular os monopólios naturais, pois para a sociedade é melhor ter apenas um fornecedor, mas o poder deste monopólio pode gerar lucros excessivos (superiores àqueles do monopólio comum). 13

Monopólios x Concorrência Perfeita Em concorrência perfeita, para maximizar lucro, a empresa tem de minimizar custos até P = CM O monopólio também quer minimizar custos para maximizar lucros, entretanto, neste caso, a empresa não tem referencial externo de custos e preços e portanto pode não minimizar custos (é chamada de ineficiência X) O monopolista sempre buscará produzir na porção elásoca da curva de demanda, onde o lucro é maior, pois para cada decréscimo no preço (ex. 1%), o aumento na demanda será menor que 1% No curto prazo, a demanda dos consumidores é mais inelásoca do que no longo prazo (no LP, o consumidor buscará subsotutos) Portanto, para evitar que os consumidores encontrem bens subsotutos, o monopolista poderá produzir na porção inelásoca da demanda. 14

OLIGOPÓLIO E CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA 15

Demanda do Oligopolista Demanda é desconhecida, pois o oligopolista 1 não sabe como seus rivais reagirão se reduzir o preço. Ex.: Ford x GM Preço Porção ElásOca: se Ford aumenta o preço e GM não, todos comprarão da GM Porção InelásOca: se Ford reduz o preço e GM também, teremos uma guerra de preço! QuanOdades Coalisão é a solução para o oligopólio! 16

Concorrência MonopolísWca Oligopólio Produtos Diferenciados SubsOtutos próximos # Empresas Grande número de pequenas empresas Barreiras de Entrada Preço Curva de Demanda Lucro Curto Prazo Lucro Longo Prazo Exemplos Alguma Price maker, mas enfrenta possibilidade de subsotuição Inclinada negaovamente CM = RM => preço é determinado pela demanda. Se o lucro for posiovo, haverá entrada de novos concorrentes Zero (P = CMT) Restaurantes franceses, perfumes franceses, vinhos franceses Poucas e grandes empresas RelaOvamente alta Price maker, mas atua estrategicamente Quebrada CM = RM, mas há interdependência entre empresas: se cooperar, lucro é posiovo PosiOvo? Depende do equilíbrio da coalisão Empresas de telefonia 17

CompeWção MonopolísWca P Curto Prazo CM P Longo Prazo CM p CP => MR = MC CTM d p CP => MR = MC p LP = CTM CTM RM RM d q CP Concorrência monopolísoca segue quase todas as premissas da concorrência perfeita, exceto pela homogeneidade dos produtos. Portanto a curva de demanda (d) da empresa não é horizontal! No curto prazo, o p CP é superior ao CTM. No longo prazo, o lucro será zero (como em concorrência perfeita), entretanto, o preço de equilíbrio será superior ao CTM mínimo (p LP > CM). Não há eficiência produova! 18 q CP

Revisão Preço Concorrência Perfeita Price taker (demanda da firma é horizontal). Monopólio Price maker (demanda inclinada). Oferta Existe uma curva Não existe, pois max. Lucro em RM = MC Max. Lucro Lucro contábil CP CM = RM = P = min. CTM pode ser negaovo (se for abaixo do CVM, levará algumas empresas a fecharem) CM = RM P, pois P > CM, RM Acima do lucro (contábil e econômico) em concorrência perfeita. Pode ser negaovo para impedir concorrência Lucro LP Contábil > 0, econômico = 0 Acima do lucro (contábil e econômico) em concorrência perfeita Bem estar Eficiência alocaova e produova Ineficiência alocaova e produova Concorrência Monopolista Por causa da heterogeneidade dos produtos, há algum poder de precificar Existe uma curva CM = RM P, pois P > CM Acima do lucro (contábil e econômico) em concorrência perfeita Contábil > 0, econômico = 0 (mas não P > mín. CTM) Ineficiência produova, e a alocaova (*)? (*) Concorrência monopolísoca pode trazer variedade de um mesmo produto. Se o consumidor valorizar variedade, talvez não haja perda alocaova. 19

Introdução ao Oligopólio Ao contrário da concorrência perfeita (firmas são relaovamente muito pequenas para afetar as outras) e monopólios (firma é única), oligopólios tem de considerar a reação de seus concorrentes. Ex.: Coca Cola tem de considerar a reação da Pepsi INTERDEPENDÊNCIA ESTRATÉGICA Não há consenso sobre o melhor modelo para oligopólios, por isso considera-se: Modelo Bertrand Modelo Cournot Outros (ex. Stackelberg) 20

Bertrand x Cournot Bertrand # empresas Duas (1, 2) com as mesmas curva de CM (constante) Entrada de novos concorrentes Bens Decisão Estratégica Não Homogêneos. Soma das capacidades = demanda do mercado Oligopolistas, simultaneamente e independentemente, definem PREÇO e a demanda define a quanodade Idem Idem Idem Demanda Quebrada Idem Capacidade produção Ilimitada Cournot Oligopolistas, simultaneamente e independentemente, definem QUANTIDADE e a demanda define a preço Ilimitada Equilíbrio Concorrência perfeita (P = CM = RM) Entre concorrência perfeita e monopólio (Cournot Nash) 21

Decisões Interdependentes & Equilíbrio de Nash Jogos comuns: são jogos contra a natureza (ex. loteria => jogo de soma zero) Jogos na economia: são jogos contra empresas. São jogos que não dão soma zero Decisões interdependentes => comportamento estratégico Dilema do Prisioneiro (IMPORTANTE: decisão é simultânea e ocorre em um único período): ² Dois empreiteiros foram presos na Lava Jato sob suspeita de formação de cartel e corrupção. Mas, as provas são superficiais. Para penas mais duras, é preciso provas mais fortes ² Os empreiteiros são levados a Polícia Federal e isolados em selas separadas e incomunicáveis para serem interrogados pelo juiz ² Se ambos não confessarem, o juiz não conseguirá impor penas superiores a 4 anos (resultado cooperaovo, do ponto de vista dos empreiteiros) ² Se ambos confessarem, o juiz dará uma pena maior, de 8 anos, para ambos (resultado não cooperaovo, do ponto de vista dos empreiteiros) ² Se um empreiteiro confessar (delação premiada), ganha pena reduzida de 2 anos pela coragem e o outro que não confessou recebe uma pena maior de 14 anos. ² Então existe um incenovo para trair! ² Qual é o resultado provável? ² Confessar ou não? 22

Dilema do Prisioneiro Empreiteiro Y Empreit. X Não Confessar Confessar Não Confessar 4, 4 14, 2 Confessar 2, 14 8, 8 ² Individualmente, existe um incenovo à confessar (2+8 < 4+14). É racional cooperar e confessar, especialmente se o outro empreiteiro não confessar. Uma confissão é mais valiosa do que duas! ² Se ambos não confessarem (4,4) é o equilíbrio cooperaovo (ÓWmo de Pareto)! ² Entretanto, individualmente, a estratégia dominante é confessar (2,14), independente do que o outro fará. ² Como o jogo não se repete, existe um conflito de interesses entre incenovos individuais e coleovos! ² Se o prisioneiro for racional, ele trairá o cúmplice e confessará (delação premiada)! ² É importante que ambos sejam racionais. É também importante que um acredite que o outro seja racional. ² Ambos confessarem é o equilíbrio não cooperaovo (Equilíbrio de Nash)! ² Equilíbrio de Nash conswtui um par de estratégias onde nenhum jogador pode, unilateralmente, mudar sua estratégia e melhorar seu resultado. 23

Dois são suficientes para concorrência MODELO DE BERTRAND 24

Modelo de Bertrand Decisão de precificação é simultânea Se P 1 < P 2, então ü d 2 = 0 e ü d 1 = D(P 1 ) = demanda do mercado Se P 1 = P 2, então ü d 1 = d 2 = ½ D(P 1 ) = demanda do mercado Nestes dois cenários, qual é a estratégia óoma de preços? Depende da conjectura de cada empresa sobre o preço do rival, que gerará as seguintes reações (P 1 (P 2 )): a. Se P 2 for acima do preço de monopólio (RM = CM) => P 1 será o preço de monopólio (lucro máximo) b. Se P 2 for abaixo do preço de monopólio, mas acima do CM=> P 1 será P 2 menos 1 centavo (pois definir P 1 acima de P 2 implicaria em demanda zero) c. Se P 2 for abaixo do CM=> a decisão óoma seria definir P 1 acima de P 2 ou igual ao CM 25

P 1 Curva de Reação em Bertrand P 2 * (P 1 ) 45 o P M P 1 * (P 2 ) CM N CM P M P 2 Como a empresa 2 tem a mesma curva de custo marginal, sua curva de reação será idênoca e simétrica em relação a curva de 45%. Conclusão: o único equilíbrio possível é em N, onde P 1 = P 2 = CM Se os produtos são homogêneos e as curvas de custo marginal também, então o equilíbrio esta em concorrência perfeita! Ou seja, para Bertrand, quando uma empresa perde o monopólio com a entrada de um concorrente idênwco, o equilíbrio é de concorrência perfeita! Pois, o concorrente sempre terá o incenwvo a cortar um pouco seu preço e conquistar toda a demanda. 26

Dilema do Prisioneiro x Bertrand Oligopólio 1 Preço Alto Preço Baixo Oligopólio 2 Preço Alto ½ Q D xp A, ½ Q D xp A 0, Q D xp B Preço Baixo Q D xp B, 0 ½ Q D xp B, ½ Q D xp B ² Se ambos cooperarem (cartel), dividirão o mercado com lucro anormal (P>CM) ² Individualmente, existe um incenovo baixar o preço. É racional baixar o preço e capturar todo o mercado. É a estratégia dominante! ² Ambos manterem os preços altos é o equilíbrio cooperaovo (ÓOmo de Pareto)! ² Ambos baixarem os preços é o equilíbrio não cooperaovo (Equilíbrio de Nash): os oligopolistas dividem o mercado, mas com lucro econômico nulo (concorrência perfeita). 27

MODELO DE COURNOT 28

Modelo de Cournot: Premissas Suponha duas empresas, com produtos homogêneos, sem risco de entrada de um terceiro concorrente Os produtos não podem ser estocados. Individualmente, cada empresa pode produzir o suficiente para atender a toda demanda de mercado Cada empresa atua independentemente para maximizar seus lucros, escolhendo sua produção Conjectura de Cournot: cada empresa acredita que independente de quanto produzir, o rival manterá sua produção constante Suponha que a decisão de quanto produzir venha antes da decisão de precificação Para cada par de (q 1, q 2 ) haverá um preço de equilíbrio p 1 = p 2 = P(q 1 + q 2 ) Demanda residual q 1 (p) = Q(p) q 2 Se c = custo marginal, o lucro de cada empresa será:!! =!!!(!! +!!!)! 29

Modelo de Cournot: Conjecturas com Funções Demanda e CM lineares Qual será a função reação (q 1 = R 1 (q 2 )) que maximiza o lucro de 1 dada a produção de 2? ² Se 1 não produzir nada, então 2 produzirá q 2 e o preço P(0 + q 2 ) = P(q 2 ) P ² Se 1 acredita que 2 produzirá q 2 e decidir produzir q 1, então o preço será definido por P(q 1 + q 2 ) P(q 2 ) Demanda total = Q ² Ou seja, para cada quanodade que 1 decidir produzir, seu preço é dado pela demanda residual: d 1 (q 2 ) P M 1 P(q' 1 +q 2 ) CM ² Se 1 acredita que 2 não produzirá nada, então a produção óoma para 1, q M 1 é definida pela lógica do monopólio (RM = CM) d 1 (q 2 ) => q 1 = Q q 2 ² Se 1 acredita que 2 produzirá a quanodade de concorrência perfeita, q CP, onde P(q CP ) = CM, então 1 produzirá zero q 2 q M 1 RM 1 q CP (q' 1 +q 2 ) q 2 Q O Duolopolista 1 agirá como monopolista (MR=MC) sobre a demanda residual não atendida pelo Duolopolista 2 30

Curva de Reação do Oligopolista 1 q 1 q M q * 1 (q 2 ) q 1 q CP q * 2 (q 1 ) q M N q 1 q CP q 2 q N 1 q * 1 (q 2 ) q CP q N 2 q M q CP q 2 q * 2 (q 1 ) Equilíbrio de Cournot-Nash! q M q 2 31

Dedução da Função Reação Função linear da demanda inversa total: P(q) = a bq, onde Q = q 1 + q 2 Custo Total: C(q) = cq Lucro Total Π 1 = Pq 1 C(q 1 ) = (a b(q 1 + q 2 ))q 1 cq 1 Condição de primeira ordem (δπ 1 /δq 1 = 0) -bq 1 + a - b(q 1 + q 2 ) c = 0 A função de reação óoma para o Duolopolista 1 será:!!!! =!! 2!!! 2! A função reação do Duolopolista 2 será simétrica à 1 O ponto de equilíbrio é a intersecção das duas funções de reação, onde q 1 N = q 2 N = q N!! =!! 3!! 32

Exemplo do Fazendeiro de Melões (C&P, pgs. 262-3) Função demanda total: Q(p) = 1000 1000p Se p = 1, Q = 0 Se p = 0,50, Q = 500 melões Se p = 0, Q = 1000 melões = demanda máxima Demanda inversa: p = 1 0,001xQ Receita Total RT = Q x p = Q 0,001xQ 2 Receita Marginal (RM) RM = 1 0,002xQ Se o custo marginal de 1 e 2 é $ 0,28, então para o monopolista, MR = MC quando Q M = 360 (quanodade óoma de monopólio) 33

Exemplo do Fazendeiro de Melões (ConWnuação...) P 1,00 0,52 0,28 Demanda total = Q CM Demanda residual q 1 (p) = Q(p) q 2 A função resposta óoma de 1 para q 2 é dada pela função R 1 (q 2 ), quando a demanda residual cruza a curva de custo marginal: q 1 = R 1 (q 2 ) = 360 q 2 /2 A função resposta óoma de 2 para q 1 é dada pela função: q 2 = R 2 (q 1 ) = 360 q 1 /2 d 1 (q 2 ) => q 1 = Q q 2 240 480 760 = q 2 = 480+ RM 240 1 240 1.000 Q A solução destas equações simultâneas é q 1 = q 2 = 240 (ou seja, Q = 480), portanto, acima de Q M (=360), mas abaixo de Q CP (720) 34

Curva de Reação do Oligopolista 1 q 1 720 360 240 q * 2 (q 1 ) 240 N q2 q1 Q Preço CM Lucro/Ind. Exc./Cons. ##### 100 #### 310 ##### 410 0,59 0,28 127,1 84,1 ##### 200 #### 260 ##### 460 0,54 0,28 119,6 105,8 ##### 240 #### 240 ##### 480 0,52 0,28 115,2 115,2 Cournot ##### 300 #### 210 ##### 510 0,49 0,28 107,1 130,1 ##### 360 ##### 3 ##### 360 0,64 0,28 129,6 64,8 Monopólio ##### 400 #### 160 ##### 560 0,44 0,28 89,6 156,8 ##### 360 #### 180 ##### 540 0,46 0,28 97,2 145,8 Stackelberg ###### 3 #### 720 ##### 720 0,28 0,28 0,0 259,2 Conc.#Perf. ##### 240 #### 480 ##### 720 0,28 0,28 0,0 259,2 Conc.#Perf. # 1.000 # 1.000 ######### 3 0,28 3280,0# 500,0 360 q * 1 (q 2 ) Equilíbrio de Cournot-Nash! 720 q 2 No modelo de Cournot, as empresas tem incenovo a formar um cartel e atuar como monopolistas. Em N o lucro total é de $ 115,2 ($ 57,6 cada). Atuando como monopolistas, o lucro total seria de $ 129,6 ($ 64,8) 35

Bertrand x Cournot Bertrand # empresas Duas (1, 2) com as mesmas curva de CM (constante) Entrada de novos concorrentes Não Bens Homogêneos. Soma das capacidades = demanda do mercado Decisão Estratégica Equilíbrio Oligopolistas, simultaneamente e independentemente, definem PREÇO e a demanda define a quanodade Concorrência perfeita (P = CM = RM) (Bertrand Nash) Idem Idem Idem Cournot Oligopolistas, simultaneamente e independentemente, definem QUANTIDADE e a demanda define a preço Entre concorrência perfeita e monopólio (Cournot Nash) Qual modelo é mais realista? Depende da indústria... (a) Tempo da decisão de invesor em capacidade x (b) tempo da decisão de precificar o produto (ou serviço) Suponha que (a) seja uma decisão de longo prazo e (b) de curto prazo, pois é mais di]cil ajustar quanodade do que preço, então Cournot é melhor Se quanodade ofertada (b) for mais fácil de ajustar do que preços (a), então Bertrand é melhor 36

MODELO DE STACKELBERG C&P Capítulo 10 37

Bertrand x Cournot: Resumo dos modelos de Variações Conjecturais Bertrand Cournot # empresas Duas empresas são SIMÉTRICAS, com as mesmas curva de CM (constante) e capacidades instaladas! Entrada de novos concorrentes Não Bens Homogêneos. Soma das capacidades = demanda do mercado Decisão Estratégica Equilíbrio Oligopolistas, simultaneamente e independentemente, definem PREÇO e a demanda define a quanodade Concorrência perfeita (P = CM = RM) (Nash em preços) Idem Idem Idem Oligopolistas, simultaneamente e independentemente, definem QUANTIDADE e a demanda define a preço Entre concorrência perfeita e monopólio (Cournot Nash ou Nash em quanodades) Qual modelo é mais realista? Depende da indústria... (a) Tempo da decisão de invesor em capacidade x (b) tempo da decisão de precificar o produto (ou serviço) Na práoca, onde há múloplas interações, estes modelos apresentam falhas. Então por que estudá-los? 1. Mais fácil de explicar e introduzem as questões que a Teoria dos Jogos examinará 2. Por vezes, o equilíbrio dos modelos de variações conjecturais são explicado pela Teoria dos Jogos 3. Fácil aplicação em pesquisa empírica 38

Exemplo do Fazendeiro de Melões (C&P, pgs. 262-3) Função demanda total: Q(p) = 1000 1000p Se p = 1, Q = 0 Se p = 0,50, Q = 500 melões Se p = 0, Q = 1000 melões = demanda máxima Demanda inversa: p = 1 0,001xQ Receita Total RT = Q x p = Q 0,001xQ 2 Receita Marginal (RM) RM = 1 0,002xQ Se o custo marginal de 1 e 2 é $ 0,28, então para o monopolista, MR = MC quando Q M = 360 (quanodade óoma de monopólio) 39

Exemplo do Fazendeiro de Melões (ConWnuação...) P Demanda residual Demanda total = Q 1,00 q 1 (p) = Q(p) q 2 0,52 0,28 q 1 720 360 240 CM 1.000 240 480 760 = Q q 2 = d 1 (q 480+ RM 2 ) => q240 1 = Q q 2 1 240 q * 2 (q 1 ) N Equilíbrio de Cournot-Nash! q * 1 (q 2 ) A função resposta óoma de 1 para q 2 é dada pela função R 1 (q 2 ), quando a demanda residual cruza a curva de custo marginal: q 1 = R 1 (q 2 ) = 360 q 2 /2 A função resposta óoma de 2 para q 1 é dada pela função: q 2 = R 2 (q 1 ) = 360 q 1 /2 A solução destas equações simultâneas é q 1 = q 2 = 240 (ou seja, Q = 480), portanto, acima de Q M (=360), mas abaixo de Q CP (720) Em Cournot, as empresas tem incenwvo a formar um cartel e atuar como monopolistas, pois: Em N o lucro total é de $ 115,2 ($ 57,6 cada). 240 360 720 q 2 Atuando como monopolistas, o lucro total 40 seria de $ 129,6 ($ 64,8)

Stackelberg P 1,00 Demanda total = Q 0,64 O líder conhece a função reação do seguidor O líder escolhe produzir onde RM = CM, ou seja, q 1 = 360 e, como: q 1 = R 1 (q 2 ) = 360 q 2 /2 0,46 0,28 RM1 Demanda Residual 1 CM q 2 será 180 Ou seja, a produção do líder (q 1 ) será maior do que o equilíbrio de Cournot (240) e... q 2 360 540 720 1.000 Q A produção do seguidor (q 2 ) será menor do que o equilíbrio de Cournot (240) O líder terá o dobro de lucro ($ 64,80) que o seguidor ($ 32,40), 360 180 q * 2 (q 1 ) O lucro total da indústria é $ 97,20, o que é menor do que o lucro em Cournot ($ 115,20), pois a produção é maior em Stackelberg (540 x 480) e o preço é menor ($ 0,46 x $ 0,52) 360 720 q 1 41

Resumo q2 q1 Q Preço CM Lucro/Ind. Exc./Cons. ##### 100 #### 310 ##### 410 0,59 0,28 127,1 84,1 ##### 200 #### 260 ##### 460 0,54 0,28 119,6 105,8 ##### 240 #### 240 ##### 480 0,52 0,28 115,2 115,2 Cournot ##### 300 #### 210 ##### 510 0,49 0,28 107,1 130,1 ##### 360 ##### 3 ##### 360 0,64 0,28 129,6 64,8 Monopólio ##### 400 #### 160 ##### 560 0,44 0,28 89,6 156,8 ##### 360 #### 180 ##### 540 0,46 0,28 97,2 145,8 Stackelberg ###### 3 #### 720 ##### 720 0,28 0,28 0,0 259,2 Conc.#Perf. ##### 240 #### 480 ##### 720 0,28 0,28 0,0 259,2 Conc.#Perf. # 1.000 # 1.000 ######### 3 0,28 3280,0# 500,0 42

Questões para Reflexão Qual modelo (Bertrand ou Cournot) é uma melhor aproximação da conduta das seguintes indústrias e por quê: 1. Vídeo games 2. Seguros 3. Sementes Transgênicas 4. Bancos de Varejo 5. Bancos de InvesOmento 6. Telefonia celular 7. Aviação civil domésoca 8. Aviação civil internacional Em que Opos de mercado, oligopolistas agem não cooperaovamente? Em quais eles tendem agir como cartéis? 43