Caderno de Encargos Concessão do antigo edifício do Convento do Carmo para instalação de Unidade Hoteleira. Caderno de Encargos

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Transcrição:

Caderno de Encargos Capítulo I Da Concessão Cláusula 1.ª Objecto do Contrato de Concessão 1. O Caderno de Encargo contém as cláusulas a incluir no contrato a celebrar. 2. Constituem Anexos do Caderno de Encargos os seguintes elementos: a) Código de Exploração; b) Caracterização do Imóvel, condicionantes e objectivos a observar na intervenção. Cláusula 2.ª Objecto e natureza da concessão 1. A concessão tem por objecto a reabilitação do edifício do antigo Convento de Nossa Senhora do Carmo e a sua exploração turística. 2. Integram ainda o objecto da concessão, as actividades de: a) Restauração; b) Outras actividades acessórias definidas no Código de Exploração. Cláusula 3.ª Estabelecimento de concessão 1. O estabelecimento da concessão é composto pelos bens imóveis afectos àquela e pelos direitos e obrigações destinados à realização do interesse público subjacente à celebração do contrato. 2. Para o efeito do disposto no ponto anterior, consideram-se afectos à concessão todos os bens existentes à data de celebração do contrato, assim como os bens a criar, a construir, a adquirir ou a instalar pelo concessionário, em cumprimento do mesmo, que sejam indispensáveis para o adequado desenvolvimento das actividades concedidas. 3. Estão afectos á concessão, designadamente: a) O imóvel do antigo Convento do Carmo ; b) As obras, equipamentos e outros bens que venham a ser realizados e implantados. 4. O concessionário elaborará e manterá permanentemente actualizado e à disposição do concedente, ou de quem for por ele indicado, um inventário dos bens referido no número 2, bem como dos direitos que integram a concessão, que mencionará, nomeadamente, os ónus e encargos que sobre eles recaiam. Câmara Municipal de Moura Página 1 de 18

Cláusula 4.ª Delimitação física da concessão 1. Os limites físicos da concessão são definidos tendo em conta o estabelecimento da concessão; 2. O estabelecimento da concessão integra o edifício do antigo Convento do Carmo e área envolvente, correspondente ao artigo matricial 738 da freguesia de S. João Batista. 3. A igreja de Nossa Sr.ª do Carmo, com o artigo matricial 1240 da freguesia de S. João Batista, encontra-se excluída do âmbito da presente concessão. Cláusula 5.ª Regime de risco 1. O concessionário assume expressa, integral e exclusivamente a responsabilidade pelos riscos inerentes à concessão durante o prazo da sua duração ou eventual prorrogação. 2. Em caso de dúvida sobre a limitação ou repartição do risco do concessionário, considera-se que o risco corre integralmente por conta deste. Cláusula 6.ª Financiamento 1. O concessionário é responsável pela obtenção do financiamento necessário ao desenvolvimento de todas as actividades que integram o objecto do contrato, de forma a garantir o exacto e pontual cumprimento das suas obrigações. 2. Com vista à obtenção do financiamento necessário ao desenvolvimento das actividades concedidas, o concessionário pode contrair empréstimos, prestar garantias e celebrar com as entidades financiadoras os demais actos e contratos que consubstanciam as relações jurídicas de financiamento. 3. Não são oponíveis ao concedente quaisquer excepções ou meios de defesa que resultem das relações contratuais estabelecidas pelo concessionário nos termos do número anterior. Cláusula 7.ª Prazo e termo da concessão A concessão termina a 12 de Março de 2047, podendo ser prorrogada caso se verifique, a prorrogação do prazo de cessão do edifício do Estado Português para o Município de Moura. Capítulo II Do Concessionário Cláusula 8.ª Actividades do concessionário 1. O concedente autoriza o concessionário a desenvolver as seguintes actividades: Câmara Municipal de Moura Página 2 de 18

a) Concepção e execução do projecto de reabilitação, ampliação e manutenção do imóvel do «Convento do Carmo» e exploração para os fins previstos no contrato; b) E restantes actividades de apoio à exploração do Estabelecimento Hoteleiro. 2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, o concessionário pode desenvolver actividades que não estejam previstas no contrato, se complementares ou acessórias das que constituem o objecto principal do contrato e caso seja expressamente autorizado pelo concedente. 3. Considera-se tacitamente concedida a autorização se não for recusada, por escrito, no prazo de noventa dias a contar da data da respectiva solicitação. Capítulo III Exploração do estabelecimento da concessão Cláusula 9.ª Manutenção do estabelecimento da concessão 1. O concessionário obriga-se, durante a vigência do contrato de concessão e a expensas suas, manter o estabelecimento da concessão em bom estado de conservação e perfeitas condições de utilização e de segurança, diligenciando para que o mesmo satisfaça plena e permanentemente o fim a que se destina. 2. O concessionário deve respeitar os padrões de qualidade, de segurança e de comodidade fixados para a classificação da unidade hoteleira. Cláusula 10.ª Obtenção de licenças e autorizações Compete ao concessionário requerer, custear, obter e manter em vigor todas as licenças e autorizações necessárias ao exercício das actividades integradas ou de algum modo relacionadas com o objecto do contrato, observando todos os requisitos que para tal sejam necessários. Cláusula 11.ª Poder de direcção do concedente Sem prejuízo do dispostos nos artigos 302.º a 304.º do código dos Contratos Públicos, o poder de direcção do concedente compreende as seguintes faculdades: a) Dirigir o modo de execução das obras de consolidação e adaptação do Imóvel; b) Fiscalizar o modo de execução do contrato de exploração; c) Aplicar as sanções previstas para a inexecução do contrato de exploração; d) Resolver unilateralmente a concessão; e) Resgatar a concessão; f) Sequestrar a concessão. Câmara Municipal de Moura Página 3 de 18

Cláusula 12.ª Autorizações do concedente 1. Sem prejuízo de outras autorizações expressamente previstas no contrato de concessão, carecem, ainda, de autorização prévia e expressa do concedente a suspensão, a substituição, modificação, cancelamento ou a prática de qualquer acto que afecte a eficácia dos seguintes documentos: a) Garantias prestadas a favor do concedente; b) Garantias prestadas pelos Accionistas a favor do concessionário; 2. A autorização prevista no ponto anterior deve ser concedida no prazo de noventa dias a contar do respectivo pedido. 3. Todos os prazos de emissão, pelo concedente, de autorizações ou aprovações previstas no contrato de concessão contam-se a partir da submissão do respectivo pedido, desde que este se mostre instruído com toda a documentação que a deva acompanhar e suspendem-se com o pedido, pelo concedente, de esclarecimentos ou documentos adicionais, e até que estes sejam prestados ou entregues, considerando-se tacitamente concedidas se não forem recusadas dentro daquele prazo. Cláusula 13.ª Acesso ao estabelecimento da concessão e aos documentos do concessionário 1. O concessionário deve facultar ao concedente, ou a qualquer entidade por este nomeada, livre acesso a todo o estabelecimento da concessão, bem como aos documentos relativos às instalações e actividades objecto de concessão, incluindo os registo de gestão utilizados, estando ainda obrigado a prestar, sobre todos esses elementos, os esclarecimentos que lhe sejam solicitados. 2. O concessionário deve disponibilizar, gratuitamente, ao concedente todos os projectos, planos, plantas e outros elementos, de qualquer natureza, que se revelem necessários ao exercício dos direitos ou ao desempenho de funções atribuídas pela lei ou pelo contrato ao concedente. Cláusula 14.ª Fiscalização pelo concedente 1. Sem prejuízo do disposto nos artigos 302.º, 303.º e 305.º e 306.º do Código dos Contratos Públicos, o concedente pode ordenar a realização de ensaios, testes ou exames, na presença de representantes do concessionário, que permitam avaliar as condições de funcionamento e as características do equipamento, sistemas e instalações respeitantes à concessão, correndo os respectivos custos por conta do concessionário. 2. As determinações do concedente emitidas ao abrigo dos seus poderes de fiscalização são imediatamente aplicáveis e vinculam o concessionário, devendo este proceder à correcção da situação, directamente ou através de terceiros, correndo os correspondentes custos por sua conta. Câmara Municipal de Moura Página 4 de 18

Cláusula 15.ª Reclamações dos utentes 1. O concessionário obriga-se a ter à disposição dos utentes do estabelecimento da concessão livros destinados ao registo de reclamações. 2. Os livros destinados ao registo de reclamações podem ser visados periodicamente pelo concedente. Capítulo IV Modificações subjectivas Cláusula 16.ª Cedência, oneração e alienação 1. É interdito ao concessionário ceder, alienar ou por qualquer modo onerar, no todo ou em parte, a concessão ou realizar qualquer outro negócio jurídico que vise atingir ou tenha por efeito, mesmo que indirecto, idênticos resultados. 2. Os negócios jurídicos referidos no número anterior são inoponíveis ao concedente. Cláusula 17.ª Subcontratação Não existe por parte do concedente qualquer limite à subcontratação por parte do concessionário. Cláusula 18.ª Direito de step in e step out 1.As entidades financiadoras da concessão podem intervir no contrato de concessão, com o objectivo de assegurar a continuidade das prestações objecto do mesmo, devendo assegurar o respeito pelas normais legais reguladoras da actividade subjacente às prestações em causa. 2. A intervenção depende da autorização do concedente, que será concedida fundamentadamente, após a avaliação e verificação de algum dos pressupostos referidos no ponto 3. 3. A autorização para que as entidades financiadoras da concessão possam intervir no contrato de concessão só pode ser concedida em caso de incumprimento grave pelo concessionário de obrigações contratuais estabelecidas perante o concedente ou perante terceiros com quem tenha celebrado subcontratos essenciais para a prossecução do objecto do contrato desde que o incumprimento esteja iminente ou se verifiquem os pressupostos para a resolução do contrato pelo contraente público ou dos subcontratos por terceiros. 4. A intervenção das entidades financiadoras pode revestir as seguintes modalidades: a) Transferência do controlo societário do co-contratante para as entidades financiadoras ou para a entidade indicada pelas entidades financiadoras; b) Cessão da posição contratual do co-contratante para as entidades financiadoras ou para a entidade indicada pelas entidades financiadoras. 5. No caso previsto na alínea b) do número anterior, a posição contratual do co-contratante nos subcontratos celebrados transmitir-se-á automaticamente para as entidades financiadoras ou Câmara Municipal de Moura Página 5 de 18

para a entidade por esta indicada, transmitindo-se novamente para o co-contratante no termo do período de intervenção, se aplicável. Capítulo V Remuneração e preços Cláusula 19.ª Modalidade de Remuneração do concessionário O concessionário é remunerado, exclusivamente, através das receitas geradas de exploração do Estabelecimento Hoteleiro e das suas actividades complementares. Cláusula 20.ª Revisão de preços A revisão de preços é da inteira responsabilidade do concessionário, ficando o concedente impedido de intervir na política de preços de concessionário. Cláusula 21.ª Reposição de equilíbrio financeiro Salvo nos casos especialmente previstos na lei, o concessionário não tem direito à reposição do equilíbrio financeiro da concessão. Cláusula 22.ª Pagamento à entidade concedente 1. O concessionário fica obrigado ao pagamento de uma compensação financeira anual ao Município de Moura, no valor mínimo de 50 000, 00 (cinquenta mil euros), valor actualizado anualmente por aplicação dos coeficientes de actualização aplicáveis aos arrendamentos urbanos não habitacionais. 2. O pagamento referido no número 1 é diferido para o 2º ano da exploração da unidade hoteleira e actividades acessórias ou complementares que vier a ser instalado no imóvel, devendo a compensação reflectir, nesse momento, as sucessivas actualizações que entretanto sofreria. 3. O não pagamento daquele valor até ao final do ano a que disser respeito, obriga o concessionário ao pagamento dos juros de mora previstos na lei. Capítulo VI Garantias do cumprimento das obrigações do concessionário Cláusula 23.ª Garantias a prestar no âmbito do contrato Câmara Municipal de Moura Página 6 de 18

1.Para garantir o exacto e pontual cumprimento das suas obrigações, incluindo as relativas ao pagamento das penalidades contratuais, o concessionário presta uma caução correspondente a 35 000,00 (trinta e cinco mil euros). 2.Se o concessionário não cumprir as suas obrigações legais ou contratuais, o concedente pode considerar perdida a seu favor a caução referida no número 1, independentemente de decisão judicial ou arbitral, nos termos do artigo 296.º do Código dos Contratos Públicos. 3.O concedente obriga-se a promover a liberação da caução no momento do termo do contrato de concessão. Cláusula 24.ª Cobertura por seguros 1.O concessionário deve assegurar a existência e a manutenção em vigor das apólices de seguro necessárias para garantir uma efectiva e compreensiva cobertura dos riscos da concessão, emitidas por seguradoras aceites pelo concedente ou enumeradas em anexo ao contrato de concessão. 2.Constitui estrita obrigação do concessionário a manutenção em vigor das apólices que constam em anexo ao contrato de concessão, nomeadamente através do pagamento atempado dos respectivos prémios, pelo valor que lhe seja debitado pelas seguradoras. Capítulo VII Responsabilidade extracontratual perante terceiros Cláusula 25.ª Responsabilidade pela culpa e pelo risco O concessionário responde, nos termos da lei geral, por quaisquer prejuízos causados a terceiros no exercício das actividades que constituem o objecto da concessão, pela culpa ou pelo risco. Cláusula 26.ª Responsabilidade por prejuízos causados por entidades contratadas 1.O concessionário responde ainda, nos termos gerais da relação comitente comissário, pelos prejuízos causados por entidade por si contratadas para o desenvolvimento de actividades compreendidas na concessão. 2.Constitui especial dever do concessionário garantir e exigir a qualquer entidade com que venha a contratar que promova as medidas necessárias para salvaguarda da integridade dos utentes e do pessoal afecto à concessão, devendo ainda cumprir e zelar pelo cumprimento dos regulamentos de higiene e segurança em vigor. Capítulo VIII Incumprimento do contrato Câmara Municipal de Moura Página 7 de 18

Cláusula 27.ª Sanções contratuais 1.Sem prejuízo da possibilidade de sequestro ou resolução do contrato de concessão nos termos do artigo 333.º do Código dos Contratos Públicos, o concedente pode, com observância do procedimento previsto nos números 1 e 2 do artigo 325.º e no artigo 329.º do Códigos dos Contratos Públicos, aplicar multas em caso de incumprimento pelo concessionário das suas obrigações, incluindo as resultantes de determinações do concedente emitidas nos termos da lei ou do contrato. 2.O montante das multas varia, em função da gravidade da falta e do grau de culpa, entre o valor mínimo de 1 000,00 e máximo de 50 000,00. 3.Se o concessionário não proceder ao pagamento voluntário das multas que lhe forem aplicadas no prazo de trinta dias, o concedente pode utilizar a caução para o pagamento das mesmas. Capítulo IX Extinção e suspensão da concessão Cláusula 28.ª Resgate 1.O concedente pode resgatar a concessão, por razões de interesse público, após o prazo de cinco anos, que corresponde ao prazo máximo de entrada em funcionamento do Estabelecimento Hoteleiro. 2.O resgate é notificado ao concessionário com, pelo menos, seis meses de antecedência. 3.Em caso de resgate, o concessionário tem direito a uma indemnização correspondente aos danos emergentes e aos lucros cessantes, devendo, quanto a estes, deduzir-se o benefício que resulte da antecipação dos ganhos previstos. 4. A indemnização referida no número é determinada nos termos do contrato ou, quando deste não resulte o respectivo montante exacto, nos termos do disposto no nº3 do artigo 566º do Código Civil. Cláusula 29.ª Sequestro 1.Sem prejuízo do disposto no número 3 do artigo 421.º do Código dos Contratos Públicos, em caso de incumprimento grave pelo concessionário das suas obrigações, ou estando o mesmo iminente, o concedente pode, mediante sequestro, tomar a seu cargo o desenvolvimento das actividades concedidas. 2.O sequestro pode ter lugar, nomeadamente, caso se verifique qualquer das seguintes situações, por motivos imputáveis ao concessionário: a)não ter mobilizado os recursos financeiros e técnicos para a concretização do contrato de concessão; b)falência do concessionário; c)não ter realizado as obras de reabilitação, conservação e reutilização do imóvel; d)não ter obtido o licenciamento do imóvel para a instalação de unidade hoteleira. Câmara Municipal de Moura Página 8 de 18

Cláusula 30.ª Resolução pelo Concedente 1.Sem prejuízo dos fundamentos gerais de resolução do contrato de concessão e do direito de indemnização nos termos gerais, o concedente pode resolver o contrato quando se verifique: a)desvio do objecto da concessão; b)cessação ou suspensão, total ou parcial, pelo concessionário da execução ou exploração de obras públicas ou da gestão do serviço público, sem que tenham sido tomadas medidas adequadas à remoção da respectiva causa; c)recusa ou impossibilidade do concessionário em retomar a concessão na sequência de sequestro; d)repetição, após a retoma da concessão, das situações que motivaram o sequestro; e)ocorrência de deficiência grave na organização e desenvolvimento pelo concessionário das actividades concedidos, em termos que possam comprometer a sua continuidade ou regularidade nas condições exigidas pela lei e pelo contrato. f)obstrução do sequestro; g)sequestro da concessão pelo prazo máximo permitido pela lei ou pelo contrato; 2.Nos casos em que esteja previsto, em acordo entre o concedente e as entidades financiadoras, o direito destas de intervir na concessão nas situação de iminência de resolução da concessão pelo concedente, esta apenas pode ter lugar depois de o concedente notificar a sua intenção às entidades financiadoras. 3.Sem prejuízo da observância do procedimento previsto nos números 1 e 2 do artigo 325.º do Código dos Contratos Públicos, a notificação ao concessionário da decisão de resolução produz efeitos imediatos, independentemente de qualquer formalidade. Cláusula 31.ª Caducidade 1.O contrato de concessão caduca quando se verificar o fim do prazo da concessão, extinguindo-se as relações contratuais existentes entre as partes, sem prejuízo das disposições que, pela sua natureza ou pela sua letra, se destinem a perdurar para além daquela data. 2.O concedente não é responsável pelos efeitos de caducidade do contrato de concessão nas relações contratuais estabelecidas entre o concessionário e terceiros. Cláusula 32.ª Domínio público do Estado e reversão de bens 1.No termo da concessão, revertem gratuita e automoticamente para o concedente todos os bens e direitos que integram a concessão, livres de quaisquer ónus ou encargos, obrigando-se o concessionário, dentro de um prazo razoável fixado pelo concedente, a entregá-los em bom estado de conservação e funcionamento, sem prejuízo do normal desgaste do seu uso. 2.Caso o concessionário não dê cumprimento ao disposto no número anterior, o concedente promove a realização dos trabalhos e aquisições que sejam necessários à reposição dos bens aí referidos, correndo os respectivos custos pelo concessionário e podendo ser utilizada a caução para liquidar no caso de não ocorrer pagamento voluntário e atempado dos montantes debitados pelo concedente. Câmara Municipal de Moura Página 9 de 18

Cláusula 33.ª Direitos de propriedade intelectual 1.O concessionário disponibiliza gratuitamente ao concedente todos os projectos, planos, plantas, documentos e outros materiais, de qualquer natureza, que se revelem necessários ao desempenho das funções que a este incumbem nos termos do contrato de concessão, ou ao exercício dos direitos que lhe assistem nos termos do mesmo, e que tenham sido especificamente adquiridos ou criados no desenvolvimento das actividades integradas na concessão, seja directamente pelo concessionário seja pelos terceiros que para o efeito subcontratar. 2.Os direitos de propriedade intelectual sobre os estudos e projectos elaborados para os fins específicos do desenvolvimento das actividades integradas na concessão e, bem assim, os projectos, planos, documentos e outros materiais referidos no ponto anterior serão transmitidos gratuitamente e em regime de exclusividade ao concedente ao fim do prazo da concessão, competindo ao concessionário adoptar todas as medidas para o efeito necessárias. Capítulo X Realização das Obras de Reabilitação, Conservação e Manutenção Cláusula 34.ª Concepção, Projecto e construção da obra O concessionário é responsável pelo financiamento, concepção, projecto, construção, exploração e conservação da obra objecto da concessão, nos termos do contrato de concessão. Cláusula 35.ª Prazo de Conclusão das Obras As obras de reabilitação devem estar concluídas até ao dia 12 de Março de 2010, após a assinatura do contrato de concessão, salvo motivo devidamente justificado. Cláusula 36.ª Execução da obra A data limite para o início de exploração da obra é de dois anos após a data referida no número anterior. Cláusula 37.ª Estudos e projectos 1.O concessionário promoverá, por conta e inteira responsabilidade, e com o acompanhamento e autorização do concedente, a realização dos estudos e projectos necessários à obra concedida. 2.Os estudos e projectos apresentados pelo concessionário deverão respeitar as normas legais e regulamentares aplicáveis e o contrato de concessão. Câmara Municipal de Moura Página 10 de 18

Cláusula 38.ª Programa de Trabalhos O programa de trabalhos a apresentar pelo concorrente no âmbito da proposta a apresentar estabelece, designadamente, as datas em que o concessionário se compromete a apresentar os estudos e os projectos, bem como a iniciar e a concluir as obras. Cláusula 39.ª Responsabilidade do concessionário pela qualidade do projecto e execução da reabilitação do edifício e conservação O concessionário garante ao concedente a qualidade da concepção do projecto e de execução da obra de reabilitação, responsabilizando-se pela sua durabilidade, em permanentes e plenas condições de funcionamento, e operacionalidade, ao longo de todo o período da concessão. Cláusula 40.ª Entrada em serviço da Unidade 1. Após a conclusão dos trabalhos, o concedente procederá à realização de vistoria, a qual deve preceder o início da exploração. 2. A vistoria, será efectuada, conjuntamente, por representantes do concedente e por representantes do concessionário. 3. Da vistoria a que se refere o número anterior é lavrado auto assinado por representantes do concedente e do concessionário. 4. As conclusões da vistoria são vinculativas para as partes, pelo que, o início de exploração da unidade hoteleira só pode ter lugar quando o auto referido no ponto anterior seja favorável e estejam asseguradas as restantes condições previstas no contrato de concessão. Capítulo XI Disposições Finais Cláusula 41.ª Arbitragem 1. Quaisquer litígios relativos, designadamente, à interpretação, execução, incumprimento, invalidade ou resolução do contrato devem ser dirimidos por tribunal arbitral, devendo, nesse caso, ser observadas as seguintes regras: a) Sem prejuízo do disposto nas alíneas b) a d), a arbitragem far-se-á de acordo com as regras processuais estabelecidas pelos árbitros; b) O Tribunal Arbitral tem sede em Moura e é composto por três árbitros; c) O contraente público designa um árbitro, o prestador de serviços designa um outro árbitro e o terceiro, que preside, é cooptado pelos dois designados; d) No caso de alguma das partes não designar árbitro ou no caso de os árbitros designados pelas partes não acordarem na escolha de árbitro presidente, deve Câmara Municipal de Moura Página 11 de 18

este ser designado pelo Presidente do Tribunal Central Administrativo territorialmente competente. 2. A submissão de qualquer questão a arbitragem não exonera as Partes do pontual e atempado do cumprimento das disposições do contrato de concessão, nem exonera o concessionário do cumprimento das determinações do concedente que, no seu âmbito, lhe sejam comunicadas, nem permite qualquer interrupção do normal desenvolvimento das actividades integradas na concessão. 3. O Tribunal Arbitral decide segundo o direito constituído e da sua decisão não cabe recurso. Cláusula 42.ª Comunicações e notificações 1. Sem prejuízo de poderem ser acordadas outras regras quanto às notificações e comunicações entre as partes do contrato, estas devem ser dirigidas, nos termos do Código dos Contratos Públicos, para o domicílio ou sede contratual de cada uma, identificados no contrato. 2. Qualquer alteração das informações de contacto constantes do contrato devem ser comunicadas à outra parte. Cláusula 43.ª Contagem de prazos Os prazos previstos no contrato são contínuos, não se suspendendo aos Sábados, Domingos e dias feriados. Cláusula 44.ª Legislação aplicável O contrato é regulado pela legislação portuguesa, em particular pelo Código dos Contratos Público, diplomas complementares e suas respectivas actualizações. Câmara Municipal de Moura Página 12 de 18

Constituem elementos Anexos ao Caderno de Encargos Anexo 1. Código de Exploração Anexo 2. Termos de Referência: Caracterização do Imóvel e Objectivos de Intervenção Câmara Municipal de Moura Página 13 de 18

Anexo 1. CÓDIGO DE EXPLORAÇÃO (integra o Caderno de Encargos artigo 44º do Código dos Contratos Públicos) Artigo Primeiro (Objecto) O presente Código de Exploração faz parte integrante do Caderno de Encargos relativo ao Procedimento por Negociação para instalação no Convento do Carmo, em Moura, de uma unidade hoteleira, em regime de concessão. Artigo Segundo (Prazo de Exploração) A exploração da unidade hoteleira deve iniciar-se no prazo de 2 anos a contar do termo das obras e tem como prazo máximo o dia 12 de Março de 2047, sem prejuízo deste prazo poder ser prorrogado caso se verifique, a prorrogação do prazo de cessão do edifício do Estado Português para o Município de Moura, nos termos previstos no Auto de Cessão outorgado por estas entidades. Artigo Terceiro (Prazo de Conclusão das Obras) 1.As obras devem estar concluídas até ao dia 12 de Março de 2010. 2. O prazo previsto no ponto um é um prazo de referência pelo que, existindo motivo devidamente justificado, poderá aquele ser prorrogado. Artigo Quarto (Pagamento pela Exploração) 1. O concessionário fica obrigado ao pagamento de uma compensação financeira anual ao Município de Moura, no valor mínimo de 50 000, 00 (cinquenta mil euros), valor actualizado anualmente por aplicação dos coeficientes de actualização aplicáveis aos arrendamentos urbanos não habitacionais. Câmara Municipal de Moura Página 14 de 18

2. O pagamento referido no número 1 é diferido para o 2º ano da exploração da unidade hoteleira que vier a ser instalada no imóvel, devendo a compensação reflectir, nesse momento, as sucessivas actualizações que entretanto sofreria. 3. O não pagamento daquele valor até ao final do ano a que disser respeito, obriga o concessionário ao pagamento dos juros de mora previstos na lei. Artigo Quinto (Actividades Acessórias) É permitido ao concessionário o desenvolvimento de actividades acessórias à exploração hoteleira desde que enquadradas no objecto principal do contrato designadamente, actividades de restauração, organização de actividades desportivas ou culturais, SPA, termas, organização de passeios e actividades turísticas, venda de artigos regionais, entre outros. Artigo Sexto (Bens afectos à concessão) O concessionário constituir-se-á em fiel depositário do edifício e de todo o equipamento e mobiliário existentes e que, eventualmente, lhe sejam entregues, que constarão de um inventário feito em triplicado, devidamente assinado pelo Presidente da Câmara e pelo representante do concessionário. Artigo Sétimo (Obrigações do Concessionário) Constituem obrigações do concessionário: a) Cumprir os prazos estipulados no presente Código; b) Efectuar pontualmente o pagamento anual da compensação financeira estipulada; c) Zelar pelo bom estado de conservação do edifício, equipamento e mobiliário que lhe for entregue; d) Assegurar a obtenção de todas as licenças, certificações, credenciações e autorizações necessárias ao exercício das actividades integradas ou relacionadas com o objecto do contrato e respectivas despesas; e) Garantir o pagamento dos encargos com a actividade a desenvolver; f) Assegurar o nível de serviços, constantes da sua proposta, compatíveis com a classificação do estabelecimento a instalar; g) Não ceder a exploração da unidade hoteleira a terceiros; h) Não vedar o acesso público à Igreja de Nossa Senhora do Carmo; i) Permitir o acesso público, aos residentes no Concelho ou outros, a determinados equipamentos ou actividades que sejam acessórias à unidade hoteleira e considerados de interesse municipal; Câmara Municipal de Moura Página 15 de 18

h) As demais obrigações previstas na lei. Artigo Oitavo (Direitos do Concessionário) Constituem direitos do concessionário: a) Explorar, em regime de exclusividade, o edifício concessionado; b) Utilizar nos termos da lei e do contrato, os bens do domínio público necessários ao desenvolvimento das actividades concedidas, a definir em negociação; c) Solicitar a prorrogação da concessão, nos mesmos termos em que o Estado autorize a prorrogação da cessão à Câmara Municipal, de forma a garantir a viabilidade económica do projecto e o retorno do investimento; d) Solicitar a máxima colaboração do Município no desenrolar da sua actividade; e) Adequar a forma e sede que melhor se adeqúem ao exercício da concessão. Artigo Nono (Direitos do Concedente) Constituem direitos do concedente: a) Receber pontualmente a compensação financeira anual acordada; b) Sequestrar a concessão nos casos previstos na lei e no contrato; c) Resgatar a concessão nos casos previstos na lei e no contrato; d) Solicitar informação ao concessionário sobre o desenvolvimento da sua actividade. e) Fiscalizar a actividade do concessionário, designadamente deslocando-se às instalações afectas à concessão sempre que tal se revele necessário e mediante préaviso adequado; f) Solicitar ao concessionário a promoção de iniciativas de divulgação cultural e turísticas conjuntas. Artigo Décimo (Obrigações do Concedente) Constituem obrigações do concedente: a) Aprovar as operações urbanísticas necessárias à execução do projecto; b) Concertar-se com outras entidades públicas, de modo a prover à aprovação do projecto e à respectiva execução. c) Informar o concessionário de todas as informações relevantes para a execução da concessão. Câmara Municipal de Moura Página 16 de 18

Artigo Décimo Primeiro (Sanções) O incumprimento de qualquer das cláusulas contratuais, a utilização do imóvel para fins diferentes do previsto e a falta de pagamento da anuidade em devido tempo, determinarão a rescisão do contrato, sem prejuízo de sanções pecuniárias que possam vir a ser definidas no contrato de concessão. Artigo Décimo Segundo (Negociação) Á excepção das cláusulas que resultem de imposições decorrentes do Auto de Cessão estabelecido entre o Estado e a Câmara Municipal de Moura e as cláusulas que esta não esteja disposta a negociar, as disposições referidas no presente Código podem ser objecto de negociação entre as partes. Câmara Municipal de Moura Página 17 de 18

Anexo 2 Caracterização do Imóvel e Objectivos de Intervenção Câmara Municipal de Moura Página 18 de 18