Regulamenta os incentivos e benefícios fiscais instituídos pela Lei nº 5.780, de 22 de julho de 2014.



Documentos relacionados
RESOLUÇÃO SMF Nº 2835 DE 05 DE FEVEREIRO DE 2015

DECRETO N.º DE 5 DE MAIO DE 2011

DECRETO Nº DE 15 DE FEVEREIRO DE 2013 (D.O. RIO DE 18/02/2013) O Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro, no uso de suas atribuições legais,

Prefeitura Municipal de São José dos Campos - Estado de São Paulo - LEI COMPLEMENTAR N 490/13 DE 11 DE ABRIL DE 2013

DECRETO Nº , DE 6 DE DEZEMBRO DE 2013.

A lei de incentivos fiscais de Campinas

DECRETO Nº , DE 18 DE DEZEMBRO DE 2014.

ESTADO DO PIAUÍ PREFEITURA MUNICIPAL DE TERESINA

I quando o prestador de serviços estabelecido no Município do Rio de Janeiro executar serviço;

DECRETO Nº 2.525, DE 4 DE SETEMBRO DE Institui o Programa de Recuperação de Créditos da Fazenda Estadual REFAZ e dá outras providências.

Lei Municipal N.º 2.956

DO REPES. Dos Benefícios do REPES

COMISSÃO MISTA PARA DISCUSSÃO DA LEGISLAÇÃO DA MICRO EMPRESA E EMPRESA DE PEQUUENO PORTE

1º O acesso ao Sistema deverá ser feito por meio de Senha Web ou certificado digital.

INSTRUÇÃO NORMATIVA SMFA Nº 01/2010

Prefeitura Municipal de Ibirataia Estado da Bahia

O Prefeito Municipal de Resende, no exercício das atribuições, que lhe são conferidas pela Lei Orgânica do Município, em seu artigo 74, inciso XV,

Prefeitura Municipal de São José dos Campos - Estado de São Paulo - de.:il/q±j0=1 O\ LEI COMPLEMENTAR N 256/03 de 1Ode Julho de 2003

5º REVOGADO. 6º REVOGADO. 7º REVOGADO. 8º REVOGADO. 9º REVOGADO.

LEI Nº 3.073, DE 05 DE JULHO DE 2011

DECRETO Nº 5 DE 2 DE JANEIRO DE 2013

Portaria Interministerial MPS/MF/MP/MDS/SEP Nº 1 DE 01/08/2014

O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE CAPÍTULO I DA DEFINIÇÃO

Cota única e 1ª parcela ª parcela ª parcela ª parcela ª parcela ª parcela

PREFEITURA MUNICIPAL DE AQUIRAZ Secretaria de Finanças e Execução Orçamentária

PUBLICADO NO ÓRGÃO OFICIAL DO MUNICÍPIO Nº 1750 DO DIA 06/08/2012.

DECRETO Nº 1358, DE 08 DE JUNHO DE 2015 D E C R E T A: DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

DECRETO Nº DE 11 DE MAIO DE (Com as alterações introduzidas pelo Decreto nº de 20/10/2014)

IN RFB 882/08 - IN - Instrução Normativa RECEITA FEDERAL DO BRASIL - RFB nº 882 de

PARCELAMENTO ORDINÁRIO PORTO ALEGRE

PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA NACIONAL - PGFN

PREFEITURA MUNICIPAL DE BRUMADO ESTADO DA BAHIA CNPJ/MF Nº / Praça Cel. Zeca Leite, nº 415 Centro CEP: Brumado-BA

MINISTÉRIO DA FAZENDA PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL

DECRETO Nº 134/2013 DE 22 DE ABRIL DE

SECRETARIA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE COMAM - CONSELHO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE. DELIBERAÇÃO NORMATIVA N o 19/98

CARTILHA PARA CONDOMINIOS DAS OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS DOS CONDOMÍNIOS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

Prefeitura Municipal de Vitória Estado do Espírito Santo DECRETO Nº

PORTARIA GSF N 38/2013 Teresina (PI), 10 de junho de 2013.

Prefeitura Municipal de Belém Secretaria Municipal de Finanças

Prefeitura Municipal De Belém Gabinete do Prefeito

DECRETO Nº , DE 15 DE JULHO DE MARTA SUPLICY, Prefeita do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei,

PORTARIA RIOPREVIDÊNCIA Nº. 148 DE 09 DE FEVEREIRO DE 2009.

Lei nº , de (DOU )

GOVERNO DO ESTADO DE RONDÔNIA SECRETARIA DE ESTADO DE FINANÇAS COORDENADORIA DA RECEITA ESTADUAL

*Lei Complementar 374/2009: CAPÍTULO I DA INSCRIÇÃO, LEGALIZAÇÃO E BAIXA

PREFEITURA MUNICIPAL DE CODÓ ESTADO DO MARANHÃO

ESTADO DE SERGIPE PREFEITURA MUNICIPAL DE ARACAJU Secretaria Municipal de Governo LEI COMPLEMENTAR N.º 64/2003 DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003

O Gerente de Tributos Mobiliários da Secretaria Municipal Adjunta de Arrecadações, no uso de suas atribuições legais e regulamentares,

SIMPLES NACIONAL DEVOLUÇÃO DE MERCADORIAS TRATAMENTO FISCAL

ÂMBITO E FINALIDADE SERVIÇO DE EMPRÉSTIMO DE VALORES MOBILIÁRIOS

DECRETO Nº 7.921, DE 15 DE FEVEREIRO DE 2013

DECRETO Nº DE 23 DE NOVEMBRO DE 2009

1.3. Em quais casos é possível solicitar o parcelamento? 1.4. Como saberei se minha empresa possui débitos junto à Anvisa?

LEI COMPLEMENTAR Nº 113 1

GOVERNO DE SERGIPE DECRETO Nº DE 03 DE FEVEREIRO DE 2014

DECRETO Nº 092, DE 1º DE DEZEMBRO DE 2009.

ESTADO DO PIAUÍ PREFEITURA MUNICIPAL DE TERESINA

PREFEITURA MUNICIPAL DE OURO BRANCO ESTADO DE MINAS GERAIS Procuradoria Geral DECRETO Nº 6.487, DE 27 DE OUTUBRO DE 2011.

RESOLUÇÃO CONJUNTA CGM/SMAS/SMA Nº 019 DE 29 ABRIL DE 2005

LEI COMPLEMENTAR Nº 251, De 26 de dezembro de 2005

Instrução Normativa SRF nº 599, de 28 de dezembro de 2005

Redução Juros sobre Multa Punitiva. Redução Multa Punitiva. Parcela Única 60% 60% 75% 75% - N/A

PORTARIA Nº 061/2006

Prefeitura Municipal de Cruzeiro

(Do Sr. Antonio Carlos Mendes Thame) O Congresso Nacional decreta:

DECRETO Nº. 531 DE 01 DE JULHO DE 2012.

Decreto Nº1601 de 19 de Agosto de 2009 DECRETA:

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

ESTADO DE MATO GROSSO PREFEITURA MUNICIPAL DE ALTO GARÇAS CONTROLE INTERNO

CIRCULAR Medida Provisória 252/05

*Decreto /2012: DECRETO Nº , DE 16 DE JULHO DE DISPÕE SOBRE A REGULAMENTAÇÃO DA LEI COMPLEMENTAR Nº 489, DE 31 DE MAIO DE 2012.

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MATEUS ESTADO DO ESPÍRITO SANTO GABINETE DO PREFEITO

PUBLICADO NO ÓRGÃO OFICIAL DO MUNICÍPIO Nº 2030 DE 10/02/2014 DECRETO N. 240/2014


O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

DECRETO Nº , DE 29 DE SETEMBRO DE 2006.

DECRETO Nº. 024, de 11 de Maio de 2010.

LEI Nº DE 27 DE DEZEMBRO DE 2012.

O Sr. Prefeito Municipal de Volta Redonda, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei;

O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE

DECRETO EXECUTIVO nº. 014/2012 D E C R E T A:

REQUERIMENTO PESSOA JURÍDICA

DECRETO Nº , DE 20 DE FEVEREIRO DE 2009.

Estado do Rio Grande do Sul PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA SANTA RITA Gabinete da Prefeita

ARQUIVO ATUALIZADO ATÉ 29/11/2011

I seja aprovado o projeto arquitetônico;

DECRETO N , DE 11 DE AGOSTO DE 2010

MUNICÍPIO DE CAUCAIA

GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA SUBSECRETARIA DA RECEITA MANUAL REFAZ II

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

RESOLUÇÃO CONCEA NORMATIVA Nº 21, DE 20 DE MARÇO DE 2015

LEI , DE 29 DE DEZEMBRO DE

LEI Nº 2465/2013 SÚMULA: II 15.01, no caso da prestação dos serviços de administração de cartão de crédito ou débito e congêneres;

Quarta-feira, 14 de Maio de 2014 N 628

RESOLUÇÃO nº 005/2013-DIREÇÃO

Quinta-feira, 26 de Abril de 2007 Ano XIII - Edição N.: 2834 Diário Oficial do Município Poder Executivo Secretaria Municipal de Governo

Coordenação-Geral de Tributação

Especial Imposto de Renda 2015

Pessoas obrigadas a apresentar a Declaração de Ajuste Anual do IRPF 2015

ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE JARDIM

Transcrição:

DECRETO Nº 39680 DE 23 DE DEZEMBRO DE 2014 Regulamenta os incentivos e benefícios fiscais instituídos pela Lei nº 5.780, de 22 de julho de 2014. O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela legislação em vigor, e CONSIDERANDO o disposto na Lei nº 5.780, de 22 de julho de 2014, que institui incentivos e benefícios fiscais para incremento da produção habitacional na Área de Especial Interesse Urbanístico AEIU do Porto do Rio de Janeiro, DECRETA: CAPÍTULO I DA REMISSÃO E DA ISENÇÃO DO IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA IPTU E DA TAXA DE COLETA DOMICILIAR DE LIXO TCL Seção I Da Remissão Art. 1º Ficam remitidos os créditos tributários do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana IPTU e da Taxa de Coleta Domiciliar de Lixo TCL, inscritos ou não em dívida ativa, constituídos até 23 de julho de 2014, relativos aos imóveis, situados na Área de Especial Interesse Urbanístico AEIU do Porto do Rio de Janeiro: I residenciais existentes; e II que sejam objeto de construção de novas unidades residenciais ou de transformação de uso para unidades residenciais. Art. 2º A remissão de que trata o inciso I do art. 1º será implantada de ofício pela Procuradoria da Dívida Ativa ou pela Coordenadoria do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana, conforme o crédito esteja ou não inscrito em dívida ativa. 1º Em se tratando de créditos tributários inscritos em dívida ativa, a Coordenadoria do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana prestará à Procuradoria da Dívida Ativa as informações necessárias para a implantação da remissão dos referidos créditos. 2º Caso a remissão de que trata o inciso I do art. 1º não seja implantada de ofício no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data de publicação deste Decreto, o contribuinte poderá encaminhar o respectivo requerimento à Coordenadoria do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana, a qual, na hipótese do crédito se encontrar inscrito em dívida ativa, encaminhará o respectivo processo à Procuradoria da Dívida Ativa, instruído com as informações necessárias. Art. 3º A remissão de que trata o inciso II do art. 1º será objeto de pedido do contribuinte, a ser protocolizado na Coordenadoria do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana até 23 de julho de 2019. 1º Compete ao titular da Coordenadoria do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana reconhecer o direito à remissão de que trata o caput. 2º A remissão de que trata o caput fica condicionada à observância do disposto nos arts. 16 e 17 e será reconhecida sob condição resolutória de ulterior descumprimento dos requisitos previstos neste Decreto.

3º A cobrança dos tributos objeto do pedido de remissão de que trata o caput ficará suspensa durante o período das obras de construção ou transformação. 4º Havendo créditos tributários inscritos em dívida ativa, a Coordenadoria do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana encaminhará o respectivo processo à Procuradoria da Dívida Ativa para a suspensão da cobrança desses créditos. 5º Após a suspensão mencionada no 4º, o processo deverá retornar à Coordenadoria do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana. 6º Reconhecido em definitivo o direito à remissão, a Coordenadoria do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana cancelará o respectivo crédito tributário e, estando este inscrito em dívida ativa, encaminhará o processo à Procuradoria da Dívida Ativa para que esta adote igual providência. 7º Não atendidas as exigências previstas neste Decreto para a remissão a que se refere o caput, a Coordenadoria do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana indeferirá o pedido e, conforme o caso: I efetuará a exigência dos tributos com todos os acréscimos legais; ou II encaminhará o processo à Procuradoria da Dívida Ativa para ciência e prosseguimento da cobrança dos créditos tributários com todos os acréscimos legais. 8º Da decisão do titular da Coordenadoria do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana que indeferir o pedido de remissão caberá um único pedido de reconsideração, no prazo de 30 (trinta) dias contados da respectiva ciência. 9º Não caberá qualquer recurso contra a decisão do pedido de reconsideração prevista no 8º. 10. Os documentos a serem juntados ao processo de pedido de remissão serão definidos em ato do Secretário Municipal de Fazenda. Art. 4º A remissão de que trata esta Seção não dará direito à restituição de valores porventura pagos anteriormente a 23 de julho de 2014. Seção II Da Isenção Art. 5º Ficam isentos do IPTU e da TCL os imóveis situados na AEIU da Região do Porto do Rio de Janeiro: I residenciais existentes, relativamente aos exercícios de 2015 a 2019; e II que sejam objeto de construção de novas unidades residenciais ou de transformação de uso para unidades residenciais, a partir do exercício seguinte ao da abertura do processo de licenciamento da obra e até a expedição do habite-se ou a aceitação das obras. Art. 6º A isenção de que trata o inciso I do art. 5º será reconhecida de ofício pela Coordenadoria do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana, mediante implantação dos dados nos sistemas informatizados. Parágrafo único. Para fazer jus à isenção de que trata o caput, o contribuinte não poderá transformar o uso da unidade imobiliária residencial até 31 de dezembro de 2019.

Art. 7º A isenção prevista no inciso II do art. 5º condiciona-se ao reconhecimento pela Gerência de Consultas Tributárias da Coordenadoria de Consultas e Estudos Tributários, nos termos do Decreto nº 14.602, de 29 de fevereiro de 1996. 1º O pedido de reconhecimento da isenção de que trata o caput será protocolizado na Coordenadoria do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana, que o encaminhará à Coordenadoria de Consultas e Estudos Tributários. 2º A data limite para protocolização do pedido de reconhecimento da isenção referida no caput será 23 de julho de 2019. 3º A isenção de que trata o caput fica condicionada à observância do disposto nos arts. 16 e 17 e será reconhecida sob condição resolutória de ulterior descumprimento dos requisitos previstos neste Decreto. 4º Os documentos a serem juntados ao pedido de reconhecimento da isenção de que trata o caput serão definidos em ato do Secretário Municipal de Fazenda. CAPÍTULO II DA ISENÇÃO DO IMPOSTO SOBRE A TRANSMISSÃO DE BENS IMÓVEIS E DE DIREITOS A ELES RELATIVOS, REALIZADA INTER VIVOS, POR ATO ONEROSO ITBI Art. 8º Ficam isentas do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis e de Direitos a Eles Relativos, Realizada Inter Vivos, por Ato Oneroso ITBI as aquisições de imóveis, edificados ou não, para fins de construção de novas unidades residenciais ou de transformação de uso para unidades residenciais, situados na AEIU da Região do Porto do Rio de Janeiro. Parágrafo único. Considera-se operação de aquisição da propriedade inclusive a transmissão do domínio útil dos imóveis foreiros. Art. 9º A isenção prevista no art. 8º condiciona-se ao reconhecimento pela Gerência de Consultas Tributárias da Coordenadoria de Consultas e Estudos Tributários, nos termos do Decreto nº 14.602, de 1996. 1º O pedido de reconhecimento da isenção de que trata o caput será protocolizado na Coordenadoria do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis, que o encaminhará à Coordenadoria de Consultas e Estudos Tributários. 2º A data limite para protocolização do pedido de reconhecimento da isenção referida no caput será 23 de julho de 2019. 3º A isenção de que trata o caput fica condicionada à observância do disposto nos arts. 16 e 17 e será reconhecida sob condição resolutória de ulterior descumprimento dos requisitos previstos neste Decreto. 4º Os documentos a serem juntados ao pedido de reconhecimento da isenção de que trata o caput serão definidos em ato do Secretário Municipal de Fazenda. CAPÍTULO III DA ISENÇÃO DO IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA ISS

Art. 10. Ficam isentos do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza ISS, durante o prazo para execução das obras, a contar da expedição da primeira licença de obras, os serviços de que tratam os subitens 7.02, 7.03, 7.04 e 7.05 da lista do art. 8º da Lei nº 691, de 24 de dezembro de 1984, quando vinculados à construção de novas unidades residenciais ou à transformação de uso para unidades residenciais. 1º A isenção fica condicionada a que: I o conjunto das novas unidades residenciais construídas ou transformadas represente, conforme licença de obras expedida pelo órgão competente da SMU, no mínimo: a) 70% (setenta por cento) da área total edificada, nos setores sujeitos à utilização dos Certificados de Potencial Adicional de Construção CEPACs; ou b) 50% (cinquenta por cento) da área total edificada, na Área de Proteção do Ambiente Cultural dos Bairros da Saúde, Gamboa e Santo Cristo APAC SAGAS; e II a emissão da Certidão de Visto Fiscal se dê no prazo máximo de: a) 48 (quarenta e oito) meses a contar da data de expedição da primeira licença de obras, nos setores sujeitos à utilização dos CEPACs; ou b) 24 (vinte e quatro) meses a contar da data de expedição da primeira licença de obras, na APAC SAGAS. 2º Os titulares de direitos sobre prédios ou os contratantes de obras e serviços são responsáveis pelo ISS devido pelos prestadores de serviços a que se refere o caput, caso não atendidas as condições previstas no 1º. 3º A isenção somente se aplica quando a primeira licença de obras de que trata o inciso II do 1º houver sido expedida a partir de 23 de julho de 2014. 4º Considera-se área total edificada do imóvel aquela constante do cadastro da SMU na data da expedição da primeira licença de obras de que trata o inciso II do 1º. Art. 11. Sem prejuízo dos demais requisitos e condições previstos neste Decreto, o interessado, para ter direito à fruição da isenção de que trata o art. 10, deverá obter a expedição da primeira licença de obras até 23 de julho de 2019. Art. 12. A isenção de que trata o art. 10 não se aplica às microempresas e empresas de pequeno porte enquadradas no Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte Simples Nacional, nos termos definidos na Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Art. 13. Os contribuintes do ISS que se beneficiarem da isenção de que trata o art. 10 continuarão sujeitos às obrigações acessórias previstas na legislação. Art. 14. Compete à Coordenadoria do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza e Taxas a verificação do cumprimento das condições da isenção de que trata o presente Capítulo. CAPÍTULO IV DA CERTIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES URBANÍSTICAS

Art. 15. Compete à SMU, para fins de verificação por parte dos demais órgãos envolvidos na concessão dos incentivos e benefícios fiscais, certificar, no campo Observações da primeira licença de obras e suas prorrogações: I o percentual do conjunto das unidades residenciais a serem construídas ou transformadas em relação à área total edificada do imóvel; II se a construção de novas unidades residenciais ou a transformação de uso para unidades residenciais ocorrerão nos setores sujeitos à utilização dos CEPACs ou na APAC SAGAS; e III a existência de assinatura do Termo de Compromisso firmado entre o contribuinte e o Município, observado o disposto no 1º do art. 17. Parágrafo único. Caso a primeira licença de obras ou as suas eventuais prorrogações tenham sido expedidas após 23 de julho de 2014, e antes da publicação deste Decreto, a SMU emitirá, a pedido do interessado, declaração que contenha as informações constantes deste artigo, para fins de instrução dos pedidos de remissão e/ou isenção previstos no Capítulo I. CAPÍTULO V DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 16. Os incentivos fiscais de que tratam os arts. 1º, inciso II, 5º, inciso II, e 8º somente se aplicarão se: I o conjunto das novas unidades residenciais construídas ou transformadas representar, conforme licença de obras expedida pelo órgão competente da SMU, no mínimo: a) 70% (setenta por cento) da área total edificada, nos setores sujeitos à utilização dos CEPACs; ou b) 50% (cinquenta por cento) da área total edificada, na APAC SAGAS; e II houver a expedição do habite-se ou a aceitação das obras, conforme o caso, no prazo máximo de: a) 48 (quarenta e oito) meses a contar da data de expedição da primeira licença de obras, nos setores sujeitos à utilização dos CEPACs; ou b) 24 (vinte e quatro) meses a contar da data de expedição da primeira licença de obras, na APAC SAGAS. 1 Os incentivos fiscais serão reconhecidos sob condição de posterior comprovação das condições previstas neste artigo. 2 Verificando-se o não atendimento das condições previstas neste artigo, os tributos deverão ser recolhidos com os devidos acréscimos legais. 3º Os incentivos fiscais somente se aplicam quando a primeira licença de obras de que trata o inciso II do caput houver sido expedida a partir de 23 de julho de 2014. 4º Considera-se área total edificada do imóvel aquela constante do cadastro da SMU na data da expedição da primeira licença de obras de que trata o inciso II do caput. Art. 17. Fica vedada, pelo prazo de 20 (vinte) anos a contar da expedição do habite-se ou da aceitação das obras, conforme o caso, a transformação de uso das unidades imobiliárias residenciais que utilizarem qualquer dos incentivos fiscais previstos neste Decreto. 1º O licenciamento das obras com os incentivos deste Decreto fica condicionado à assinatura de Termo de Compromisso firmado com o Município do Rio de Janeiro, por intermédio da

SMU, estabelecendo a obrigatoriedade de manutenção do uso residencial pelo prazo previsto no caput. 2º O habite-se ou a aceitação das obras, conforme o caso, somente será concedido após a assinatura do Termo de Compromisso na forma do 1º. 3º Ato do Secretário Municipal de Urbanismo especificará o modelo do Termo de Compromisso. Art. 18. Nos setores sujeitos à utilização dos CEPACs, a concessão dos incentivos cessará quando o conjunto das unidades imobiliárias residenciais atingir o limite de 50% (cinquenta por cento) de consumo do estoque de potencial adicional de construção, caso isso ocorra antes de 23 de julho de 2019. Parágrafo único. Atingido o percentual a que se refere o caput, a SMU não mais expedirá licenças de obras com os incentivos de que trata este Decreto. Art. 19. A SMU prestará as informações necessárias à implantação de ofício da remissão e da isenção previstas no Capítulo I. Art. 20. A concessão dos incentivos e benefícios fiscais de que trata este Decreto não gera direito adquirido e será cancelada de ofício sempre que se apurar que o beneficiado não cumpria ou deixou de cumprir os requisitos para sua fruição, caso em que os tributos serão cobrados com todos os acréscimos legais, sem prejuízo da aplicação das penalidades cabíveis. Art. 21. Atos do Secretário Municipal de Fazenda e do Secretário Municipal de Urbanismo estabelecerão os demais documentos e procedimentos que se fizerem necessários para o cumprimento do presente Decreto. Art. 22. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Rio de Janeiro, 23 de dezembro de 2014; 450º ano da fundação da Cidade. EDUARDO PAES