ORAÇÃO DE ABERTURA Pai Oxalá, hoje agradeço pelo dia maravilhoso, pela noite maravilhosa que estamos vivendo agora, pelo cobertor que me aquecerá daqui a pouco, pelo meu alimento, por mais um dia de trabalho. E principalmente por mais um dia de vida. Abençoa, Senhor, meus amigos e inimigos, porque eles também precisam de Ti. Senhor, realize os seus sonhos e dê a vitória que lhe é necessária em merecida a cada um aqui presente nesta noite, assim seja! AFLIÇÕES CAUSAS 1. Bem-aventurados os que choram, pois que serão consolados. Bemaventurados os famintos e os sequiosos de justiça, pois que serão saciados. Bem-aventurados os que sofrem perseguição pela justiça, pois que é deles o reino dos céus. (MATEUS, cap. V, vv. 5, 6 e 10.) 2. Bem-aventurados vós que sois pobres, porque vosso é o reino dos céus. Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis saciados. - Felizes sois vós que agora chorais, porque rireis. LUCAS, 6, vv. 20 e 21.) Somente na vida futura podem realizar-se as compensações que Jesus promete aos sofredores da Terra. Sem a certeza do futuro, estas palavras seriam um contra-senso; uma enganação. E mesmo com essa certeza, dificilmente se compreende o porque de sofrer para ser feliz. Pergunta-se: 1. Por que sofrem uns mais do que outros? 2. Por que uns nascem na miséria e outros na riqueza, sem coisa alguma haverem feito que justifique essas posições? 3. Por que uns nada conseguem, ao passo que a outros tudo parece sorrir? 4. Por que homens bons sofrem, e os maus prosperam? A fé no futuro pode consolar e dar paciência, mas não explica essas anomalias. Até parece que a justiça de Deus é uma ilusão. Entretanto, VAMOS RACIOCINAR. Desde que admita a existência de Deus, não podemos concebê-lo sem uma infinita perfeição, poder, justiça, bondade. Se é soberanamente bom e justo, não pode agir caprichosamente. Logo, as dificuldades da vida derivam de uma causa e, se Deus é justo, justa há de ser essa causa. QUAIS SÃO ESSAS CAUSAS? Hoje nós vamos comentar essas causas com o auxilio dos benfeitores espirituais, baseado no EVANGELHO de JESUS.
CAUSAS DAS AFLIÇÕES São de dois tipos as dificuldades da vida, ou, provem de duas fontes diferentes: Umas têm sua causa na vida presente; outras, fora desta vida. VIDA PRESENTE: A maioria esmagadora dos males terrestres são conseqüência natural do caráter e da conduta dos que os sofrem. 1. Quantos homens caem por sua própria culpa! Quantos são vítimas de sua imprevidência, de seu orgulho e de sua ambição! 2. Quantos se arruinam por falta de ordem, de perseverança, pelo má conduta, ou por não terem sabido limitar seus desejos materiais! 3. Quantas casamentos infelizes, feitos por interesse ou por vaidade onde o coração não tomou parte! 4. Quantos desentendimentos, quantas disputas se teriam evitado com um pouco de moderação e menos melindres! 5. Quantas doenças e sofrimentos decorrem da imprudência e dos excessos de todo gênero! 6. Quantos pais são infelizes com seus filhos, porque não lhes combateram desde o princípio as más tendências! O orgulho, do egoísmo e da vaidade; depois, admiram-se e se afligem pela ingratidão deles. E aí a gente sempre fala: Se eu tivesse feito diferente, ou deixado de fazer tal coisa, não estaria em semelhante situação. A quem, então, nós vamos responsabilizar por todas essas aflições, angustias, sofrimentos, senão a nós mesmo? O homem, pois, em grande número de casos, é o causador de seus próprios infortúnios; mas, é mais simples procurar um culpado, acusar a sorte, a Deus, ao passo que a sua má sorte é apenas a sua negligencia. Os males dessa natureza formam o maior contingente de contrariedades da vida. 90%... O homem as evitará quando trabalhar por sua melhora moral, e intelectual. CAUSAS ANTERIORES DAS AFLIÇÕES: VIDAS PASSADAS Há alguns males na vida que, pelo menos na aparência, são completamente estranhos e parecem atingir o homem como uma fatalidade.
Exemplo: 1. a perda de entes queridos e a dos que são o amparo da família. 2. os acidentes que nenhuma previsão poderia impedir; 3. o insucesso da fortuna, que frustram todas as precauções aconselhadas pela prudência; 4. os flagelos naturais, 5. as enfermidades de nascença, há as que tiram até os meios de ganhar a vida pelo trabalho: 6. as deformidades de nascença, 7. as doenças mentais, etc. 8. crianças que morrem jovens e só conheceram sofrimentos? Que fizeram essas pessoas para se verem neste mundo com tantas misérias, se nem tempo tiveram para praticar nem o bem, nem o mal? Como compreender seres tão infelizes? As vezes, ao lado deles, na mesma família, há outros favorecidos e que tudo dá certo? Seguindo o princípio que: todo efeito tem uma causa, tais misérias são efeitos que hão de ter uma causa e, se Deus é justo, essa causa também deve de ser justa. Ao efeito precede sempre a causa, se esta não se encontra na vida atual, há de ser anterior a essa vida, numa existência precedente. Se somos punidos, é que fizemos o mal; se esse mal não o fizemos na presente vida, então o fizemos noutra. Então o homem nem sempre é punido na sua existência atual; mas não escapa nunca às conseqüências de suas faltas. A lei humana atinge certas faltas e as pune. Mas a lei não atinge, nem pode atingir todas as faltas. Mas da lei de Deus, de Sua justiça ninguém fica impune. Não há falta alguma, por mais leve que seja, nenhuma infração da sua lei, que não acarrete forçosas e inevitáveis conseqüências. Nas pequenas coisas, como nas grandes, o homem é sempre punido por aquilo em que pecou. Os sofrimentos que decorrem do pecado são-lhe uma advertência de que procedeu mal.
A JUSTIÇA DIVINA LEI DE CAUSA E EFEITO Por uma rigorosa justiça distributiva o homem sofre o que fez sofrer aos outros sofrerem. Não há uma única falta, qualquer que seja ela, que não acarrete uma punição forçada e inevitável. Se foi duro e desumano, poderá ser a seu turno tratado duramente e com desumanidade; se foi orgulhoso, poderá nascer em humilhante condição; se foi avaro, egoísta, ou se fez mau uso de suas riquezas, poderá ver-se privado do necessário; se foi mau filho, poderá sofrer pelo procedimento de seus filhos, etc. Assim se explicam pela pluralidade das existências e pela destinação da Terra, como mundo expiatório, os absurdos que a divisão de felicidade e da infelicidade apresenta entre os bons e os maus neste planeta. Tudo se explica e fica fácil de compreender quando consideramos uma série de existências. A cada um é atribuída a parte que merece: MERECIMENTO. A justiça de Deus nunca falha. Dão-lhe experiência, fazem-lhe sentir a diferença existente entre o bem e o mal e a necessidade de se melhorar para, de futuro, e evitar fonte de amarguras que está vivendo; Entretanto, a experiência, algumas vezes, chega um pouco tarde: a pessoa está velha, as forças já estão gastas. E diz: "Se no começo dos meus dias eu soubesse o que sei hoje, quantos problemas eu teria evitado! Se houvesse de recomeçar, faria de outra maneira. No entanto, já não há mais tempo!" Mas haverá tempo em outra existência. Após a noite do túmulo, brilhará o Sol de uma nova vida, e então será possível aproveitar a experiência do passado e suas boas intenções para o futuro. A prosperidade do mau é apenas momentânea; ele não escapará à justiça divina. Se ele não sofrer as conseqüências hoje, sofrerá amanhã, ao passo que aquele que sofre está purificando-se.
O infortúnio que, à primeira vista, parece SEMPRE imerecido tem sua razão de ser, e aquele que se encontra em sofrimento pode sempre dizer: 'Perdoa-me, Senhor, porque eu pequei. As dificuldades podem ser impostas a Espíritos endurecidos, ou extremamente ignorantes, mas os Espíritos arrependidos, desejosos de reparar o mal que fizeram e de melhorar-se, estes podem escolher. A pessoa humana só pode melhorar-se pela força de sua vontade e não por qualquer constrangimento. Os Espíritos não podem aspirar à completa felicidade, enquanto não se tenham tornado puros: qualquer impureza lhes interdita a entrada nos mundos felizes. São como os passageiros de um navio onde há peste, aos quais se interdita o acesso à cidade a que aportem, até que se hajam descontaminado. Mediante as diversas existências corpóreas é que os Espíritos se livram, pouco a pouco, de suas imperfeições. As provações da vida os fazem adiantar-se, quando bem suportadas. Dele depende, pela resignação, tornar proveitoso o seu sofrimento e não perder o seu fruto com as suas impaciências, pois do contrário, terá de recomeçar. MOTIVOS DE RESIGNAÇÃO Nós evoluímos somente através da dor, da necessidade, do sofrimento, da miséria; ninguém evolui na abundancia, na riqueza, na fartura. AS PROVAS TEM COMO OBJETIVO DESENVOLVER E EXERCITAR NOSSA INTELIGÊNCIA, PACIENCIA E RESIGNAÇÃO. Precisamos analisar a vida de maneira mais espiritualizada. Precisamos moderar nossos desejos, Precisamos contentar-nos com nossa posição, sem invejar a dos outros. Desta forma teremos uma calma, uma resignação tão úteis à saúde do corpo quanto à da alma, Ao passo que com a inveja, o ciúme e a ambição, voluntariamente nos condenamos à tortura, aumentamos nossas misérias e angústias de nossa vida tão curta.
O problema é o endereço da FRAQUEZA INTERIOR. O desânimo é uma falta. Poucos compreendem que somente as provas bem suportadas podem conduzi-los ao reino de Deus. Deus vos recusa consolações, desde que vos falte coragem. Onde vamos buscar coragem? A prece é um apoio para a alma; Deus já nos disse muitas vezes que não coloca fardos pesados em ombros fracos. O fardo é proporcional às forças, como a recompensa será proporcional à resignação e à coragem. A FELICIDADE NÃO É DESTE MUNDO. Com efeito, nem a riqueza, nem o poder, nem mesmo a juventude são condições essenciais à felicidade. Nem mesmo essas três condições juntas, porque sempre ouvimos, mesmo nas classes mais privilegiadas, pessoas de todas as idades se queixarem amargamente da situação em que se encontram. Neste mundo, por mais que faça, cada um tem a sua parte de trabalho e de miséria, sua cota de sofrimentos e de decepções, donde facilmente se chega à conclusão de que a Terra é lugar de provas e de expiações. A FELICIDADE NÃO ESTÁ NAS COISAS PERECÍVEIS. O que consiste a felicidade na Terra é coisa tão passageira para aquele que não é guiado pela sabedoria, que, por um ano, um mês, uma semana de satisfação completa, todo o resto da existência é uma série de amarguras e decepções. Assim sendo VAMOS NOS DESPOJAR DO HOMEM VELHO. JESUS É UM MODELO DEFINITIVO E ÚNICO PARA TODOS OS HOMENS. Devemos todos consagrar-nos à propagação do Evangelho que já deu começo à vossa própria regeneração. Que nesta reunião solene todos os vossos corações aspirem a esse grandioso objetivo de preparar para as gerações FUTURAS um mundo onde já não seja ILUSÓRIA a palavra felicidade.