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46 Artigo Original Autores: Caroline Nunes Ferreira 1 Tais Freire Galvão 1 Priscila Gava Mazzola 1 Gislaine Ricci Leonardi 1 1 Faculdade de Ciências Farmacêuticas(FCF), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) Campinas (SP), Brasil. Correspondência: Gislaine Ricci Leonardi Rua Cândido Portinari, 200 13083 871 - Cidade Universitária - Campinas - SP, Brasil. E-mail: gislaine.leonardi@fcf. unicamp.br Data de recebimento: 09/12/2017 Data de aprovação: 13/03/2018 Trabalho realizado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Campinas (SP), Brasil. Avaliação do conhecimento sobre fotoproteção e da exposição solar de estudantes universitários Assessment of university students knowledge of photoprotection and exposure to the sun DOI: http://www.dx.doi.org/10.5935/scd1984-8773.20181011118 RESUMO Introdução: O número de casos de carcinoma cutâneo tem aumentado cada vez mais e vem determinando a necessidade de aprimorar estratégias de saúde economicamente eficazes para prevenir a doença e suas complicações. Objetivo: Realizar estudo transversal, tendo os dados sido coletados diretamente com os participantes, por meio da aplicação de questionário. Métodos: Com os dados coletados realizou-se o cálculo da regressão logística bivariada, obtendo-se a razão de chances (OR) e o intervalo de confiança (IC) 95% entre as variáveis independentes e o comportamento de risco, o qual foi determinado pela não utilização diária de filtro solar e/ou outros meios de fotoproteção. A amostra foi composta por 200 estudantes, 50% da área de exatas e 50% da área biológica. Resultados: Não foi constatada diferença significativa entre o comportamento dos graduandos nas diferentes áreas analisadas. Mulheres apresentaram menor comportamento de risco em relação aos homens (OR=0,07; IC95%: 0,01-0,56). Conclusões: A maior parte dos universitários não se protege da exposição solar adequadamente, sendo esse comportamento de risco inferior nas mulheres. Ações de fotoeducação são importantes entre os estudantes Palavras-chave: Estudantes; Pele; Prevenção de doenças; Radiação solar ABSTRACT Introduction: The number of cases of cutaneous carcinoma has been steadily increasing, which calls for the necessity of improving cost effective health strategies aimed at preventing that disease and related complications. Objective: To perform a cross-sectional study with data collected directly from the participants, through the application of a questionnaire. Methods: Once the data was collected, the bivariate logistic regression was used to calculate the odds ratio (OR) and the 95% confidence interval (CI) between the independent variables and the risk behavior, which corresponded to the non-daily use of sunscreen and/or other photoprotection method. The sample consisted of 200 students of which 50% studied mathematical sciences and 50% studied biological sciences. Results: There was no significant difference between the students' behavior according to the different science field they were studying. Women presented lower risk behavior as compared to men (OR = 0.07; CI 95% = 0.01-0.56). Conclusions: Most university students do not protect themselves adequately when exposed to the sun, with this risk behavior being lower in women. Actions aimed at photo-educating students are important. Keywords: Disease prevention; Skin; Solar radiation; Students Suporte Financeiro: Nenhum. Conflito de Interesses: Nenhum.

Importância da fotoeducação para universitários 47 INTRODUÇÃO Os casos de carcinoma cutâneo têm aumentado em todo o mundo, fato que representa alto custo social e financeiro para as pessoas e para os sistemas de saúde. 1-3 O reconhecimento desse impacto cada vez maior vem determinando a necessidade de aprimorar estratégias de saúde economicamente eficazes para prevenir a doença e suas complicações. 1-3 A etiologia do câncer de pele está relacionada, principalmente, ao aumento da exposição ao sol, o que ocorre significativamente na infância. 3-8 Os efeitos da exposição à radiação ultravioleta representam fator de risco bem estabelecido para câncer de pele e fotoenvelhecimento. A exposição ao sol durante as primeiras décadas de vida aumenta a vulnerabilidade aos efeitos nocivos da radiação. 3-8 Considerando a expectativa de vida de 78 anos, 23% da radiação ultravioleta a que uma pessoa se submete ocorre até os 18 anos, 46% até os 40 anos e 74% até os 59 anos de idade. 9 Orientações sobre fotoeducação devem incluir jovens, crianças e seus cuidadores, para que adquiram hábitos saudáveis e conscientes, e, assim, reduzam o risco de desenvolvimento de algum problema tardio devido à exposição solar irresponsável. 10,11 A fotoeducação é importante para a manutenção da saúde da população adulta, principalmente pelo fato de os danos causados pelos raios ultravioletas serem cumulativos ao longo da vida. 10 Além disso, jovens costumam expor-se excessivamente à radiação solar, posto que passam bastante tempo ao ar livre. É importante, portanto, conhecer o comportamento dos universitários a fim de promover sua conscientização, pois, se a fotoproteção for inadequada, constituirá fator de risco ao câncer de pele. 12,13 Este estudo teve como objetivo investigar as práticas de exposição e proteção solar e fatores associados em estudantes universitários de Campinas, São Paulo, Brasil. MÉTODOS Delineamento Trata-se de estudo transversal realizado com estudantes de graduação da Universidade Estadual de Campinas (UNI- CAMP) em 2016. Contexto A UNICAMP é universidade pública localizada no interior de São Paulo, Brasil. Os participantes da pesquisa eram alunos de graduação dos cursos de farmácia, biologia, medicina, engenharia de alimentos, estatística, ciclo básico integrado, química, engenharia química, engenharia mecânica e licenciatura integrada química e física. As entrevistas ocorreram nos meses de abril, junho, setembro, outubro e novembro de 2016 nos turnos da manhã e da tarde nas dependências da universidade. Participantes Foram considerados elegíveis universitários dos cursos de exatas e biológicas/saúde de qualquer idade e de ambos os sexos. Os participantes foram selecionados por amostragem de conveniência no período em que a entrevistadora se encontrava no local de recrutamento. Variáveis Foram coletadas variáveis demográficas e de conhecimento sobre fotoproteção, incluindo: gênero (masculino ou feminino), idade (em anos, categorizada posteriormente em 17-18; 19-20 e >21anos), uso de filtro solar diariamente e quando exposição proposital (nunca, às vezes, sempre), uso de outros meios de fotoproteção diariamente e em exposição proposital (sim ou não), meios de fotoproteção além do filtro solar (sim ou não e resposta descritiva em caso de sim), exposição em câmara de bronzeamento artificial (nunca, uma ou mais vezes), conhecimento sobre quanto aplicar do produto e sobre a diferença da radiação ultravioleta A e B, opinião sobre bronzeado ser saudável (sim ou não e resposta descritiva em caso de sim) e o uso de filtro solar em dias nublados (sim ou não). Fontes de dados, mensuração e controle de qualidade Os dados foram coletados diretamente com os participantes, por meio de questionário em papel aplicado pela entrevistadora, acadêmica de graduação em farmácia. O questionário semiestruturado foi elaborado com base em estudos anteriores 4 e composto por questões de identificação (nome, universidade, curso, sexo e idade) e questões abertas e fechadas sobre o comportamento quanto à fotoproteção. A conclusão do estudo apontou comportamento de risco com relação à proteção solar dos entrevistados, definido como respostas às vezes ou não nas questões fechadas que avaliavam o uso do filtro solar ou outros meios de fotoproteção diariamente, na exposição proposital e em dias nublados e na exposição em câmara de bronzeamento artificial. A ausência de resposta nas perguntas sobre o uso e a descrição de outros meios de fotoproteção, além da formulação fotoprotetora, foi considerada não. As perguntas abertas foram utilizadas para avaliar o conhecimento dos participantes sobre a quantidade necessária de formulação fotoprotetora que deve ser aplicada, bem como o conhecimento da diferença e da importância da proteção contra os raios ultravioleta A e B. Após coleta de dados, as respostas obtidas foram tabuladas em planilhas do Microsoft Excel pela própria entrevistadora, com revisão posterior da digitação. Tamanho do estudo Não foi realizado cálculo do tamanho da amostra, sendo estipulado mínimo de 100 participantes de cada área de conhecimento (exatas e biológicas). Métodos estatísticos Inicialmente foi realizada estatística descritiva, obtendo as frequências absolutas e relativas de cada variável. Foi calculada a regressão logística bivariada para estimar a razão de chances (oddsratio, OR) e o intervalo de confiança de 95% (IC 95%) entre o comportamento de risco de proteção solar e as variáveis independentes. Adotou-se o nível de p < 0,05 para definir significância estatística. Aspectos éticos O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo, pelo parecer número 1.192.131 e certificado de apresentação para apreciação ética número 46273415.8.0000.5505. Todos os participantes foram orientados e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido confirmando a

48 Ferreira CN, Galvão TF, Mazzola PG, Leonardi GR concordância em participar da pesquisa. RESULTADOS Foram entrevistados 200 universitários, sendo 75,5% do sexo feminino, 50% da área de exatas e 50% da área da saúde e biológicas, e mais da metade (59%) com idade de até 20 anos. A prevalência do comportamento de risco com relação à proteção solar entre esses universitários foi 83% (IC 95%: 77,7-88,3%); nenhum acadêmico sabia a diferença entre os raios ultravioleta A e B, 96% deles desconheciam a quantidade correta de filtro solar que deve ser aplicada, e 23% acreditavam que o bronzeado da pele é algo saudável, tendo a maioria dos sujeitos o relacionado à síntese de vitamina D (Tabela 1). O uso de outros meios de fotoproteção corresponde a 15,5% diariamente e 47,5% quando de exposição proposital. Além disso, 80% e 16% não utilizam o filtro solar nessas mesmas situações, e 67% não o utilizam em dias nublados (Tabela 1). Nenhum dos participantes submeteu-se à câmara bronzeadora artificial. O uso de óculos de sol foi o meio de fotoproteção, além do filtro solar, mais citado (54,3%) para proteção diária, seguido pela opção de manter-se à sombra ou não se expor (11,4%). Em situações esporádicas de exposição proposital, 37,8% relataram o uso de boné ou chapéu, 32,4% de óculos de sol, e 18,9% de guarda-chuva ou guarda-sol (Tabela 2). O gênero mostrou-se associado ao comportamento de risco, que foi significativamente menor entre as mulheres OR = 0,07 (IC95%: 0,01-0,56). Idade, área da graduação, conhecimento da diferença entre raios ultravioleta A e B, considerar bronzeado saudável e saber quanto aplicar de filtro solar não se associaram ao comportamento de risco de exposição solar (Tabela 3). DISCUSSÃO Neste estudo mais de 80% dos universitários entrevistados apresentaram comportamento de risco com relação à exposição solar. Entre os homens esse comportamento foi significativamente maior. O culto ao corpo, a prática de atividade física ao ar livre e a valorização estética do bronzeado podem levar os jovens à exposição solar prolongada e, muitas vezes sem proteção adequada. Este estudo apresentou limitações como a amostra por conveniência, falta de informações socioeconômicas e emprego de questionário não validado, o que reduz a extrapolação dos resultados. Outros estudos também relatam a baixa adesão diária de filtro solar em jovens universitários. Na Arábia Saudita em estudo transversal com 2.622 pessoas em 2010 e 2011, AlGhamdi et al. 3 relataram que 23,7% (do total de 2.566) dos jovens usavam filtro solar diariamente. 3 No estudo transversal analítico em uma universidade brasileira na região Centro-Oeste, Castilho, Sousa e Leite 13 relataram que cerca de 25% dos 308 jovens entrevistados aplicavam filtro solar diariamente. Em contraste com esses resultados, em pesquisa realizada na Região Metropolitana de Porto Alegre foi verificada a adesão ao filtro solar por 85% dos 1.030 entrevistados em 2001. 12 Na Itália aplicaram-se questionários a estudantes entre 11 e 16 anos, observando-se que 91% dos 379 adolescentes afirmam utilizar Tabela 1: Características da população entrevistada e frequência das variáveis individuais que compuseram o desfecho Variável N % Características demográficas Gênero Masculino 49 24,5 Feminino 151 75,5 Idade (anos) 17-18 36 18 19-20 82 41 >21 82 41 Área da graduação Exatas 100 50 Saúde e biológicas 100 50 Hábitos diários de proteção solar Filtro solar Não 160 80 Sim 40 20 Outros meios Não 169 84,5 Sim 31 15,5 Filtro solar em dias nublados Não 134 67 Sim 66 33 Hábitos de proteção solar em exposição proposital Filtro solar Não 32 16 Sim 168 84 Outros meios Não 105 52,5 Sim 95 47,5 Conhecimento em fotoeducação Sabe diferenciar radiação ultravioleta A e B Não 200 100 Sim 0 - Sabe quanto aplicar de filtro solar Não 192 96 Sim 8 4 Considera bronzeado saudável Não 154 77 Sim 46 23 o filtro solar, mas apenas 50,4% o reaplicam. A necessidade da aplicação do filtro solar quando a exposição ao sol é proposital, excluindo estar na praia, foi questionada, e 52% acreditavam que esse uso não seria necessário. 7 Neste estudo, a adesão por outros meios de fotoproteção foi de 15,5% diariamente e 47,5% quando em exposição proposi-

Importância da fotoeducação para universitários 49 Tabela 2: Descrição dos meios de fotoproteção utilizados, excluindo-se a aplicação de filtro solar, diariamente e em exposição proposital Meios citados Uso diário Uso esporádico N % N % Boné/chapéu 3 8,6 56 37,8 Guarda-chuva/sol 3 8,6 28 18,9 Maquiagem 3 8,6 1 0,7 Roupas 3 8,6 9 6,1 Sombra/não se expor 4 11,4 4 2,7 Óculos de sol 19 54,3 48 32,4 Protetor labial 0-2 1,4 Tabela 3: Razão de chance (OR) e intervalo de confiança de 95% (IC 95%) do comportamento de risco pelas variáveis do estudo Variável OR (IC 95%) Valor p Características demográficas Sexo Masculino 1 Feminino 0,07 (0,01-0,56) 0,012 Idade (anos) 17-18 1 19-20 1,84 (0,67-5,06) 0,235 >21 1,28 (0,49-3,35) 0,620 Área Exatas 1 Biológicas 0,75 (0,36-1,58) 0,452 Conhecimento em fotoeducação Considera bronzeado saudável Não 1 Sim 1,90 (0,69-5,24) 0,213 Sabe quanto aplicar de filtro solar Não 1 Sim 0,60 (0,12-3,11) 0,543 tal. Em contraste, na Arábia Saudita, 81,5% relatam usar óculos de sol, 95% roupas compridas, 90% bonés ou chapéus, e 97,9% buscam sombra para se proteger do sol. 3 Na Alemanha, em pesquisa realizada em 2015 por telefone com adolescentes e adultos a respeito do comportamento relativo à proteção solar, encontrou-se que o meio de fotoproteção mais utilizado era roupa com mangas compridas, referida por 54% dos 3.000 entrevistados, e o menos utilizado foi chapéu, usado por apenas 18% do total dos entrevistados. 8 Na China verificou-se que as mulheres preferiam o uso do guarda-sol e do filtro solar para se proteger, enquanto os homens optavam por vestir roupas com mangas compridas e reduzir a exposição ao sol; sendo, em ambos os sexos, menor a preocupação quando se tratava da proteção dos olhos. 14 A influência do gênero no comportamento de risco também foi relatada em estudos realizados no Brasil (Porto Alegre, Piauí, Curitiba) e em outros países (Austrália, Arábia Saudita, Alemanha e China), onde as mulheres apresentaram melhores hábitos de fotoproteção e a não utilização do filtro solar foi maior em homens. 2,3,8,12,14-16 Poucos participantes souberam dizer a quantidade correta que deve ser aplicada de filtro solar. Estudo realizado na cidade de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil, com 200 voluntários comprovou que a quantidade aplicada de formulação fotoprotetora influencia sua eficácia. Quanto menor a quantidade aplicada, menor é a proteção, o que evidencia a necessidade do conhecimento a respeito da quantidade correta a ser utilizada. 17 Nenhum dos universitários entrevistados conhecia a diferença entre as radiações ultravioleta A e B. O fator de proteção solar (número do FPS) citado na embalagem em produtos fotoprotetores refere-se apenas à proteção contra os raios ultravioleta B, que podem ocasionar vermelhidão, dor, manchas, descamação. 1,16 É necessário que o consumidor busque também a proteção contra os raios ultravioleta A, que contribuem de forma mais significativa para a imunossupressão e o envelhecimento precoce, ressecando a pele e danificando sua elasticidade. 1,16 Boa parte dos universitários que consideram saudável a pele bronzeada relatou a importância do sol para a síntese de vitamina D, que ocorre por fotólise na epiderme através da ação da radiação ultravioleta B sobre o ergosterol e o colesterol. 18 A falta de exposição solar pode gerar deficiência na síntese de vitamina D, 19 porém essa exposição deve ser responsável, ou seja, devem ser adotadas medidas de fotoproteção para que os benefícios dessa exposição sejam aproveitados, minimizando os malefícios. Em estudo realizado na China, foi exposta a importância do sol para a síntese da vitamina D, verificando-se também que os homens possuíam a crença de que pele bronzeada é mais saudável e atrativa, enquanto as mulheres acreditavam que pessoas bronzeadas parecem mais envelhecidas. 14 Nenhum dos participantes se submetera a exposição em câmara bronzeadora artificial. Esse resultado pode ser fruto da conscientização dos perigos desse método e da dificuldade de acesso em decorrência de medidas regulatórias. Em Taguatinga (Distrito Federal, Brasil), esse hábito foi relatado por 3,5% de 202 mulheres estudantes em 2007, próximo aos 4,5% dos 379 adolescentes entrevistados na Itália em 2010, que afirmaram fazer uso da câmara bronzeadora e dos 7,4% desse mesmo estudo, que julgaram ser seguro realizar o bronzeamento artificial antes da exposição solar. 7,13 A área de graduação não influenciou o comportamento de risco dos universitários, semelhante a estudo prévio realizado em Curitiba com 398 acadêmicos de medicina em 2012 que haviam cursado ou não a disciplina de dermatologia. 16 Contrariando esses resultados, estudo transversal também com 398 universitários brasileiros em Teresina, Piauí, em 2011 observou que acadêmicos da área da saúde possuíam melhores hábitos de fotoproteção. 15 Estudos australianos com 101.449 adolescentes entrevistados em 1993, 1996, 1999 e 2002 observaram que os cuidados relacionados à exposição solar diminuíram com o passar dos anos. 6 Um estudo na Alemanha também constatou ser mais elevado o comportamento de risco dos participantes mais novos. 8 Na Arábia Saudita verificou-se que os jovens empregados ou estudantes abaixo de 30 anos usavam mais protetor solar do que os desempregados e acima dos 30 anos. 3

50 Ferreira CN, Galvão TF, Mazzola PG, Leonardi GR Os participantes deste estudo demonstraram alto comportamento de risco, evidenciando a carência da difusão da fotoproteção. Nos Estados Unidos também levantou-se a necessidade da adoção da fotoproteção, pois verificou-se que a proteção solar era incomum nas escolas de todos os níveis, mas principalmente menos adotada pelos estudantes do ensino médio. 5 Um exemplo bem-sucedido da disseminação de conhecimento acerca do tema foi a intervenção realizada na Austrália entre 1992 e 1996, a respeito do uso diário de filtro solar para a prevenção do câncer da pele. Em estudo posterior, de 1997 a 2002, os participantes mostraram maior adesão à aplicação de formulação fotoprotetora e comportamento mais seguro em relação à exposição solar. 2 REFERÊNCIAS 1. Sgarbi FC, do Carmo ED, Rosa LFB. Radiação ultravioleta e carcinogênese. Rev Ciênc Méd. 2007;16(4-6):245-0. 2. van der Pols JC, Williams GM, Neale RE, Clavarino A, Green AC. 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CONCLUSÃO O comportamento de risco quanto à proteção solar é alto entre os universitários e é mais comum entre os homens. Os estudantes possuem baixo conhecimento em fotoproteção. Atividades de fotoeducação são importantes para os jovens. l AGRADECIMENTOS Os autores agradecem ao CNPq pela bolsa de iniciação científica concedida à autora Caroline Nunes Ferreira. 11. Çelik S, Ilçe A, Andsoy II. Knowledge and protective behaviors about skin cancer among nursing students in the west black Sea Region of Turkey. J Cancer Educ. Forthcoming 2017. 12. Costa FB, Weber MB. Evaluation of solar exposure and sun-protection behaviors among university students in the.metropolitan Region of Porto Alegre, Brazil. An Bras Dermatol. 2004;79(2):149-5. 13. Castilho IG, Sousa MAA, Leite RMS. Photoexposure and risk factors for skin cancer: an evaluation of behaviors and knowledge among university students. An Bras Dermatol. 2010;85(2):173-8. 14. Gao Q, Liu G, Liu Y. Knowledge, attitude and practice regarding solar ultraviolet exposure among medical university students in Northeast China. J Photochem Photobiol B. Forthcoming 2014. 15. Didier FBCW, Brum LFDS, Aerts DRGDC. Habits of sun exposure and sunscreen use among university students from Teresina, Piauí state, Brazil. Epidemiol. Serv Saúde. 2014;23(3):487-6. 16. Purim KSM, Wroblevski FC.Sun exposure and protection among medical students in Curitiba (PR). Rev Bras Educ Med. 2014;38(4):477-5. 17. Ferreira GCO, Fernandes CMO, Ferrari M. Use of sunscreens: the amount applied, sun exposure habits and the use of the product. Rev Bras Farm. 2011;92(3):191-7. 18. Barral D, Barros AC, Araújo RPC. Vitamin D: A molecular approach. Pesq Bras Odontoped Clin Integr. 2007;7(3):309-5. 19. Premaor MO, Furlanetto TW. Hipovitaminose D em adultos: entendendo melhor a apresentação de uma velha doença. Arq Bras Endocrinol Metab. 2006;50(1):25-7. 20. Schalka S, Steiner D, Ravelli FN,. Steiner T, Terena AC, Marçon CR, Et al. Brazilian Consensus on Photoprotection. An Bras Dermatol. 2014;89(6 Suppl 1):1-75. CONTRIBUIÇÃO DOS AUTORES: Caroline Nunes Ferreira 0000-0002-1679-8921 Obtenção, análise e interpretação dos dados, elaboração e redação do texto. Tais Freire Galvão 0000-0003-2072-4834 Análise estatística, auxílio na redação, revisão crítica e aprovação da versão final. Priscila Gava Mazzola 0000-0002-3795-8189 Revisão da literatura e do texto. Gislaine Ricci Leonardi 0000-0002-7126-1326 Aprovação da versão final, concepção e planejamento do estudo, elaboração e redação do texto, participação efetiva na orientação da pesquisa, revisão crítica da literatura e do texto.