Lei da Transparência Fiscal Lei nº 12.741/2012 - DOU de 10.12.2012; Ajuste SINIEF nº 7/2013 DOU de 12.04.2013; Nota Técnica 2013/003 Abril/2013; MP nº 620/2013 - DOU Extra de 12.06.2013; Lei nº 12.868/2013 - DOU 16.10.2013; Decreto nº 8.264/2014-06.06.2014; MP 649/2014- DOU de 06.06.2014; Portaria Interministerial nº 85/2014 - DOU de 06.10.2014; Ato Declaratório do Presidente da Mesa do Congresso Nacional n 41/2014 - DOU de 07.10.2014.
Lei 12.741/2012 Art. 1º Emitidos por ocasião da venda ao consumidor de mercadorias e serviços, em todo território nacional, deverá constar, dos documentos fiscais ou equivalentes, a informação do valor aproximado correspondente à totalidade dos tributos federais, estaduais e municipais, cuja incidência influi na formação dos respectivos preços de venda.... 3º Na hipótese do 2º, as informações a serem prestadas serão elaboradas em termos de percentuais sobre o preço a ser pago, quando se tratar de tributo com alíquota ad valorem, ou em valores monetários (no caso de alíquota específica); no caso de se utilizar meio eletrônico, este deverá estar disponível ao consumidor no âmbito do estabelecimento comercial.
Quais tributos devo considerar em meus cálculos? Art. 1º da Lei nº 12.741/2012 5º Os tributos que deverão ser computados são os seguintes: I - Imposto sobre Operações relativas a Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS); II - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS); III - Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); IV - Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF); V - (VETADO); VI - (VETADO); VII - Contribuição Social para o Programa de Integração Social (PIS) e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) - (PIS/Pasep); VIII - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins); IX - Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, incidente sobre a importação e a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool etílico combustível (Cide).
Decreto nº 8.264/2014 O Decreto regulamenta a Lei n 12.741/2012, que garante aos cidadãos o conhecimento mais claro da carga tributária incidente sobre cada produto e serviço que consomem. É importante lembrar que esse direito é assegurado pelo artigo 150, 5º, da Constituição.
Decreto nº 8.264/2014 Art. 1 º Este Decreto regulamenta a Lei nº 12.741, de 8 de dezembro de 2012, que dispõe sobre as medidas de esclarecimento ao consumidor quanto à carga tributária incidente sobre mercadorias e serviços, de que trata o 5º do art. 150 da Constituição. Art. 2º Nas vendas ao consumidor, a informação, nos documentos fiscais, relativa ao valor aproximado dos tributos federais, estaduais e municipais que influem na formação dos preços de mercadorias e serviços, constará de três resultados segregados para cada ente tributante, que aglutinarão as somas dos valores ou percentuais apurados em cada ente.
Medida Provisória nº 649/2014 - DOU de 06.06.2014 Altera a Lei nº 12.741, de 8 de dezembro de 2012, que dispõe sobre as medidas de esclarecimento ao consumidor quanto à carga tributária incidente sobre mercadorias e serviços. A Presidenta da República, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62 da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei: Art. 1º A Lei nº 12.741, de 8 de dezembro de 2012, passa a vigorar com as seguintes alterações: "Art. 5º A fiscalização, no que se refere à informação relativa à carga tributária objeto desta Lei, será exclusivamente orientadora até 31 de dezembro de 2014." (NR) Art. 2º Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 5 de junho de 2014; 193º da Independência e 126º da República. DILMA ROUSSEFF José Eduardo Cardozo Guido Mantega Guilherme Afif Domingos
Ato Declaratório do Presidente da Mesa do Congresso Nacional n 41/2014 DOU de 07.10.2014 O PRESIDENTE DA MESA DO CONGRESSO NACIONAL, nos termos do parágrafo único do art. 14 da Resolução nº 1, de 2002-CN, faz saber que a Medida Provisória nº 649, de 5 de junho de 2014, que "Altera a Lei nº 12.741, de 8 de dezembro de 2012, que dispõe sobre as medidas de esclarecimento ao consumidor quanto à carga tributária incidente sobre mercadorias e serviços", teve seu PRAZO DE VIGÊNCIA ENCERRADO NO DIA 3 DE OUTUBRO do corrente ano. Congresso Nacional, em 6 de outubro de 2014 Senador RENAN CALHEIROS Presidente da Mesa do Congresso Nacional
Devo inserir essas informações em todas as notas fiscais emitidas pela minha empresa? Não. Essa regra vale apenas para notas fiscais decorrentes da venda de mercadorias e serviços diretamente para o consumidor final. Entende-se como consumidor final a pessoa física ou jurídica que adquira mercadorias ou serviços para consumo próprio ou ainda bens destinados ao seu ativo imobilizado. Art. 1º da Lei nº 12.741/2012 e art. 2º do Dec. nº 8.264/2014 Fonte: Sebrae
Onde essa informação deve ser posicionada? Em campo próprio ou no campo informações complementares do documento fiscal. Parágrafo Único do art. 2º do Dec. nº 8.264/2014 Fonte: Sebrae
Nos casos de venda ao consumidor final, devo inserir apenas os tributos pagos na última etapa da cadeia produtiva? É possível assim proceder desde que, além da carga tributária da etapa final da cadeia produtiva, seja somada eventual incidência tributária anterior (IPI, substituição tributária, por exemplo). A Lei n 12.741, de 2012, obriga, inclusive, que todos os fornecedores constantes das diversas cadeias produtivas forneçam aos adquirentes, em meio magnético, os valores do Imposto sobre a Importação (II) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), individualizados por item comercializado. Art. 3º, 7º do Dec. nº 8.264/2014 Fonte: Sebrae
Existem hipóteses de outros itens que devem ser divulgados? Sim. Quando o pagamento de pessoal constituir item de custo direto do serviço ou produto fornecido ao consumidor, você deve divulgar a contribuição previdenciária dos empregados e dos empregadores incidente, alocada ao serviço ou produto. Fonte: Sebrae
Posso aproveitar cálculos já realizados sobre a incidência de tributos sobre as mercadorias e serviços que comercializo? Sim. Caso desejem, as empresas vendedoras podem aproveitar estudos anteriores, desde que realizados por instituição de âmbito nacional reconhecidamente idônea e especializada na apuração e análise de dados econômicos. Art. 2º da Lei nº 12.741/2012 Fonte: Sebrae
Caso em algumas das mercadorias ou serviços que comercializo haja imunidades, isenções, reduções ou não incidências de um ou mais tributos, como devo proceder? Esses valores não devem entrar no cálculo do somatório dos tributos, justamente porque foram eximidos. Art. 3º, 1º do Dec. nº 8.264/2014 Fonte: Sebrae
Prestação de serviços de natureza financeira e sem a obrigatoriedade da emissão de documento fiscal. Está dispensado de informar a incidência tributária sobre meus serviços? Não. Essa informação deve ser afixada em tabelas visíveis em seu estabelecimento. Art. 3º, 3º do Dec. nº 8.264/2014 Fonte: Sebrae
Existem outras maneiras, além do registro no documento fiscal, válidas para divulgar a carga tributária estimada das mercadorias e serviços que comercializo? Sim. É válida a opção por afixar painel, visível aos consumidores do estabelecimento, contendo a carga tributária estimada em termos percentuais sobre o preço a ser pago em cada mercadoria. Essa informação pode ser útil principalmente para as empresas que não possuem sistema informatizado de emissão de notas fiscais. Art. 1º, 2º da Lei nº 12.741/2014 e art. 4º do Dec. nº 8.264/2014 Fonte: Sebrae
A empresa será tributada a partir dos valores que informar na nota? Não. Os valores apresentados nos documentos fiscais (e em tabelas afixadas nos estabelecimentos) têm caráter meramente informativo. Art. 6º do Dec. nº 8.264/2014 Fonte: Sebrae
Fonte: Sebrae Transparência Fiscal O Microempreendedor individual (MEI), optante do Simples Nacional nos termos da Lei Complementar n 123/06 está dispensado de informar a carga tributária incidente nas mercadorias que comercializa ou nos serviços que presta? A mesma dispensa vale para as Micro e Pequenas empresas? Para o caso do MEI, a informação é facultativa, Porém, aquelas optantes do Simples Nacional podem informar apenas a alíquota a que se encontram sujeitas nos termos do referido regime. Além disso, devem somar eventual incidência tributária anterior (IPI, substituição tributária, por exemplo). Art. 8º e 9º do Decreto nº 8.264/2014
Portaria Interministerial SMPE/MF/MJ nº 85/2014 - DOU de 06.10.2014 Dispõe que as empresas poderão fazer uso de painel afixado em local visível do estabelecimento, ou de qualquer outro meio ou eletrônico ou impresso, inclusive em prateleiras e gôndolas, de forma a demonstrar o valor ou percentual, ambos aproximados, dos tributos incidentes sobre todas as mercadorias ou serviços postos à venda. Os Ministros de Estado Chefe da Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República, da Fazenda, e da Justiça, no uso da atribuição que lhes confere o art. 10 do Decreto nº 8.264, de 05 de junho de 2014, bem como considerado o 2º do art. 1º da Lei nº 12.741, de 08 de dezembro de 2012, combinado com os arts. 4º e 9º do Decreto nº 8.264, de 2014, Resolvem: Art. 1º As empresas poderão fazer uso de painel afixado em local visível do estabelecimento, ou de qualquer outro meio ou eletrônico ou impresso, inclusive em prateleiras e gôndolas, de forma a demonstrar o valor ou percentual, ambos aproximados, dos tributos incidentes sobre todas as mercadorias ou serviços postos à venda. Parágrafo único. O valor ou percentual, ambos aproximados, a que se refere o caput :
I - poderá ser expressivo de um grupo de mercadorias ou serviços que suportam carga tributária análoga, inclusive por meio de estimativa média; II - constará de até três resultados segregados para cada ente tributante, que aglutinarão as somas dos valores ou percentuais apurados em cada ente. Art. 2º A Microempresa e a Empresa de Pequeno Porte a que se refere a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, optantes do Simples Nacional, poderão informar, por qualquer meio ostensivo, apenas a alíquota a que se encontram sujeitas nos termos do referido regime, desde que acrescida de percentual ou valor nominal estimado a título de IPI, substituição tributária e outra incidência tributária anterior monofásica eventualmente ocorrida. Art. 3º Esta Portaria Interministerial será revisada no prazo de 120 dias, contados da sua entrada em vigor. Art. 4º Esta Portaria Interministerial entra em vigor na data de sua publicação. GUILHERME AFIF DOMINGOS GUIDO MANTEGA JOSÉ EDUARDO CARDOZO