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Transcrição:

Folha de S. Paulo Vivo anuncia saída de Roberto Lima da presidência A holding de telefonia móvel Vivo Participações anunciou nesta quarta-feira a saída de Roberto Oliveira Lima da presidência, após seis anos neste cargo, como informado por reportagem da Folha publicada hoje. O executivo deve permanecer no cargo até o dia 30 de junho. A empresa ainda não confirmou o nome do substituto. Em um curto comunicado, a diretoria afirma que Lima "levou a Vivo a consolidar a liderança no mercado brasileiro de telecomunicações, tornando-se e mantendo-se como referência no setor". A nota ao mercado da Vivo não esclarece os motivos da retirada de Lima. A reportagem da Folha aponta que, com a nova configuração do quadro societário, o executivo ficaria subordinado ao espanhol Luiz Miguel Gilpérez, que atualmente comanda o processo de incorporação e deverá assumir a presidência operacional da nova companhia. Em julho, os espanhóis da Telefônica adquiriram a participação da Portugal Telecom e decidiram fechar o capital da Vivo. Sob o comando de Lima, a holding concentrou todas as empresas que formavam a operadora em uma única estrutura acionária, gerando economia de R$ 1 bilhão por ano. A Vivo detém 29,48% do mercado de telefonia móvel brasileiro, estimado em 210,5 milhões de assinantes. A Claro, da América Móvil, conta com 25,39% desse mercado, enquanto a TIM tem 25,11%, e a Oi, 19,69% de participação. O Estado de S. Paulo Para TIM, competição levará à expansão da banda larga O presidente da TIM Brasil, Luca Luciani, disse nesta quarta-feira, 4, que as empresas podem investir na expansão da banda larga no País se forem criadas condições para estimular a competição no setor de telecomunicações. "Se a gente criar as condições para que a competição chegue a qualquer lugar, só as empresas de capitais privados podem colocar aquele dinheiro (necessário)", afirmou o executivo, depois de uma reunião com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Luciani se referia aos R$ 3 bilhões restantes que serão necessários para implantar o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) no País. Essa quantia, junto com os R$ 4 bilhões já anunciados pelo governo, chegaria aos R$ 7 bilhões necessários para expandir a rede de acesso à internet de alta velocidade. Luciani considera que recursos públicos "aceleram o processo", mas defende que ao serem criadas regras para abertura do mercado do atacado, a banda larga pode chegar a qualquer lugar no País porque existe "muita demanda reprimida". Para o executivo, a atuação da Telebrás também acelera o processo de expansão da banda larga, mediante a oferta de capacidade de rede adicional para o mercado. O executivo considera viável a proposta do governo de ofertar banda larga por R$ 35 ao mês em todos os municípios brasileiros. "Já estamos oferecendo a R$ 29,90 e não temos diferenciação entre capital e interior", destacou. Questionado sobre a "convocação" da presidente Dilma Rousseff para que as operadoras móveis participem do PNBL, Luciani disse que é impossível elas ficarem de fora. "Não tem como (não participar). As 1

operadoras móveis todas vão ser muito importantes no desenvolvimento da banda larga no País", destacou. O dirigente da TIM observou que até agora a competição no mercado de banda larga só existe nas grandes cidades, mas destacou que existe uma grande demanda a ser atendida no interior do Brasil. Ele não disse qual proposta que a empresa apresentará ao governo, mas explicou que a estratégia seguirá os mesmos moldes da universalização dos serviços de voz. "Queremos fazer a mesma coisa no mercado de dados", disse. Luciani observou que alguns gargalos precisam ser eliminados, sobretudo em relação ao compartilhamento de infraestrutura e à oferta de capacidade de rede no atacado. "Uma coisa importante é fazer um consórcio para construir backbone na Amazônia e no Centro-Oeste, além de compartilhar estrutura já existente", enfatizou. Anatel: decisão sobre 700 MHz será técnica e política O conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, afirmou que a decisão sobre o possível uso do espectro de 700 megahertz (MHz) por empresas de telecomunicação será também política, e não apenas técnica, dada a importância da TV aberta no Brasil. Hoje, o espectro é utilizado por empresas de radiodifusão, mas com o fim da migração para o formato digital, em 2016, haverá uma parte ociosa do espectro que poderia ser realocada. A ideia é usar parte da faixa para universalizar a banda larga móvel no País. "A TV aberta no Brasil tem um papel muito importante. Qualquer discussão de alteração deste espectro não envolverá apenas questões técnicas. Existe uma ampla discussão política já que a rádio difusão é competência do Ministério das Comunicações", afirmou a jornalistas durante uma reunião plenária da Associação GSM, entidade internacional que reúne mais de 800 operadoras de telefonia móvel no mundo, que acontece hoje e amanhã, no Rio. A faixa de 700 MHz é alvo de uma das grandes disputas entre as operadoras de TV e as de telefonia. O debate sobre os 700 MHz, no entanto, sequer entrou na pauta de discussões da Anatel ou do Ministério de Comunicações, diz Rezende. No evento da GSM, foi apresentado um amplo estudo do consultor de telefonia Ernesto Flores mostrando os benefícios econômicos e sociais da utilização do espectro de 700 MHz por empresas de telefonia. A faixa é disputada por ter ondas de longo alcance, demandando, portanto, menos custos de infraestrutura para cobrir grandes áreas. Segundo Flores, que tem passagens pela consultoria McKinsey e pela Telefônica, além de doutorado pela Universidade de Chicago, a receita adicional do setor e a contribuição ao Produto Interno Bruto (PIB) seria de US$ 1,4 bilhão caso as teles pudessem entrar na faixa, contra uma projeção de US$ 329 milhões caso o espectro permaneça com as empresas de rádio difusão. O estudo, que levou em conta também a situação no México, Argentina, Peru e Colômbia, foi feito com base em projeções para o ano de 2013. A GSM tenta antecipar a discussão no Brasil e afirma que o País perde a cada ano de atraso. "Com YouTube e vídeo na internet, as empresas de rádio difusão veem a mudança como uma ameaça e tentam frear o processo. Aqui eles querem começar a discussão só em 2016", lamenta o diretor da Associação GSM Sebastian Cabello, que conduziu o evento no Rio. 2

Segundo ele, neste ritmo, o Brasil será o último dos cinco países comparados a licitar o espectro e terá de seguir o modelo dos vizinhos. "O Brasil vai acabar tendo que se adaptar aos outros países, e não os outros países se adaptarem ao Brasil", disse. Valor Econômico TIM defende constituição de consórcio para expandir rede no interior O presidente da TIM, Luca Luciani, disse hoje que uma solução viável para levar os serviços de internet ao interior do Brasil é a constituição de consórcios de empresas para implementar a infraestrutura de telecomunicações (backbone). No entanto, ele ressaltou que o país precisa dar um salto na regulamentação do compartilhamento destas redes para, finalmente, criar condições de massificar o acesso da população à internet fora dos grandes centros. A coisa importante é fazer consórcios para construir backbone na Amazônia, no interior e no Centro-Oeste e compartilhar a infraestrutura já existente de backbone que é muito grande, disse Luciani, que esteve reunido com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, em Brasília. O presidente da operadora denominou de gargalos a falta de regulamentação do uso de serviço no atacado, que ainda não foram regulamentados no país pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Esta iniciativa, já difundida em outros países, envolve a Exploração Industrial de Linha Dedicada (EILD), que funciona como uma espécie de aluguel da rede, e a desagregação de rede, chamada de unbundling. O executivo afirmou que as prestadoras estão dispostas a investir pesado se for oferecido um ambiente favorável à competição. Se a gente criar as condições para que a competição chegue a qualquer lugar, só as empresas de capital privado podem colocar aquele dinheiro, disse ao ser questionado sobre a estimativa do governo de destinar, entre capital público e privado, R$ 7 bilhões para Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) até 2014. Para o presidente da operadora, os investimentos públicos também são bem-vindos se servirem para ampliar ainda mais a capacidade de rede do país. Ele disse que a participação da Telebrás não é necessariamente prejudicial ao mercado e, inclusive, pode ser benéfica se oferecer uma capacidade de rede adicional às companhias. Luciani observou que a competição já chegou às grandes cidades e pode ir também ao interior do país. Existem gargalos no componente de transmissão (de dados). A gente acredita que baixando custo de transmissão aquele processo natural de desenvolvimento pode se acelerar ainda mais, disse. O presidente da TIM garantiu que, se tomadas as medidas para regulamentar os preços dos serviços no atacado, é possível atender ao anseio do governo de vender banda larga de 1 Megabit por segundo (Mbps) a R$ 35 por mês. Ele destacou que a companhia já propôs o serviço mensal de internet a R$ 29,90. Luciani ressaltou que as operadoras de serviços móveis tem um papel crucial na disseminação do acesso a serviços de telecomunicações. Todos os países em rápido desenvolvimento mostraram de forma clara que a rede fixa chega às grandes cidades, mas só os móveis podem oferecer serviço de voz e dados no interior. Acredito que esta perspectiva garantirá espaço a todos, afirmou. 3

Força Sindical Rio de Janeiro (RJ): Aposentados recorrem a Dilma na ação contra INSS Representações de aposentados e pensionistas querem ter encontro com a presidenta Dilma Rousseff para discutir suas reivindicações. Entre os pedidos que farão, está o pagamento de revisão e atrasados àqueles que se aposentaram entre 1988 e 2003 e contribuíam pelo teto, prejudicados pelas reformas da Previdência de 1998 e 2003 (emendas 20 e 41). Lideranças dos segurados esperam que a presidenta possa intervir e determinar indenização a 131 mil e correção de até 39,35% com atrasados para 600 mil. O secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, vai receber hoje as centrais sindicais para iniciar a negociação sobre o fim do fator previdenciário. Na ocasião, a questão do teto será levantada pelo presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas da Força Sindical, João Batista Inocentini. Vou pedir explicações e solicitar audiência com quem manda (a presidenta). Acho que, se soubesse com detalhes do que estamos tratando, ela poderia determinar o cumprimento administrativo da decisão do Supremo. Nossa experiência mostra isso. O problema é que ainda não tivemos reunião com ela. Quando nos reuníamos com o expresidente (Luiz Inácio Lula da Silva), ele mandava fazer o que tinha de ser feito, afirmou o sindicalista. Ele diria: Mantega, vamos pagar logo. Mas a Dilma não nos ouviu ainda. Só ouve quem diz que não tem dinheiro. O desgaste político é tão grande por tão pouco. Estamos falando de R$ 1,7 bilhão, completou Inocentini. Reunião para definir ação Presidente da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Warley Martins Gonçales afirma que já enviou 25 pedidos de audiência com a presidenta Dilma Rousseff. Nós queremos falar com a presidenta. Temos muitos assuntos e vamos abordar essa questão das ações, disse Warley. O INSS já encaminhou resposta ao Ministério Público de São Paulo (MPF-SP), que hoje se reúne com o Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas da Força. A ideia é fechar posição sobre a ação civil pública contra o instituto. O defensor público federal André Ordacgy, que também aguarda resposta do INSS na Defensoria Pública da União (DPU), afirmou que a disposição indicada no conteúdo da carta encaminhada ao MPF-SP é positiva. Ainda não chegou aqui, mas demonstra boa vontade. No entanto, não podemos afrouxar, observou o defensor. Fim do fator será debatido com centrais A reunião oficial de hoje entre o principal articulador do governo, Gilberto Carvalho, e as centrais debaterá o fim do fator previdenciário. As lideranças vão aproveitar a abertura da negociação para discutir outros temas. A proposta do critério da soma mínima entre anos de contribuição e idade (fórmula 85/95) será reapresentada. Temos outras questões, como a cooperativa de crédito, o canal de televisão do aposentado e a criação do Conselho da Seguridade Social, citou João Batista Inocentini. Sobre as ações do teto, vou seguir a posição fechada na reunião com o MPF-SP, mas aviso que, para os nossos aposentados, ainda há a saída judicial. A solução seria a 4

Previdência pagar administrativamente. Mas tenho 5 mil ações na Justiça e 900 para entrar, ponderou. Warley Martins, da Cobap, que também participa do encontro, adiantou que o acordo será difícil. Não apoiamos a fórmula 85/95. Por ela, muita gente vai trabalhar mais, embora se diga o contrário. Um trabalhador da Construção Civil não aguenta ir até os 60 anos, disse. Guarulhos (SP): Servidores negociam reajuste salarial Hoje, às 18 horas, o Sindicato dos Servidores Municipais de Guarulhos (Stap) reúne-se com a Administração Municipal, a fim de negociar o índice de reajuste salarial dos cerca de 25 mil Servidores da Prefeitura, SAAE, Proguaru, Câmara e Ipref. A reunião será no Paço Municipal, com presença do próprio prefeito Sebastião Almeida. A categoria, com data-base em 1º de maio, reivindica 12,29%, além de outros itens da pauta. Para o Sindicato, a Prefeitura, que vem se beneficiando do crescimento da cidade, tem uma dívida para com seus funcionários. O presidente Jair Lima questiona: Se a cidade cresce e fica mais rica, por que os Servidores não são beneficiados? O secretário-geral Denilson Bandeira completa: Não existe cidade desenvolvida sem um funcionalismo valorizado e motivado. Assembleia - Nesta sexta (6), o Stap faz assembleia geral da categoria. Será às 18h30, na sede do Sindicato, à avenida Esperança, 840, Vila Progresso, Guarulhos. Teletime Emissoras de TV pedem calma na tramitação do PLC 116/2010 As quatro maiores redes de televisão abertas estiveram nesta quarta, 4, com o senador Romero Jucá (PMDB/RR), líder do governo no Senado, para pedir calma na tramitação do PLC 116/2010, que cria novas regras para o setor de TV paga. Globo, SBT, Bandeirantes e Record procuraram Jucá conjuntamente, preocupadas com rumores de que o governo teria apresentado esta semana pedido de urgência na tramitação do projeto, o que poderia forçar o texto a saltar a tramitação nas comissões, acelerando a votação. A possibilidade de apresentação da urgência existe desde o final do ano passado. O que todas as emissoras manifestaram a Jucá, segundo interlocutores que participaram da reunião, é que ainda é necessário discutir o projeto, e que a tramitação nas diferentes comissões e a realização de audiências públicas seria importante. Ficou claro, segundo os relatos, que existe um desencontro sobre o interesse do governo na tramitação do projeto. Jucá teria dito que recebeu recomendações do governo para pedir a urgência, mas os radiodifusores o confrontaram com informações no sentido contrário, de que o governo não teria tanta pressa assim. Jucá mostrou-se confuso e pediu para que os pleitos de cada uma fossem colocados para que isso fosse levado ao Planalto. Se todas as emissoras se alinham com uma postura de calma na tramitação, há entre elas profundas divergências sobre o que deve ser alterado no texto. A que tem postura mais 5

radical é a Bandeirantes, que discorda de diversos aspectos do texto e é radicalmente contra a sua aprovação. O principal ponto é a vedação a grupos de mídia para serem também distribuidores de conteúdo. Já o SBT, por exemplo, é crítico em relação à possibilidade de publicidade na TV paga e entende que o modelo de abertura do mercado às teles sem a necessidade de licitação pode trazer riscos a grupos nacionais, ainda que esse não seja um problema específico dos radiodifusores. A Globo não tem sido muito explícita em relação a suas divergências ainda existentes com o texto, mas defende ajustes de redação. E a Record é contrária aos dispositivos de cotas que possam beneficiar o grupo Globo nesse mercado e às restrições que impedem emissoras de TV a distribuir TV por assinatura. Fontes próximas ao PMDB apontam também para um certo descontentamento da atuação do Ministério das Comunicações junto a parlamentares nas questões referentes à radiodifusão, o que estaria fazendo inclusive o senador Eunício de Oliveira (PMDB/CE), relator da matéria na CCJ do Senado, segurar a aprovação do requerimento de audiência sobre o PLC 116/2010. 6