ESTRATÉGIA PLURIANUAL DA SPEA

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Transcrição:

ESTRATÉGIA PLURIANUAL DA SPEA - 2013-2017 MISSÃO E VISÃO DA SPEA A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) é uma associação sem fins lucrativos e Organização Não Governamental de Ambiente, reconhecida como entidade de utilidade pública, que foi fundada a 25 de novembro de 1993 como desejo manifestado por profissionais e amadores que desenvolviam atividade na área da Ornitologia e conservação da avifauna. A SPEA tem como Missão trabalhar para o estudo e a conservação das aves e seus habitats, promovendo um desenvolvimento que garanta a viabilidade do património natural para usufruto das gerações futuras. Os principais objetivos estatutários traduzem a ação da SPEA para atingir a sua Missão: Promover, dinamizar e divulgar o estudo da biologia das aves e desenvolver as bases científicas e técnicas para a aplicação de medidas de gestão e conservação; Promover a conservação das populações de aves que vivem no estado selvagem e dos seus habitats, em particular no território português; Contribuir para a valorização e promoção da Ornitologia, nas suas diversas vertentes, através da elaboração e divulgação de princípios orientadores desta disciplina; Contribuir para a formação da população em geral e grupos específicos sobre a avifauna, a Ornitologia e outras atividades ligadas à observação de aves, e à divulgação da importância de conservação das mesmas. As prioridades e o trabalho realizados pela SPEA são assentes em trabalho rigoroso de ciência e monitorização de biodiversidade, através de programas levados a cabo por equipas de profissionais e voluntários que constituem a grande força da organização. O nosso trabalho incide sobre as aves enquanto prioridade e identidade própria, e enquanto excelentes indicadores da biodiversidade e equilíbrio ecológico em geral. Através da conservação das aves e dos seus habitats contribuímos para a conservação global, expandido ainda a nossa ação para um maior número de componentes de biodiversidade. A SPEA é o parceiro português da BirdLife International, entidade que congrega organizações de 116 países em todo o mundo, que partilham ideias, princípios, informação, experiência e apoio mútuo com vista à sua Missão de conservar as aves, os seus habitats e a biodiversidade global, trabalhando com, e para, as comunidades com vista à sustentabilidade do uso dos recursos naturais. A SPEA atua em estreita colaboração com outras entidades, seja a nível local, regional, nacional ou internacional, estabelecendo a ponte com agentes locais, governo, empresas, universidades e outras ONG, para aumentar o impacto do nosso trabalho. A ESTRATÉGIA PARA 2013-2017 A Estratégia segue os 4 pilares definidos pela BirdLife International: (1) Salvar espécies de extinção; (2) Conservar sítios e habitats; (3) Promover a sustentabilidade ecológica; e (4) Encorajar as pessoas para mudanças positivas que no seu conjunto contribuem e preenchem a Missão da SPEA numa perspetiva de conservação de biodiversidade em geral. Cada pilar estratégico inclui dois a três objetivos estratégicos.

A presente Estratégia tem em consideração e apoia as prioridades da comunidade global e das convenções internacionais de conservação e sustentabilidade, com o compromisso de agir urgente e eficazmente para parar a perda de biodiversidade e de atingir os 20 objetivos de biodiversidade de Aichi até 2020 (ver Convenção para a Diversidade Biológica, http://www.cbd.int/sp/targets/). OS GRANDES OBJETIVOS ESTRATÉGICOS Pilar 1 Salvar espécies de extinção Pilar 2 Pilar 3 Pilar 4 1.1 Evitar as extinções 1.2 Manter comuns as aves comuns Conservar sítios e habitats 2.1 Identificar, proteger, gerir, restaurar e monitorizar os sítios e habitats mais importantes para as aves e biodiversidade em geral 2.2 Promover redes ecológicas resilientes Promover a sustentabilidade ecológica 3.1 Demonstrar e defender o valor dos recursos naturais 3.2 Promover práticas e políticas de apoio à sustentabilidade Envolver as pessoas para mudanças ambientais positivas 4.1 Fortalecer a estrutura e funcionamento da organização e a sua ligação à sociedade 4.2 Promover ações de conservação locais 4.3 Catalisar o apoio social a um melhor ambiente Pilar 1 SALVAR ESPÉCIES As espécies são o elemento mais visível e familiar da biodiversidade, cada qual com um papel único e característico. A conservação das espécies ao longo das suas áreas de distribuição é crucial para evitar a degradação da diversidade genética, que é a base da sobrevivência a longo prazo e aumenta a resiliência a alterações ambientais. A SPEA e a BirdLife International têm como objetivo a conservação e o restauro de populações de espécies, tanto de aves como de outros grupos, nas suas áreas de distribuição e manter a diversidade genética, assegurando que continuam a desempenhar o seu papel na cadeia da vida para benefício e usufruto das gerações futuras. 1.1 Evitar as extinções A extinção de uma espécie é para sempre; representa a perda de uma peça única da história evolutiva e diminui a riqueza e biodiversidade do nosso mundo. A perda de uma espécie pode também desequilibrar o funcionamento dos ecossistemas. Mesmo se a extinção de espécies é um processo natural, a taxa enorme e rápida atual de extinções não o é. As espécies ameaçadas de extinção devem ser salvas, o que só é possível através de uma estratégia global, eficaz e concertada. A SPEA e a BirdLife pretendem implementar ações de conservação eficazes, incluindo intervenções de advocacia política, para as espécies que se encontrem globalmente ameaçadas, ou perto disso, de acordo com o Livro Vermelho da UICN/BirdLife. A nível nacional devem ser tidas em conta as

espécies autóctones que se encontram em risco de extinção no território, em particular as espécies endémicas. Isso implica trabalho de conservação urgente e dirigido para cada uma dessas espécies. A SPEA tem tido uma ação relevante e resultados significativos na conservação de espécies ameaçadas, contribuindo para evitar a extinção, por exemplo, do priolo (Pyrrhula murina), da freirada-madeira (Pterodroma madeira) ou da freira-do-bugio (Pterodroma deserta). Essa ação deve ser mantida de modo a melhorar ainda mais o estatuto de conservação dessas espécies. A ação de conservação deve sempre trazer benefícios para outras espécies e grupos associados, contribuindo para um melhor estado de saúde dos ecossistemas em que se inserem. 1.1.1. Evitar a extinção e melhorar o estatuto de conservação das espécies de aves em perigo em Portugal Assegurar a conservação de espécies e subespécies endémicas globalmente ameaçadas: priolo (Pyrrhula murina), freira-da-madeira (Pterodroma madeira), freira-do-bugio (Pterodroma deserta), paínho-de-monteiro (Oceanodroma monteiroi) e fura-bardos (Accipiter nisus granti) Assegurar a conservação de outras espécies terrestres prioritárias: águia-imperial (Aquila adalberti), britango (Neophron percnopterus), milhafre-real (Milvus milvus) e águiaperdigueira (Hieraaetus fasciatus) Contribuir para a conservação de espécies de aves marinhas globalmente ameaçadas: pardela-balear (Puffinus mauretanicus) Promover um fundo para small grants destinado a trabalhos sobre espécies ameaçadas 1.1.2. Contribuir para a conservação de espécies globalmente ameaçadas noutros territórios em colaboração com a BirdLife International Assegurar a conservação de espécies prioritárias em Cabo Verde: laverca-do-raso (Alauda razae) Contribuir para a mitigação das ameaças sobre as espécies Criticamente em Perigo de São Tomé: galinhola (Bostrychia bocagei), picanço-de-são-tomé (Lanius newtoni) e anjolô (Neospiza concolor) 1.1.3. Assegurar informação de base com qualidade como suporte à decisão sobre as prioridades de conservação de espécies ameaçadas Manter actualizada e publicar a lista de espécies ameaçadas em Portugal: SPEA como autoridade nacional para definição do estatuto das aves Promover estágios e teses sobre espécies ameaçadas ou com pouca informação, ou que contribuam para clarificar estatutos taxonómicos de possíveis espécies endémicas (por exemplo: Oceanodroma jabejabe, Accipiter nisus grantii) 1.2 Manter comuns as aves comuns Populações saudáveis de aves significam um ambiente saudável. É necessário atuar para evitar que mais espécies sofram reduções de populações e assim entrem em risco de extinção. Devem ser pensados sistemas de alerta para detetar os primeiros indícios de perigo que possam surgir, para assim preparar ações de conservação a tempo. A SPEA e a BirdLife pretendem prevenir e reverter os declínios de populações de aves, restaurar populações em decréscimo de espécies que não se encontrem ainda ameaçadas (com exceção

para espécies exóticas invasoras) e que sejam características de habitats específicos, incluindo paisagens produtivas e áreas urbanas. 1.2.1. Atualizar e publicar dados de base sobre distribuição e abundância das espécies de aves em Portugal. Monitorizar e qualificar a evolução de mudanças significativas nos padrões migratórios e/ou de nidificação Atlas das Aves Migradoras e Invernantes Atlas de Aves Marinhas Atlas das Aves Nidificantes de Portugal 1.2.2. Manter e desenvolver programas de monitorização para avaliação de tendências populacionais e estatutos de conservação das aves em Portugal Programas gerais de monitorização de aves: Censo de Aves Comuns (CAC); Censos de Aves no Natal e Ano Novo (CANAN); Projeto Chegadas; monitorização de aves noturnas (Noctua-Portugal); Dias RAM (Rede de observação de Aves e Mamíferos Marinhos); monitorização de aves costeiras invernantes: projeto Arenaria Programas regulares de monitorização de espécies: censos de mantas/milhafres (Buteo buteo) nas Regiões Autónomas; censo de cegonha-branca em 2014; roque-de-castro, sisão e rolieiro Monitorização, distribuição e modelação das populações de aves marinhas 1.2.3. Contribuir para a diminuição do impacto de ameaças e infra-estruturas sobre espécies de aves Reduzir o impacto da iluminação pública em aves marinhas Reduzir a captura acidental de aves marinhas nas atividades de pesca Promover a correção de linhas elétricas Combater a captura ilegal de aves e o uso de armadilhas 1.2.4. Disponibilizar a informação de base sobre as aves de Portugal, seus estatutos de conservação e tendências populacionais Publicação regular do estado de conservação e tendências populacionais - documento do estado das aves comuns Disponibilizar a lista sistemática das aves de Portugal, incluindo continente e Regiões Autónomas Melhorar a plataforma de inserção e partilha de dados ornitológicos Disponibilizar e divulgar fichas informativas das aves de Portugal como mini-guias Publicação regular de informação científica e técnica (atualmente publicada através de Airo e Anuário Ornitológico) Organizar Congressos nacionais e ibéricos de Ornitologia, assim como conferências temáticas, destinadas a angariar conhecimento científico e técnico e promover o intercâmbio de experiências entre ornitólogos 1.2.5. Desenvolver a estrutura científica da SPEA reconhecida como unidade de investigação Criar uma comissão científica interna para acompanhamento dos trabalhos e definição de estratégia de investigação

Produzir e divulgar os resultados científicos, incluindo o congresso da SPEA Promover parcerias com outras entidades de investigação Procurar a publicação dos resultados de trabalhos da SPEA, sempre que relevantes a nível científico, em revistas científicas de reconhecido mérito e divulgação dessas mesmas publicações Pilar 2 CONSERVAR SÍTIOS E HABITATS Há sítios que são especialmente importantes pelos seus valores naturais. A concentração de ações de conservação e de educação em sítios e habitats que sejam exemplos de grande valor de biodiversidade, seja por estar concentrada, única ou ameaçada, é uma aposta a seguir e uma abordagem de conservação eficaz. A SPEA tem entre os seus objetivos a conservação eficaz, através de ações de conservação e de proteção legal dos sítios e habitats mais importantes em todo o país, em especial aqueles que foram inventariados na rede de Áreas Importantes para as Aves e biodiversidade (IBA), designadas pela SPEA e pela BirdLife International. Estas áreas, embora sejam determinadas sobretudo pelos critérios de importância para as aves, deverão ser geridas e conservadas de modo a contar com os efeitos positivos sobre outras espécies e grupos, contribuindo para um aumento do valor da biodiversidade global. 2.1 Identificar, proteger, gerir, restaurar e monitorizar os sítios e habitats mais importantes para as aves e biodiversidade em geral Existem muitas abordagens para a conservação de sítios e de habitats, variando com as circunstâncias desde mecanismos legais, política de conservação e ação local com as comunidades. A ação é urgente para os sítios e habitats mais ameaçados, onde o risco de perda de biodiversidade é maior. A SPEA pretende manter e melhorar a identificação e divulgação dos sítios e habitats mais importantes para a conservação das aves e da biodiversidade em geral, de modo a assegurar que sejam eficazmente protegidos, geridos, monitorizados e, quando necessário, recuperados. Os critérios de prioridade devem prever o grau de ameaça do sítio, o seu valor para biodiversidade e a continuidade de trabalho que tem que ser assegurado. 2.1.1. Identificar e monitorizar a rede de Áreas Importantes para Aves e Biodiversidade (IBA) Atualizar inventário IBA com referência a outros grupos de biodiversidade: juntar terrestres e marinhas no mesmo inventário Criar linha SOS IBA: Assegurar a denúncia de crimes ambientais e os devidos processos legais e retirada de consequências para os prevaricadores 2.1.2. Assegurar a proteção legal e efetiva dos sítios mais importantes para aves e biodiversidade Defender a integração das IBA marinhas na rede Natura 2000 no meio marinho Defender a designação de IBA prioritárias como novas áreas classificadas (Lagoa dos Salgados, Salinas de Alverca, etc)

Influenciar políticas de ordenamento e de gestão de IBA, participando na elaboração e revisão de planos de ordenamento e de gestão Participar nos processos de discussão pública de Avaliação de Impactes Ambientais na rede de IBA Colaborar com instituições internacionais para a defesa do Parque Natural do Obô em São Tomé 2.1.3. Participar na gestão ativa de habitats vulneráveis ou em perigo e na proteção de sítios prioritários para a conservação de aves e biodiversidade Controlo ou erradicação de espécies exóticas invasoras em áreas de floresta laurissilva nas ilhas macaronésicas de Açores (São Miguel e Corvo), Madeira e Cabo Verde (Santa Luzia e Raso) Contributo para a conservação do habitat insular mediterrânico da Ilha Berlenga 2.2 Promover redes ecológicas resilientes A ligação entre sítios e habitats é essencial para promover uma rede resiliente a pressões, e especialmente para permitir uma adaptação futura a alterações climáticas e outras ameaças. Espécies diferentes e diferentes situações podem exigir abordagens diversas. As aves migradoras podem precisar de uma rede de sítios e habitats que preencham as necessidades do seu ciclo de vida em cada uma das suas etapas, enquanto que para espécies mais sedentárias essas ligações são mais afetadas por ameaças à ocupação do solo e do mar. Os gradientes de altitude são cada vez mais vistos como prioritários para a conservação de conjuntos completos de habitats. A SPEA pretende, sempre que possível, promover a ligação entre sítios e habitats ao longo da paisagem, terrestre e marinha, que contribua para a resiliência eficaz e uma conservação a longo prazo. 2.2.1. Promover a gestão de sítios prioritários em rede para aumento da eficácia de conservação das principais espécies de aves presentes Criar condições de nidificação de colónias de aves marinhas em ilhéus desertos da Macaronésia, desde Açores a Cabo Verde Promover a conservação de zonas húmidas (incluindo aquacultura/salinas) juntamente com parceiros internacionais ao longo da via migratória do Atlântico Leste Assegurar uma rede de manchas de laurissilva na ilha de São Miguel, Açores 2.2.2. Testar novas metodologias para assegurar redes ecológicas resilientes Testar ações de conservação em gradiente altitude nos habitats do ecossistema da serra da Tronqueira em São Miguel, Açores Pilar 3 PROMOVER A SUSTENTABILIDADE ECOLÓGICA Sustentabilidade significa usar os recursos no presente sem comprometer o seu uso pelas gerações futuras. As dimensões económica, social e ecológica da sustentabilidade estão intimamente ligadas e a sustentabilidade ecológica é a base das restantes. A SPEA tem na sustentabilidade um dos seus

objetivos principais, sendo crucial salvaguardá-la como meio de prevenção de perda de biodiversidade e de degradação ambiental. O trabalho a realizar neste pilar estratégico inclui a advocacia e defesa de políticas numa grande diversidade de sectores, incluindo agricultura, pescas, silvicultura, energia, clima e infraestruturas; assim como a definição e avaliação de serviços de ecossistemas, do investimento necessário na conservação e da importância dos valores naturais para o bem estar do homem. A SPEA pretende promover uma gestão sustentável do nosso planeta e dos seus recursos ao mesmo tempo que se assegura um futuro para as aves, a biodiversidade e a humanidade. 3.1 Demonstrar e defender o valor dos recursos naturais A natureza tem um valor inestimável, tanto intrínseco como pelos inúmeros bens, produtos e serviços que fornece às pessoas. Estes valores são muitas vezes assumidos como garantidos e inesgotáveis, em parte porque são mal compreendidos mas também porque são difíceis de calcular em termos económicos, por exemplo o fornecimento de água, o armazenamento de carbono ou a prevenção de cheias. A SPEA quer contribuir para a sensibilização do valor dos ecossistemas através da demonstração dos serviços que prestam e da avaliação, em termos económicos, dos benefícios que prestam à humanidade e ao bem estar das sociedades. 3.1.1. Demonstrar o valor da biodiversidade e os benefícios da sua conservação Desenvolver estudos de impacto socio-económico dos projetos de conservação em curso pela SPEA Promover estudos de valorização dos serviços de ecossistemas (mar, laurissilva, sistemas agropastoris) e explorar compensações de carbono por trabalhos de recuperação destes habitats 3.1.2. Promover o turismo de natureza e turismo ornitológico como meios de rendimento económico sustentável para as comunidades locais Promover turismo ornitológico através de formação, certificação e dinamização em parceria com empresas de animação turística e turismo rural Demonstrar o valor económico e o contributo social do turismo de natureza 3.2 Promover práticas e políticas de apoio à sustentabilidade Os processos de avaliação e de tomada de decisões por políticos e empresas devem ter em conta os valores naturais e a manutenção dos serviços de ecossistemas, baseados na biodiversidade e na sua sustentabilidade. Para isso é necessário salvaguardar uma infra-estrutura ecológica mínima, que previna o uso excessivo e insustentável dos recursos naturais. A SPEA pretende apoiar, influenciar e sustentar a tomada de decisões políticas e de boas práticas de empresas, propondo, demonstrando e promovendo políticas que assegurem a manutenção dos serviços de ecossistemas e da biodiversidade; que promovam padrões sustentáveis de produção; que evitem o desperdício dos recursos naturais; e que previnam as alterações climáticas. 3.2.1. Minimizar o impacto negativo de projetos de infra-estruturas sobre a biodiversidade e os sítios mais importantes

Promover a correção de linhas elétricas e integrar a Comissão Técnica de Acompanhamento de Linhas Elétricas e Avifauna com EDP Distribuição e outros parceiros Contestar plano de barragens em colaboração com outras organizações Promover a correta implementação de energias renováveis através de definição de mapas de risco para a biodiversidade, terrestre e marinha (parques eólicos, energia das ondas, eólicas off shore) 3.2.2. Influenciar políticas nacionais e comunitárias para apoio efetivo à conservação de aves e biodiversidade Influenciar a reforma da Política Agrícola Comum e defender a correta utilização dos fundos em Portugal, incluindo a concretização de projetos de demonstração Influenciar as estratégias e os fundos nacionais e comunitários para o mar a integrar o período 2014-2020 Defender a continuidade do uso de rodenticidas e herbicidas específicos para combate a espécies exóticas invasoras com objetivos de conservação Promover a comunicação do trabalho e resultados da SPEA a políticos: documentos com exemplos positivos de conservação, eventos e exposições na Assembleia da Repúbica, etc. 3.2.3. Promover boas práticas na atividade pesqueira para melhor conservação das espécies de aves marinhas Implementar o Plano Europeu de Ação para reduzir as capturas acidentais de aves marinhas na pesca através de medidas inovadoras para evitar o problema e respetiva monitorização Promover a adoção de medidas que visem a minimização do impacte da iluminação pública nas aves marinhas e a poupança energética Assegurar monitorização e medidas para diminuição do problema do lixo marinho 3.2.4. Minimizar os efeitos da caça sobre as populações de aves Influenciar a regulamentação de caça sustentável de modo a diminuir o impacto desta atividade sobre as populações de espécies cinegéticas Defender a inibição de caça com cartuchos de chumbo e evitar assim o problema do saturnismo Pilar 4 ENVOLVER AS PESSOAS PARA MUDANÇAS AMBIENTAIS POSITIVAS As pessoas são uma das bases e a prioridade do trabalho da SPEA e este pilar suporta todos os outros na Estratégia. Os destinos das pessoas e da natureza são inseparáveis. As aves têm um papel social e cultural inegável em todas as sociedades e comunidades do planeta, e é importante reaproximá-las das pessoas num período em que muitos parecem não conhecer a natureza que os rodeia. As aves são um meio privilegiado para mostrar a natureza e reconciliá-los com a biodiversidade. A qualidade de vida das pessoas e o seu bem estar beneficia do trabalho de conservação da natureza. Muitas vezes depende mesmo dele. A conservação deve estar ligada a políticas e práticas de criação de oportunidades, mantendo e respeitando hábitos culturais, sociais e espirituais das

comunidades locais. Conservação da natureza e biodiversidade e desenvolvimento humano devem andar de mãos dadas. A SPEA pretende reforçar as ligações entre a conservação e o bem estar das pessoas, envolvendo a sociedade civil e outras organizações que possam e queiram estar envolvidas nos objetivos da sua Missão. 4.1 Fortalecer a estrutura e funcionamento da organização e a sua ligação à sociedade Uma estrutura forte e uma integração eficaz na parceria da BirdLife International são fatores importantes para a obtenção dos melhores resultados de toda a estratégia da SPEA. É importante assegurar a capacidade e um funcionamento eficaz, ligando corpo técnico, voluntários e grupos de trabalho de forma a tornar a organização mais produtiva e consistente. A integração na BirdLife International permite ainda uma constante aprendizagem com parceiros em todo o mundo e a partilha de experiências e de tomadas de decisão para melhor ação. A SPEA pretende ser um parceiro forte, com capacidade técnica e uma estrutura sólida com vista ao cumprimento desta estratégia e dos seus objetivos. 4.1.1. Assegurar as melhores condições para funcionamento da organização e para uma boa capacidade de resposta aos sócios e público em geral Instalar nova Sede nacional Assegurar ações de formação específicas para os colaboradores que favoreçam o cumprimento desta estratégia Realizar saídas de campo e cursos para os sócios da SPEA Propor e defender as alterações legais necessárias que tornem possível as ONGAs usufruírem de bonificações do IRS e Jogos Santa Casa 4.1.2. Reforçar a parceria com a BirdLife International enquanto maior organização de conservação de ambiente a nível mundial Participar nos centros de decisão da BirdLife, nomeadamente através do Conselho Global, do Comité de Europa e Ásia Central, e task forces temáticas da BirdLife International: mar, agricultura, diretivas europeias Apoio à BirdLife International no trabalho de advocacia e conservação em São Tomé e Príncipe (proteção dos ilhéus das Tinhosas e do Parque do Obô) Desenvolvimento da capacidade do parceiro Biosfera I em Cabo Verde e trabalho de conservação em Santa Luzia, Branco e Raso Participação no Global Seabird Programme da BirdLife International Evoluir para SPEA/BirdLife, integrando nome, imagem e identidade BirdLife International na imagem da SPEA 4.2 Promover ações de conservação através das comunidades locais Muitas pessoas e comunidades convivem com natureza e biodiversidade e delas dependem diretamente, frequentemente com fortes laços culturais. O envolvimento das comunidades e sociedades locais é crucial para a conservação de espécies, sítios e habitats de uma forma eficaz. Esse envolvimento pode traduzir-se em várias formas, desde grupos de trabalho ou de ação locais, a

redes de entidades para a conservação de IBA ou o apoio à população escolar para um maior compromisso das novas gerações para o respeito pela natureza e biodiversidade. Devem traduzir-se sempre que possível em ações concretas de conservação a nível local. A SPEA pretende encorajar e fortalecer o envolvimento das comunidades locais na conservação da natureza, apoiando e catalisando esforços de ação a nível local, e contribuindo para o bem estar e desenvolvimento sustentável dessas mesmas comunidades. 4.2.1. Envolver e apoiar as comunidades locais na conservação e gestão das Áreas Importantes para Aves e Biodiversidade Promover a constituição de grupos de ação local nas IBA que se encarreguem de ações de voluntariado local, censos e monitorização, conservação, pequenos projetos e atividades, fundraising local Desenvolver ações de conservação e/ou manutenção locais (exemplos: Lagoa Pequena, Caia) Estabelecer parcerias com instituições de poder local para apoio à conservação e gestão de IBA Assegurar o envolvimento em planos de gestão de reservas abertas ao público e promover formas de visitação sustentáveis Campanha Salve uma Ave Marinha: Madeira e Açores (Apoio a SOS Cagarro) Dinamização da Estufa do Corvo pela população escolar e integração das atividades ligadas à mesma no plano educativo local 4.2.2. Manter e desenvolver o modelo de envolvimento das comunidades locais e empresários na gestão das Terras do Priolo Assegurar o funcionamento do Centro Ambiental do Priolo para educação ambiental e para apoio ao desenvolvimento turístico Manter a Carta Europeia de Turismo Sustentável nas Terras do Priolo Replicar o modelo a outras comunidades onde ele possa ser aplicado 4.3 Catalisar o apoio social para um melhor ambiente Um futuro com biodiversidade depende de vontade política, que por sua vez está ligada às preocupações e importância que os cidadãos dão à conservação da natureza. Como organização e representante da sociedade civil, a SPEA procura assegurar uma resposta dos sócios, de voluntários e do público em geral para uma maior proteção ambiental e salvaguarda das aves e da biodiversidade. A SPEA pretende motivar e comprometer o maior leque de organizações e de pessoas possível na causa da conservação da biodiversidade, incluindo jovens, decisores, empreendedores e público geral, através de educação, sensibilização e envolvimento com a natureza, em especial as aves. 4.3.1. Promover uma boa comunicação ao público sobre o trabalho da SPEA e a importância da conservação das espécies e dos seus habitats Manter contacto próximo com os sócios e público interessado através de meios de divulgação online: facebook, twitter, SPEA OnLine, newsletters, pinterest, vimeo

Incluir informação pedagógica no site: fichas de aves e sítios, etc. Manter a publicação da revista Pardela ou outro suporte de comunicação específico com sócios e público Assegurar tempo de antena na televisão para divulgação do trabalho da SPEA ao público geral Publicitar o trabalho da SPEA recorrendo a suportes alternativos de divulgação (metro, pacotes de açúcar, etc.) promovendo simultaneamente uma aproximação da organização à sociedade 4.3.2. Aumentar a base de apoio social aos projetos e atividades da SPEA Desenvolver e aumentar a rede de voluntariado através de maior formação e retorno de informação: relatórios e materiais de comunicação; apresentação pública dos resultados dos programas de voluntariado Maior comunicação e colaboração com outras Organizações Não Governamentais de Ambiente (ONGA), nomeadamente para temáticas e áreas geográficas de ação comum Promover parcerias com outras entidades representativas de áreas relacionadas com conservação de biodiversidade (criadores de aves, cicloturistas, caçadores, etc.) Desenvolver atividades dirigidas à comunidade escolar inserida ou próxima de área de intervenção de projetos de conservação em curso na SPEA (alunos, professores, associações de pais etc.), para informar a comunidade escolar - estudantes e professores - sobre os valores das aves e biodiversidade em Portugal. 4.3.3. Desenvolver ações e eventos que promovam o apoio da sociedade à causa da conservação das aves e dos seus habitats Assegurar a participação em eventos que favoreçam a informação ao público sobre a conservação de biodiversidade Organizar Festival de Sagres e Fim de Semana Europeu de Observação de Aves como eventos mediáticos de promoção das aves e da sua conservação Participar na campanha Spring Alive com a BirdLife International Desenvolver campanhas Ave do Ano para apoiar a conservação das espécies mais prioritárias ou que carecem de apoio preventivo no seu estatuto de conservação Desenvolver ações Biologia no Verão