Balanço das negociações dos reajustes salariais em O desempenho do Ramo Metalúrgico

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Transcrição:

Balanço das negociações dos reajustes salariais em 2010 O desempenho do Ramo Metalúrgico

Balanço das negociações dos reajustes salariais em 2010 Pelo décimo quinto ano consecutivo, o DIEESE Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos apresenta a análise da negociação dos reajustes salariais das principais categorias profissionais brasileiras. Em 2010, o Sistema de Acompanhamento de Salários (SAS-DIEESE) estudou o resultado das negociações de 700 unidades de negociação dos setores da indústria, comércio e serviços e constatou que cerca de 96% destas ao menos conseguiram repor a inflação medida pelo INPC- IBGE Índice Nacional de Preços ao Consumidor, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Esse desempenho é somente inferior ao observado nos anos de 2006 e 2007. O presente trabalho, elaborado pela equipe técnica da Subseção do DIEESE FEM- CUT/SP CNM/CUT, apresenta um recorte para o ramo metalúrgico, considerando 71 negociações do ramo em questão para o ano de 2010. No ano passado as negociações de metalúrgicos de todo o país resultaram em 100% dos reajustes ao menos recompondo a inflação e praticamente 96% com ganho real, sem dúvida alguma o melhor resultado desde o ano 2000 1. 1 Apesar de o Balanço dos Reajustes elaborado pelo DIEESE ter origem em 1996, a desagregação para o ramo metalúrgico só é possível a partir de 2000 por razões metodológicas. Pretende-se, a partir da publicação que tratará do primeiro semestre de 2011, passar a trabalhar com o período completo (desde 1996) após as realizações de algumas adaptações na base de dados que possibilitará tal abordagem. BALANÇO DAS NEGOCIAÇÕES DOS REAJUSTES SALARIAIS EM 2010 2

Resultado Nacional Analisando a série histórica da pesquisa, chama a atenção o fato de que em 2010 se observa a maior incidência de negociações com aumento real nos salários de toda a série iniciada em 1996, sempre em comparação à inflação medida pelo INPC-IBGE. Em 2010, 621 unidades de negociação (89% do painel) conquistaram ganhos reais para os salários dos trabalhadores (Gráfico 1). Além disso, cabe ressaltar a inversão de tendência observada de 2004 em diante, isto é, a partir desse momento a proporção de negociações com ganhos reais de salários passaram a ser maioria e assim permaneceu até 2010. GRÁFICO1 Distribuição dos reajustes salariais, em comparação com o INPC-IBGE Brasil, 1996 a 2010 Obs.: Nos estudos realizados entre 1996 e 2008 foram considerados reajustes referentes a um conjunto de categorias profissionais que ano a ano formavam um painel diferente. A partir de 2009, o SAS-DIEESE passou a analisar informações de reajustes salariais de categorias pertencentes a um painel fixo, cujo ano base é 2008. No momento, este painel conta com 845 unidades de negociação dos setores do comércio, indústria, serviços e rural (este não analisado na série dos balanços dos reajustes salariais). Deste painel, foram obtidas informações de reajustes salariais de 800 unidades de negociação em 2008; 762 unidades de negociação em 2009; e 700 unidades de negociação em 2010, todas consideradas no presente gráfico. BALANÇO DAS NEGOCIAÇÕES DOS REAJUSTES SALARIAIS EM 2010 3

Além de apresentar a maior incidência de reajustes com aumento real nos salários, o ano de 2010 distingue-se dos demais analisados pelo SAS-DIEESE também por apresentar um crescimento significativo no número de negociações nas faixas mais elevadas de aumento real, conforme pode ser observado na Tabela 1. Em 2010, observa-se que 106 negociações (15% do painel) apresentaram ganhos reais superiores a 3%. Considerando-se o resultado obtido pelas mesmas 700 unidades de negociação nos dois anos anteriores, nota-se que em 2008 foram 29 negociações (4% do painel) com ganhos reais equivalentes; e em 2009, 37 negociações (5% do painel). Quanto aos ganhos superiores a 5%, a mesma tendência é observada: 28 negociações em 2010 frente a 2 negociações em 2008 e 10 negociações em 2009. No entanto, ainda se observa uma elevada concentração dos reajustes salariais próximos ao índice inflacionário: cerca de 74% dos percentuais negociados em 2008, 2009 e 2010 superam a inflação entre 0,01% e 3%. Considerando somente as faixas de ganho real de até 2%, foram observadas 56% das negociações em 2010; 63%, em 2009; e 64%, em 2008, sempre na comparação dos resultados para as mesmas 700 unidades de negociação. Quanto à medição dos reajustes salariais insuficientes para repor a inflação, observa-se em 2010 não só a queda no número de negociações em que isso ocorreu, como também uma redução na magnitude dessas perdas inflacionárias. Em 2010, cerca de 4% dos reajustes ficaram abaixo do INPC-IBGE, sendo que menos de 1% com perdas superiores a 1%. Em 2008, foram 11%, sendo quase 2% com perdas superiores a 1%; e em 2009, ano em que a crise econômica internacional apresentou seus maiores efeitos, foram quase 9% das negociações, com 3% apresentando perdas superiores a 1%. BALANÇO DAS NEGOCIAÇÕES DOS REAJUSTES SALARIAIS EM 2010 4

TABELA 1 Distribuição dos reajustes salariais em comparação com o INPC-IBGE Brasil, 2008 a 2010 2008 2009 2010 Variação nº % nº % nº % Acima do INPC-IBGE 546 78,0 557 79,6 621 88,7 Mais de 5% acima 2 0,3 10 1,4 28 4,0 De 4,01% a 5% acima 5 0,7 8 1,1 19 2,7 De 3,01% a 4% acima 22 3,1 19 2,7 59 8,4 De 2,01% a 3% acima 68 9,7 79 11,3 124 17,7 De 1,01% a 2% acima 203 29,0 182 26,0 198 28,3 De 0,01% a 1% acima 246 35,1 259 37,0 193 27,6 Igual ao INPC-IBGE 77 11,0 83 11,9 49 7,0 De 0,01% a 1% abaixo 65 9,3 39 5,6 24 3,4 De 1,01% a 2% abaixo 6 0,9 4 0,6 4 0,6 De 2,01% a 3% abaixo 3 0,4 3 0,4 0 0,0 De 3,01% a 4% abaixo 0 0,0 1 0,1 1 0,1 De 4,01% a 5% abaixo 0 0,0 2 0,3 1 0,1 Mais de 5% abaixo 3 0,4 11 1,6 0 0,0 Abaixo do INPC-IBGE 77 11,0 60 8,6 30 4,3 Total 700 100,0 700 100,0 700 100,0 Obs.: Para efeitos comparativos, nesta tabela foram considerados em 2008, 2009 e 2010 somente os reajustes obtidos pelas mesmas 700 unidades de negociação analisadas em 2010. A análise da distribuição dos reajustes salariais segundo os setores econômicos revela que o comércio foi o que apresentou a maior proporção de negociações com ganhos reais nos salários em 2010 cerca de 96% do total do setor. No entanto, o desempenho do setor industrial e de serviços também foi significativo, com 91% e 83% das negociações com aumento real, respectivamente. Por outro lado, foi na indústria que se observou o menor percentual de negociações com reajustes abaixo do INPC-IBGE em 2010: quase 3%. Em seguida vem o comércio com quase 4%; e o setor de serviços, com 7% (Tabela 2). BALANÇO DAS NEGOCIAÇÕES DOS REAJUSTES SALARIAIS EM 2010 5

Variação TABELA 2 Distribuição dos reajustes salariais acumulados em comparação com o INPC- IBGE, segundo setor econômico Brasil, 2008 a 2010 Setor econômico Indústria Comércio Serviços 2008 2009 2010 2008 2009 2010 2008 2009 2010 Acima do INPC 86,4 83,5 90,5 87,8 87,0 95,7 95,7 70,3 82,8 Igual ao INPC 7,5 8,7 6,9 4,3 7,0 0,9 0,9 18,8 10,0 Abaixo do INPC 6,1 7,8 2,6 7,8 6,1 3,5 3,5 10,9 7,1 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Obs.: Para efeitos comparativos, nesta tabela foram considerados em 2008, 2009 e 2010 somente os reajustes obtidos pelas mesmas 700 unidades de negociação analisadas em 2010. Resultados no Ramo Metalúrgico Partindo para o caso específico do ramo metalúrgico, ou seja, analisando as 71 negociações de metalúrgicos incluídas nas 700 do estudo completo, observa-se algumas diferenças nos resultados. As negociações salariais do ramo metalúrgico asseguraram ganho real para 95,8% do total de convenções ou acordos coletivos de trabalho, desempenho superior ao painel de 700 informações e também da indústria (comentado da tabela acima). Outra questão particular dos metalúrgicos é a magnitude do ganho real, ou seja, foi superior ao das demais categorias: ao passo que mais de um terço (35,2%) das 71 negociações asseguraram mais de 3% de ganho real, no painel geral apenas 15,1% alcançaram tal feito. Por fim, 2010 foi o melhor ano dos três apresentados na Tabela 3, sem nenhuma negociação com reajuste abaixo da inflação. BALANÇO DAS NEGOCIAÇÕES DOS REAJUSTES SALARIAIS EM 2010 6

Variação TABELA 3 Distribuição dos reajustes salariais do RAMO METALÚRGICO em comparação com o INPC-IBGE Brasil, 2008 a 2010 2008 2009 2010 nº % nº % nº % Acima do INPC 67 94,4 64 90,1 68 95,8 Mais de 5% acima 1 1,4 1 1,4 4 5,6 De 4,01% a 5% acima 1 1,4 2 2,8 6 8,5 De 3,01% a 4% acima 8 11,3 5 7,0 15 21,1 De 2,01% a 3% acima 25 35,2 10 14,1 20 28,2 De 1,01% a 2% acima 21 29,6 26 36,6 13 18,3 De 0,01% a 1% acima 11 15,5 20 28,2 10 14,1 Igual ao INPC 2 2,8 3 4,2 3 4,2 De 0,01% a 1% abaixo 2 2,8 1 1,4 - - De 1,01% a 2% abaixo - - 1 1,4 - - De 2,01% a 3% abaixo - - 1 1,4 - - Mais de 5% abaixo - - 1 1,4 - - Abaixo do INPC 2 2,8 4 5,6 - - Total 71 100,0 71 100,0 71 100,0 Obs.: Para efeitos comparativos, nesta tabela foram considerados em 2008, 2009 e 2010 somente os reajustes obtidos pelas mesmas 71 unidades de negociação analisadas em 2010. Elaboração: Subseção DIEESE CNM/CUT FEM/CUT-SP. Retroagindo a série de dados dos metalúrgicos para o ano 2000, pode-se considerar que 2010 foi o melhor, dado que 100% dos acordos e convenções coletivas ao menos recuperaram os efeitos causados pela inflação nos salários. No que diz respeito à proporção de reajustes com ganho real, 2010 fica abaixo apenas de 2005 (97,1%) e 2007 (96,4%). Além disso, destaca-se o fato de a partir de 2004 pelo menos 88,4% dos reajustes melhoraram o poder de compra dos salários, já no período anterior (2000 a 2003) o melhor resultado foi de 67,3% (exatamente no primeiro ano da série apresentada) (Gráfico 2). BALANÇO DAS NEGOCIAÇÕES DOS REAJUSTES SALARIAIS EM 2010 7

GRÁFICO2 Distribuição dos reajustes salariais do RAMO METALÚRGICO, em comparação com o INPC-IBGE Brasil, 2000 a 2010 100% 67,3 30,8 38,2 39,2 88,4 97,1 91,8 96,2 94,4 90,1 95,8 90% 80% 70% 36,5 60% 43,6 37,3 50% 40% 30% 20% 18,2 10% 0% 8,7 4,2 6,1 2,8 14,5 32,7 18,2 23,5 1,5 1,9 2,9 2,0 2,8 5,6 1,5 1,9 4,2 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Abaixo do INPC-IBGE Igual ao INPC-IBGE Acima do INPC-IBGE Obs.: Nos estudos realizados entre 2000 e 2008 foram considerados reajustes referentes a um conjunto de categorias profissionais que ano a ano formavam um painel diferente. A partir de 2009, o SAS-DIEESE passou a analisar informações de reajustes salariais de categorias pertencentes a um painel fixo, cujo ano base é 2008. No momento, este painel conta com 71 unidades de negociação do ramo metalúrgico. Elaboração: Subseção DIEESE CNM/CUT FEM/CUT-SP. Como não poderia ser diferente, uma vez que 95,8% dos reajustes superaram o INPC- IBGE, a desagregação segundo Unidade da Federação e Regiões Geográficas não revela grandes variações. Somente nos estados do Amazonas, Paraíba e Minas Gerais há ocorrência de reajustes iguais ao INPC-IBGE, nos demais 13 estados do Brasil os reajustes ultrapassaram a inflação (Tabela 4). BALANÇO DAS NEGOCIAÇÕES DOS REAJUSTES SALARIAIS EM 2010 8

TABELA 4 Distribuição dos reajustes salariais acumulados do RAMO METALÚRGICO em comparação com o INPC-IBGE, segundo Unidade da Federação Brasil, 2008 a 2010 2008 a 2010 Região/UF Abaixo do INPC- IBGE Igual ao INPC-IBGE Acima do INPC-IBGE Painel nº % nº % nº % NORTE 0-1 20,0 4 80,0 5 AM 0-1 33,3 2 66,7 3 PA 0-0 - 2 100,0 2 NORDESTE 0-1 14,3 6 85,7 7 BA 0-0 - 2 100,0 2 CE 0-0 - 1 100,0 1 PB 0-1 50,0 1 50,0 2 PE 0-0 - 1 100,0 1 SE 0-0 - 1 100,0 1 CENTRO-OESTE 0-0 - 4 100,0 4 DF 0-0 - 2 100,0 2 GO 0-0 - 2 100,0 2 SUDESTE 0-1 3,6 27 96,4 28 ES 0-0 - 2 100,0 2 MG 0-1 11,1 8 88,9 9 RJ 0-0 - 5 100,0 5 SP 0-0 - 12 100,0 12 SUL 0-0 - 27 100,0 27 PR 0-0 - 8 100,0 8 RS 0-0 - 9 100,0 9 SC 0-0 - 10 100,0 10 TOTAL 0-3 4,2 68 95,8 71 Obs.: Para efeitos comparativos, nesta tabela foram considerados em 2008, 2009 e 2010 somente os reajustes obtidos pelas mesmas 71 unidades de negociação analisadas em 2010. Elaboração: Subseção DIEESE CNM/CUT FEM/CUT-SP. Somando-se os reajustes negociados pelos metalúrgicos ao longo dos últimos três anos foi considerado o resultado das mesmas 71 negociações para os anos de 2008, 2009 e 2010 conclui-se que a maior parte dos metalúrgicos garantiu valorização dos salários na faixa de 4,01 a 5% acima do INPC-IBGE. Além disso, 39,4% dos metalúrgicos acumularam ganho real superior a 7,01%. Somente 3 negociações (4,2% do total) sequer recuperou os impactos causados pela inflação do período de 3 anos (Tabela 5). BALANÇO DAS NEGOCIAÇÕES DOS REAJUSTES SALARIAIS EM 2010 9

TABELA 5 Distribuição dos reajustes salariais acumulados do RAMO METALÚRGICO em comparação com o INPC-IBGE Brasil, 2008 a 2010 Variação nº % Acima do INPC 68 95,8 Mais de 10% acima 9 12,7 De 9,01% a 10% acima 8 11,3 De 8,01% a 9% acima 4 5,6 De 7,01% a 8% acima 7 9,9 De 6,01% a 7% acima 6 8,5 De 5,01% a 6% acima 7 9,9 De 4,01% a 5% acima 9 12,7 De 3,01% a 4% acima 8 11,3 De 2,01% a 3% acima 4 5,6 De 1,01% a 2% acima 5 7,0 De 0,01% a 1% acima 1 1,4 Igual ao INPC 0 - De 0,01% a 1% abaixo 0 - De 1,01% a 2% abaixo 0 - De 2,01% a 3% abaixo 2 2,8 De 3,01% a 4% abaixo 0 - De 4,01% a 5% abaixo 0 - De 5,01% a 6% abaixo 1 1,4 Abaixo do INPC 3 4,2 Total 71 100,0 Fonte: DIEESE. SAS-DIEESE Sistema de Acompanhamento de Salários. Obs.: Para efeitos comparativos, nesta tabela foram considerados em 2008, 2009 e 2010 somente os reajustes obtidos pelas mesmas 71 unidades de negociação analisadas em 2010. Elaboração: Subseção DIEESE CNM/CUT FEM/CUT- SP. Outro aspecto importante para a análise das negociações salariais de 2010 é o da incidência de diferentes modalidades de aplicação dos reajustes conquistados pelos trabalhadores metalúrgicos. Neste estudo foram consideradas três modalidades principais, a saber: a) o parcelamento ou não dos reajustes salariais; b) a definição ou não de reajustes salariais diferenciados segundo critérios de escalonamento, tais com tamanho de empresa ou faixa salarial do empregado; e c) a concessão de reajustes salariais casada ou não com a concessão de abonos salariais complementares. BALANÇO DAS NEGOCIAÇÕES DOS REAJUSTES SALARIAIS EM 2010 10

Quanto ao parcelamento dos reajustes, observa-se que em 2010 cerca de 84,5% das negociações definiram reajustes em parcela única, e 15,5% em duas ou três parcelas. O percentual de parcelamento é superior ao observado nas 700 unidades de negociação, fenômeno certamente causado pelo tamanho do ganho real, ou seja, os metalúrgicos negociaram reajustes mais elevados, porém parcelados para 15,5% dos casos estudados. Também se observa que apenas uma negociação não negociou reajuste salarial em 2009 (Tabela 6). Condição TABELA 6 Número e porcentagem de reajustes salariais pagos em uma vez, na database ou posteriormente, reajustes parcelados e negociações sem reajuste salarial no RAMO METALÚRGICO Brasil, 2008-2010 2008 2009 2010 nº % nº % nº % Pagamento em uma vez 64 90,1 63 88,7 60 84,5 Pagamento parcelado 7 9,9 8 11,3 11 15,5 em 2 vezes 7 9,9 7 9,9 10 14,1 em 3 vezes 0-1 1,4 1 1,4 Sem reajuste 0-1 1,4 0 - Obs.: Para efeitos comparativos, nesta tabela foram considerados em 2008, 2009 e 2010 somente os reajustes obtidos pelas mesmas 71 unidades de negociação analisadas em 2010. Elaboração: Subseção DIEESE CNM/CUT FEM/CUT-SP. Quanto ao escalonamento, observa-se que cerca de 41% dos reajustes salariais conquistados pelos metalúrgicos analisadas apresentaram esta forma de pagamento, maior percentual dos últimos três anos e também superior aos 18,9% verificado no painel de 700 categorias. O mesmo fenômeno pode ser dito sobre a concessão de abonos salariais. Em 2010, cerca de 48% dos reajustes analisados foram concedidos em conjunto com abonos salariais. Em 2008 e 2009, o percentual foi menor (Tabela 7). BALANÇO DAS NEGOCIAÇÕES DOS REAJUSTES SALARIAIS EM 2010 11

Condição TABELA 7 Número e percentual de unidades de negociação que adotam o critério de escalonamento de reajustes e/ou concedem abono salarial no RAMO METALÚRGICO Brasil, 2008-2010 2008 2009 2010 nº % nº % nº % Total de escalonamentos 22 31,0 19 26,8 29 40,8 Escalonamento sem abono salarial 13 18,3 11 15,5 15 21,1 Abono salarial e escalonamento 9 12,7 8 11,3 14 19,7 Abono salarial sem escalonamento 17 23,9 15 21,1 20 28,2 Total de abonos salariais 26 36,6 23 32,4 34 47,9 Obs.: Para efeitos comparativos, nesta tabela foram considerados em 2008, 2009 e 2010 somente os reajustes obtidos pelas mesmas 71 unidades de negociação analisadas em 2010. Elaboração: Subseção DIEESE CNM/CUT FEM/CUT-SP. Resultados no Ramo Metalúrgico do Estado de São Paulo O recorte apresentado na Tabela 8 diz respeito ao estado de São Paulo, localidade onde entre 2008 e 2009 se verificou 100% dos reajustes superiores ao INPC-IBGE nas 12 negociações analisadas. A diferença foi que em 2010 os reajustes negociados atingiram ganhos reais superiores aos demais momentos: 83,3% avançou mais de 3% frente à inflação, diferentemente de 2008 (58,3%) e 2009 (8,3%). BALANÇO DAS NEGOCIAÇÕES DOS REAJUSTES SALARIAIS EM 2010 12

Variação TABELA 8 Distribuição dos reajustes salariais do RAMO METALÚRGICO em comparação com o INPC-IBGE Estado de São Paulo, 2008 a 2010 2008 2009 2010 nº % nº % nº % Acima do INPC 12 100,0 12 100,0 12 100,0 Mais de 5% acima 1 8,3 1 8,3 1 8,3 De 4,01% a 5% acima - - - - 2 16,7 De 3,01% a 4% acima 6 50,0 - - 7 58,3 De 2,01% a 3% acima 5 41,7 6 50,0 2 16,7 De 1,01% a 2% acima - - 5 41,7 - - De 0,01% a 1% acima - - - - - - Igual ao INPC - - - - - - Abaixo do INPC - - - - - - Total 12 100,0 12 100,0 12 100,0 Obs.: Para efeitos comparativos, nesta tabela foram considerados em 2008, 2009 e 2010 somente os reajustes obtidos pelas mesmas 12 unidades de negociação analisadas em 2010. Elaboração: Subseção DIEESE CNM/CUT FEM/CUT-SP. A somatória dos reajustes assegurados entre 2008 e 2010 mostra que 83,3% das negociações avançaram mais de 9% em comparação com o INPC-IBGE, números bastante superiores ao apurado para a totalidade dos metalúrgicos do país (24,0%) (Tabela 9). TABELA 9 Distribuição dos reajustes salariais acumulados do RAMO METALÚRGICO em comparação com o INPC-IBGE Estado de São Paulo, 2008 a 2010 Variação nº % Acima do INPC 12 100,0 Mais de 10% acima 2 16,7 De 9,01% a 10% acima 8 66,7 De 8,01% a 9% acima 0 - De 7,01% a 8% acima 2 16,7 Igual ao INPC 0 - Abaixo do INPC 0 - Total 12 100,0 Fonte: DIEESE. SAS-DIEESE Sistema de Acompanhamento de Salários. Obs.: Para efeitos comparativos, nesta tabela foram considerados em 2008, 2009 e 2010 somente os reajustes obtidos pelas mesmas 12 unidades de negociação analisadas em 2010. Elaboração: Subseção DIEESE CNM/CUT FEM/CUT- SP. BALANÇO DAS NEGOCIAÇÕES DOS REAJUSTES SALARIAIS EM 2010 13

Considerações finais A compreensão dos resultados comentados acima não pode ser feita sem ser considerada a retomada de crescimento econômico que o país passa no pós crise mundial de 2009. Todos os indicadores macro econômicos e acerca do comportamento do mercado de trabalho revelam há meses que o ambiente recessivo, ainda presente em diversos países da Europa, por exemplo, já não afetam de maneira preocupante nossa economia. Há sim alguns desafios, como a valorização do Real frente ao Dólar, que têm sua origem nas medidas adotadas pelos países em crise para recuperar a economia local, entretanto as decisões tomadas pelo Estado brasileiro vêem se revelando duradouras. Os mais de 2,2 milhões de metalúrgicos, através de seus sindicatos locais distribuídos por todo o território nacional, parte significativa deles representados pelas 71 negociações salariais analisadas em 2010, beneficiaram-se do cenário econômico favorável e do bom desempenho também vivido pela indústria metalúrgica nacional. O resultado dessa somatória é que em 2010, 100% das negociações coletivas de metalúrgicos analisadas conquistaram reajustes que, no mínimo, reconstituíram o poder de compra dos salários medido pelo INPC-IBGE, o que pode ser considerado o maior que o verificado desde 2000. Também é expressivo o percentual de 95,8% com ganho real, 2010 fica abaixo apenas de 2005 (97,1%) e 2007 (96,4%), entretanto num patamar bastante alto. Espera-se em 2011 a continuidade desse cenário virtuoso, com mobilização maciça dos metalúrgicos cutistas em cada uma de suas negociações de data base, distribuídas por todo o território nacional. BALANÇO DAS NEGOCIAÇÕES DOS REAJUSTES SALARIAIS EM 2010 14

Notas metodológicas 1. As informações que embasam este estudo foram extraídas de acordos e convenções coletivas de trabalho registradas no Sistema de Acompanhamento de Salários SAS- DIEESE. Os documentos foram remetidos ao Departamento pelas entidades sindicais envolvidas nas negociações coletivas ou pelos escritórios regionais e subseções (unidades de trabalho do DIEESE que funcionam dentro de entidades sindicais). Complementarmente, também foi considerado o noticiário da imprensa escrita e dos veículos impressos ou virtuais do meio sindical jornais e revistas de sindicatos representativos de trabalhadores e de entidades sindicais empresariais. 2. Os dados aqui apresentados têm valor indicativo e buscam captar tendências da negociação salarial no país. 3. O painel de informações utilizado não permite extrapolações para além do conjunto exposto neste trabalho, dado que não se trata de amostra estatística. 4. Cada registro do painel refere-se a uma unidade de negociação. Por unidade de negociação, entende-se cada núcleo de negociação coletiva entre representantes de trabalhadores e empresários que resulta em um documento formalizado entre as partes. 5. Nos estudos realizados entre 1996 e 2008 foram considerados reajustes referentes a um conjunto de categorias profissionais que ano a ano formavam um painel diferente. A partir de 2009, o SAS-DIEESE passou a analisar informações de reajustes salariais de categorias pertencentes a um painel fixo, tomando por base as negociações analisadas em 2008. No momento, este painel conta com 845 unidades de negociação, incluindo os setores da indústria, comércio, serviços e rural. Destas, foram obtidas informações de reajuste de 800 unidades de negociação em 2008; 762 em 2009; e 700 em 2010. Não foram considerados os reajustes salariais das negociações do setor rural. 6. Foram excluídos desta pesquisa os contratos assinados por entidades representativas de trabalhadores rurais e de funcionários públicos. Isto se deve às peculiaridades da dinâmica e dos resultados das negociações dessas categorias, que diferem significativamente das desenvolvidas nos demais setores econômicos. 7. O foco exclusivo das análises desenvolvidas nesta pesquisa são as negociações por reajuste dos salários diretos. Não faz parte das pretensões deste trabalho, portanto, a abordagem dos efeitos de vantagens compensatórias acordadas sob a forma de remuneração indireta ou variável (auxílios e adicionais). 8. Os reajustes aplicados aos pisos salariais são frequentemente mais elevados do que os incidentes sobre as faixas de remuneração superiores. Para a elaboração deste estudo, foram desconsiderados os percentuais de reajuste dirigidos exclusivamente aos pisos. BALANÇO DAS NEGOCIAÇÕES DOS REAJUSTES SALARIAIS EM 2010 15

9. No caso de reajustes salariais escalonados por faixas de remuneração, foi registrado o percentual incidente sobre o menor salário ou, quando disponível a informação, sobre a faixa salarial mais abrangente. 10. Os dados relativos aos anos de 1996 a 2002 não correspondem aos resultados apresentados em publicações anteriores, pois a base de dados desse período foi revista. As alterações ocorreram porque os acordos e convenções coletivas de trabalho de servidores públicos e de trabalhadores rurais, documentos que até então constavam dos painéis, foram excluídos para fins de adequação aos critérios metodológicos expostos na nota nº 6. 11. As demais diferenças eventualmente observadas entre os resultados de anos anteriores apresentados no presente estudo e as informações divulgadas à época decorrem de revisão na base de dados. 12. Nas tabelas do estudo, os percentuais serão sempre apresentados com arredondamento na primeira casa decimal; e no texto, aparecerão arredondados para o valor inteiro mais próximo. BALANÇO DAS NEGOCIAÇÕES DOS REAJUSTES SALARIAIS EM 2010 16