Guia de Estudos. Assembleia Geral das Nações Unidas de Desarmamento e Segurança Internacional. Por : Diretor. Mateus de Almeida Pongelupe

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Transcrição:

Assembleia Geral das Nações Unidas de Desarmamento e Segurança Internacional Guia de Estudos Por : Mateus de Almeida Pongelupe Diretor Guia de Estudos DSI Página 1

1. Apresentação do Tema O homem sempre esteve em constante conflito com o próximo. Portanto, os problemas referentes à sua segurança sempre estiveram em pauta. Nesse sentido, os Estados, cuja obrigação é de conferir segurança à sua nação, consideram essas questões como primordiais. As questões das chamadas Armas de Destruição em Massa (Weapons of Mass Destruction ou WMD) estão centradas neste ponto. Afinal, o ataque de um Estado a outro por meio dessas armas é capaz de destruir outro Estado, bem como Estados adjacentes e toda sua população. Além de que esse ataque é capaz de causar uma sucessão de ataques ao primeiro Estado, causando assim uma guerra capa de destruir o planeta e toda a humanidade. É nesse ponto que este comitê entra em ação para impedir tal catástrofe, permitindo a discussão pacífica entre os Estados a fim de reduzir os arsenais nucleares, químicos e biológicos para a manutenção da vida humana em geral. Com o intuito de reduzir os arsenais das WMDs, diversos tratados foram assinados. Neste comitê, porém, abordaremos o Tratado de Não-Proliferação Nuclear que entrou em vigor em 1970. O TNP, apesar de ser assinado por grande parte do mundo, não tem sido muito valorizado, tendo em vista que a redução dos arsenais nucleares foi pífia desde sua criação. Também, há países que desrespeitam o tratado, como o Irã que se recusa a permitir a entrada de técnicos para a inspeção de suas usinas. Por fim, Israel, Índia e Paquistão não assinaram o tratado, enquanto a Coréia do Norte o desrespeitou e se retirou em 2003. As três últimas possuem reconhecidamente dessas armas, enquanto há suspeitas de Israel possuir arsenais ou estar desenvolvendo essas armas. O Oriente Médio é uma região assolada por conflitos étnicos, sendo também uma região com grande número de outros conflitos atualmente, além de possuir diversos Estados e um grande contingente de pessoas. Por isso, faz-se necessária a criação de uma Zona Livre de Armas Nucleares nessa área, visto que uma guerra nuclear poderia causar um enorme número de vítimas e um genocídio étnico. Também, a posse dessas armas poderia despertar o interesse de terroristas, que colocam toda a comunidade mundial em risco. 2. Apresentação do Comitê De acordo com a Carta das Nações Unidas, cabe à Assembléia Geral e ao Conselho de Segurança a discussão de temas relativos à paz e à segurança internacional, incluindo o desarmamento. Com esse intuito, foi criada em 1978, a Primeira Comissão da Assembléia Geral das Nações Unidas a Comissão para Desarmamento e Segurança Internacional (CDSI) é uma das seis comissões da Assembléia Geral das Nações Unidas, e tem como objetivo executar trabalhos na área de desarmamento e segurança internacional. Guia de Estudos DSI Página 2

Trata-se de um organismo multilateral e suas ações se dão a fim de encorajar acordos e outras medidas que visem ao desarmamento, de promover a cooperação entre os Estados, de promover estudos e pesquisas acerca dos debates, de estabelecer princípios, e ainda de buscar outras soluções para as questões analisadas, tendo como meta sempre o estabelecimento e o fortalecimento da paz. Esta Comissão é formada por todos os Estados membros das Nações Unidas. Contudo, a Assembléia Geral das Nações Unidas não pode aprovar medidas obrigatórias, precisando repassá-las ao Conselho de Segurança, único órgão das Nações Unidas capaz de fazê-lo. 3. O Tratado de Não Proliferação Nuclear O Tratado de Não Proliferação Nuclear foi aberto para assinatura em 1968 e entrou em vigor em 1970. Ao todo, 189 Estados são parte do tratado, sendo Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido reconhecidos como potências atômicas. São realizadas conferências de revisão do TNP a cada cinco anos, a partir de 1975. As conferências de 1995 e 2000 foram as mais otimistas, visto que foram estabelecidos a prorrogação do TNP por tempo indeterminado e os Treze Passos para o Desarmamento das Nações Nucleares, respectivamente. No entanto, as conferências seguintes resultaram na desconstrução das anteriores com a desaprovação dos Treze Passos para o Desarmamento. Tais medidas provocaram a revolta de muitos Estados, visto que as nações nucleares desrespeitavam um dos três pilares do tratado: 1. Não proliferação; 2. Desarmamento; 3. Direito do uso pacífico da energia nuclear. Outra polêmica refere-se ao Protocolo Adicional ao TNP, proposto pela delegação dos Estados Unidos em 1997. Esse protocolo autoriza a Agência Internacional de Energia Atômica a inspecionar não somente as instalações em funcionamento, mas reatores parados, centros de pesquisa e usinas que fabricam produtos capazes de serem utilizados em um programa nuclear. A AIEA teria direito de fazer as inspeções com um aviso prévio de somente duas a 24 horas. Muitos países se recusam a assinar o protocolo, como o Irã, pois alegam que ele fere sua soberania nacional. Nota: Seguirá em anexo uma cópia do TNP. Guia de Estudos DSI Página 3

4. Objetivos do Comitê 1. Reafirmar a importância do desarmamento; 2. Discutir e encontrar soluções para problemas referentes ao TNP: 2.1 Desarmamento das potências nucleares; 2.2 O Programa Nuclear Iraniano; 2.3 Maneiras de estender o Tratado aos não-signatários; 2.4 Medidas quanto à retirada de um membro do Tratado; 3. Procurar alternativas para o destino dos resíduos provenientes das ogivas; 3.1 Impedir que tais resíduos, bem como ogivas, cheguem à posse de terroristas; 4. Encontrar formas de estabelecer uma Zona Livre de Armas Nucleares no Oriente Médio. 5. Posição das delegações 5.1aEstados Unidos Os Estados Unidos não aprovam pela continuidade de programas nucleares para fins bélicos no mundo, nesse sentido desde a era Bush os EUA vêm declarando publicamente o repudio a testes nucleares e o uso e enriquecimento de urânio que possam ser utilizados como ameaças à segurança internacional ou até mesmo desenvolvimento de armamentos nucleares. Dessa forma, o principal alvo de insegurança e acusação estadunidense é o projeto nuclear iraniano, que, segundo o governo norte americano, pode colocar grande parte da população mundial em risco. Tal argumento é baseado no fato de que o Irã não está cumprindo totalmente com o que é proposto pelo TNP, devido ao fato do uso das salvaguardas por esse país, o que faz com que os agentes da AIEA tenham um acesso de certa forma limitado às usinas nucleares iranianas. Assim, os Estados Unidos defendem a aplicação de sansões a esse país, que já foram aprovadas pelo Conselho de Segurança. Entretanto, é inegável que os Estados Unidos da América vêm se esforçando para a cooperação internacional nesse sentido. Evidência disso é o acordo assinado com o governo russo, o START. 5.2 Reino Unido O Reino Unido da Grã Bretanha e Irlanda do Norte, sendo portadora de 190 ogivas nucleares com 160 em operação, em meio à cooperação dos outros Estados para o Desarmamento conjunto, prestará grandes esforços para que o acordo seja realizado pacificamente. Guia de Estudos DSI Página 4

Nesse sentido, o Reino Unido apóia-se em alguns princípios que dão a eliminação das armas nucleares por meios militares para todos os Estados, o controle de importações que poderiam ser destinadas a produção de armamentos e o uso pacífico da energia nuclear. Contudo, o Reino Unido poderia reconsiderar sua posição mediante a situações em que sua população ou seu território sofram qualquer ameaça nuclear. 5.3 França A França é a terceira maior potência nuclear mundial com cerca de 300 ogivas operantes. Nas discussões, terá um comportamento com o intuito de procurar uma solução pacífica para as questões nucleares, sendo muito importante para apoiar as decisões das demais potências, visando um Tratado que conduza a relações pacíficas no uso da tecnologia nuclear. O presidente Nicolas Sarkozy já anunciou projetos para redução do arsenal nuclear francês, o que leva o país a buscar na Assembleia a não-proliferação nuclear para fins bélicos e aprimoramento dos mecanismos para gerar maior confiança entre as partes do TNP, sob um sistema de segurança e responsabilidade. 5.4 Rússia A Federação Russa costuma alinhar sua política externa quanto ao desarmamento nuclear com a dos Estados Unidos. O governo russo, também, não só condena o uso de armas nucleares e defende o desarmamento não só nuclear, como também se preocupa com o acesso a armas nucleares por parte de grupos terroristas. Apesar de ter um comportamento exemplar em relação ao TNP, cumprindo com todos os requisitos solicitados pelo Tratado, ela não abre mão do seu direito de ter as salvaguardas garantidas pelo mesmo. Defende também a adesão de todos os países ao Protocolo Adicional. 5.5 China A China já declarou sua determinação de não ser a primeira a utilizar este tipo de arma em qualquer tempo ou circunstância e, posteriormente, concordou em não usar ou ameaçar Estados não-nuclearizados ou zonas desnuclearizadas com armamentos nucleares sob qualquer hipótese. A China defende ativamente o TNP, participando das conferências e fóruns de desarmamento nuclear e defende a destruição deste tipo de artefato. Porém, não abrirá mão de seu poderio nuclear enquanto os outros detentores deste tipo de tecnologia não o fizerem, pois tais recursos são destinados exclusivamente a defesa de sua população e de seu território. Dessa forma, a postura adotada inicialmente será a de cooperação com as delegações e os organismos internacionais presentes na reunião, a fim de encorajar os demais Estados a uma maior participação e à redução/desativação dos das ogivas nucleares existentes, principalmente nos EUA. O país adotará medidas pesadas contra Estados que recusarem agir de acordo com o que for estipulado na assembleia e com o que já foi acordado, procurando reduzir e impedir sua influência por meio de alianças e Guia de Estudos DSI Página 5

sanções. Trabalhará também para o controle e prevenção do desvio de material nuclear para zonas e países não-nuclearizados e, principalmente, agentes terroristas. 5.6 Japão O Japão vem cumprindo com os três princípios básicos de não possuir, não produzir e não permitir a entrada de armas nucleares em seu território, a despeito dos ataques que sofreu no final da Segunda Guerra Mundial. Um dos principais pontos de sua política externa está em estimular os países nuclearizados a ratificarem o Tratado de Banimento de Testes Nucleares, pelo fato de que esse é um aspecto de grande relevância na discussão da não proliferação nuclear. Dessa maneira, o Japão defende e acredita na importância do desarmamento total dos países nuclearizados para que seja criado um ambiente caracterizado pela paz e segurança, onde os conflitos sejam ameaças cada vez mais distantes da realidade mundial. 5.7 Coreia do Sul A Coréia do Sul não possui, produz ou participa de transferências não só armas nucleares como qualquer outro tipo de material nuclear que não seja pra fins pacíficos. Apesar de perceber que a dinâmica de segurança internacional faz com que os países nuclearizados, principalmente as potências, dificilmente abram mão de suas armas nucleares, o governo sul coreano acredita ser de extrema importância o desarmamento nuclear desses países. Outro aspecto é a adesão dos países ao Tratado de Banimento de Testes Nucleares, uma vez que esse já foi aderido por ela própria e que sua vizinha, a Coreia do Norte, tem feito testes no Pacífico. O principal medo sul coreano é a justamente sua vizinha acima citada, que saiu do TNP, e tem feito testes nucleares colocando pavor sobre a população sul coreana. Portanto, sua delegação defenderá a formas de extensão do TNP aos não-membros, bem como colocará no meio das discussões o programa nuclear norte coreano. 5.8 Brasil O Brasil tem um importante papel de mediador e tenta promover uma intensificação dos diálogos entre os Estados divergentes, procurando uma maior eficácia dos acordos afirmados. Na Conferência do TNP de 2010, o Brasil foi importante mediador de um tratado do Irã com a Turquia, demonstrando que talvez possa haver diálogo entre as potências e o Irã. O Brasil também se mostra contrário à imposição de sanções a países que não cumprem com o TNP, pois considera os meios diplomáticos como a melhor maneira de resolver divergências. Além disso, é fato que o Brasil tem participado mais ativamente dos fóruns internacionais ultimamente, fortalecendo sua imagem entre as Nações Unidas. 5.9 África do Sul Guia de Estudos DSI Página 6

A África do Sul, apesar de ter financiado por duas décadas seu programa nuclear, foi a primeira nação nuclearizada a abrir mão de suas ogivas nucleares além de promover a primeira zona mundial desnuclearizada na África que teve sua última aprovação em 2009. Portanto, o país contribui para a caminhada em direção à paz, à estabilidade e ao progresso, sendo fundamental para o fortalecimento do regime de não proliferação, visto que domina a utilização de formas pacíficas da energia nuclear e reutilização das ogivas para fins energéticos. 5.10 Irã A República Islâmica do Ira buscará a igualdade e não discriminação, argumentando com a posse de armas nucleares por parte de Israel, Índia e Paquistão que não assinaram o TNP e que nem por isso sofreram sanções como o Irã. Baseado nisso, afirmará a legitimidade do programa nuclear iraniano com fins pacíficos. Nesse sentido, a delegação iraniana cooperará para a criação de uma zona livre de armas nucleares no Oriente Médio, desde que a soberania estatal iraniana seja respeitada, com a abolição do protocolo adicional do TNP, e que Israel sofra suas merecidas punições, desnuclearize e assine o TNP. 5.11 Israel O Estado de Israel não assinou ao TNP e possui suspeitamente ogivas nucleares não declaradas, sendo alvo de duras críticas do Irã e de outros países do Oriente Médio, pois sua posição inviabilizaria a criação da Zona Livre de Armas Nucleares no Oriente Médio. As declarações do governo israelense porém apontam que Israel não seria o primeiro país a apresentar armas nucleares no Oriente Médio.Entretanto, Israel tem se mostrado a favor da criação de tal zona, demonstrando uma ambiguidade em sua posição. 5.12 Índia A Índia mantém comprovadamente ogivas nucleares em seu território, sendo um país não signatário do TNP. Ainda que a Índia não tenha declaradamente oficializado o tamanho de seu arsenal nuclear, estima-se que o país tenha de 80 a 100 armas nucleares. Espelhado ao desenvolvimento bélico indiano, há o desenvolvimento nuclear do Paquistão que também possui armas nucleares e é um país considerado hostil pela Índia. É importante ressaltar que a Índia tem se mostrado cooperativa em alguns pontos quanto ao arsenal nuclear e se dispõe a conversar. A possibilidade de desarmamento nuclear da Índia, entretanto, estará condicionada ao desarmamento de Paquistão e China, países vizinhos e portadores de tais artefatos. 5.13 Paquistão Guia de Estudos DSI Página 7

O desenvolvimento nuclear paquistanês foi simultâneo ao de sua vizinha Índia, e, apesar de não-signatário do TNP, o Paquistão demonstrou transparência quanto o desenvolvimento de seu programa nuclear. Dessa forma, o Paquistão cooperará para um desarmamento, caso sua vizinha Índia faça o mesmo. 5.14 Coreia do Norte A Coreia do Norte inicialmente assinou o TNP, mas saiu do tratado em 2003, após a falha dos Estados Unidos de cumprir com um acordo de começo de normalização de relações e ajuda com o suprimento de energia a partir de reatores nucleares. Depois disso, a Coreia realizou dois testes nucleares e declarou-se como nação possuidora de artefatos nucleares, o que muitas nações acreditam. Também, o país mostra-se como gerador de instabilidade no Pacífico, com ameaças a sua vizinha Coreia do Sul. 5.15 Afeganistão, Síria, Iraque, Bangladesh, Emirados Árabes, Líbano: Estes países são vizinhos de Estados possuidores de armas nucleares e buscarão mostrar a insegurança de sua região frente a esses Estados. Tentarão fortalecer as punições aos Estados desenvolvedores de programas nucleares para fins bélicos, mostrando um posicionamento firme quanto a seus vizinhos e reações mais enérgicas das potências com os não-signatários do TNP. 5.16 Alemanha, México, União Européia, Cuba, Austrália: Estados que se caracterizam pela busca pacífica de soluções para estas questões, onde exercem o papel de mediadores, sendo importantes para apoiar as decisões das grandes potências, visando um tratado que conduza a relações pacíficas no uso da tecnologia nuclear. 5.17 Turquia, Arábia Saudita, Venezuela, Argentina: São países que desenvolvem ou têm a intenção de possuir programas nucleares para fins pacíficos. Nesse sentido, aprovarão as regras que buscam impedir programas nucleares para fins bélicos, porém tendem a apontar as regras para produção de programas nucleares para fins pacíficos. Guia de Estudos DSI Página 8

Anexo I. O Tratado de Não Proliferação Nuclear Os Estados Signatários deste tratado, designados a seguir como Partes do tratado; Conscientes da devastação que uma guerra nuclear traria a toda a humanidade e, em consequência, da necessidade de empreender todos os esforços para afastar o risco de tal guerra e de tomar medidas para resguardar as seguranças dos povos; Convencidos de que a proliferação de armas nucleares aumentaria consideravelmente os riscos de uma guerra nuclear; De conformidade com as resoluções da Assembléia-Geral que reclamam a conclusão de um acordo destinado a impedir maior disseminação de armas nucleares; Dispostos a cooperar para facilitar a aplicação do sistema de salvaguarda da Agência Internacional de Energia Atômica sobre as atividades nucleares pacíficas; Manifestando seu apoio à pesquisa, ao desenvolvimento e a outros esforços destinados a promover a aplicação dentro do âmbito do sistema de salvaguardas da Agência Internacional de Energia Atômica do princípio de salvaguardar de modo efetivo o trânsito de materiais férteis e físseis especiais, através do emprego em certos pontos estratégicos, de instrumentos e outras técnicas; Afirmando o princípio de que os benefícios das aplicações pacíficas da tecnologia nuclear - inclusive quaisquer derivados tecnológicos que obtenham as potências nucleares através do desenvolvimento de artefatos nucleares explosivos - devem ser postos, para fins pacíficos, à disposição de todas as Partes do Tratado, sejam elas Estados militarmente nucleares ou não militarmente nucleares; Convencidos de que, em decorrência deste princípio, todas as partes têm o direito de participar no intercâmbio mais amplo possível de informações científicas e de contribuir, isoladamente ou em cooperação com outros Estados, para o desenvolvimento crescente das aplicações da energia nuclear para fins pacíficos; Declarando seu propósito de conseguir, no menor prazo possível, a cessação da corrida armamentista nuclear e adotar medidas eficazes tendentes ao desarmamento nuclear; Pedindo a cooperação de todos os Estados para a consecução desse objetivo; Recordando a determinação expressa pelas Partes do Tratado de Proibição Parcial de testes com armas nucleares, de 1963, em seu preâmbulo, de procurar alcançar a cessão definitiva de todas as explosões experimentais de armas nucleares e de prosseguirem negociações com esse objetivo; Desejando promover a diminuição da tensão internacional e o fortalecimento da confiança entre os Estados, de modo a facilitar a cessação da manufatura de armas nucleares, a liquidação de todos os seus estoques existentes e a eliminação dos arsenais nacionais de armas nucleares e dos meios de seu lançamento, consoante um Tratado de Desarmamento Geral e Completo, sob eficaz e estrito controle internacional; Guia de Estudos DSI Página 9

Convieram no seguinte: Artigo I Cada Estado militarmente nuclear, parte deste Tratado, compromete-se a não transferir, para qualquer Estado recipiente, armas nucleares, de qualquer tipo, nem outros artefatos explosivos nucleares, assim como o controle direto ou indireto, sobre tais armas ou artefatos explosivos e, sob forma alguma, assistir, encorajar ou induzir qualquer Estado militarmente não-nuclear a fabricar, ou, por outros meios, adquirir armas nucleares ou outros artefatos explosivos nucleares, ou obter controle sobre tais armas e explosivos nucleares. Artigo II Cada Estado militarmente não-nuclear, parte deste Tratado, compromete-se a não receber a transferência, de qualquer Estado fornecedor, de armas nucleares ou outros artefatos explosivos nucleares, nem o controle direto ou indireto, sobre tais armas ou explosivos, a não fabricar, ou por outros meios, adquirir armas nucleares ou outros artefatos explosivos nucleares, e a não procurar ou receber qualquer assistência para a fabricação de armas nucleares ou outros artefatos explosivos nucleares. Artigo III 1º. Cada Estado militarmente não-nuclear, parte deste Tratado, compromete-se a aceitar salvaguardas - conforme estabelecidas em um acordo a ser negociado e celebrado com a Agência Internacional de Energia Atômica, de acordo com o Estatuto da Agência Internacional de Energia Atômica e com o sistema de salvaguardas da Agência com a finalidade exclusiva de verificação do cumprimento das obrigações assumidas sob o presente Tratado, e com vistas a impedir que a energia nuclear destinada a fins pacíficos venha a ser desviada para armas nucleares ou outros artefatos explosivos nucleares. Os métodos de salvaguardas previstos neste artigo serão aplicados em relação aos materiais férteis ou físseis especiais, tanto na fase de sua produção, quanto nas de processamento ou utilização, em qualquer instalação nuclear principal ou fora de tais instalações. As salvaguardas previstas neste artigo serão aplicadas a todos os materiais férteis ou físseis especiais usados em todas as atividades nucleares pacíficas que tenham lugar no território de um Estado, sob sua jurisdição, ou aquelas levadas a efeito sob seu controle, em qualquer outro local. 2º. Cada Estado parte deste Tratado compromete-se a não fornecer: a) material fértil ou físsil especial, ou b) equipamento ou material especialmente destinado ou preparado para o processamento, utilização ou produção de material físsil especial para qualquer Estado militarmente não nuclear, para fins pacíficos, exceto quando o material fértil ou físsil especial esteja sujeito às salvaguardas previstas neste artigo. 3º. As salvaguardas previstas neste artigo serão implementadas de maneira a que se cumpra o disposto no art. IV deste Tratado e se evite entravar o desenvolvimento econômico e tecnológico das partes ou a cooperação internacional no campo das atividades nucleares pacíficas, inclusive no tocante ao intercâmbio internacional de material nuclear e de equipamentos para o processamento, utilização ou produção de Guia de Estudos DSI Página 10

material nuclear para fins pacíficos, de conformidade com o disposto neste artigo e com o princípio de salvaguardas enunciado no Preâmbulo. 4º. Cada Estado militarmente não-nuclear, parte deste Tratado, deverá celebrar isoladamente ou juntamente com outros Estados acordos com a Agência Internacional de Energia Atômica, com a finalidade de cumprir o disposto neste artigo, de conformidade com o Estatuto da Agência Internacional de Energia Atômica. A negociação de tais acordos deverá começar dentro de 180 dias a partir do começo de vigência do Tratado. Para os Estados que depositarem seus instrumentos de ratificação após esse período de 180 dias, a negociação de tais acordos deverá começar em data não posterior à do depósito. Tais acordos entrarão em vigor em data não posterior a 18 meses depois da data do início das negociações. Artigo IV 1º. Nada neste tratado será interpretado como afetando o direito inalienável de todas as partes do Tratado de desenvolverem a pesquisa, a produção e a utilização da energia nuclear para fins pacíficos, sem discriminação e de conformidade com os artigos I e II deste Tratado 2º. Todas as partes deste Tratado comprometem-se a facilitar o mais amplo intercâmbio possível de equipamento, materiais e informação científica e tecnológica sobre a utilização pacífica da energia nuclear e dele têm o direito de participar. As partes do Tratado em condições de o fazerem deverão também cooperar isoladamente ou juntamente com outros Estados ou Organizações internacionais com vistas a contribuir para o desenvolvimento crescente das aplicações da energia nuclear para fins pacíficos, especialmente nos territórios dos Estados militarmente não-nucleares, partes do Tratado, com a devida consideração pelas necessidades das regiões do mundo em desenvolvimento. Artigo V Cada parte deste Tratado compromete-se a tomar medidas apropriadas para assegurar que, de acordo com este Tratado, sob observação internacional apropriada, e por meio de procedimentos internacionais apropriados, os benefícios potenciais de quaisquer aplicações pacíficas de explosões nucleares serão tornados acessíveis a Estados militarmente não nucleares, partes deste Tratado, em uma base não discriminatória, e que o custo para essas partes, dos explosivos nucleares empregados, será tão baixo quanto possível, com exclusão de qualquer custo de pesquisa e desenvolvimento. Os Estados militarmente não-nucleares, partes deste Tratado, poderão obter tais benefícios mediante acordo ou acordos internacionais especiais, através de um organismo internacional apropriado no qual os Estados militarmente não-nucleares terão representação adequada. Os Estados militarmente não-nucleares, partes deste Tratado, que assim o desejem, poderão também obter tais benefícios em decorrência de acordos bilaterais. Artigo VI Cada parte deste Tratado compromete-se a prosseguir, de boa-fé, negociações sobre medidas efetivas para a cessação em data próxima da corrida armamentista nuclear e para o desarmamento nuclear, e sobre um Tratado de desarmamento geral e completo, sob estrito e eficaz controle internacional. Guia de Estudos DSI Página 11

Artigo VII Nada neste Tratado afeta o direito de qualquer grupo de Estados de concluir Tratados regionais para assegurar a ausência total de armas nucleares em seus respectivos territórios. Artigo VIII 1º. Qualquer parte deste Tratado pode propor emendas a este Tratado. O texto de qualquer emenda proposta deverá ser submetido aos Governos depositários, que as circularão entre todas as partes do Tratado. A seguir, se solicitados a fazê-lo por um terço ou mais das partes, os Governos depositários convocarão uma Conferência, à qual convidarão todas as partes, para considerar tal emenda. 2º. Qualquer emenda a este Tratado deverá ser aprovada pela maioria dos votos de todas as partes do Tratado, incluindo os votos de todos os Estados militarmente nucleares, partes do Tratado, e os votos de todas as outras partes que, na data em que a emenda foi circulada, eram membros da Junta de Governadores da Agência Internacional de Energia Atômica. A emenda entrará em vigor para cada parte que depositar seu instrumento de ratificação da emenda após o depósito dos instrumentos de ratificação de todos os Estados militarmente nucleares, partes do Tratado e os instrumentos de ratificação de todas as outras partes que, na data em que a emenda for circulada, eram membros da Junta de Governadores da Agência Internacional de Energia Atômica. A partir de então, a emenda entrará em vigor para qualquer outra parte quando do depósito de seu instrumento de ratificação da emenda. 3º. Cinco anos após a entrada em vigor deste Tratado, uma Conferência das partes será realizada em Genebra, Suíça, para avaliar a implementação do Tratado, com vistas a assegurar que os propósitos do Preâmbulo e os dispositivos do Tratado estão sendo executados. A partir desta data, em intervalos de 5 anos, a maioria das partes do Tratado poderá obter submetendo uma proposta com essa finalidade aos Governos depositários a convocação de outras Conferências com o mesmo objetivo de rever a implementação do Tratado. Artigo IX 1º. Este Tratado estará aberto à assinatura de todos os Estados. Qualquer Estado que não assine o Tratado antes de sua entrada em vigor, de acordo com o parágrafo 3º deste artigo, poderá a ele aceder em qualquer tempo. 2º. Este Tratado estará sujeito à ratificação pelos Estados signatários. Os instrumentos de Ratificação e os instrumentos de Adesão serão depositados junto aos Governos da União Soviética, do Reino Unido e dos Estados Unidos da América, que são aqui designados como Governos depositários. 3º. Este Tratado entrará em vigor após sua ratificação pelos Governos depositários, e por 40 outros Estados signatários deste Tratado e o depósito de seus instrumentos de Ratificação. Para fins deste Tratado, um Estado militarmente nuclear é aquele que tiver fabricado ou explodido um artefato nuclear ou outro artefato explosivo nuclear antes de 1º de janeiro de 1967. 4º. Para os Estados cujos instrumentos de Ratificação ou Adesão sejam depositados após a entrada em vigor deste Tratado, o mesmo entrará em vigor na data do depósito de seus instrumentos de Ratificação ou Adesão. Guia de Estudos DSI Página 12

5º. Os Governos depositários informarão prontamente a todos os Estados que tenham assinado ou aderido ao Tratado a data de cada assinatura, a data do depósito de cada instrumento de Ratificação ou Adesão, a data de entrada em vigor deste Tratado, a data de recebimento de quaisquer pedidos de convocação de uma Conferência ou outras notificações. 6º. Este Tratado será registrado pelos Governos depositários de acordo com o art. 102 da Carta das Nações Unidas. Artigo X 1º. Cada parte tem, no exercício de sua soberania nacional, o direito de denunciar o Tratado se decidir que acontecimentos extraordinários, relacionados com a substância deste Tratado, põem em risco os interesses supremos do país. Deverá notificar dessa denúncia a todas as demais partes do Tratado e ao Conselho de Segurança, com três meses de antecedência. Essa notificação deverá incluir uma declaração sobre os acontecimentos extraordinários que a seu juízo ameaçaram seus interesses supremos. 2º. Vinte e cinco anos após a entrada em vigor do Tratado, reunir-se-á uma Conferência para decidir se o Tratado continuará em vigor indefinidamente, ou se será estendido por um ou mais períodos adicionais fixos. Essa decisão será tomada pela maioria das partes do Tratado. Artigo XI Este Tratado cujos textos em inglês, russo, francês, espanhol e chinês são igualmente autênticos deverá ser depositado nos arquivos dos Governos depositários e cópias devidamente autenticadas serão transmitidas pelos Governos depositários aos Governos dos Estados que o assinem ou a ele adiram. Referências para pesquisa: www.un.org/ - Site oficial das Nações Unidas www.un.org/disarmament/ - Site do Escritório das Nações Unidas para Assuntos de Desarmamento www.sipri.org/ - Site do Stockolm International Peace Research Institute www.ctbto.org/ - Site com a COMISSÃO PREPARATÓRIA PARA A ORGANIZAÇÃO DO TRATADO PARA PROIBIÇÃO COMPLETA DE TESTES NUCLEARES www.iaea.org/newscenter/focus/iaeadprk/ - Site da Agência Internacional de Energia Atômica http://www.acronym.org.uk/npt/index.htm - Site com o Tratado de Não-Proliferação Nuclear Guia de Estudos DSI Página 13