Clipping de notícias Recife, 27 de abril de 2018.
Recife, 27 de abril de 2018.
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VASCONCELOS SOBRINHO, 110 ANOS O agrônomo que ajudou a redescobrir o Pau-Brasil faria aniversário neste sábado, 28 Dia Nacional da Caatinga João Vasconcelos Sobrinho tinha 20 anos e estava concluindo sua formação em Engenharia Agronômica quando redescobriu o Paubrasil. A espécie havia sido considerada extinta na natureza no início do século 20. Junto com o botânico alemão Dom Bento Pickel, ele encontrou espécies remanescentes no Engenho São Bento, em São Lourenço da Mata. O local transformou-se, anos depois, na primeira estação ecológica do país: a Estação Ecológica de Tapaurá, que abriga um bosque com mais de 500 exemplares de Paubrasil e realiza atividades de produção de mudas de espécies da Mata Atlântica.
Nascido em 1908, o agrônomo faria aniversário neste sábado, 28 de abril. Por seu trabalho pioneiro na área de estudos ambientais no Brasil, ele passou a integrar a lista de homenageados da Caravana Notáveis Cientistas de Pernambuco. O projeto inclui atividades de divulgação científica e totens com caricaturas dos homenageados. Ele circula por instituições em todas as regiões do estado e ajuda a dar visibilidade às ações dos cientistas, incentivando o gosto pela Ciência. (LEIA MAIS SOBRE O PROJETO) Vasconcelos Sobrinho foi um dos responsáveis pela criação da UFRPE. Também criou e dirigiu o Jardim João de Vasconcelos Sobrinho, atual Zoobotânico de Dois Irmãos, e foi um dos fundadores do Instituto de Pesquisas Agronômicas de Pernambuco, do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal, do Jardim Botânico do Recife e da Associação Pernambucana de Defesa do Ambiente. Um dos primeiros cientistas a alertar sobre a formação de deserto em algumas regiões brasileiras, além da possibilidade de chuva ácida devido a poluição atmosférica, ele teve participação ativa na Conferência das Nações Unidas sobre desertificação em Nairóbi, no Quênia.. Sua atuação e trabalho na identificação e combate à desertificação e em campanhas de reflorestamento lhe valeram diversas homenagens. O dia de seu aniversário, 28 de abril, foi instituído por decreto presidencial como Dia Nacional da Caatinga. O Prêmio Vasconcelos Sobrinho, da CPRH, homenageia anualmente trabalhos relevantes em defesa do meio ambiente. Em Caruaru, um Parque Ecológico, na Serra dos Cavalos, leva o seu nome.
A Caatinga no Jardim Botânico 26 de abril de 2018 Letícia Lins Meio Ambiente Certa vez, ao entrevistar Patativa do Assaré, ele me disse uma frase que eu nunca esqueci. No Sertão, para ser poeta não é preciso ser professor, basta ver um poema em cada galho, um verso em cada flor. Afinal, tem coisa mais bonita do que uma flor de mandacaru? Com certeza, o saudoso poeta cearense referia-se à beleza e à exuberância do Semiárido que, ao contrário do que muitos pensam, tem uma riquíssima flora com poder grande de sobrevivência. Está tudo seco, devido à estiagem. Basta uma chuvinha,
para o verde brotar, viçoso e lindo no meio da caatinga, que para os que não sabem é um bioma exclusivo do Brasil. Como nem todo mundo conhece o Sertão, e muitos até pensam que a caatinga é só mato seco, uma boa oportunidade para observar sua vegetação está bem pertinho de você. Ali, no bairro do Curado, onde fica o Jardim Botânico do Recife. O bioma, considerado exclusivo do Brasil ganha exposição especial no JBR, equipamento ligado à Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente. A mostra comemora o transcurso do Dia Nacional da Caatinga (28/04), e se estende até o dia 1 de maio. São exibidos 15 exemplares oriundos do Sertão, que integram a coleção científica do JBR. E eles estão na alameda de entrada da reserva. Plantas comuns ao Sertão estão em exposição no Jardim Botânico do Recife: flora surpreendente no Curado. A caatinga é um bioma que se estende por 11 por cento do território brasileiro, e cuja fauna possui mais de 1.180 animais vertebrados, entre mamíferos, aves, peixes, e répteis. No JBR, a exposição foi organizada pelo biólogo e analista ambiental Jefferson Maciel, e busca apresentar o ambiente típico da região do Semiárido do Nordeste do Brasil. Na mostra, os visitantes vão conhecer diversas mudas de plantas nativas do bioma como o angico, umbuzeiro, craibeira e cactos. O acesso ao equipamento é gratuito, sendo possível conferir a iniciativa de terça a domingo, das 9h às 15h30. Além da exposição, o público pode visitar o jardim temático de cactos, que fica próximo à casa de vegetação e possui espécies pertencentes à família Cactaceae, plantas que se destacam pela adaptação a ambientes extremamente quentes e áridos. Os cactos têm como principais características a presença de espinhos e a capacidade de reter água.
A existência deste acervo busca resguardar o patrimônio genético destas espécies, visto que possui potencial ornamental, agroecológico, industrial, biotecnológico.