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Transcrição:

NOTA JUSTIFICATIVA Índice I. Introdução... 2 II. Opções regulatórias... 2 III. O regime proposto... 2 IV. Análise de impacto... 2 V. Conclusão... 6 1

I. Introdução A presente nota justificativa acompanha o projeto de regulamento da CMVM que concretiza o regime jurídico das centrais de valores mobiliários, incluindo, por determinação legal, uma análise de impacto, com ponderação dos custos e benefícios das medidas projetadas. O mencionado projeto de regulamento desenvolve o regime previsto no regime jurídico das CSD, a ser aprovado pelo diploma que acolhe no ordenamento jurídico nacional o Regulamento (UE) n.º 909/2014, de 23 de julho ( Regulamento (UE) n.º 909/2014 ), relativo à melhoria da liquidação de valores mobiliários na União Europeia e às Centrais de Valores mobiliários. II. Opções regulatórias Para efeitos de análise de impacto, os efeitos qualitativos esperados da entrada em vigor deste Regulamento da CMVM são avaliados face ao regime em vigor e aos requisitos definidos pelo regime europeu. III. O regime proposto O presente Regulamento da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários ( CMVM ) concretiza as seguintes matérias: a) Requisitos informativos relativos à divulgação e a comunicações respeitantes a participações qualificadas e de controlo e à designação de titulares do órgão de administração; b) Conteúdo do relatório sobre práticas de governo societário; c) Informação financeira a reportar à CMVM e a divulgar ao público. IV. Análise de impacto A presente proposta inclui as seguintes 5 medidas: 2

1. Comunicações relativas a membros do órgão de administração e de fiscalização (art. 2.º do anteprojeto de regulamento). 2. Comunicações relativas a participações de controlo e qualificadas (arts. 3.º a 5.º do anteprojeto de regulamento). 3. Conteúdo do relatório sobre práticas de governo societário (art. 6.º do anteprojeto de regulamento). 4. Informação a reportar à CMVM e a divulgar ao público (arts. 7.º a 10.º do anteprojeto de regulamento). 5. Alteração dos Regulamentos da CMVM n.º 14/2000, n.º 4/2007 e n.º 5/2007. Para efeitos de Análise de Impacto Regulatório (AIR), julgamos que estas medidas irão resultar em custos incrementais mínimos para as entidades a elas sujeitas, conforme explicado de seguida. No âmbito da medida 1. Comunicações relativas a membros do órgão de administração e de fiscalização, concretizam-se os elementos de informação que devem acompanhar a comunicação subsequente da designação de membros de órgão de administração e de fiscalização, prevendo-se que a comunicação deve ser acompanhada de questionário devidamente preenchido, conforme modelo constante do Anexo I. Adicionalmente, prevêse a comunicação à CMVM em caso de alteração dos elementos de informação comunicados, no prazo de 15 dias após a sua verificação, e ainda uma disposição que se refere ao período de validade da informação constante do questionário. A proposta mantém o regime em vigor, nos termos do art. 4.º do Regulamento da CMVM n.º 4/2007. Crê-se que esta medida resulte em custos incrementais mínimos para as entidades a ela sujeitas. No âmbito da medida 2. Comunicações relativas a participações de controlo e qualificadas, a proposta de Regulamento concretiza, no art. 3.º, o regime de comunicação prévia de alterações nas participações de controlo em CSD, prevista no Regulamento (UE) n.º 909/2014, em particular os elementos exigíveis para a avaliação da adequação do adquirente potencial e da solidez financeira do projeto de aquisição, em conformidade com o previsto no n.º 4 do artigo 6.º do regime jurídico das CSD. Prevê-se ainda que, a título de informação adicional relacionada com a participação de controlo, seja enviado à CMVM um plano de negócios que contenha informações sobre o plano de desenvolvimento estratégico relacionado com a aquisição, projeções e detalhes relativos às principais alterações a 3

introduzir na entidade participada. A proposta mantém, para as alterações nas participações de controlo em CSD, o regime em vigor para a comunicação prévia de alterações nas participações qualificadas, previsto no artigo 4.º-A do Regulamento da CMVM n.º 4/2007. Em termos de participações qualificadas, a proposta atualiza, no art. 3.º, o regime de comunicação subsequente em vigor, passando a exigir que seja submetida informação sobre a idoneidade, a situação financeira e conflitos de interesses, no caso de aquisição e aumento de participações qualificadas, e informação sobre o capital social e direitos de voto alienados e mantidos e identificação do adquirente, no caso de diminuição de participação qualificada. O maior volume de informação agora pedida aquando da comunicação subsequente de participações qualificadas justifica-se pelo facto de se ter eliminado a comunicação prévia de participações qualificadas (prevista, no regime em vigor, nos artigos 9.º/1 e 11.º-A/1 do Decreto-Lei n.º 357-C/2007 e artigos 4.º-A e 4.º-B do Regulamento da CMVM n.º 4/2007), a qual era acompanhada desta informação e, por esse motivo, a mesma não era exigida, de novo, aquando da comunicação subsequente. Ou seja, a informação que, no regime em vigor, deve acompanhar a comunicação prévia de participações qualificadas, passa, no regime proposto, a dever acompanhar a comunicação subsequente de participações qualificadas. Crê-se, assim, que a alteração proposta resultará em impactos mínimos incrementais para as entidades destinatárias, face ao normativo existente. Por fim, prevê-se o regime no caso de participações indiretas, assim como situações de dispensa de apresentação de elementos de informação, o que se justifica com a necessidade, conveniência e vantagem em termos de certeza e segurança jurídicas de previsão de um regime para as situações indicadas, mantendo-se o regime em vigor, previsto nos artigos 4.º-C e 4.º-E, do Regulamento da CMVM n.º 4/2007. Finalmente, é de referir que as medidas 1. e 2. não concretizam o canal de comunicação a utilizar. Assim sendo, crê-se que esta medida não implique custos incrementais para as entidades a ela sujeitas, por não ser necessário proceder, por exemplo, a uma alteração de sistemas de informação e de comunicação face aos já usados. No âmbito da medida 3. Conteúdo do relatório sobre práticas de governo societário, prevêse o conteúdo do relatório anual sobre práticas de governo societário, mantendo o regime em vigor, nos termos do art. 8.º do Regulamento CMVM n.º 4/2007, pelo que é expectável que esta medida não tenha custos incrementais para a entidade a ela sujeita. No âmbito da medida 4. Informação a reportar à CMVM e a divulgar ao público, a proposta prevê o prazo de 5 dias após a respetiva designação para a comunicação à CMVM da 4

identidade da pessoa responsável (i) pela gestão do risco a que se refere o n.º 5 do artigo 49.º do Regulamento Delegado (UE) 2017/392, da Comissão, de 11 de novembro de 2016; (ii) pela tecnologia a que se refere o n.º 6 do artigo 49.º do Regulamento Delegado (UE) 2017/392, da Comissão, de 11 de novembro de 2016; e (iii) pelo cumprimento a que se refere o n.º 7 do artigo 49.º do Regulamento Delegado (UE) 2017/392, da Comissão, de 11 de novembro de 2016. A previsão de um prazo para a comunicação confere determinação às obrigações de comunicação que decorrem do diploma europeu, considerando-se que o prazo de 5 dias permite suficiente flexibilidade e assegura a tempestividade e atualidade ao cumprimento dessas obrigações. A estipulação deste prazo, que vai além do que o regulamento Europeu exige (i.e. este Regulamento não estipula um prazo), é justificada pelos objetivos regulatórios da CMVM (por exemplo, a proteção dos investidores que participam nos mercados mobiliários) e deverá, na nossa opinião, resultar em custos incrementais mínimos para a entidade a ela sujeita. A proposta prevê ainda o dever de divulgação de informação financeira, de informação superveniente relativo à idoneidade dos titulares do órgão de administração e de fiscalização e de acionistas, assim como as informações a serem incluídas nos anexos ao balanço e demonstração dos resultados, mantendo-se o regime em vigor, previsto nos artigos 10.º a 12.º do Regulamento da CMVM n.º 4/2007. No âmbito da medida 5. Alteração dos Regulamentos da CMVM n.º 14/2000, n.º 4/2007 e n.º 5/2007, propõe-se: (i) a alteração ao Regulamento da CMVM n.º 14/2000 (Sistemas de registo de valores mobiliários), em termos de atualização das referências desse Regulamento às plataformas de negociação, atualização de referências a locais de publicação de informação, clarificação de algumas disposições, substituição do anterior regime de aprovação do preçário da CSD pela CMVM por um regime de mera comunicação do preçário à CMVM, mantendo-se o dever de publicação, acrescentando-se o dever de não serem cobradas nem informadas comissões em contradição com as comunicadas e publicadas, e revogação do art. 35.º, sobre contas de titularidade direta junto da entidade gestora; (ii) a alteração do Regulamento da CMVM n.º 4/2007 (Entidades Gestoras de Mercados, Sistemas e Serviços), prevendo a exclusão da aplicação desse regulamento às CSD, sujeitas a agora a outro normativo; e (iii) a alteração do Regulamento da CMVM n.º 5/2007 (Compensação, contraparte central e liquidação), prevendo a sua aplicação às CSD, no que tenha que ver com sistemas de liquidação, de determinadas disposições que presentemente já são aplicáveis às CSD. Nestes termos, na medida em que estas medidas refletem os impactos da transposição de diretiva europeia (DMIF II, no que toca ao elenco de plataformas de negociação), por um lado, e, por outro, mantêm, aligeiram ou revogam 5

deveres presentemente em vigor, é expectável a existência de impactos incrementais mínimos para as entidades a ele sujeitas. Finalmente, não foram identificados outros impactos económicos relevantes associados a esta proposta. V. Conclusão A CMVM considera que, face às características da regulamentação projetada e do espectro sobre o qual se pretende atuar, se afigura como expectável que este projeto de regulamento venha a trazer efeitos positivos e vantagens que se afiguram suscetíveis de superar os custos implicados. 6